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quinta-feira, 11 de julho de 2019

“Um astro luminoso em um século obscuro”

São Bento nasceu em Núrsia por volta do ano 480 d.C., e foi definido por São Gregório como “um astro luminoso” em uma época dilacerada por uma grave crise de valores. De fato, os ensinamentos de São Bento foram uma das alavancas mais poderosas, após o declínio da civilização romana, para o nascimento da cultura europeia.
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A obra mais importante de São Bento, irmão de Santa Escolástica, foi a composição da Regra escrita por volta do ano 530 d.C. Trata-se de um Manual, um código de orações para a vida monacal. O santo exorta os monges a “ouvirem com o coração” e a “jamais perderem a esperança na misericórdia de Deus”. A sua intenção se tornou não só um farol do monacato, mas também uma fonte providencial de esperança para os pobres e peregrinos e, portanto, para reanimar o destino do Velho Continente.
“ O santo exorta os monges a “ouvirem com o coração” e a “jamais perderem a esperança na misericórdia de Deus”. ”
Bento trouxe a novidade, depois dos excessos do período romano e das violências dos bárbaros, ao não olhar “à condição social nem à riqueza”, mas ao “sentido da pessoa, constituída à imagem de Deus”, como afirmou Papa Francisco por ocasião da conferência (Re)Thinking Europe em outubro de 2017.

Na ocasião o Santo Padre recordou que os ensinamentos de São Bento foram fundamentais para a construção de mosteiros, tornando-se depois o “berço do renascimento humano, cultural, religioso e também econômico do continente”.

São Bento, pai da Europa

São Bento é o pai da Europa. Quando o Império Romano se afundou, consumido pela vetustez e pelos vícios, e os bárbaros investiram sobre as províncias, este homem a quem já chamaram o último dos grandes romanos (na expressão de Tertuliano), aliando a romanidade ao Evangelho, extraiu destas duas fontes o auxílio e a força que lhe permitiram unir fortemente os povos da Europa sob o estandarte e a autoridade de Cristo. (…) De fato, do mar Báltico ao Mediterrâneo, do oceano Atlântico às planícies da Polônia, legiões de monges beneditinos adoçaram as nações rebeldes e selvagens, por meio da cruz, dos livros e da charrua.

Oração e trabalho”: não é certo que esta divisa dos beneditinos contém, na sua majestosa brevidade, a lei principal da humanidade e a sua regra de vida? (…) Orar é um preceito divino; como o é trabalhar: não é certo que temos de cumprir um e outro, para glória de Deus e aperfeiçoamento do nosso espírito e do nosso corpo? (Pio XII)

segunda-feira, 25 de março de 2019

Esta oração pode ser rezada logo após o Angelus mariano, como devoção privada.


Angelus Domini in honorem Sancti Iosephi

Angelus Domini apparuit in somnis Ioseph.
Ut Maria non dimitteretur ab eo.
Ave Ioseph, gratia dives,
Dominus tecum.
Benedictus tu inter viros,
et benedictus fructus ventris Mariae, Iesus.
Sancte Ioseph, pater nutricie Filii Dei, ora pro nobis peccatoribus,
nunc et in hora mortis nostrae. Amen.

Ioseph, fili David,
noli timere accipere Mariam coniugem tuam.
Quod enim in ea natum est de Spiritu Sancto est.
Ave Ioseph, ...

Pariet autem filium, et vocabis nomen eius Iesum.
Ipse enim salvum faciet populum suum a peccatis eorum.

Ave Ioseph, gratia dives,

Ora pro nobis, gloriose Patriarche sancte Ioseph.
Ut digni efficiamur promissionibus Christi.

Oremus.
Sanctissimae Genetricis tuae Sponsi patrocinio suffulti, rogamus, Domine, clementiam tuam: ut corda nostra facias terrena cuncta despicere ac te verum Deum perfecta caritate diligere: Qui vivis et regnas in saecula saeculorum. Amen.
GLORIA PATRI (3x)

Angelus em honra de São José

O Anjo do Senhor apareceu em sonho a José
Para que não repudiasse Maria.
Ave, José, rico de graça,
o Senhor é convosco
Bendito sois vós entre os homens e  bendito é o fruto do ventre de Maria, Jesus.
São José, pai nutrício do Filho de Deus,
rogai por nós, pecadores,
agora e na hora de nossa morte.
Amém.
José, filho de Davi,
não temas receber Maria como tua esposa,
porque Aquele que foi concebido nela é obra do Espírito Santo.

Ave, José...

Ela dará à luz a um filho e o chamarás Jesus
porque Ele salvará o povo de seus pecados.

Ave, José...

Rogai por nós, glorioso Patriarca São José.
Para que sejamos dignos das promessas de Cristo.

