sábado, 25 de janeiro de 2014

No dia 25 de janeiro se celebra a festa da Conversão de São Paulo. Como o Domingo é o principal dia de festa do cristão, este ano é celebrado o 3º Domingo do Tempo Comum, conforme as Normas Universais para o Ano Litúrgico e o Calendário.
Por ocasião no Ano Paulino (28 de junho de 2008 a 29 de junho de 2009, dois mil anos do nascimento do Apóstolo Paulo), a Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos (órgão do Vaticano responsável pela liturgia católica) concedeu por meio de decreto, de maneira extraordinária, que no dia 25 de Janeiro de 2009 se possa celebrar em cada igreja uma Missa segundo o formulário Conversão de São Paulo Apóstolo, como está no Missal Romano.
Mais do que conhecer a figura de Paulo, sua vida e personalidade, o Ano Paulino proposto pelo Papa chama a aprender daquele a quem São Paulo amava a ponto de suportar tudo: o Cristo. Em suas cartas, ele luta veementemente contra quem o queira colocar acima de Cristo: “Então estaria Cristo dividido? É Paulo quem foi crucificado por vós? É em nome de Paulo que fostes batizados?” (1 Cor 1, 13).
E quem é que Paulo aponta? Por ocasião de sua conversão, o então Saulo pergunta: “Quem és, Senhor?”, e recebe como resposta: “Eu sou Jesus, a quem tu persegues” (Atos 9, 4s). Ora, Jesus já havia morrido, ressuscitado e subido ao céu. Saulo não perseguia a Jesus de Nazaré, mas a Igreja, os cristãos. Jesus ressuscitado se identifica com a Igreja.
Esse acontecimento que mudou a vida de Saulo, um encontro pessoal com o Ressuscitado, está no fundo da doutrina sobre a Igreja como Corpo de Cristo. A Igreja não é mera associação de pessoas ou uma “luta por uma causa”, mas uma Pessoa. Paulo, a semelhança de Jesus que esteve três dias morto para ressuscitar, esteve três dias sem poder ver, estar em pé, comer; depois no momento do batismo, de sua aceitação da Igreja, seus olhos voltaram a abrir-se, pôde comer e retomou as forças, voltou à vida (cf. Atos 9, 18). Depois do seu batismo, relativizou tudo quanto havia vivido sem ser para Cristo. “Mas tudo isso, que para mim eram vantagens, considerei perda por Cristo. Na verdade, julgo como perda todas as coisas, em comparação com esse bem supremo: o conhecimento de Jesus Cristo, meu Senhor. Por ele tudo desprezei e tenho em conta de esterco, a fim de ganhar Cristo” (Filipenses 3, 7-8). E não era de uma vida devassa que Paulo falava, mas de uma vida irrepreensível: “Se há quem julgue ter motivos humanos para se gloriar, maiores os possuo eu: circuncidado ao oitavo dia, da raça de Israel, da tribo de Benjamim, hebreu e filho de hebreus. Quanto à lei, fariseu; quanto ao zelo, perseguidor da Igreja; quanto à justiça legal, declaradamente irrepreensível” (Filipenses 3, 4-6).
Paulo havia acreditado que a prática escrupulosa da lei o faria justo diante de Deus. Seu encontro com Jesus Ressuscitado o fez perceber que a salvação vem de Deus. Cabe ao homem “converter-se”, isto é, crer e acolher, na fé, a oferta de Deus e viver, a seguir, suas exigências, fortalecidos no Corpo de Cristo, que nos assimila a Si em cada Eucaristia.

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