Veja, por exemplo, esta notícia.
A carta em questão é esta:
A resposta, assinada pelo Monsenhor Paolo Borgia, assessor para os
Assuntos Gerais da Secretaria de Estado, diz que o pontífice "viu com
apreço" a carta e "lhe deseja felicidades".
"(...) também o Papa Francisco lhe deseja felicidades, invocando para
sua família a abundância das graças divinas, a fim de viverem constante e
fielmente a condição de cristãos, como bons filhos de Deus e da Igreja,
ao enviar-lhes uma propiciadora Bênção Apostólica, pedindo que não se
esqueçam de rezar por ele", diz a carta do Vaticano.
Vamos aos fatos:
1. A carta é assinada pelo Monsenhor Paolo Borgia, assessor para os
Assuntos Gerais da Secretaria de Estado, que é quem cuida, junto com outros, de ler as milhares de correspondências que ele recebe (Papa Francisco recebe duas mil cartas de fiéis por dia).
2. O texto da carta é padrão. O papa não lê todas as cartas, mas é noticiado delas, e vez ou outra selecionam algumas para ele realmente ler. É provável que neste caso ele não tenha realmente lido, por tratava-se apenas de uma carta de agradecimento. A secretaria tem textos-padrão para cada tipo de carta, seja de agradecimento, de pedidos, de presentes, etc.
Veja estas cartas, recolhidas na internet, de pessoas que receberam resposta do Vaticano. A primeira contém exatamente a mesma frase que fala da família:
3. Quem realmente conhecia o caso, o bispo de Curitiba, que fez o Batismo, teve a atitude correta. Segundo o próprio pai adotivo: "[...] marquei uma audiência com o arcebispo de Curitiba [Dom José Antônio
Peruzzo]. Ele topou. Disse que ia batizar as crianças e, não, o casal.
Ele só exigiu que elas fizessem um curso de pré-batismo; e os pais, as
madrinhas e o padrinho, um de preparação"".
4. O próprio Papa Francisco já afirmou, várias vezes, a doutrina de sempre da Igreja sobre a família:
ATUALIZAÇÃO 09/08/2017 - A Arquidiocese de Curitiba lançou nota sobre o ocorrido, confirmando nossas informações acima.
O padre Luciano Tokarski, coordenador da Comissão de Animação Bíblico-Catequética da Arquidiocese de Curitiba, afirma que a Igreja aprovou o batismo dos filhos do casal.
"Vimos o batismo com bons olhos. A Igreja tem uma atitude de acolhida, de misericórdia, de compaixão, de proximidade. Nunca as portas estiverem fechadas para ninguém. Não existe nenhum documento oficial da Igreja que proíba isso", comenta.
Tokarski, no entanto, ressalta que, mesmo respeitando, a Igreja Católica não aprova o casamento gay. "O fato de aceitarmos o batismo dos adolescentes não significa que a Igreja aprova o casamento homossexual. A Igreja está dizendo que os filhos deles podem ser batizados, mas seguimos contrários à união entre dois homens, apesar de acolhermos todas as pessoas", esclarece. (G1)
“Não pode haver confusão entre a família, querida por Deus, e qualquer outro tipo de união”.E, no mesmo texto, esclarece:
“A família, fundada no matrimônio indissolúvel, unitivo e procriador, pertence ao sonho de Deus e da sua Igreja para a salvação da humanidade” (https://w2.vatican.va/content/francesco/pt/speeches/2016/january/documents/papa-francesco_20160122_anno-giudiziario-rota-romana.html)
"Quando a Igreja, através do vosso serviço, se propõe esclarecer a verdade acerca do matrimónio no caso concreto, para o bem dos fiéis, ao mesmo tempo tem sempre presente que quantos, por livre escolha ou por circunstâncias infelizes da vida, vivem num estado objectivo de erro, continuando a ser objecto do amor misericordioso de Cristo e por isso da própria Igreja."Ou seja: há a verdadeira família, fundada no matrimônio indissolúvel, unitivo e procriador; há verdadeiras famílias, porém deficientes; há arranjos comunitários semelhantes à família. A Igreja quer acolher a todos, mas não pode deixar de anunciar a verdade e aquilo que é "o sonho de Deus".
ATUALIZAÇÃO 09/08/2017 - A Arquidiocese de Curitiba lançou nota sobre o ocorrido, confirmando nossas informações acima.
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