Ó Pai, cuja beleza
infinita é sinalizada na Liturgia, que a arte de celebrar retamente
garanta a participação plena, ativa e frutuosa de Vosso povo.
Leve-nos
a reconhecer que pela liturgia, obra em favor do povo, tomamos parte na
obra divina, que continua em Sua Igreja, com Ela e por Ela, a obra de
nossa redenção.
A
Liturgia seja a fonte donde haurimos forças e ápice para qual tende
nossa vida e missão de Igreja. A Liturgia seja fonte pura e perene de
“água viva” à qual todo sedento pode haurir gratuitamente o dom de Deus.
Participando
desta forma plena, ativa e frutuosa dos sagrados mistérios, toda a
existência cristã se torne “sacrifício vivo, santo e agradável a Deus”,
autêntico “culto espiritual”.
Tudo isto Vos pedimos por Jesus Cristo, na unidade do Espírito Santo, que convosco doa a Sagrada Liturgia. Amém.
Comentário à oração
Esta
oração foi formulada com base nos principais documentos do Magistério
da Igreja sobre o tema da liturgia, em especial a “Constituição
Conciliar Sacrosanctum Concilium sobre a Sagrada Liturgia”, de 1963. Foi
o primeiro documento promulgado do Concílio Vaticano II. Por esta
Constituição ficou determinada a reforma litúrgica.
Na
Sacrosanctum Concilium se explica o sentido e a importância da Liturgia
na vida da Igreja, tema que trataremos adiante neste comentário.
“Ó Pai”: na
Liturgia, toda oração é dirigida ao Pai, “princípio de toda divindade”
(S. Agostinho). O próprio Filho, Jesus, assim o fazia, e isso foi
justamente o motivo de sua Encarnação: revelar o Pai. A oração termina
mencionando o Filho, que é o Mediador entre Deus e os homens, e o Espírito Santo que é a união de Amor entre o Pai e o Filho.
“cuja beleza infinita é sinalizada na Liturgia”:
“nela culmina toda a ação pela qual Deus, em Cristo, santifica o mundo,
bem como todo o culto pelo qual os homens, por meio de Cristo, Filho de
Deus, no Espírito Santo, prestam adoração ao Pai” (IGMR 16).
“que a arte de celebrar retamente garanta a participação plena, ativa e frutuosa”:
“Para assegurar esta eficácia plena, é necessário, porém, que os fiéis
celebrem a Liturgia com retidão de espírito, unam a sua mente às
palavras que pronunciam[...]. Não só se observem, na ação litúrgica, as
leis que regulam a celebração válida e lícita, mas também que os fiéis
participem nela consciente, ativa e frutuosamente” (SC 11).
“liturgia, obra em favor do povo”: Esta é a definição de liturgia, uma obra pública pela qual Deus é quem age em favor do povo que acolhe.
“fonte donde haurimos forças e ápice para qual tende nossa vida e missão de Igreja”:
“Na verdade, o trabalho apostólico ordena-se a conseguir que todos os
que se tornaram filhos de Deus pela fé e pelo Batismo se reúnam em
assembléia para louvar a Deus no meio da Igreja, participem no
Sacrifício e comam a Ceia do Senhor” (SC 10).
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