Em tempos difíceis para a Igreja, Pio IX [em 1870], desejando confiá-la à especial proteção do Santo Patriarca José, declarou-o «Patrono da Igreja católica». Esse Sumo Pontífice sabia que não estava a levar a efeito um gesto peregrino, porque, em virtude da excelsa dignidade concedida por Deus a este seu servo fidelíssimo, «a Igreja, depois da Virgem Santíssima, esposa dele, teve sempre em grande honra e cumulou de louvores o Bem-aventurado José e, no meio das angústias, de preferência foi a ele que recorreu».
Quais são
os motivos de tão grande confiança? O Papa Leão XIII expõe-nos assim: «As
razões pelas quais o Bem-aventurado José deve ser considerado especial Patrono
da Igreja, e a Igreja, por sua vez, deve esperar muitíssimo da sua proteção e
do seu patrocínio, provêm principalmente do fato de ele ser esposo de Maria e
pai putativo de Jesus (...). José foi a seu tempo legítimo e natural guardião,
chefe e defensor da divina Família (...). É algo conveniente e sumamente digno
para o Bem-aventurado José, portanto, que, de modo análogo àquele com que
outrora costumava socorrer santamente, em todo e qualquer acontecimento, a
Família de Nazaré, também agora cubra e defenda com o seu celeste patrocínio a
Igreja de Cristo».
A atitude
fundamental de toda a Igreja deve ser de «religiosa escuta da palavra de Deus»;
ou seja, de absoluta disponibilidade para se pôr fielmente ao serviço da
vontade salvíficade Deus,
revelada em Jesus. Logo no princípio da Redenção humana, nós encontramos o
modelo da obediência encarnado, depois de Maria, precisamente em José, aquele
que, se distingue pela execução fiel das ordens de Deus.
Nos dias
de hoje, temos ainda numerosos motivos para rezar da mesma maneira:«Afastai
de nós, ó pai amantíssimo, esta peste de erros e de vícios..., assisti-nos propício,
do céu, nesta luta contra o poder das trevas ...; e assim como outrora
livrastes da morte a vida ameaçada do Menino Jesus, assim hoje defendei a santa
Igreja de Deus das ciladas do inimigo e de todas as adversidades». Hoje ainda
temos motivos que perduram para recomendar todos e cada um dos homens a São
José.
O homem
justo, que trazia em si o patrimônio da Antiga Aliança, foi também introduzido
no «princípio» da nova e eterna Aliança em Jesus Cristo. Que ele nos indique os
caminhos desta Aliança salvífica no limiar do próximo Milênio, durante o qual
deve perdurar e desenvolver-se ulteriormente a «plenitude dos tempos» própria
do mistério inefável da Incarnação do Verbo.
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