Oremos.
Sustentados pelo patrocínio do esposo de Vossa Santíssima Mãe, rogamos, Senhor, a Vossa clemência: fazei que nossos corações, desprezando tudo que é terreno, amem a Vós, Deus verdadeiro, com perfeita caridade. Vós que viveis e reinas pelos séculos dos séculos. Amém.
Glória ao Pai... (3x)
 
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quinta-feira, 3 de agosto de 2017

Um leitor nos questiona, espantado, "por que a Igreja esconde que Lúcifer não é o diabo, mas Jesus Cristo?"
Essa é uma daquelas "confusões dos diabos" que as pessoas fazem, principalmente após ler qualquer bobagem na internet.
 
Qualquer católico médio, que estudou bem o catecismo, sabe responder isso. Mas vamos ajudar:
Não se pode dizer que "Roma" ou "Jerônimo" "nos enganou" (como o questionador supôs), porque nunca disseram nada a respeito. Consulte o Catecismo da Igreja Católica e verá que não aparece em lugar algum menção ao nome próprio Lúcifer: nos números 391 e seguintes está a doutrina sobre os anjos caídos. A Igreja chama ao chefe dos demônios de Diabo (do grego) ou Satanás (do hebraico). São sinônimos. Igualmente, nem os catecismos mais antigos citam o diabo com o nome de Lúcifer.
Na Bíblia, também, não aparece o termo lucifer (latim: brilhante, portador de luz) referindo-se ao diabo. Há vários textos que traduzidos para o latim soam como lucifer: Is 14,12, Jó 11,17, 2Pe 1,19, Ap 22,16.
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E ainda: a Igreja tem um Santo de nome Lúcifer! https://pt.wikipedia.org/wiki/L%C3%BAcifer_(bispo)
Este era anterior a São Jerônimo, tanto que São Jerônimo escreveu sobre ele, na obra ALTERCATIO LUCIFERIANI ET ORTHODOXI (Altercação entre Luciferianos e Ortodoxos), contando sobre os debates do bispo São Lúcifer contra os arianos. Vê-se que não pode ter sido São Jerônimo quem produziu essa confusão.

Na Vigília Pascal, até hoje, canta-se um canto que, em latim, pronuncia-se a palavra lucifer (lê-se lutifer), referindo-se à luz do Círio Pascal aceso, que simboliza o Cristo! https://padrepauloricardo.org/blog/lucifer-no-vaticano-e-a-exploracao-da-ignorancia
Então, como surge o nome Lúcifer como nome próprio do diabo?
Como vimos, não pode ter sido antes do século V. Mas a partir daí, fazendo um paralelo com a doutrina sobre os anjos caídos, nos tempos em que se falava latim pode ter surgido essa associação de nomes no meio popular, pois a doutrina católica diz que o primeiro anjo mau a se rebelar era antes muito próximo de Deus, por isso luminoso (numa linguagem figurada, pois anjos são espíritos sem matéria). Assim, ao explicar em latim que era um anjo bom, luminoso (lucifer), alguns acabaram dando a esse anjo mais um nome: Lúcifer!
Também pode ter ocorrido a associação com o texto de Is 14,12, que diz: "Caíste dos céus, astro brilhante, filho da aurora! Foste abatido por terra, tu que prostravas as nações!"  - É uma profecia contra o rei da Babilônia, que acabou sendo associado à história da queda dos anjos.

Portanto, trata-se de um nome popular, assim como capeta, tinhoso, coisa ruim, etc., ainda que teólogos o tenham usado.
Note que esse nome só é usado popularmente, no cinema e na literatura. Nunca na doutrina da Igreja, raramente por algum teólogo.
A Igreja Católica tem uma doutrina certa, sólida e clara. Não engana ninguém. Basta querer aprendê-la e não dar ouvidos aos ignorantes.


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segunda-feira, 3 de julho de 2017

No livro de suas Confissões, Santo Agostinho expõe sua busca por Deus. Na parte em que fala dos prazeres dos sentidos, ele toca a questão do canto na Igreja, sobre como deve ser apreciado o canto unido à razão. Segue o capítulo, com grifos nossos:
 
