sexta-feira, 19 de julho de 2019

O pecado é venial quando não foi cometido com inteira liberdade ou vontade, em matéria leve. Por exemplo, num acesso de raiva, ou bastante forçado por outras pessoas, de modo difícil de resistir.

O sacramento da Penitência perdoa todos os pecados, mortais e veniais. Mas os pecados veniais não extinguem a graça, de modo que outras obras penitenciais ou o arrependimento sincero bastam para apagá-los. O pecado mortal, diferentemente, só pode ser apagado na Confissão. Por isso, só é estritamente necessário confessar pecados mortais, embora se recomende confessar também os
veniais.

Os pecados veniais abrem caminho para os mortais. É necessário esforçar-se para eliminá-los constantemente, sob o risco de tornar-se cada vez mais insensível à graça. O acúmulo de pecados "leves" pode tornar-se um peso na vida espiritual.

Curso Moral Fundamental e das Virtudes:
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quinta-feira, 18 de julho de 2019

Os dons preternaturais ampliavam ou prolongavam as perfeições da natureza. Tais eram:

a) a imortalidade ou o poder não morrer, pois em Gn 2,7; 3,3s.19; Sb 2,14; Rm 5,12, a morte é apresentada como consequência do pecado. Isto significa que, antes do pecado, o homem não morreria dolorosa e violentamente como hoje morre;

b) a integridade ou a imunidade de concupiscência desregrada, visto que os primeiros pais antes do pecado não se envergonhavam da sua nudez (cf. Gn 2,25; 3,7-11); os seus instintos e afetos estavam em consonância com a razão e a fé; não havia neles tendências contraditórias;

c) a impassibilidade ou a ausência de sofrimentos, pois estes decorrem da sentença condenatória de Gn 3,16; além do quê, são precursores naturais da morte violenta que, de algum modo, afeta todo homem;

d) a ciência moral infusa, que tornava os primeiros homens aptos a assumir suas responsabilidades diante de Deus.


O batismo não devolve estes dons, pois os efeitos do pecado permanecem. Só teremos novamente este dons após esta vida, e definitivamente na ressurreição final.

Curso Teológico Pastoral Completo
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quarta-feira, 17 de julho de 2019


Acompanhe os argumentos seguintes. É necessário esclarecer várias coisas diferentes para explicar a questão aparentemente simples.

1. O sacramento do matrimônio cristão significa, no casal, a união para toda vida, indissolúvel, por decisão de ambos e de Deus ("O que Deus uniu, o homem não separe"), realizando a união misteriosa entre Deus e seu povo, entre Cristo e a Igreja (Ef 5,32). Por isso, não existe divórcio para o cristão. Assim como a palavra de Deus é irrevogável, assim deve ser a nossa em matéria tão importante e santa como o casamento.
A separação às vezes é justa (como no caso de violência), mas o vínculo permanece até a morte: foi o que os dois prometeram e consentiram na celebração do casamento. É questão de coerência, de honra à palavra dada e de respeito ao menos a Deus que o casamento assumido não seja desfeito.

2. Ora, um novo casamento, existindo ainda o primeiro (e único) vínculo, é objetivamente um pecado, tecnicamente, de adultério. "Eu vos declaro que todo aquele que rejeita sua mulher, exceto no caso de matrimônio falso, e desposa uma outra, comete adultério. E aquele que desposa uma mulher rejeitada, comete também adultério." (Mt 19,9)

