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sexta-feira, 30 de outubro de 2020


NÃO DESEJAR TER FILHOS

O casamento tem uma dupla finalidade: a união de amor entre o casal e a procriação. Um homem e uma mulher se unem com um compromisso tão forte porque têm a missão de ter filhos e cuidar deles. Depois dos filhos a união do casal fica mais forte, mais realista, menos egoísta. Isso lembra-nos um outro ponto:

TER VÁRIOS PLANOS ANTES DOS FILHOS

Enquanto adiarem a missão que têm por razões menos nobres e geralmente falsas e inalcançáveis (aumentar a renda ou os bens, "aproveitar" o tempo com lazer, concluir qualquer projeto pessoal) estarão desperdiçando e colocando o matrimônio em risco. Isso se houver matrimônio, pois se a recusa dos filhos torna o matrimônio nulo (uma farsa), o seu adiamento por métodos anticoncepcionais igualmente, além de estarem corrompendo o sentido da relação sexual.

NÃO ACREDITAR QUE É PARA SEMPRE

Se não pode se comprometer para sempre é melhor nem começar. Com a perspectiva de rompimento, essa relação vai durar menos do que os dois preveem, porque ambos não têm força de vontade suficiente para superar qualquer problema. São dois covardes enganadores.

ESCONDER ALGO QUE DEVERÁ CONTAR DEPOIS DE CASADO

A mentira ou omissão é como um crime que torna a união nula, além de revelar uma falta grave de caráter. Uma pessoa que mente para obter seus objetivos não terá o respeito do outro quando for descoberto.

Veja também: 

Razões para se casar na Igreja, ou não


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sexta-feira, 16 de agosto de 2019

Ainda é do desconhecimento de muitos católicos a doutrina da Igreja sobre a sexualidade humana.
Há quem ignore por completo a existência de exigências morais sobre a sexualidade e a fecundidade, além do "não adulterar".
Outros pensam num extremo oposto, que a doutrina moral da Igreja reconhece o sexo apenas para a procriação, algo que tornaria dificílimo o exercício da sexualidade de um casal.
Em resumo, o ato sexual tem uma dupla finalidade, unitiva e procriativa:
O prazer sexual é moralmente desordenado quando procurado por si mesmo, isolado das finalidades da procriação e da união. (Catecismo, 2351)
Nem toda relação sexual resulta em fecundação, pois a mulher tem um amplo período infértil em cada ciclo ovulatório. Por isso é lícito, bom e desejável que os esposos tenham relações nesses períodos, porque aumentam o afeto entre si e não estão rejeitando o aspecto procriativo, pois este está limitado por um fator natural.
A fecundidade é um dom, uma finalidade do matrimónio, porque o amor conjugal tende naturalmente a ser fecundo. O filho não vem de fora juntar-se ao amor mútuo dos esposos; surge no próprio coração deste dom mútuo, do qual é fruto e complemento. Por isso, a Igreja, que «toma partido pela vida» (112), ensina que «todo o acto matrimonial deve, por si estar aberto à transmissão da vida» (113). «Esta doutrina, muitas vezes exposta pelo Magistério, funda-se sobre o nexo indissolúvel estabelecido por Deus e que o homem não pode quebrar por sua iniciativa, entre os dois significados inerentes ao acto conjugal: união e procriação». (Catecismo, 2366)
Para saber mais, leia: Planejamento familiar, controle de natalidade ou paternidade responsável?

Entre os atos moralmente contrários à dignidade da sexualidade humana e ao dom da fecundidade estão os atos que dissociam a procriação do ato sexual (inseminação e fecundação artificial), os métodos contraceptivos (químicos, de barreira, naturais) e a esterilização direta (laqueadura e vasectomia).
É sobre estes últimos que nos deteremos sobre a culpabilidade e a reparação; a sua inadmissibilidade é facilmente verificável, por exemplo:
A regulação dos nascimentos representa um dos aspectos da paternidade e da maternidade responsáveis. A legitimidade das intenções dos esposos não justifica o recurso a meios moralmente inadmissíveis (por exemplo, a esterilização directa ou a contracepção). (Catecismo, 2399)