Os prazeres do ouvido

  Os prazeres do ouvido me prendem e me subjugam com mais força, mas tu me desligaste, me libertaste. 
  Agradam-me ainda, eu o confesso, os cânticos que tuas palavras vivificam, quando executados por voz suave e artística; todavia eles não me prendem, e dele posso me desvencilhar quando quero. Para assentarem no meu íntimo, em companhia com os pensamentos que lhe dão vida, buscam em meu coração um lugar de dignidade, mas eu me esforço ou me ofereço para ceder-lhes só o lugar conveniente.
  Às vezes parece-me tributar-lhe mais atenção do que devia: sinto que tuas palavras santas, acompanhadas do canto, me inflamam de piedade mais devota e mais ardente do que se fossem cantadas de outro modo. Sinto que as emoções da alma encontram na voz e no canto, conforme suas peculiaridades, seu modo de expressão próprio, um misterioso estímulo de afinidade. 
  Mas o prazer dos sentidos, que não deveria seduzir o espírito, muitas vezes me engana. Os sentidos não se limitam a seguir, humildemente, a razão; o mesmo tendo sido admitidos graças à ela, buscam precedê-la e conduzi-la. É nisso que peco sem o sentir, embora depois o perceba. 
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  Outras vezes, porém, querendo exageradamente evitar este engano, peco por excessiva severidade; chego ao ponto de querer afastar de meus ouvidos, e da própria Igreja, a melodia dos suaves cânticos que habitualmente acompanham os salmos de Davi. Nessas ocasiões parece-me que o mais seguro seria adotar o costume de Atanásio, bispo de Alexandria. Segundo me relataram, ele os mandava recitar com tão fraca inflexão de voz, que era mais uma declamação do que um canto. 
  Contudo, quando lembro das lágrimas que derramei ao ouvir os cantos de tua Igreja, nos primórdios de minha conversão, e que ainda agora me comovem, não tanto com o canto, mas com as letras cantadas, voz clara e modulações apropriadas, reconheço novamente a grande utilidade desse costume. 
  Assim, oscilo entre o perigo do prazer e a constatação dos efeitos salutares do canto. Por isso, sem emitir juízo definitivo, inclino-me a aprovar o costume de cantar na igreja, para que, pelo prazer do ouvido, a alma ainda muito fraca, se eleve aos sentimentos de piedade. E quando me comovem mais os cantos do que as palavras cantadas, confesso meu pecado e mereço penitencia, e então preferiria não ouvir cantar.  
  Eis em que estado me encontro! Chorai comigo, e chorai por mim, vós que alimentais no coração a virtude, fonte de boas obras. Porque vós, a quem isso não afeta, sois insensíveis a tudo isso. E tu, Senhor meu Deus, escuta, olha e vê; tem piedade de mim, cura-me. Eis que me tornei um problema para mim mesmo, sob teu olhar, e aí está precisamente meu mal. 

quinta-feira, 27 de agosto de 2015

Encontramos no livro das Confissões de Santo Agostinho alguns trechos referentes a sua experiência com o canto litúrgico da Igreja, particularmente aquele cantado na Catedral de Milão, de Santo Ambrósio: o canto ambrosiano, que é precursor do viria a ser o canto gregoriano.

É de particular interesse o relato em que o Santo considera que aquele canto de Milão, de Ambrósio, é o pioneiro na Igreja do Ocidente:


Confissões, Livro IX, Capítulo VII:
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O canto dos fiéis.
Não havia muito tempo que a igreja de Milão começara a adotar essa prática consoladora e edificante do canto, com grande regozijo dos fiéis, que uniam em um só coro as vozes e o coração. Havia um ano, ou pouco mais, que Justina, mãe do imperador Valentiniano, ainda menor, seduzida pelos arianos, perseguia, por causa de sua heresia, teu servo Ambrósio. O povo fiel passava as noites na igreja, disposto a morrer com seu bispo.
Nesse meio estava minha mãe, tua serva, uma das primeiras no zelo dessas inquietações e vigílias, não vivendo senão de orações. Nós, apesar de ainda frios, sem o calor de teu Espírito,nos sentíamos comovidos pela perturbação e consternação da cidade. Foi então que se fixou o costume de cantar hinos e salmos, como se faz no Oriente, para que os fiéis não se consumissem no tédio e na tristeza. Desde esse dia esse costume manteve-se, e no resto do mundo, quase todas as tuas comunidades de fiéis passaram a adotá-lo.


Confissões, Livro X, Capítulo XXXIII:
 

Os prazeres do ouvido
... Agradam-me ainda, eu o confesso, os cânticos que tuas palavras vivificam, quando executados por voz suave e artística; ...

Às vezes parece-me tributar-lhe mais atenção do que devia: sinto que tuas palavras santas, acompanhadas do canto, me inflamam de piedade mais devota e mais ardente do que se fossem cantadas de outro modo. Sinto que as emoções da alma encontram na voz e no canto, conforme suas peculiaridades, seu modo de expressão próprio, um misterioso estímulo de afinidade.
... Outras vezes, porém, querendo exageradamente evitar este engano, peco por excessiva severidade; chego ao ponto de querer afastar de meus ouvidos, e da própria Igreja, a melodia dos suaves cânticos que habitualmente acompanham os salmos de Davi. Nessas ocasiões parece-me que o mais seguro seria adotar o costume de Atanásio, bispo de Alexandria. Segundo me relataram, ele os mandava recitar com tão fraca inflexão de voz, que era mais uma declamação do que um canto.
Contudo, quando lembro das lágrimas que derramei ao ouvir os cantos de tua Igreja, nos primórdios de minha conversão, e que ainda agora me comovem, não tanto com o canto, mas com as letras cantadas, voz clara e modulações apropriadas, reconheço novamente a grande utilidade desse costume. 

Assim, oscilo entre o perigo do prazer e a constatação dos efeitos salutares do canto. Por isso, sem emitir juízo definitivo, inclino-me a aprovar o costume de cantar na igreja, para que, pelo prazer do ouvido, a alma ainda muito fraca, se eleve aos sentimentos de piedade. E quando me comovem mais os cantos do que as palavras cantadas, confesso meu pecado e mereço penitência, e então preferiria não ouvir cantar.