3. A comunhão com o Corpo e Sangue do Senhor na Eucaristia exige de todos o estado de graça, isto é, ausência de pecado mortal (pecado mortal é o pecado cometido com consciência e liberdade em matéria grave) que rompe com a graça divina. Ou seja, ninguém deve comungar com algum pecado não devidamente confessado (os pecados veniais podem ser perdoados com o sincero arrependimento no ato penitencial da Missa e nas boas obras).
4. Uma pessoa que tenha se separado e unido a outra em um "segundo" casamento está em pecado, como dito no item 2 acima, mas não pode confessar esse pecado enquanto não se emendar, ou seja, enquanto não desfizer essa união ilegítima. Estaria tentando profanar o sacramento da confissão ao querer o perdão de algo pelo qual não se arrepende e não quer (ou não pode) mudar de vida. Não pode comungar enquanto está em pecado e não pode se confessar porque não quer consertar o erro.
4.1 Pode acontecer que alguém diga que "não sabia" que não podia casar novamente após um divórcio. Não vamos julgar a ignorância das pessoas, mas não deixa de ser pecado por isso. Se se arrependeu depois, pode desfazer o segundo vínculo e voltar à comunhão com a Igreja através do sincero arrependimento e mudança de vida.
4.2 Acontece também que muitos "descobrem" seu erro quando descobrem que não podem mais participar dos sacramentos e isso passa a incomodar, mas não podem mais se separar por causa do filhos do novo casamento. Neste caso, se for sincero o arrependimento e desejo de mudança de vida, basta que passem a viver "como irmãos", isto é, sem contato sexual próprio do matrimônio. Isto será o compromisso deles com o confessor, que recomendará também o modo de participarem da Igreja, para não gerar nenhum escândalo.

5. Fica claro, portanto, que o fato de que os recasados não possam comungar não é um castigo imposto pela Igreja, mas uma proteção contra um novo e mais grave pecado. Ninguém que está em pecado mortal deve comungar, mas alguns pecados são visíveis a todos (pecados públicos). Nada além da consciência impede que os recasados entrem numa fila de comunhão onde não são conhecidos, mas “todo aquele que comer o pão ou beber o cálice do Senhor indignamente será culpável do corpo e do sangue do Senhor (...) [pois] aquele que o come e o bebe sem distinguir o corpo do Senhor, come e bebe a sua própria condenação.” (1Co 11,27-29)

Eis as razões por que não estão em comunhão sacramental com a Igreja os recasados, mas podem e devem levar uma vida o mais possível santa, alimentando-se da Palavra e da comunhão espiritual com Deus na vida pessoal e comunitária.


O Sacramento do Matrimônio: sinal da união entre Cristo e a Igreja

quinta-feira, 11 de julho de 2019

“Um astro luminoso em um século obscuro”

São Bento nasceu em Núrsia por volta do ano 480 d.C., e foi definido por São Gregório como “um astro luminoso” em uma época dilacerada por uma grave crise de valores. De fato, os ensinamentos de São Bento foram uma das alavancas mais poderosas, após o declínio da civilização romana, para o nascimento da cultura europeia.
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A obra mais importante de São Bento, irmão de Santa Escolástica, foi a composição da Regra escrita por volta do ano 530 d.C. Trata-se de um Manual, um código de orações para a vida monacal. O santo exorta os monges a “ouvirem com o coração” e a “jamais perderem a esperança na misericórdia de Deus”. A sua intenção se tornou não só um farol do monacato, mas também uma fonte providencial de esperança para os pobres e peregrinos e, portanto, para reanimar o destino do Velho Continente.
“ O santo exorta os monges a “ouvirem com o coração” e a “jamais perderem a esperança na misericórdia de Deus”. ”
Bento trouxe a novidade, depois dos excessos do período romano e das violências dos bárbaros, ao não olhar “à condição social nem à riqueza”, mas ao “sentido da pessoa, constituída à imagem de Deus”, como afirmou Papa Francisco por ocasião da conferência (Re)Thinking Europe em outubro de 2017.

Na ocasião o Santo Padre recordou que os ensinamentos de São Bento foram fundamentais para a construção de mosteiros, tornando-se depois o “berço do renascimento humano, cultural, religioso e também econômico do continente”.