 Culpabilidade e reparação de uma vasectomia ou laqueadura

Para formar um juízo justo sobre a responsabilidade moral dos sujeitos, e para orientar a acção pastoral, deverá ter-se em conta a imaturidade afectiva, a força de hábitos contraídos, o estado de angústia e outros factores psíquicos ou sociais que podem atenuar, ou até reduzir ao mínimo, a culpabilidade moral. (Catecismo, 2352, grifos nossos)
Quando a pessoa ou o casal diz que "não sabia" que era pecado a esterilização, se está sendo sincera, fica claro que não tem culpa grave. Às vezes pode haver um outro pecado, que é o de não ter procurado aconselhamento e informação suficiente sobre decisões tão importantes.
Em todo caso, é recomendável que o fato seja confessado sacramentalmente (confissão com um sacerdote), para que se inicie a devida reparação.
Todo pecado exige reparação, nesta vida ou na próxima (purgatório). No caso específico da esterilização, há algumas coisas que poderiam ser feitas, de acordo com cada caso, e de preferência sob orientação de um confessor.

1. Se o casal está em idade fértil e ainda pode ter filhos:
- É desejável fazer a reversão do procedimento.
- Se não há condição financeira para isso, busque outra forma de penitência, talvez uma obra ou atividade em favor das famílias e das crianças.

2. Se o casal já não tem idade fértil ou tenha impedimento grave de saúde:
busque uma forma de reparação, talvez uma obra ou atividade em favor das famílias e das crianças.

- Em ambos os casos, busque o casal conhecer a doutrina da Igreja que ignoravam, conheça também conhecimento sobre sexualidade e fecundidade, e busquem a castidade (NÃO É abstinência sexual, mas boa vivência da sexualidade dentro do matrimônio). O casal infértil pode manter a vida sexual para garantir o significado unitivo do ato para o casamento e oferecer seus sacrifícios a Deus e ao próximo.

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Curso Matrimônio, Família e Fecundidade / Curso Moral Fundamental e das Virtudes
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quarta-feira, 17 de julho de 2019


Acompanhe os argumentos seguintes. É necessário esclarecer várias coisas diferentes para explicar a questão aparentemente simples.

1. O sacramento do matrimônio cristão significa, no casal, a união para toda vida, indissolúvel, por decisão de ambos e de Deus ("O que Deus uniu, o homem não separe"), realizando a união misteriosa entre Deus e seu povo, entre Cristo e a Igreja (Ef 5,32). Por isso, não existe divórcio para o cristão. Assim como a palavra de Deus é irrevogável, assim deve ser a nossa em matéria tão importante e santa como o casamento.
A separação às vezes é justa (como no caso de violência), mas o vínculo permanece até a morte: foi o que os dois prometeram e consentiram na celebração do casamento. É questão de coerência, de honra à palavra dada e de respeito ao menos a Deus que o casamento assumido não seja desfeito.

2. Ora, um novo casamento, existindo ainda o primeiro (e único) vínculo, é objetivamente um pecado, tecnicamente, de adultério. "Eu vos declaro que todo aquele que rejeita sua mulher, exceto no caso de matrimônio falso, e desposa uma outra, comete adultério. E aquele que desposa uma mulher rejeitada, comete também adultério." (Mt 19,9)

3. A comunhão com o Corpo e Sangue do Senhor na Eucaristia exige de todos o estado de graça, isto é, ausência de pecado mortal (pecado mortal é o pecado cometido com consciência e liberdade em matéria grave) que rompe com a graça divina. Ou seja, ninguém deve comungar com algum pecado não devidamente confessado (os pecados veniais podem ser perdoados com o sincero arrependimento no ato penitencial da Missa e nas boas obras).
4. Uma pessoa que tenha se separado e unido a outra em um "segundo" casamento está em pecado, como dito no item 2 acima, mas não pode confessar esse pecado enquanto não se emendar, ou seja, enquanto não desfizer essa união ilegítima. Estaria tentando profanar o sacramento da confissão ao querer o perdão de algo pelo qual não se arrepende e não quer (ou não pode) mudar de vida. Não pode comungar enquanto está em pecado e não pode se confessar porque não quer consertar o erro.
4.1 Pode acontecer que alguém diga que "não sabia" que não podia casar novamente após um divórcio. Não vamos julgar a ignorância das pessoas, mas não deixa de ser pecado por isso. Se se arrependeu depois, pode desfazer o segundo vínculo e voltar à comunhão com a Igreja através do sincero arrependimento e mudança de vida.
4.2 Acontece também que muitos "descobrem" seu erro quando descobrem que não podem mais participar dos sacramentos e isso passa a incomodar, mas não podem mais se separar por causa do filhos do novo casamento. Neste caso, se for sincero o arrependimento e desejo de mudança de vida, basta que passem a viver "como irmãos", isto é, sem contato sexual próprio do matrimônio. Isto será o compromisso deles com o confessor, que recomendará também o modo de participarem da Igreja, para não gerar nenhum escândalo.