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quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

Muitos se espantaram com a retomada do processo de beatificação de Dom Oscar Romero, mas por conta das informações superficiais e slogans a seu respeito.
Desde seu assassinato, os "teólogos da libertação" o pegaram para mártir da causa, e não mártir da fé católica. Tanto é assim que as manchetes sobre sua beatificação soam como se fosse uma canonização da teologia da libertação. "Maior nome da Teologia da Libertação será beatificado", estamparam alguns jornais.
Ora, Dom Oscar Romero nunca compactuou com a TL marxista.


Na realidade, Romero buscou uma solução pacífica para os problemas de El Salvador.
Em sua terceira carta pastoral, escrita em 1978, Romero condenou a violência da guerrilha esquerdista como "terrorista" e "sediciosa". Na quarta carta escrita um ano depois, o Arcebispo de San Salvador lembrou a nação que a violência era justificável apenas em situações extremas quando se esgotaram todas as outras alternativas, citando a teoria de guerra justa católica.
[...]
Ao mesmo tempo, compreendeu os perigos do marxismo, condenando o movimento de guerrilha marxista que aterrorizaram a classe dominante de El Salvador. Ernesto Cardenal, o monge trapista que, na década de 1980, foi ministro no governo de sandinista da Nicarágua, escreveu que antes de se tornar um cristão, primeiro deve tornar-se um marxista-leninista. Romero rejeitou-o: seu herói pessoal foi Papa Pio XI, para resistir ao fascismo e comunismo ao mesmo tempo.
[...]
Romero também ficou a parte da teologia da libertação, distinguindo entre a libertação do comunismo e a libertação que Cristo oferece. Na década de 1980, alguns sacerdotes latino-americano, inspirados pelo marxismo, queriam negar a comunhão para os ricos. Romero resistiu, dizendo em uma homilia de 1979: "nós não somos demagogicamente a favor de uma classe social; Nós somos a favor do Reino de Deus, e nós queremos promover justiça, amor e compreensão, onde quer que haja um coração bem disposto."
[...]
Um dos mais firmes apoiantes da beatificação do Romero foi o Papa Bento XVI. Antes e depois da sua eleição ao papado ele expressou seu entusiasmo pela causa, indo tão longe a ponto de dizer que "sem dúvida" Dom Romero será declarado beato um dia.
 http://www.firstthings.com/web-exclusives/2013/03/oscar-romeros-exaggerating-critics

Dom Romero 
"viveu como devoto filho da Igreja, como se depreende das fontes primárias das quais dispomos. Da carta que consta nesse link, enviada ao Papa em favor de S. Josemaría Escrivá (durma-se com um barulho desse: acusam de ser da Teologia da Libertação um bispo que se rasga de elogios ao Opus Dei!), destaco só duas passagens, curtas mas bem representativas do senso de prioridades do falecido bispo de San Salvador (grifos do original):
Conheço faz muito tempo o trabalho do Opus Dei aqui em El Salvador, e posso testemunhar o sentido sobrenatural que o anima e a fidelidade ao magistério eclesiástico, que caracteriza este trabalho.
[…]
Neste mundo tempestuoso, invadido por insegurança e dúvida, a excelente fidelidade doutrinária que caracteriza o Opus Dei é um sinal da graça especial de Deus.
Parece-me evidente, assim, que a canonização de um homem desses não pode jamais ser vista como uma chancela à Teologia da Libertação de cunho marxista, já incontáveis vezes condenada pela Igreja Católica. Ressuscitar este cadáver já putrefato, como já expliquei aqui, seria claramente retroceder os ponteiros do relógio da História – coisa que o Papa Francisco já deixou bem claro que não gosta de fazer.
 http://www.deuslovult.org/2013/04/24/dom-oscar-romero-e-a-teologia-da-libertacao/

Atualização (13/02/2015): Em vídeo, seu secretário pessoal afirma que ele nunca se interessou pela TL; apesar de receber muitos livros sobre, nunca sequer os abriu.  https://www.aciprensa.com/noticias/video-mons-romero-nunca-se-intereso-por-la-teologia-de-la-liberacion-asegura-su-secretario-personal-42365/