São Bento, pai da Europa

São Bento é o pai da Europa. Quando o Império Romano se afundou, consumido pela vetustez e pelos vícios, e os bárbaros investiram sobre as províncias, este homem a quem já chamaram o último dos grandes romanos (na expressão de Tertuliano), aliando a romanidade ao Evangelho, extraiu destas duas fontes o auxílio e a força que lhe permitiram unir fortemente os povos da Europa sob o estandarte e a autoridade de Cristo. (…) De fato, do mar Báltico ao Mediterrâneo, do oceano Atlântico às planícies da Polônia, legiões de monges beneditinos adoçaram as nações rebeldes e selvagens, por meio da cruz, dos livros e da charrua.

Oração e trabalho”: não é certo que esta divisa dos beneditinos contém, na sua majestosa brevidade, a lei principal da humanidade e a sua regra de vida? (…) Orar é um preceito divino; como o é trabalhar: não é certo que temos de cumprir um e outro, para glória de Deus e aperfeiçoamento do nosso espírito e do nosso corpo? (Pio XII)

quarta-feira, 12 de junho de 2019



Uma boa preparação para os sacramentos, todos eles, passa por três etapas diferentes, mas que na prática costumam ser negligenciadas. A maioria das pessoas procura saber sobre os sacramentos na última hora, restando apenas a etapa ou preparação imediata, ficando para trás a preparação próxima e a remota.

Os "cursos de noivos" são, geralmente, a preparação imediata, já às portas da celebração do matrimônio.

A meu ver, as mais importantes e mais negligenciadas são as preparações remota e próxima. Mais importante por um dado bastante concreto: a preparação imediata acontece já durante o noivado, isto é, o casal já se prometeu em matrimônio. Qualquer engano ou impedimento ao matrimônio dificilmente será retirado, ocultando-se graves problemas em vista da consecução do prometido. Casarão a qualquer custo, mesmo sob mentiras ou ocultações.

Mas este ainda não é o erro que quero mostrar. Já existem paróquias que fazem uma preparação próxima e imediata em vários encontros, não mais em um "cursinho" de um ou dois dias, geralmente encarado como exigência burocrática e de fato pouco proveitosa, quando não desastrosa por falta de preparação dos catequistas. O modelo de preparação em vários encontros consegue passar melhor tudo aquilo que é o mínimo desejado e pedido pelos setores da Igreja responsáveis pela catequese da família.

O erro que quero chamar a atenção é a ausência total ou falta de ênfase para um aspecto da vida espiritual da família a se constituir que é essencial: a iniciação cristã dos filhos, que começa no Batismo.

O casal sai da preparação do matrimônio com a cabeça na celebração, às vezes com alguma ideia da vida matrimonial pós-celebração, mas não têm pouca ou nenhuma noção da importância do batismo dos seus futuros filhos. E aqui começa uma bola de neve de uma vida de Igreja descuidada, pois sempre se lembra de preparar os sacramentos às pressas.

Quando nasce o primeiro filho, passam-se meses envolvidos no cuidado essencial do recém-nascido, e quando sobra um tempo, quando baixa a poeira ou quando alguém lembra, vão pensar no batizado. Nessa altura já tem um padrinho e uma madrinha escolhidos, não os melhores, mas os que mais agradam os interesses dos pais. Vão procurar saber dos "procedimentos" para o batismo e se deparam com "dificuldades": não tem a data exclusiva que eles querem, os padrinhos não podem ser padrinhos, não tem tempo para preparação, etc. Quem sabe eles pudessem ter se preparado durante a gravidez? Quando nascer a criança já pode ser batizada de imediato.

Parece que a solução pastoral não só em vista de uma melhor preparação para o matrimônio, mas também para a vida cristã no seu todo, é uma catequese mais preventiva ou por antecipação. Não é justo cobrar de jovens noivos uma plena consciência do que seja o matrimônio se isto não lhes foi oferecido antes que se enamorassem. Não é justo cobrar a participação das crianças na vida da Igreja se isto não lhes foi ensinado na família. Não é justo cobrar dos esposos a educação cristã de seus filhos se isto não compreenderam e prometeram quando se casaram.