5. Fica claro, portanto, que o fato de que os recasados não possam comungar não é um castigo imposto pela Igreja, mas uma proteção contra um novo e mais grave pecado. Ninguém que está em pecado mortal deve comungar, mas alguns pecados são visíveis a todos (pecados públicos). Nada além da consciência impede que os recasados entrem numa fila de comunhão onde não são conhecidos, mas “todo aquele que comer o pão ou beber o cálice do Senhor indignamente será culpável do corpo e do sangue do Senhor (...) [pois] aquele que o come e o bebe sem distinguir o corpo do Senhor, come e bebe a sua própria condenação.” (1Co 11,27-29)

Eis as razões por que não estão em comunhão sacramental com a Igreja os recasados, mas podem e devem levar uma vida o mais possível santa, alimentando-se da Palavra e da comunhão espiritual com Deus na vida pessoal e comunitária.


O Sacramento do Matrimônio: sinal da união entre Cristo e a Igreja

quarta-feira, 12 de junho de 2019



Uma boa preparação para os sacramentos, todos eles, passa por três etapas diferentes, mas que na prática costumam ser negligenciadas. A maioria das pessoas procura saber sobre os sacramentos na última hora, restando apenas a etapa ou preparação imediata, ficando para trás a preparação próxima e a remota.

Os "cursos de noivos" são, geralmente, a preparação imediata, já às portas da celebração do matrimônio.

A meu ver, as mais importantes e mais negligenciadas são as preparações remota e próxima. Mais importante por um dado bastante concreto: a preparação imediata acontece já durante o noivado, isto é, o casal já se prometeu em matrimônio. Qualquer engano ou impedimento ao matrimônio dificilmente será retirado, ocultando-se graves problemas em vista da consecução do prometido. Casarão a qualquer custo, mesmo sob mentiras ou ocultações.

Mas este ainda não é o erro que quero mostrar. Já existem paróquias que fazem uma preparação próxima e imediata em vários encontros, não mais em um "cursinho" de um ou dois dias, geralmente encarado como exigência burocrática e de fato pouco proveitosa, quando não desastrosa por falta de preparação dos catequistas. O modelo de preparação em vários encontros consegue passar melhor tudo aquilo que é o mínimo desejado e pedido pelos setores da Igreja responsáveis pela catequese da família.

O erro que quero chamar a atenção é a ausência total ou falta de ênfase para um aspecto da vida espiritual da família a se constituir que é essencial: a iniciação cristã dos filhos, que começa no Batismo.

O casal sai da preparação do matrimônio com a cabeça na celebração, às vezes com alguma ideia da vida matrimonial pós-celebração, mas não têm pouca ou nenhuma noção da importância do batismo dos seus futuros filhos. E aqui começa uma bola de neve de uma vida de Igreja descuidada, pois sempre se lembra de preparar os sacramentos às pressas.

Quando nasce o primeiro filho, passam-se meses envolvidos no cuidado essencial do recém-nascido, e quando sobra um tempo, quando baixa a poeira ou quando alguém lembra, vão pensar no batizado. Nessa altura já tem um padrinho e uma madrinha escolhidos, não os melhores, mas os que mais agradam os interesses dos pais. Vão procurar saber dos "procedimentos" para o batismo e se deparam com "dificuldades": não tem a data exclusiva que eles querem, os padrinhos não podem ser padrinhos, não tem tempo para preparação, etc. Quem sabe eles pudessem ter se preparado durante a gravidez? Quando nascer a criança já pode ser batizada de imediato.