quarta-feira, 19 de março de 2014



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Em tempos difíceis para a Igreja, Pio IX [em 1870], desejando confiá-la à especial proteção do Santo Patriarca José, declarou-o «Patrono da Igreja católica». Esse Sumo Pontífice sabia que não estava a levar a efeito um gesto peregrino, porque, em virtude da excelsa dignidade concedida por Deus a este seu servo fidelíssimo, «a Igreja, depois da Virgem Santíssima, esposa dele, teve sempre em grande honra e cumulou de louvores o Bem-aventurado José e, no meio das angústias, de preferência foi a ele que recorreu». 
Quais são os motivos de tão grande confiança? O Papa Leão XIII expõe-nos assim: «As razões pelas quais o Bem-aventurado José deve ser considerado especial Patrono da Igreja, e a Igreja, por sua vez, deve esperar muitíssimo da sua proteção e do seu patrocínio, provêm principalmente do fato de ele ser esposo de Maria e pai putativo de Jesus (...). José foi a seu tempo legítimo e natural guardião, chefe e defensor da divina Família (...). É algo conveniente e sumamente digno para o Bem-aventurado José, portanto, que, de modo análogo àquele com que outrora costumava socorrer santamente, em todo e qualquer acontecimento, a Família de Nazaré, também agora cubra e defenda com o seu celeste patrocínio a Igreja de Cristo». 
A atitude fundamental de toda a Igreja deve ser de «religiosa escuta da palavra de Deus»; ou seja, de absoluta disponibilidade para se pôr fielmente ao serviço da vontade salvíficade Deus, revelada em Jesus. Logo no princípio da Redenção humana, nós encontramos o modelo da obediência encarnado, depois de Maria, precisamente em José, aquele que, se distingue pela execução fiel das ordens de Deus. 
Nos dias de hoje, temos ainda numerosos motivos para rezar da mesma maneira:«Afastai de nós, ó pai amantíssimo, esta peste de erros e de vícios..., assisti-nos propício, do céu, nesta luta contra o poder das trevas ...; e assim como outrora livrastes da morte a vida ameaçada do Menino Jesus, assim hoje defendei a santa Igreja de Deus das ciladas do inimigo e de todas as adversidades». Hoje ainda temos motivos que perduram para recomendar todos e cada um dos homens a São José. 
O homem justo, que trazia em si o patrimônio da Antiga Aliança, foi também introduzido no «princípio» da nova e eterna Aliança em Jesus Cristo. Que ele nos indique os caminhos desta Aliança salvífica no limiar do próximo Milênio, durante o qual deve perdurar e desenvolver-se ulteriormente a «plenitude dos tempos» própria do mistério inefável da Incarnação do Verbo.

PAPA JOÃO PAULO II. Exortação Apostólica Redemptoris Custos (resumido). 15 de agosto de 1989.
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terça-feira, 28 de janeiro de 2014


História em quadrinhos bem humorada sobre Santo Tomás de Aquino, incluindo as famosas cinco vias para provar a existência de Deus, tirada da revista Action Philosophers.

Original em inglês extraído do site: http://sumateologica.wordpress.com/2012/05/30/tomas-em-quadrinhos/

Tradução livre e adaptação: Márcio Carvalho (acaminhoteologia.blogspot.com)
(visualize melhor em tela cheia: clique no canto inferior direito do slide)

sábado, 25 de janeiro de 2014

No dia 25 de janeiro se celebra a festa da Conversão de São Paulo. Como o Domingo é o principal dia de festa do cristão, este ano é celebrado o 3º Domingo do Tempo Comum, conforme as Normas Universais para o Ano Litúrgico e o Calendário.
Por ocasião no Ano Paulino (28 de junho de 2008 a 29 de junho de 2009, dois mil anos do nascimento do Apóstolo Paulo), a Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos (órgão do Vaticano responsável pela liturgia católica) concedeu por meio de decreto, de maneira extraordinária, que no dia 25 de Janeiro de 2009 se possa celebrar em cada igreja uma Missa segundo o formulário Conversão de São Paulo Apóstolo, como está no Missal Romano.
Mais do que conhecer a figura de Paulo, sua vida e personalidade, o Ano Paulino proposto pelo Papa chama a aprender daquele a quem São Paulo amava a ponto de suportar tudo: o Cristo. Em suas cartas, ele luta veementemente contra quem o queira colocar acima de Cristo: “Então estaria Cristo dividido? É Paulo quem foi crucificado por vós? É em nome de Paulo que fostes batizados?” (1 Cor 1, 13).
E quem é que Paulo aponta? Por ocasião de sua conversão, o então Saulo pergunta: “Quem és, Senhor?”, e recebe como resposta: “Eu sou Jesus, a quem tu persegues” (Atos 9, 4s). Ora, Jesus já havia morrido, ressuscitado e subido ao céu. Saulo não perseguia a Jesus de Nazaré, mas a Igreja, os cristãos. Jesus ressuscitado se identifica com a Igreja.
Esse acontecimento que mudou a vida de Saulo, um encontro pessoal com o Ressuscitado, está no fundo da doutrina sobre a Igreja como Corpo de Cristo. A Igreja não é mera associação de pessoas ou uma “luta por uma causa”, mas uma Pessoa. Paulo, a semelhança de Jesus que esteve três dias morto para ressuscitar, esteve três dias sem poder ver, estar em pé, comer; depois no momento do batismo, de sua aceitação da Igreja, seus olhos voltaram a abrir-se, pôde comer e retomou as forças, voltou à vida (cf. Atos 9, 18). Depois do seu batismo, relativizou tudo quanto havia vivido sem ser para Cristo. “Mas tudo isso, que para mim eram vantagens, considerei perda por Cristo. Na verdade, julgo como perda todas as coisas, em comparação com esse bem supremo: o conhecimento de Jesus Cristo, meu Senhor. Por ele tudo desprezei e tenho em conta de esterco, a fim de ganhar Cristo” (Filipenses 3, 7-8). E não era de uma vida devassa que Paulo falava, mas de uma vida irrepreensível: “Se há quem julgue ter motivos humanos para se gloriar, maiores os possuo eu: circuncidado ao oitavo dia, da raça de Israel, da tribo de Benjamim, hebreu e filho de hebreus. Quanto à lei, fariseu; quanto ao zelo, perseguidor da Igreja; quanto à justiça legal, declaradamente irrepreensível” (Filipenses 3, 4-6).
Paulo havia acreditado que a prática escrupulosa da lei o faria justo diante de Deus. Seu encontro com Jesus Ressuscitado o fez perceber que a salvação vem de Deus. Cabe ao homem “converter-se”, isto é, crer e acolher, na fé, a oferta de Deus e viver, a seguir, suas exigências, fortalecidos no Corpo de Cristo, que nos assimila a Si em cada Eucaristia.

quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Dom Antônio Carlos Rossi Keller, bispo de Frederico Westphalen, RS (salvemaliturgia.com, 2012)
1. Neste dia não se ornamenta o altar com flores; o toque do órgão e de outros instrumento só é permitido para sustentar o canto.

2. A cor litúrgica é o PRETO ou o ROXO.

3. Ao visitarem o cemitério e rezarem, mesmo mentalmente, pelos defuntos, concede-se um Indulgência Plenária, só aplicável aos defuntos: diariamente, do dia 1º ao dia 8 de novembro, nas condições costumeiras, isto é: confissão sacramental, comunhão eucarística e oração nas intenções do Sumo Pontífice; nos restantes dias do ano, Indulgência Parcial.

3. Ainda neste dia em todas as igrejas, oratório públicos ou semi-públicos, igualmente lucra-se uma Indulgência Plenária, só aplicável aos defuntos: a obra que se prescreve é a piedosa visitação à igreja, durante a qual se deve rezar o Pai-nosso e o Credo, confissão sacramental, comunhão eucarística e oração na intenção do Sumo Pontífice.

4. Por Constituição Apostólica do Papa Bento XV, de 1915, todos os sacerdotes podem celebrar três Santas Missas, das quais, porém, uma deve ser por todos os defuntos e uma pelas intenções do Santo Padre.

Reflexão do Beato João Paulo II, no dia de Todos os Santos, sobre Finados:

(extraído do livro "Reflexões para o Ano Litúrgico" do Papa João Paulo II, disponível aqui)
A solenidade do dia de hoje convida-nos a dirigir o olhar para o Céu, meta da nossa peregrinação terrestre. É ali que nos espera a comunidade dos Santos. É ali que nos encontraremos de novo
com os nossos queridos defuntos, pelos quais se deverá elevar a oração na grande comemoração litúrgica do dia de amanhã.
Nestes dias, os fiéis cristãos e as famílias vão aos cemitérios, onde jazem os restos mortais dos seus parentes, na  expectativa da ressurreição final. [...]
Porém, o dia 2 de Novembro  exige que não esqueçamos, aliás, num certo sentido, privilegiemos na oração as almas de muitos defuntos que ninguém recorda, para os confiar ao abraço da Misericórdia divina. Penso, de maneira particular, naqueles que, durante o ano passado, deixaram este mundo. Rezo sobretudo pelas vítimas dos acontecimentos sangrentos que, nos meses
passados e também nestes dias, continuaram a afligir a humanidade. A comemoração de todos os defuntos não  pode deixar de ser uma invocação de paz conjunta: paz para quem já viveu, paz para quem vive e paz para quem há-de viver.
3. Na glória do Paraíso resplandece a Virgem Maria,que Cristo coroou como Rainha dos Anjos e dos Santos. É para Ela, “sinal de esperança segura e de consolação” (Lumen gentium, 68), que olha a Igreja peregrina, desejosa de se reunir à Igreja do triunfo, na Pátria celestial. A Maria Santíssima confiamos todos os defuntos, a fim de que lhes seja concedida a bem-aventurança eterna.
(Papa João Paulo II. Angelus, 1º de Novembro de 2002)

sexta-feira, 16 de agosto de 2013

Inicia-se em 15 de agosto a devoção conhecida como QUARESMA DE SÃO MIGUEL

Consta de 40 dias de oração (descontados os Domingos) a São Miguel, ladainha e consagração. Disponibilizamos as orações em pdf, pronto para imprimir em uma folha: baixe pelo link http://goo.gl/0Wi5cp

O Pe. Paulo Ricardo fez uma aula a respeito dessa devoção e sobre os anjos: http://www.youtube.com/watch?v=BmmNQEx65LM

Compartilhe! A oração ainda é a melhor arma contra todos os males.

quarta-feira, 26 de junho de 2013

Josemaria Escrivá nasce em Espanha no dia 9.1.1902 e morre em Roma, a 26.6.1975. A 2 de Outubro de 1928, Deus faz-lhe ver o Opus Dei

1902 - 1914 - Uma família cristã
Recordava com agradecimento, como os pais o foram iniciando, a pouco e pouco, na vida cristã

1914 - 1918 - Pegadas na neve
Pode surpreender que um motivo de tão pouca importância – umas pegadas na neve – baste para que um adolescente tome uma decisão tão grande: dedicar a sua vida inteira a Deus; mas é essa a linguagem com que Deus costuma chamar os homens, e assim são as respostas, os sinais de fé, das almas generosas que procuram a Deus com sinceridade.