Na prática, penso que o "curso de batismo" deve ser dado na preparação para o matrimônio; o "curso de noivos" deve ser dado aos jovens, desde a catequese para crisma; a catequese da crisma deve ser dada na preparação imediata da primeira Comunhão; a preparação para a Comunhão deve iniciar na preparação para o Batismo; o "curso de batismo" deve ser dado na preparação para o matrimônio...


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 Curso Matrimônio, Família e Fecundidade
Curso Matrimônio, Família e Fecundidade
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quinta-feira, 18 de abril de 2019

 O Sábado Santo, antes da solene Vigília Pascal, em que já se comemora a Ressurreição, é marcado pelo silêncio, pela ausência de celebrações, mas esconde um mistério pouco lembrado: após sua morte, o corpo de Cristo jaz no sepulcro, mas sua alma segue o curso natural de todos os homens de até então. Ele "desceu aos infernos".
O termo pode estranhar, mas aqui "infernos", do latim, significa apenas o "lugar inferior", segundo o Antigo Testamento, em que todas as almas repousavam. No hebraico, o termo é sheol. No grego, hades. Na tradução ao português do Credo apostólico rezamos: "Desceu à mansão dos mortos".

Este fato é bem noticiado no Novo Testamento:
1. "Pois também Cristo morreu uma vez pelos nossos pecados - o Justo pelos injustos - para nos conduzir a Deus. Padeceu a morte em sua carne, mas foi vivificado quanto
ao espírito. É neste mesmo espírito que ele foi pregar aos espíritos que eram detidos
no cárcere, àqueles que outrora, nos dias de Noé, tinham sido rebeldes." (1Pd 3,18-
19)
2. “A Boa Nova foi igualmente anunciada aos mortos…” (1Pd 4,6).
3. "os mortos ouçam a voz do Filho de Deus e os que a ouvirem vivam" (Jo 5,25).
4. Cristo ressuscitado "detém a chave da morte e do Hades" (Ap 1,18)
5. "Jesus desceu às regiões inferiores da Terra. Aquele que desceu é precisamente o
mesmo que subiu" (Ef 4, 9-10).

O sheol era uma realidade até Cristo. Agora já não existe mais. Entendamos:


http://www.cursoscatolicos.com.br/A Criação é um ato de bondade de Deus. Criou-nos por amor e para participarmos do seu amor. Para isso nos fez à sua imagem e semelhança, isto é, seres espirituais, capazes de conhecer e amar livremente.
Por sermos livres, podemos escolher amar ou não amar. O pecado, assim, é consequência possível da criação bondosa de Deus que não obriga ninguém. O pecado é um NÃO A DEUS, voluntário, e por isso não se pode dizer que a consequência do pecado (o afastamento de Deus) é vontade de Deus, mas fruto da decisão humana.
Deus criou-nos para viver com Ele eternamente, mas o primeiro pecado quebra essa harmonia entre criatura e Criador, de modo que ninguém mais, desde o pecado original, pode "ver a Deus". O pecado gerou a morte.

A pena do pecado original é a carência da visão de Deus (ninguém mais podia ver a Deus); mas o pecado original não é uma culpa atual (eu não cometi o pecado original, apenas carrego suas consequências, como uma herança humana). Então, antes de Cristo, mesmo sendo bom, justo, não se podia ver a Deus, mas nem por isso os justos poderiam sofrem a pena do pecado atual, que é o tormento do inferno eterno.
Os justos do Antigo Testamento, então, sofriam a pena de dano, a ausência de Deus, no sentido de uma angústia por não poder vê-LO, mas não a de sentido (o "fogo" corpóreo, o castigo/consequência da rejeição de Deus e conversão às criaturas). Esse "lugar" ou estado de alma também foi chamado de limbo. A parábola do rico e do pobre Lázaro supõe esse lugar, onde o atormentado podia ver o consolado no "seio de Abraão", isto é, no lugar dos justos.

Desde o pecado original, a história humana torna-se uma História da salvação: Deus prepara uma saída misericordiosa para essa enrascada em que o homem se meteu. Ele prepara e anuncia um Redentor, que viria libertar o homem da escravidão (da consequência) do pecado. Escolhe um povo e o encaminha para receber a salvação.