Parece que a solução pastoral não só em vista de uma melhor preparação para o matrimônio, mas também para a vida cristã no seu todo, é uma catequese mais preventiva ou por antecipação. Não é justo cobrar de jovens noivos uma plena consciência do que seja o matrimônio se isto não lhes foi oferecido antes que se enamorassem. Não é justo cobrar a participação das crianças na vida da Igreja se isto não lhes foi ensinado na família. Não é justo cobrar dos esposos a educação cristã de seus filhos se isto não compreenderam e prometeram quando se casaram.

Na prática, penso que o "curso de batismo" deve ser dado na preparação para o matrimônio; o "curso de noivos" deve ser dado aos jovens, desde a catequese para crisma; a catequese da crisma deve ser dada na preparação imediata da primeira Comunhão; a preparação para a Comunhão deve iniciar na preparação para o Batismo; o "curso de batismo" deve ser dado na preparação para o matrimônio...


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quarta-feira, 30 de janeiro de 2019

Atualmente, quando se fala em "educação sexual", logo se pensa em educação escolar ou programas de governo em matéria sexual, principalmente os programas de prevenção de doenças sexualmente transmissíveis.
Em recente coletiva de imprensa, no voo de retorno da JMJ Panamá, o Papa Francisco foi questionado se teria uma opinião sobre a educação sexual escolar:
Existe um problema que  é comum em toda a América Central, incluindo o Panamá e grande parte da América Latina: gravidez precoce. Só no Panamá foram dez mil no ano passado. Os detratores da Igreja Católica culpam-na por resistir à educação sexual nas escolas. Qual é a opinião do Papa?

"Creio que nas escolas é preciso dar educação sexual. Sexo é um dom de Deus não é um monstro. É o dom de Deus para amar e se alguém o usa para ganhar dinheiro ou explorar o outro, é um problema diferente. Precisamos oferecer uma educação sexual objetiva, como é, sem colonização ideológica. Porque se nas escolas se dá uma educação sexual embebida de colonizações ideológicas, destrói a pessoa. O sexo como dom de Deus deve ser educado, não rigidamente. Educado, de "educere", para fazer emergir o melhor da pessoa e acompanhá-la no caminho. O problema está nos responsáveis ​​pela educação, seja a nível nacional, seja local, como também em cada unidade escolar: quem são os professores para isso, que livros de textos usar... Eu vi de todos os tipos, há coisas que amadurecem e outras que causam danos. Digo isso sem entrar nos problemas políticos do Panamá: precisamos dar educação sexual para as crianças. O ideal é que comecem em casa, com os pais. Nem sempre é possível por causa de muitas situações familiares, ou porque não sabem como fazê-lo. A escola compensa isso e deve fazê-lo, caso contrário, resta um vazio que é preenchido por qualquer ideologia."
Isto foi destaque em diversos meios de correntes ideológicas e políticas favoráveis à prática, principalmente como "recado" ao novo governo brasileiro que vem sinalizando ser contra à ideologia de gênero, muitas vezes incluída nos programas de educação sexual. O Papa já havia pormenorizado o tema da educação sexual na Amoris Laetitia, sem se posicionar sobre a educação escolar.
Contudo, é preciso relembrar que entrevista de avião não é Magistério da Igreja e opinião pessoal do Papa não é matéria vinculante de fé ou costumes.

Para a Igreja, a sexualidade humana pode e deve ser educada, em sua totalidade: na dimensão procriadora, afetiva, cognitiva e religiosa. Portanto, a educação sexual jamais deveria reduzir-se a mera informação sobre a sexualidade ou à fisiologia genital.
Quem deve dar esta educação? A Igreja nunca se omitiu quanto a isso:

