1. A Assunção de Nossa Senhora foi definida dogmaticamente em 1950, na CONSTITUIÇÃO APOSTÓLICA DO PAPA PIO XII MUNIFICENTISSIMUS DEUS.
O documento é curto e suficiente para entender. Sugiro a leitura. Em
resumo: Se Maria foi preservada do pecado original (dogma da imaculada
conceição), não poderia estar sujeita à consequência do pecado, a
degradação da morte.
Os que serão "arrebatados" morrerão neste arrebatamento, para que possam então renascer e ter a vida eterna. Assim sempre entendeu a Igreja, cuja doutrina se encontra bem expressa nas palavras de S. Ambrósio:
Portanto, somente
Nossa Senhora foi "arrebatada". Todos nós outros ressuscitaremos no
último dia. Quem estiver vivo nesse dia, passará por uma espécie de
morte para ter seu corpo glorificado, ressuscitado.
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2. O corpo físico de
Maria foi elevado não só no sentido do movimento físico, mas tal como
Jesus ressuscitado teve seu corpo "glorificado", na expressão de São
Paulo, assim o foi o de Maria. Na ressurreição da carne a matéria é
transformada, de modo que não fica mais restrita ao espaço: Jesus
aparecia e desaparecia, atravessada paredes e portas, no entanto comia e
se deixava ser tocado. Era um corpo material porém transfigurado. Assim
também é o corpo de Maria.
Portanto, não há como dizer "onde" estão esses corpos, já que não mais se prendem às mesmas leis da matéria atual. Estão em algum lugar que um dia saberemos onde é.
3.
Enoque e Elias não tiveram seus corpos ressuscitados ou assuntos, como o
de Jesus e Maria. A tradição judaica diz que foram arrebatados porque
ninguém sabe seu paradeiro. Inclusive de Elias há dois relatos: um diz
que subiu em uma carruagem de fogo, outro diz que foi em um redemoinho.
Isso prova que é apenas uma tradição oral, significando a importância
especial daquele profeta. Não há motivo ou base teológica para sustentar
que seus corpos estão no céu. Somente Jesus e Maria. E no fim dos
tempos, todos nós.
4. A questão do
"arrebatamento" não é doutrina católica. Alguns protestantes interpretam
literalmente (mal) alguns trechos bíblicos e julgam que haverá um
arrebatamento de algumas pessoas. Essa teoria só surgiu no século XIX.
Veja os seguintes trechos de São Paulo e como nós católicos interpretamos:
"Irmãos, não queremos que ignoreis coisa alguma a respeito dos mortos, para que não vos entristeçais, como os outros homens que não têm esperança. Se cremos que Jesus morreu e ressuscitou, cremos também que Deus levará com Jesus os que nele morreram. Eis o que vos declaramos, conforme a palavra do Senhor: por ocasião da vinda do Senhor, nós que ficamos ainda vivos não precederemos os mortos. Quando for dado o sinal, à voz do arcanjo e ao som da trombeta de Deus, o mesmo Senhor descerá do céu e os que morreram em Cristo ressurgirão primeiro. Depois nós, os vivos, os que estamos ainda na terra, seremos arrebatados juntamente com eles sobre nuvens ao encontro do Senhor nos ares, e assim estaremos para sempre com o Senhor. Portanto, consolai-vos uns aos outros com estas palavras.". I Tes 4,13-18
"Assim como todos morreram em Adão, assim todos serão vivificados em Cristo". (I Cor. 15,22).Para ir com Cristo, é preciso morrer primeiro.
Os que serão "arrebatados" morrerão neste arrebatamento, para que possam então renascer e ter a vida eterna. Assim sempre entendeu a Igreja, cuja doutrina se encontra bem expressa nas palavras de S. Ambrósio:
"Nesse arrebatamento sobrevirá a morte. À semelhança de um sono, a alma se desprenderá do corpo, (mas) para voltar ao corpo no mesmo instante. Ao serem arrebatados, morrerão. Chegando, porém, diante do Senhor, novamente receberão suas almas, em virtude da (própria) presença do Senhor; porquanto não pode haver mortos na companhia do Senhor". (Catecismo Romano, I XII 6)".É semelhante ao que ocorreu com Nossa Senhora. Não se diz que ela não morreu: "a imaculada Mãe de Deus, a sempre virgem Maria, terminado o curso da vida terrestre, foi assunta em corpo e alma à glória celestial" (Munificentissimus Deus, 44). Os orientais chamavam essa morte de Maria de "dormição".
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