Na "plenitude dos tempos", isto é, quando a humanidade estava melhor preparada, Deus envia o Redentor, o Salvador -- quem diria? -- o próprio Filho de Deus, desde então desconhecido pois estava na Eternidade.
O homem não era capaz, mas só o homem, por ser livre, poderia corrigir seu destino. Deus é capaz, mas não poderia interferir na liberdade humana. Solução divina!: DEUS TORNA-SE HOMEM para sanar toda a humanidade.

Jesus morreu realmente: desceu ao limbo, como todos. Mas alguém sem pecado não poderia sofrer a pena do dano. POR SER DEUS, venceu a morte e o diabo "que tem o poder da morte" (Heb 2,
14). "O morte, serei a tua morte, ó inferno, serei para ti como uma mordida." (Os 13,14).

ANUNCIOU O EVANGELHO – LIBERTOU OS SANTOS – ABRIU O CÉU 
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Esse mistério é lembrado liturgicamente somente na Liturgia das Horas. Eis Ofício de Leituras do Sábado Santo (grifos nossos):

De uma antiga homilia de Sábado Santo
(In sancto et magno Sábbato: PG 43, 439. 451. 462-463) (Sec. IV)

A descida do Senhor ao reino dos mortos

   Um grande silêncio reina hoje sobre a terra; um grande silêncio e uma grande solidão. Um grande silêncio, porque o Rei dorme; a terra estremeceu e ficou silenciosa, porque Deus adormeceu segundo a carne e despertou os que dormiam há séculos. Deus morreu segundo a carne e acordou a região dos mortos. 
   Vai à procura de Adão, nosso primeiro pai, a ovelha perdida. Quer visitar os que jazem nas trevas e nas sombras da morte. Vai libertar Adão do cativeiro da morte, Ele que é ao mesmo tempo seu Deus e seu Filho. 
   Entrou o Salvador onde eles estavam, levando em suas mãos a arma vitoriosa da cruz. Quando Adão, nosso primeiro pai, O viu, batendo no peito, cheio de admiração, exclamou para todos os demais: «O meu Senhor esteja com todos». E Cristo respondeu a Adão: «E com o teu espírito». E tomando-o pela mão, levantou-o dizendo: «Desperta, tu que dormes; levanta-te de entre os mortos e Cristo te iluminará».
   Eu sou o teu Deus que por ti Me fiz teu filho, por ti e por estes que nasceram de ti; agora digo e com todo o meu poder ordeno àqueles que estão na prisão: ‘Saí’; e aos que jazem nas trevas: ‘Vinde para a luz’; e aos que dormem: ‘Despertai’. 
   «Eu te ordeno: Desperta, tu que dormes, porque Eu não te criei para que permaneças cativo no reino dos mortos. Levanta-te de entre os mortos; Eu sou a vida dos mortos. Levanta-te, obra das minhas mãos; levanta-te, minha imagem e semelhança. Levanta-te, saiamos daqui; tu em Mim e Eu em ti, somos um só.
   «Por ti Eu, teu Deus, Me fiz teu filho; por ti Eu, o Senhor, tomei a tua condição de servo; por ti Eu, que habito no mais alto dos Céus, desci à terra e fui sepultado debaixo da terra; por ti, homem, Me fiz homem sem forças, abandonado entre os mortos; por ti, que saíste do jardim do paraíso, fui entregue aos judeus no jardim e no jardim fui crucificado.
   «Vê no meu rosto os escarros que por ti suportei, para te restituir o sopro da vida original. Vê no meu rosto as bofetadas que suportei para restaurar à minha semelhança a tua imagem corrompida.
   «Vê no meu dorso os açoites que suportei, para te livrar do peso dos teus pecados. Vê as minhas mãos fortemente cravadas à árvore da cruz, por ti, que outrora estendeste levianamente as tuas mãos para a árvore do paraíso.
   «Adormeci na cruz, e a lança penetrou no meu lado, por ti, que adormeceste no paraíso e formaste Eva do teu lado. O meu lado curou a dor do teu lado. O meu sono despertou-te do sono da morte. A minha lança susteve a lança que estava dirigida contra ti.
   «Levanta-te, vamos daqui. O inimigo expulsou-te da terra do paraíso; Eu, porém, já não te coloco no paraíso, mas no trono celeste. Foste afastado da árvore, símbolo da vida; mas Eu, que sou a vida, estou agora junto de ti. Ordenei aos querubins que te guardassem como servo; agora ordeno aos querubins que te adorem como a Deus, embora não sejas Deus.
   «Está preparado o trono dos querubins, prontos os mensageiros, construído o tálamo, preparado o banquete, adornadas as moradas e os tabernáculos eternos, abertos os tesouros, preparado para ti desde toda a eternidade o reino dos Céus».