"Assaz difuso é o erro dos que, com pretensões perigosas e más palavras, promovem a pretendida educação sexual, julgando erradamente poderem precaver os jovens contra os perigos da sensualidade, com meios puramente naturais, tais como uma temerária iniciação e instrução preventiva, indistintamente para todos, e até publicamente, e pior ainda, expondo-os por algum tempo às ocasiões para os acostumar, como dizem, e quase fortalecer-lhes o espírito contra aqueles perigos.
Estes erram gravemente, não querendo reconhecer a natural fragilidade humana e a lei de que fala o Apóstolo: contrária à lei do espírito, e desprezando até a própria experiência dos factos, da qual consta que, nomeadamente nos jovens, as culpas contra os bons costumes são efeito, não tanto da ignorância intelectual, quanto e principalmente da fraqueza da vontade, exposta às ocasiões e não sustentada pelos meios da Graça.
Se consideradas todas as circunstâncias se torna necessária, em tempo oportuno, alguma instrução individual, acerca deste delicadíssimo assunto, deve, quem recebeu de Deus a missão educadora e a graça própria desse estado, tomar todas as precauções, conhecidíssimas da educação cristã tradicional, e suficientemente descritas pelo já citado Antoniano, quando diz: « Tal e tão grande é a nossa miséria e a inclinação para o mal, que muitas vezes até as coisas que se dizem para remédio dos pecados são ocasião e incitamento para o mesmo pecado. Por isso importa sumamente que um bom pai quando discorre com o filho em matéria tão lúbrica, esteja bem atento, e não desça a particularidades e aos vários modos pelos quais esta hidra infernal envenena uma tão grande parte do mundo; não seja o caso que, em vez de extinguir este fogo, o sopre ou acenda imprudentemente no coração simples e tenro da criança. Geralmente falando, enquanto perdura a infância, bastará usar daqueles remédios que juntamente com o próprio efeito, inoculam a virtude da castidade e fecham a entrada ao vício »" (PAPA PIO XI, DIVINI ILLIUS MAGISTRI)
O CONSELHO PONTIFÍCIO PARA A FAMÍLIA dedicou um documento inteiro sobre o tema: SEXUALIDADE HUMANA:VERDADE E SIGNIFICADO - Orientações educativas em família.

O Papa João Paulo II dá uma abertura para a escola, mas fica claro que não é qualquer escola:
"A educação sexual, direito e dever fundamental dos pais, deve actuar-se sempre sob a sua solícita guia, quer em casa quer nos centros educativos escolhidos e controlados por eles. Neste sentido a Igreja reafirma a lei da subsidiariedade, que a escola deve observar quando coopera na educação sexual, ao imbuir-se do mesmo espírito que anima os pais." (Familiaris consortio 37)
Na sua Carta às famílias lamentou esses conteúdos:
"O utilitarismo é uma civilização da produção e do desfrutamento, uma civilização das «coisas» e não das «pessoas» ; uma civilização onde as pessoas se usam como se usam as coisas. No contexto da civilização do desfrutamento, a mulher pode tornar-se para o homem um objecto, os filhos um obstáculo para os pais, a família uma instituição embaraçante para a liberdade dos membros que a compõem. Para convencer-se disto, basta examinar certos programas de educação sexual introduzidos nas escolas, não obstante o frequente parecer contrário e até os protestos de muitos pais".

Portanto, os pais de família não se esquivem de formar seus filhos e se formar nesses temas por vezes difíceis, mas que são de sua responsabilidade; bem como não deixem de vigiar e se impor sobre o que os outros querem ensinar aos seus filhos, na escola e nos meios de comunicação.

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Lexicon - termos ambíguos e discutidos sobre família, vida e questões éticas

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quinta-feira, 23 de novembro de 2017



Estas etapas foram pensadas para serem feitas como um ritual de família. Enquanto os filhos montam os elementos, ajudados pela mãe, o pai proclama as leituras.
A montagem inicia no primeiro domingo do Advento. É recomendável que se faça após a Missa do dia, assim que chegarem em casa, pois as leituras da Missa e deste ritual se complementam.
Opcionalmente, pode-se acender uma vela a cada domingo, ao iniciar a montagem do dia, formando uma coroa do Advento.
Não há espaço para o Papai Noel nesta montagem. Embora seja um personagem originalmente cristão (um bispo santo, São Nicolau), sua exploração comercial pode atrapalhar o sentido cristão que queremos resgatar no Natal, principalmente para as crianças. Se for inevitável, coloque tudo que remete a esse lado comercial do Natal longe do presépio e em outros momentos, explicando às crianças o seu sentido.
Separe de antemão tudo que vai precisar para cada Domingo, escondendo os elementos que só serão usados posteriormente.

1º Domingo do Advento

Prepara-se o local para a árvore de Natal e para o presépio, montando a árvore sem enfeites, as estruturas do presépio, se houver, a manjedoura vazia, plantas, animais e pastores, se houver.
Coloca-se algumas bolas na árvore enquanto se proclama a seguinte leitura:

Lc 21, 29   “Olhai a figueira e todas as árvores.
30            Quando começam a brotar, basta olhá-las para saber que o verão está perto.
31            Vós, do mesmo modo, quando virdes acontecer essas coisas, ficai sabendo que o Reino de Deus está perto.
32            Em verdade vos digo: esta geração não passará antes que tudo aconteça.
33            O céu e a terra passarão, mas as minhas palavras não passarão. Em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo. Amém.