1918 - 1925 - Os anos do seminário
Porque vou para sacerdote? O Senhor quer alguma coisa; o que seria? E com um latim de baixa latinidade repetia: Domine, ut videam! Ut sit! Que seja isso que Tu queres e que eu ignoro.

Josemaria pressentia que Deus o estava preparando para qualquer coisa... Que seria? Não sabia.

1925 - 1928 - Entre os pobres e os doentes
Entre os pobres e os doentes, os ignorantes, os deserdados, as crianças, encontrava a força para cumprir o imenso projecto que o Senhor tinha colocado nesse dia sobre os seus ombros. Foi a escola da dor, em que a sua alma se temperou.

1928 - 1928. Fundação do Opus Dei
“Tinha eu vinte e seis anos, a graça de Deus e bom humor, e nada mais. E tinha que fazer o Opus Dei”.
Era o dia 2 de Outubro de 1928, festa dos Anjos da Guarda. O Pe. Josemaria nunca mais esqueceria o som daqueles sinos de igreja…Estava a fazer um retiro.

1928 - 1936 - Os primeiros anos
Anos de 1928, 1929, 1930... São Josemaria tinha que levar a cabo aquele querer divino, mas não contava nem com pessoas preparadas, nem com meios económicos ou mecenato para o realizar. Apoiava-se na oração e na mortificação, e pedia sem cessar, aos pobres e enfermos que atendia, que oferecessem as suas dores por aquela intenção.

1936 - 1939 - Anos de guerra
Tinha-se desencadeado, além de uma guerra fratricida, uma forte perseguição religiosa, uma das mais sangrentas da história da Igreja.

1938 - Recomeçar
Acabada a travessia dos Pirinéus, depois de uma breve estada em Pamplona, fixou residência em Burgos. Daí, no meio de grande penúria, num país devastado, multiplicou-se num apostolado intenso.

1939 - 1946 - Ao serviço dos sacerdotes
“Comecei a pregar muitos, muitos retiros – então duravam sete dias – em diversas dioceses de Espanha. Era muito novo, e sentia uma vergonha enorme".

1946 - O fundador do Opus Dei viaja a Roma
Cristo, Maria e o Papa eram os grandes amores da sua vida. Agora, por fim, estava alí, muito perta do Vice-Cristo, naquela noite de 23 para 24 de Junho de 1946.

1946 - 1951 - Alegrias, dores, esperanças
“Sabeis por que é que a Obra se desenvolveu tanto? Porque fizeram com ela como com um saco de trigo: bateram-lhe, maltrataram-na, mas a semente é tão pequena que não se rompeu; pelo contrário, espalhou-se aos quatro ventos...”

1946 - 1951 - Expansão apostólica
De 1946 a 1960 o Opus Dei começou o trabalho apostólico em diversos países: Portugal, Itália, Grã Bretanha, França, Irlanda, Estados Unidos, Quénia, Japão, são só alguns.

1952 - 1970 - De cem almas interessam-nos as cem
São Josemaria tinha visto, na luz fundacional do 2 de Outubro, que o Opus Dei se dirigia a todo o tipo de pessoas.

1962 - 1965 - O Concílio Vaticano II
Em 25 de Janeiro de 1959, ao saber a notícia da convocatória do Concílio, o fundador do Opus Dei manifestou a sua alegría e esperança e começou a rezar e a pedir orações “pelo feliz êxito dessa grande iniciativa que é o Concílio Ecuménico”.

1970 - 1971 - Anos difíceis
”Se rezamos todos juntos, se pomos um pouquito da nossa boa vontade, o Senhor dar-nos-á a sua graça e passará esta noite escura, esta noite tremenda. Virá a aurora, a manhã cheia de sol.”

1970 - 1975 - Viagens de catequese
São Josemaria decidiu lançar-se "à arena" para confirmar as gentes na fé e dar-lhes a razão da sua esperança Empreendeu longas viagens por diversos países, onde teve numerosos encontros com pessoas. Ao responder às perguntas que lhe faziam, chegava ao coração e suscitava desejos de renovar a vida cristã

1975 - Procuro o Teu rosto, Senhor
A sua alma consumia-se no desejo de contemplar, cara a cara, o rosto do Senhor: "Senhor, tenho ânsias de ver a tua cara, de admirar o teu rosto, de te contemplar...!"

1975 - Ajudar-vos-ei mais
No dia 26 de Junho, às 12 da manhã, faleceu no seu lugar de trabalho. A notícia do seu falecimento difundiu-se rapidamente por todo o mundo.

(fonte: http://www.pt.josemariaescriva.info/seccao/perfil-biografico)

segunda-feira, 24 de junho de 2013


"O Senhor chamou-me, quando eu ainda estava no seio da minha mãe" (Is 49, 1). Esta afirmação refere-se na sua plenitude a Cristo mas, quase por reflexo, pode-se aplicar também ao Precursor. Ambos vem à luz graças a uma intervenção especial de Deus: o primeiro nasce da Virgem, o segundo de uma mulher idosa e estéril. Desde o seio materno João prenuncia Aquele que revelará ao mundo a iniciativa de amor de Deus.