Amém!

quarta-feira, 3 de abril de 2019


catolicosregresen.org | Traduzido por Márcio Carvalho



Não importa há quanto tempo você esteja longe da Igreja Católica, você sempre pode voltar para casa. Você pode começar indo à missa novamente e se tornar um membro de uma comunidade paroquial que está pronta para recebê-lo de braços abertos. Deus convida você a decidir aprofundar sua fé como nunca fez antes.
Talvez você sinta um estranho impulso dentro de você que te faz reconsiderar a Igreja. Esse anseio espiritual que sente é Deus que está te chamando. Deus nunca te obriga, ele só te convida. Ele deixa a decisão de retornar à Igreja Católica em suas mãos.
Há muitas razões para retornar à Igreja Católica. Embora Cristo seja a principal razão entre muitos outras para retornar à Igreja, a experiência pessoal de retorno é única, dependendo do que cada coração ouve dentro de si.
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Aqui estão as dez razões que influenciaram a decisão de muitas pessoas de retornar à prática da religião católica:

• Número 10: porque queremos dar sentido à nossa vida.

No burburinho da vida agitada de hoje, de repente muitos de nós nos damos conta de que nossas vidas perderam seu significado ou propósito. Começamos a nos perguntar, qual é o significado da minha vida? Por que eu faço o que faço? Existe uma confusão generalizada em nossa cultura em relação à moralidade e verdade. A Igreja Católica se oferece como um farol de luz que dá sentido à nossa existência e nos conduz à vida eterna, se perseverarmos nela.

• Número 9: Porque as memórias de nossa infância retornam à memória.

Algumas pessoas dizem que as memórias da infância quando se tinha um relacionamento com Deus reaparecem mais tarde na vida. Começamos a nos perguntar: É possível recuperar a simplicidade da fé? Posso realmente acreditar que Deus está cuidando de mim? A secularização em nossa sociedade desconecta as pessoas de sua própria dimensão espiritual. A Igreja Católica oferece tanto experiências religiosas como místicas que alimentam o coração, a mente, corpo e alma, bem como uma variedade de ministérios leigos ativos que estão interligados e se relacionam com a sociedade de hoje fazendo desta uma sociedade mais santa para viver.

• Número 8: Porque todos cometemos erros.

Há alguns entre nós que se sentem oprimidos pelo peso do pecado que vai se acumulando dentro de nós. Queremos nos livrar da culpa de ter machucado os outros. Começamos a pensar, Deus me perdoará? Existe alguma maneira de começar de novo? Você pode dizer a Deus que se arrepende, mas é através do sacramento da reconciliação que você terá a certeza do perdão de Deus. Além disso, você não apenas se reconciliará com Deus, mas também com todos os outros membros da Igreja, o Corpo de Cristo (CIC 1440), e você receberá a graça necessária para empreender um começo totalmente novo.

• Número 7: Porque precisamos perdoar os outros.