2º Domingo do Advento

Coloca-se os 3 reis magos, ainda distantes do local da manjedoura, enquanto se proclama a seguinte leitura:

Rm 15, 10 “Nações, alegrai-vos junto com seu povo”,
11            “Nações, louvai todas o Senhor e aclamem-no todos os povos”.

Coloca-se a manjedoura vazia, enquanto prossegue a leitura:
12            “Despontará o rebento de Jessé, para governar as nações. Nele, elas colocarão a sua esperança”.
13            Que o Deus da esperança vos encha de toda alegria e paz, em vossa vida de fé. Assim, vossa esperança transbordará, pelo poder do Espírito Santo. Em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo. Amém.

3º Domingo do Advento

Coloca-se mais enfeites e/ou luzes na árvore, enquanto se lê:

Fl 4, 4:      Alegrai-vos sempre no Senhor! Repito, alegrai-vos!
5              Seja a vossa amabilidade conhecida de todos! O Senhor está próximo.
6              Não vos preocupeis com coisa alguma, mas, em toda ocasião, apresentai a Deus os vossos pedidos, em orações e súplicas, acompanhadas de ação de graças.
7              E a paz de Deus, que supera todo entendimento, guardará os vossos corações e os vossos pensamentos no Cristo Jesus. Em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo. Amém.

4º Domingo do Advento

Coloca-se a imagem do Anjo, se houver, e as imagens de Maria e José no presépio, se possível ainda um pouco distantes da manjedoura, e se proclama:

Lc 1,26      O anjo Gabriel foi enviado por Deus a uma cidade da Galiléia, chamada Nazaré,
27            a uma virgem, prometida em casamento a um homem chamado José. Ele era descendente de Davi e o nome da virgem era Maria.
28            O anjo entrou onde ela estava e disse: 'Alegra-te, cheia de graça, o Senhor está contigo!'
29            Maria ficou perturbada com estas palavras e começou a pensar qual seria o significado da saudação.
30            O anjo, então, disse-lhe: 'Não tenhas medo, Maria, porque encontraste graça diante de Deus.
31            Eis que conceberás e darás à luz um filho, a quem porás o nome de Jesus.
32            Ele será grande, será chamado Filho do Altíssimo.

Ave Maria...

Em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo. Amém.

Natal

Na noite de Natal (24 para 25 de dezembro). Se não for à Missa da noite do dia 24, proceder este ritual à noite, antes de qualquer outra comemoração, como ceias. Senão, deixar para o dia 25 de manhã. (Cumpre-se o preceito de assistir à Missa do Natal tanto no dia 24 à noite quanto no dia 25 em qualquer horário).
Coloca-se uma estrela na árvore e/ou no presépio, e/ou acendem-se as luzes, enquanto se lê:

Jo 1,9       Esta era a luz verdadeira, que vindo ao mundo a todos ilumina.
10            Ela estava no mundo, e o mundo foi feito por meio dela, mas o mundo não a reconheceu.
11            Ela veio para o que era seu, mas os seus não a acolheram.
12            A quantos, porém, a acolheram, deu-lhes poder de se tornarem filhos de Deus: são os que creem no seu nome.
13            Estes foram gerados não do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas de Deus.

Coloca-se o Menino Jesus na manjedoura:
14            E a Palavra se fez carne e veio morar entre nós. Nós vimos a sua glória, glória que recebe do seu Pai como filho único, cheio de graça e de verdade.

Reza-se o Angelus diante do presépio, sempre que possível, ao amanhecer, ao meio-dia e ao entardecer (18h):
V/ O Anjo do Senhor anunciou a Maria,
R/ E Ela concebeu do Espírito Santo.
Ave Maria...
V/ Eis a escrava do Senhor.
R/ Faça-se em mim segundo a Vossa palavra.
Ave Maria.
V/ E o Verbo se fez Carne,
R/ E habitou entre nós.
Ave Maria.
V/ Rogai por nós, Santa Mãe de Deus,
R/ Para que sejamos dignos das promessas de Cristo.
Oremos.  Infundi, Senhor, em nossas almas a Vossa graça, para que nós, que conhecemos, pela Anunciação do Anjo, a Encarnação de Jesus Cristo, Vosso Filho, cheguemos, por sua Paixão e morte na cruz, à glória da Ressurreição. Pelo mesmo Jesus Cristo Nosso Senhor. Amém.
Glória ao Pai...

