terça-feira, 8 de setembro de 2015





Depois da mídia pagã passar vergonha dizendo que "Papa reconhece separação", agora dizem que o Papa tornou a "anulação de casamento" mais fácil e gratuita.
É uma meia-verdade, mas não é ingênua por parte desses jornalistas. O termo "anulação" nunca foi, nem será, usado pela Igreja, nem pelo Papa, porque induz ao erro maquiavélico de pensar que um casamento pode acabar pela simples vontade do casal ou de qualquer pessoa. É isso que querem, implantando esse termo no vocabulário cotidiano ao tratar do matrimônio católico - a última barreira a vencer para a desestabilização completa da instituição família.



Conforme explicamos neste artigo, "Não há, em hipótese alguma, "anulação" de casamento religioso. Um casamento válido só é desfeito pela morte. É um erro de terminologia que pode levar a erro de conceitos.
Há, porém, o reconhecimento da nulidade de uma celebração matrimonial, que significa que o casamento não ocorreu, por um erro no momento do consentimento (nunca por um erro posterior), mesmo que tenha sido descoberto tempos depois de casados."


Pois bem, o que o Papa fez, através do motu proprio MITIS IUDEX DOMINUS IESUSfoi pedir a simplificação do processo nos requerimentos de nulidade. É bom lembrar - e o papa deixa isso claro - que o processo tem por finalidade investigar e declarar se o matrimônio em questão é válido ou não. Nem todo processo tem que declarar a nulidade. Às vezes ele declara a validade. Com uma maior agilidade no processo, o casal não ficará mais com uma dúvida por anos (a forma atual do processo geralmente leva bem mais que um ano).



Essa simplificação e maior agilidade se dará principalmente tornando o bispo local o único juiz. Antes, era necessária uma segunda decisão confirmatória, que se fazia por meio de um outro tribunal. E quando as duas decisões eram contrárias, o processo seguia para a Rota Romana, prolongando ainda mais o processo. Agora, basta a decisão do bispo (ou juiz) local, restando ainda a possibilidade de se recorrer da decisão a um tribunal superior (provincial) ou mesmo à Rota Romana.
Também o papa pediu que os processos se tornem gratuitos, quando possível. Isso já era previsto no Código de Direito Canônico, quando se observa que as partes não têm condição de arcar com as despesas. Agora, ao que pareça, a gratuidade será bastante estendida.


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quinta-feira, 27 de agosto de 2015

Encontramos no livro das Confissões de Santo Agostinho alguns trechos referentes a sua experiência com o canto litúrgico da Igreja, particularmente aquele cantado na Catedral de Milão, de Santo Ambrósio: o canto ambrosiano, que é precursor do viria a ser o canto gregoriano.

É de particular interesse o relato em que o Santo considera que aquele canto de Milão, de Ambrósio, é o pioneiro na Igreja do Ocidente:


Confissões, Livro IX, Capítulo VII:
http://www.cursoscatolicos.com.br/2014/05/curso-de-canto-gregoriano.html


O canto dos fiéis.
Não havia muito tempo que a igreja de Milão começara a adotar essa prática consoladora e edificante do canto, com grande regozijo dos fiéis, que uniam em um só coro as vozes e o coração. Havia um ano, ou pouco mais, que Justina, mãe do imperador Valentiniano, ainda menor, seduzida pelos arianos, perseguia, por causa de sua heresia, teu servo Ambrósio. O povo fiel passava as noites na igreja, disposto a morrer com seu bispo.
Nesse meio estava minha mãe, tua serva, uma das primeiras no zelo dessas inquietações e vigílias, não vivendo senão de orações. Nós, apesar de ainda frios, sem o calor de teu Espírito,nos sentíamos comovidos pela perturbação e consternação da cidade. Foi então que se fixou o costume de cantar hinos e salmos, como se faz no Oriente, para que os fiéis não se consumissem no tédio e na tristeza. Desde esse dia esse costume manteve-se, e no resto do mundo, quase todas as tuas comunidades de fiéis passaram a adotá-lo.


Confissões, Livro X, Capítulo XXXIII:
 

Os prazeres do ouvido
... Agradam-me ainda, eu o confesso, os cânticos que tuas palavras vivificam, quando executados por voz suave e artística; ...

Às vezes parece-me tributar-lhe mais atenção do que devia: sinto que tuas palavras santas, acompanhadas do canto, me inflamam de piedade mais devota e mais ardente do que se fossem cantadas de outro modo. Sinto que as emoções da alma encontram na voz e no canto, conforme suas peculiaridades, seu modo de expressão próprio, um misterioso estímulo de afinidade.
... Outras vezes, porém, querendo exageradamente evitar este engano, peco por excessiva severidade; chego ao ponto de querer afastar de meus ouvidos, e da própria Igreja, a melodia dos suaves cânticos que habitualmente acompanham os salmos de Davi. Nessas ocasiões parece-me que o mais seguro seria adotar o costume de Atanásio, bispo de Alexandria. Segundo me relataram, ele os mandava recitar com tão fraca inflexão de voz, que era mais uma declamação do que um canto.
Contudo, quando lembro das lágrimas que derramei ao ouvir os cantos de tua Igreja, nos primórdios de minha conversão, e que ainda agora me comovem, não tanto com o canto, mas com as letras cantadas, voz clara e modulações apropriadas, reconheço novamente a grande utilidade desse costume. 

Assim, oscilo entre o perigo do prazer e a constatação dos efeitos salutares do canto. Por isso, sem emitir juízo definitivo, inclino-me a aprovar o costume de cantar na igreja, para que, pelo prazer do ouvido, a alma ainda muito fraca, se eleve aos sentimentos de piedade. E quando me comovem mais os cantos do que as palavras cantadas, confesso meu pecado e mereço penitência, e então preferiria não ouvir cantar.

*****

Curso de Canto Gregoriano via internet: 
 www.cursoscatolicos.com.br
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