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quarta-feira, 25 de outubro de 2017

Em "comemoração" aos 500 anos da "Reforma" de Lutero, vamos compartilhar este áudio:
POR QUE NÃO SOU PROTESTANTE?
 
 
Texto disponível em pdf na nossa seção de folhetos
***

Que todos sejam Um
Pequenas e grandes diferenças entre as duas religiões são debatidas e o autor, com habilidade, conhe..

quinta-feira, 27 de agosto de 2015

Encontramos no livro das Confissões de Santo Agostinho alguns trechos referentes a sua experiência com o canto litúrgico da Igreja, particularmente aquele cantado na Catedral de Milão, de Santo Ambrósio: o canto ambrosiano, que é precursor do viria a ser o canto gregoriano.

É de particular interesse o relato em que o Santo considera que aquele canto de Milão, de Ambrósio, é o pioneiro na Igreja do Ocidente:


Confissões, Livro IX, Capítulo VII:
http://www.cursoscatolicos.com.br/2014/05/curso-de-canto-gregoriano.html


O canto dos fiéis.
Não havia muito tempo que a igreja de Milão começara a adotar essa prática consoladora e edificante do canto, com grande regozijo dos fiéis, que uniam em um só coro as vozes e o coração. Havia um ano, ou pouco mais, que Justina, mãe do imperador Valentiniano, ainda menor, seduzida pelos arianos, perseguia, por causa de sua heresia, teu servo Ambrósio. O povo fiel passava as noites na igreja, disposto a morrer com seu bispo.
Nesse meio estava minha mãe, tua serva, uma das primeiras no zelo dessas inquietações e vigílias, não vivendo senão de orações. Nós, apesar de ainda frios, sem o calor de teu Espírito,nos sentíamos comovidos pela perturbação e consternação da cidade. Foi então que se fixou o costume de cantar hinos e salmos, como se faz no Oriente, para que os fiéis não se consumissem no tédio e na tristeza. Desde esse dia esse costume manteve-se, e no resto do mundo, quase todas as tuas comunidades de fiéis passaram a adotá-lo.


Confissões, Livro X, Capítulo XXXIII:
 

Os prazeres do ouvido
... Agradam-me ainda, eu o confesso, os cânticos que tuas palavras vivificam, quando executados por voz suave e artística; ...

Às vezes parece-me tributar-lhe mais atenção do que devia: sinto que tuas palavras santas, acompanhadas do canto, me inflamam de piedade mais devota e mais ardente do que se fossem cantadas de outro modo. Sinto que as emoções da alma encontram na voz e no canto, conforme suas peculiaridades, seu modo de expressão próprio, um misterioso estímulo de afinidade.
... Outras vezes, porém, querendo exageradamente evitar este engano, peco por excessiva severidade; chego ao ponto de querer afastar de meus ouvidos, e da própria Igreja, a melodia dos suaves cânticos que habitualmente acompanham os salmos de Davi. Nessas ocasiões parece-me que o mais seguro seria adotar o costume de Atanásio, bispo de Alexandria. Segundo me relataram, ele os mandava recitar com tão fraca inflexão de voz, que era mais uma declamação do que um canto.
Contudo, quando lembro das lágrimas que derramei ao ouvir os cantos de tua Igreja, nos primórdios de minha conversão, e que ainda agora me comovem, não tanto com o canto, mas com as letras cantadas, voz clara e modulações apropriadas, reconheço novamente a grande utilidade desse costume. 

Assim, oscilo entre o perigo do prazer e a constatação dos efeitos salutares do canto. Por isso, sem emitir juízo definitivo, inclino-me a aprovar o costume de cantar na igreja, para que, pelo prazer do ouvido, a alma ainda muito fraca, se eleve aos sentimentos de piedade. E quando me comovem mais os cantos do que as palavras cantadas, confesso meu pecado e mereço penitência, e então preferiria não ouvir cantar.

*****

Curso de Canto Gregoriano via internet: 
 www.cursoscatolicos.com.br

sexta-feira, 29 de maio de 2015



 (Trecho extraído do capítulo XII do livro Introdução ao estudo dos Dogmas da Igreja Católica, de Sérgio Paulo Roberto, professor do Curso de Introdução aos Dogmas e Curso de Iniciação Bíblica)

Sabemos que os dogmas são vários e, ao mesmo tempo, um só, que é a Verdade, que é o Verbo de Deus. Todo dogma provém do Verbo, sendo dele manifestação.
Entretanto, para fins de ensino, estudo, catequese ou outras aplicações, é possível, e até necessário, “sistematizar” os Dogmas católicos, agrupando-os em categorias. Uma dessas sistematizações os distribui em oito divisões, conforme segue[1]:
http://loja.cursoscatolicos.com.br/DOGMAS·         Dogmas sobre Deus
·         Dogmas sobre Jesus Cristo
·         Dogmas sobre a Criação do Mundo
·         Dogmas sobre o Ser Humano 
·         Dogmas Marianos 
·         Dogmas sobre o Papa e a Igreja 
·         Dogmas sobre os Sacramentos 
·         Dogmas Escatológicos (ou sobre as últimas coisas)

Cada uma dessas categorias abrange vários dogmas, POR EXEMPLO:

Dogmas sobre Deus
·         Deus existe.
·         A existência de Deus é objeto de Fé.
·         Deus é Único.
·         Deus é Eterno.
·         A Santíssima Trindade é real.