Domingo dentro da Oitava – Sagrada Família

Retira-se alguns personagens, como os pastores, o Anjo, alguns animais e enfeites, se forem muitos. Se forem poucos, retira-se somente o Anjo, alguns animais e enfeites. 

Lc 2, 29     'Agora, Senhor, conforme a tua promessa, podes deixar teu servo partir em paz;
30            porque meus olhos viram a tua salvação,
31            que preparaste diante de todos os povos:
32            luz para iluminar as nações e glória do teu povo Israel.'
33            O pai e a mãe de Jesus estavam admirados com o que diziam a respeito dele.

Se possível, retira-se a manjedoura, colocando o Menino Jesus, de alguma forma, junto a Maria e José, enquanto se prossegue:
39            Depois de cumprirem tudo, conforme a Lei do Senhor, voltaram à Galiléia, para Nazaré, sua cidade.
40            O menino crescia e tornava-se forte, cheio de sabedoria; e a graça de Deus estava com ele.

6 de janeiro - Epifania

Se o dia 6 de janeiro for dia de semana, a solenidade da Epifania é transferida para o próximo Domingo.
Aproxima-se os 3 reis magos da Sagrada Família, enquanto se proclama:

Mt 2,1       Tendo nascido Jesus na cidade de Belém, na Judéia, no tempo do rei Herodes, eis que alguns magos do Oriente chegaram a Jerusalém,
2              perguntando: 'Onde está o rei dos judeus, que acaba de nascer? Nós vimos a sua estrela no Oriente e viemos adorá-lo.'
9              E a estrela, que tinham visto no Oriente, ia adiante
deles, até parar sobre o lugar onde estava o menino.
10            Ao verem de novo a estrela, os magos sentiram uma alegria muito grande.
11            Quando entraram na casa, viram o menino com Maria, sua mãe. Ajoelharam-se diante dele, e o adoraram. Depois abriram seus cofres e lhe ofereceram presentes: ouro, incenso e mirra.

Ave Maria...

Em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo. Amém.


Em uma noite da segunda à sexta-feira após o Domingo da Epifania

Pode-se preparar uma imagem ou ícone de Jesus para substituir o presépio. Deixe-a reservada ou coberta.
À noite: Começa-se a retirar as luzes e enfeites da árvore e do presépio enquanto se lê:

Is 60, 2     Sim, a escuridão cobre a terra, as trevas cobrem os povos mas sobre ti brilha o SENHOR, sobre ti aparece sua glória.

Retira-se os pastores, se houver.
3        As nações caminharão à tua luz, os reis, ao brilho do teu esplendor.
4        Lança um olhar em volta e observa: todos estes foram reunidos para virem a ti, teus filhos vêm de longe, tuas filhas carregadas ao colo.

Retira-se os reis magos.
5        Então verás, e teu rosto se iluminará, teu coração vai palpitar e ofegar, pois estarão trazendo a ti os tesouros de além-mar, aí chegarão as riquezas das nações.
6        Multidão de camelos te invade, dromedários de Madiã e de Efá, de Sabá trazem ouro e incenso, anunciando os louvores do SENHOR.

Retira-se Maria e José.
At 10, 36   Deus enviou sua palavra aos israelitas e lhes anunciou a Boa-Nova da paz, por meio de Jesus Cristo, que é o Senhor de todos.
37            Vós sabeis o que aconteceu em toda a Judéia, a começar pela Galiléia, depois do batismo pregado por João:
38            como Jesus de Nazaré foi ungido por Deus com o Espírito Santo e com poder.

Retira-se o Menino Jesus.
Ele andou por toda a parte, fazendo o bem e curando a todos os que estavam dominados pelo demônio; porque Deus estava com ele.

Retira-se completamente todos os elementos, árvore e presépio.
Coloca-se a imagem ou ícone de Jesus Cristo, enquanto se reza um Pai-nosso e o Glória ao Pai.


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