Às vezes guardamos rancores e ressentimentos contra pessoas que nos magoaram profundamente. Talvez fosse um membro da família ou um amigo. Talvez tenha sido outra pessoa (uma freira ou um padre), ou talvez algo tenha acontecido na igreja. Deus me perdoará? Nossa cultura moderna aprova e encoraja a raiva e a vingança. Mas ódio e amargura são como cânceres espirituais que devoram nossos corações. A Igreja Católica oferece a oportunidade de buscar a ajuda de Deus para perdoar os outros, mesmo quando a outra pessoa não pede desculpas ou merece perdão. A capacidade de perdoar é um dom que amplia o coração de uma pessoa para receber o amor e a paz de Deus.

• Número 6: Porque queremos ser curados.

Há alguns entre nós levando feridas espirituais profundas. Sentimos raiva de Deus quando lutamos contra as coisas negativas que acontecem conosco – uma doença incurável, uma lesão que nos enfraquece, um relacionamento rompido, problemas mentais ou emocionais, um ato de violência contra uma pessoa inocente, um acidente inexplicável, desastres naturais, morte de um ente querido ou qualquer outra decepção. A Igreja Católica não pode mudar essas situações ou explicar por que elas aconteceram. Mas há pessoas na Igreja que podem ajudá-lo no processo de cura espiritual para que você possa continuar com sua vida.

• Número 5: Porque a Igreja Católica possui a totalidade da verdade e da graça.

Muitos de nós que nos afastamos da Igreja Católica participamos por algum tempo das bênçãos do culto de diferentes denominações cristãs. Mas alguns retornam quando percebem que o catolicismo possui a totalidade da verdade e da graça. A Igreja Católica não foi fundada por uma única pessoa em busca de reforma ou movimento histórico isolado. Não é fragmentado por interpretações individuais das Escrituras. Existem milhares de denominações cristãs, mas apenas uma Igreja Católica. Esta igreja foi sendo guiado pelo Espírito e protegida do erro em matéria de fé e moral de geração em geração por cerca de dois mil anos, tal como prometido por nosso Senhor Jesus Cristo (profetizado em Isaías 22, 15-25) Mateus 16,13-20; Mateus 18, 15-18 (neste verso a palavra é igreja, não comunidade); 1 Tim 3,15.

• Número 4: Porque queremos que nossas crianças tenham os fundamentos da fé.

Alguns de nós retornamos à Igreja Católica porque reconhecemos que criar filhos em uma cultura que promova "fazer o que quiser" produziria resultados desastrosos. As crianças precisam experimentar a dimensão espiritual em suas vidas. Eles precisam de um sistema de crenças estruturado e de uma sólida formação moral que vá além da lógica e do raciocínio humanos. Voltamos porque queremos que nossos filhos sejam capazes de construir suas vidas em uma base sólida.

• Número 3: Porque queremos fazer parte de nossa comunidade de fé.

Muitos de nós procuramos sentir que pertencemos a algo. No entanto, nossa comunidade é mais do que apenas pessoas amigáveis, sermões inspirados e atividades interessantes. Uma comunidade cristã católica é um grupo de pessoas que se reúne em torno da pessoa de Jesus Cristo para adorar a Deus e viver à luz do Espírito Santo. Os católicos se reúnem na missa, nos sacramentos e nas atividades paroquiais para orar, celebrar as alegrias, lamentar as perdas, servir aos outros, dar apoio e receber força para a vida diária. Uma paróquia católica oferece isso - e muito mais - para pessoas que reconhecem a importância de andar com os outros em direção à união com Deus.

• Número 2: Porque queremos ajudar outras pessoas.

Há muitas oportunidades no mundo secular para ser voluntário. O que falta é a dimensão espiritual que esse tipo de serviço oferece dentro da Igreja Católica. É mais do que uma atividade para "sentir-se bem". É parte do "grande mandamento" (Marcos 12,28) de amar a Deus e ao próximo como a si mesmo. Ao chegar aos outros, os voluntários católicos se tornam instrumentos do amor de Deus. A Igreja Católica oferece oportunidades para impactar a vida das pessoas aqui e no resto do mundo.