Dogmas sobre Jesus Cristo
·         Jesus Cristo é verdadeiro Deus e filho de Deus por essência.
·         Jesus possui duas naturezas que não se transformam nem se misturam.
·         Cada uma das duas naturezas em Cristo possui uma própria vontade física e uma própria operação física.
·         Jesus Cristo é homem e, ao mesmo tempo, Filho natural de Deus.
·         Cristo imolou-se a si mesmo na cruz como verdadeiro e próprio sacrifício.
·         Cristo nos resgatou e reconciliou com Deus por meio do sacrifício de sua morte na cruz.
·         Após sua morte, ao terceiro dia, Cristo ressuscitou glorioso dentre os mortos.
·         Cristo subiu em corpo e alma aos céus, onde está à direita de Deus Pai.

Dogmas sobre a Criação do Mundo
·         Tudo o que existe foi criado por Deus a partir do Nada.
·         Caráter temporal do mundo.
·         Conservação do mundo.

Dogmas sobre o Ser Humano
·         O homem é formado por corpo material e alma espiritual.
·         O pecado de Adão se propaga a todos seus descendentes por geração, não por imitação.
·         O homem caído não pode redimir-se a si próprio.

Dogmas Marianos
·         A Imaculada Conceição de Maria.
·         Maria, Mãe de Deus.
·         A Assunção de Maria.
·         A Virgem.

Dogmas sobre o Papa e a Igreja
·         A Igreja foi fundada por Jesus Cristo.
·         Cristo constituiu o Pedro como primeiro entre os Apóstolos e como cabeça visível de toda Igreja, conferindo-lhe imediata e pessoalmente o primado de jurisdição.
·         O Papa possui o pleno e supremo poder de jurisdição sobre toda Igreja, não somente em coisas de fé e costumes, mas também na disciplina e governo da Igreja.
·         O Papa é infalível sempre que se pronuncia “ex cátedra”.
·         A Igreja é infalível quando faz definição em matéria de fé e costumes.

Dogmas sobre os Sacramentos
·         O Batismo é verdadeiro Sacramento instituído por Jesus Cristo.
·         A Confirmação é verdadeiro e próprio Sacramento.
·         A Igreja recebeu de Cristo o poder de perdoar os pecados cometidos após o Batismo.
·         A Confissão Sacramental dos pecados está prescrita por Direito Divino e é necessária para a salvação.
·         A Eucaristia é verdadeiro Sacramento instituído por Cristo.
·         Cristo está presente no sacramento do altar pela Transubstanciação de toda a substância do pão em seu corpo e toda substância do vinho em seu sangue.
·         A Unção dos enfermos é verdadeiro e próprio Sacramento instituído por Cristo.
·         A Ordem é verdadeiro e próprio Sacramento instituído por Cristo.
·         O Matrimônio é verdadeiro e próprio Sacramento.

 Dogmas sobre as Últimas Coisas (Escatologia)
·         A Morte e sua origem.
·         O Céu (Paraíso).
·         O Inferno.
·         O Purgatório.
·         O Fim do mundo e a Segunda Vinda de Cristo.
·         A Ressurreição dos Mortos no Último Dia.
·         O Juízo Particular.
·         O Juízo Universal.


Quantos são os Dogmas?


A lista que vimos acima - existem outras - apresenta 45 dogmas, mas, apesar de extensa, não é exaustiva. Existem outros dogmas, alguns decorrentes desses acima relacionados; outros, de desenvolvimento independente.
Por exemplo, o cânon bíblico, ou seja, a lista dos 73 livros que compõem a Bíblia católica, é dogmático, pois devemos crer, como verdade incontestável, que tais livros, e nenhum outro mais entre os conhecidos, foram inspirados por Deus e, portanto, são suas palavras.[2] Aliás, a inspiração divina da Bíblia e sua inerrância também são dogmas católicos.
Quando Deus diz, no quinto mandamento,[3] de forma imperativa e incondicional, “Não matarás!”, Ele eleva a vida humana à condição sagrada, pois teve origem na ação criadora de Deus e a Ele permanece intrinsecamente ligada. Só Deus é o dono da vida, o que leva o aborto, a eutanásia, o homicídio e até o suicídio à categoria de pecados, já que são atos contrários à vontade de Deus.
Ludwig Ott,[4] em sua magistral obra “Fundamentals of the Catholic Dogma”, apresenta nada menos do que 249 dogmas, listados no Apêndice deste livro. (livro Introdução ao estudo dos Dogmas da Igreja Católica)
Mas, se quisermos conhecer a relação completa dos dogmas, o local, por excelência, onde podemos encontrá-los, é o Catecismo da Igreja Católica, ainda que também lá não seja possível precisar-lhes o número, pois podem ser agrupados ou destacados conforme a intenção daquele que os lê, estuda ou escreve sobre eles.


[1] A divisão aqui exposta é a proposta por Dercio Antonio Paganini, disponível em vários sites já que, pela facilidade didática, é reproduzida em vários artigos católicos. Nossa fonte foi o excelente site “Duc in altum!”, cujo endereço eletrônico para a matéria, que nos subsidiará nas próximas páginas, é: http://www.duc-in-altum.com.br/Duc%20in%20altum!5a.htm
[2] O Concílio de Trento (1546-1543), realizado durante a “reforma” protestante, confirmou de forma dogmática as refutações às heresias de Lutero, inclusive o canon bíblico, do qual Lutero havia suprimido sete livros do Velho Testamento: Tobias, Judite, Sabedoria, Eclesiástico, Baruc e os dois livros dos Macabeus (além de alguns trechos dos livros de Daniel e Ester).
[3] A lei moral (o Decálogo) mantém-se inalterada e incide sobre os cristãos - trata-se de Lei eterna, santa e perfeita (cf. Concílio de Trento).
[4] Ott, Ludwig. Fundamentals of Catholic Dogma. TAN Books, Charlotte, NorthCarolina. 1974

Inscreva-se: Curso de Introdução aos Dogmas da Igreja Católica

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