"Chamaste-me quando eu ainda estava no seio da minha mãe" (Salmo resp.). Hoje, podemos fazer nossa esta exclamação do Salmista. Deus conheceu-nos e amou-nos ainda antes que os nossos olhos pudessem contemplar as maravilhas da criação. Mas ainda antes, ele possui um nome divino: o nome com que Deus Pai o conhece e o ama desde sempre e para sempre. É assim para todos, sem excluir ninguém. Nenhum homem é anónimo para Deus! Aos seus olhos, todos tem o mesmo valor: todos diferentes, mas todos iguais, todos chamados a serem filhos no Filho. (João Paulo II, Homilia, 24 de Junho de 2001)

" A Igreja é chamada a proclamar a Palavra de Deus até o martírio"

Como São João, a Igreja é chamada a proclamar a Palavra de Deus até o martírio. Foi o que sublinhou o Papa Francisco na Santa Missa nesta manhã, na Casa Santa Marta, na Solenidade do Nascimento de São João Batista. O Papa reafirmou que a Igreja não deve jamais conservar algo para si mesma, mas estar sempre a serviço do Evangelho.
A figura de João Batista, disse o Papa, nem sempre é fácil de entender. “Quando pensamos em sua vida – observou o Papa -, é um profeta”, um “homem que foi grande e depois acaba como um homem pobre”. Quem é então João? Ele mesmo, disse o Papa Francisco, responde: “Eu sou uma voz, uma voz no deserto”, mas “é uma voz sem Palavra, porque a Palavra não é ele, é Outro”. Eis então, qual é o mistério de João: “Nunca se apodera da Palavra”, João “é aquele que indica, que assinala”. O “sentido da vida de João - acrescentou - é indicar outro”. O Papa Francisco, disse em seguida que chama a sua atenção o fato de que a “Igreja escolheu para a festa de São João” um período em que os dias são os mais longos do ano, “tem mais luz”. E realmente João “era o homem da luz, carregava a luz, mas não tinha luz própria, refletia a luz”. João é “como uma lua”, e quando Jesus começou a pregar, a luz de João “começou a diminuir cada vez mais”. “Voz, não Palavra - disse o Papa - luz, mas não luz própria”.
“João parece ser nada. Essa é a vocação de João, anular-se. E quando contemplamos a vida deste homem, tão grande, tão poderoso - todos acreditavam que ele era o Messias -, quando contemplamos essa vida, como se anula até a escuridão de uma prisão, contemplamos um grande mistério. Nós não sabemos como foram os últimos dias de João. Não sabemos. Sabemos apenas que ele foi morto, a sua cabeça colocada em uma bandeja, como grande presente para uma dançarina e uma adúltera. Eu acho que mais do que isso ele não podia se rebaixar, anular-se. Esse foi o fim de João”.
Na prisão, prosseguiu o Papa, João experimentou a dúvida, tinha angústia e chamou os seus discípulos para irem até Jesus e pedir-lhe: “És Tu, ou devemos esperar outro?”. “Existe a escuridão, a dor da sua vida. Nem mesmo isso foi poupado a João”, disse Francisco, que acrescentou: “a figura de João me faz pensar muito na Igreja”
“A Igreja existe para proclamar, para ser voz de uma Palavra, do seu esposo, que é a Palavra. A Igreja existe para proclamar esta Palavra até o martírio. Martírio precisamente nas mãos dos orgulhosos, dos mais soberbos da Terra. João poderia tornar-se importante, poderia dizer algo sobre si mesmo. “Mas eu creio jamais faria isso: indicava, sentia-se voz, não Palavra. O segredo de João. Porque João é santo e sem pecado? Porque, ele jamais apresentou uma verdade como sua. Ele não queria ser um ideólogo. Era o homem que se negou a si mesmo, para que a Palavra se sobressaísse. E nós, como Igreja, podemos pedir hoje a graça de não nos tornarmos uma Igreja ideologizada... "
A Igreja, acrescentou, deve ouvir a Palavra de Jesus e se fazer voz, proclamá-la com coragem. “Esta - disse - é a Igreja, sem ideologias, sem vida própria: a Igreja que é o “mysterium lunae”, que recebe a luz do seu Esposo e deve diminuir para que Ele cresça”.
“Este é o modelo que oferece hoje João para nós e para a Igreja. Uma Igreja que esteja sempre ao serviço da Palavra. Uma Igreja, que nunca tome nada para si mesma. Hoje na oração pedimos a graça da alegria, pedimos ao Senhor para animar esta Igreja no seu serviço à Palavra, de ser a voz desta Palavra, pregar essa Palavra. Vamos pedir a graça: a dignidade de João, sem idéias próprias, sem um Evangelho tomado como propriedade, apenas uma Igreja voz que indica a Palavra, e isso até o martírio. Assim seja! (news.va)
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