• Número 1: Porque estamos com fome da Eucaristia.

[A Eucaristia é a razão mais importante pela qual as pessoas retornam à Igreja]
Muitas pessoas retornam à Igreja Católica porque sentem grande desejo pela Eucaristia. Às vezes acontece durante um casamento, um funeral, um batismo, uma primeira Comunhão ou uma Crisma. Às vezes acontece quando as pessoas estão sozinhas ou enfrentando dificuldades em suas vidas. As pessoas descrevem isso como um profundo desejo de apaziguar a fome pelo alimento espiritual que é receber o Corpo, o Sangue, a Alma e a Divindade de Jesus Cristo. A fome da Eucaristia origina o reconhecimento da presença de Cristo nos outros sacramentos, o que os aproxima ainda mais da prática de sua fé. É, sem dúvida, a principal razão pela qual as pessoas retornam à Igreja Católica.



A maioria das pessoas descobre que o retorno à Igreja não é um evento isolado, mas sim um processo que envolve um pouco de dor e riso, alguma reflexão, oração, discernimento e muito abandono. "Meu verdadeiro retorno à plena participação na paróquia aconteceu há três anos, depois de sentir saudade pela primeira vez", admitiu uma pessoa.

E o que recebemos em troca? A Igreja Católica nos oferece união com Jesus Cristo:
  • · Nas Sagradas Escrituras
  • · Na oração
  • · Na participação da comunidade com os outros
  • · Na Eucaristia
  • · E nos outros sacramentos.
Ela nos oferece suporte espiritual nos bons e maus momentos também. Dá-nos a sabedoria divina de milhares de anos de pessoas como você que viveram em todos e cada um dos séculos de história cristã: 33d.C., 100 d.C., 800 d.C., 1000 d.C., 1300 d.C., 1964 d.C., e 2005 d.C. Oferece-nos significado e propósito nesta vida e a promessa de vida eterna com Ele depois da morte para aqueles que perseveram até o fim.
Você sabe que está em casa quando começa a sentir uma profunda sensação de paz.


Uma nota pessoal: Para aqueles (famílias, maridos, esposas, etc.) que deixaram a Igreja Católica ou que não são cristãos católicos e que tenham descartado a possibilidade de sê-lo por causa dos recentes problemas na Igreja, eu gostaria de compartilhar o seguinte.

Temos problemas, mas usar a crise na Igreja como uma desculpa para não ser católico, ou para um cristão não católico não se tornar católico não é desculpa. Somos e sempre seremos uma Igreja de santos e pecadores. Através da Eucaristia, onde REALMENTE participamos da Natureza Divina, Nosso Senhor nos molda em direção à maturidade e, se necessário, leva os ressentimentos que fomos mantendo em nossos corações por muitos anos em nossa alma. Devemos cooperar com Ele, com nossas orações, e não fugir.
Vamos esperar e rezar para que nos próximos anos os líderes da Igreja, escolhidos por decreto divino, levem a sério a tarefa de examinar [e tomar medidas sérias do caso] a situação espiritual e o ambiente de muitos seminários católicos, para avaliar e examinar professores de seminários, diretores vocacionais e religiosos.
Embora os meios de comunicação tendam a pintar os problemas em nossa Igreja com um pincel largo e nunca em uma luz positiva, lembre-se que há muitos santos sacerdotes que realizam a sua vocação silenciosamente e são realmente santos testemunhas de Jesus. (Estes são os padres que nunca estarão no noticiário da noite.) Tanto como Jesus foi rejeitado pelo mundo, assim a Igreja que Ele fundou e os verdadeiros seguidores desta Igreja serão rejeitados.
Um exemplo: Nos últimos anos, foram feitos estudos sobre o abuso sexual dentro de igrejas. O estudo foi baseado na correspondência entre o incidente e a população da igreja.
Adivinhem que igreja teve o menor nível de incidência de abuso sexual? Adivinhou corretamente: a Igreja Católica.
Será que vamos ouvir isso em nossas notícias locais?




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