tag:blogger.com,1999:blog-13956740933377525442024-03-08T08:34:03.173-03:00Martyria Cursos e EditoraBlog de Martyria Cursos e Editora. Artigos, notícias e resenhas.Márcio Carvalhohttp://www.blogger.com/profile/04039288739374407300noreply@blogger.comBlogger227125tag:blogger.com,1999:blog-1395674093337752544.post-62638302444654136542024-01-17T08:11:00.000-03:002024-01-17T08:11:12.601-03:00Subsídio do Vaticano para vivência da Palavra de Deus<p><span style="background-color: white; font-family: Pavanam, sans-serif; font-size: 21px; text-align: justify; text-indent: 30px;">Com o objetivo de auxiliar a vivência da Palavra de Deus e a oração em comunidade, em família e pessoalmente, a <i><a href="http://www.evangelizatio.va/content/pcpne/it/attivita/parola/2024/sussidio.html">Seção para os Assuntos Fundamentais da Evangelização no Mundo</a></i> do <i>Dicastério para a Evangelização</i> disponibilizou um subsídio litúrgico-pastoral.</span> </p><blockquote><p>O Domingo da Palavra de Deus é uma iniciativa profundamente pastoral com a qual o Papa Francisco quer fazer compreender a importância da referência à Palavra de Deus na vida quotidiana da Igreja e das nossas comunidades, uma Palavra que não se limita a um livro, mas que permanece sempre vivo e se torna um sinal concreto e tangível. Cada realidade local saberá encontrar os modos mais adequados e eficazes para viver plenamente este domingo, permitindo «crescer no povo de Deus uma familiaridade religiosa e assídua com as Sagradas Escrituras» (Aperuit illis, 15). Esta ajuda pastoral pretende ser uma ajuda que queremos oferecer às comunidades paroquiais e a quantos se reúnem para a celebração da Sagrada Eucaristia no domingo, para que este domingo seja vivido intensamente.</p></blockquote><p style="text-align: right;">S.E.R. Monsenhor Rino Fisichella</p><p><br /></p><p><table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><span style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><a href="http://www.evangelizatio.va/content/dam/pcpne/image/DomenicadellaParola/2024/PT_V%20DOMENICA-SUSSIDIO.PDF"><img alt="Subsídio" border="0" data-original-height="495" data-original-width="350" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiN3XaIr-koi3aE8epPKsmCigtkS-HBl6U18zwN3-aiPLO2uiSE5DFH35KI1fnObn9k4jy_HjL57wpK9oryTCS49PctgkYi4RC1sBO7xAqT4SadJ1hGcDBPaJcB-6oj4UgCPZUWyecvS4eKLfJ_cc4GmL475NYhCq1ANRuLQezxQ-Sxe4WDH_KUDF8tzCA/w226-h320/1703148083705%5B1%5D.jpg" width="226" /></a></span></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><a href="http://www.evangelizatio.va/content/dam/pcpne/image/DomenicadellaParola/2024/PT_V%20DOMENICA-SUSSIDIO.PDF">Subsídio litúrgico-pastoral em português <br />- CLIQUE AQUI PARA BAIXAR</a></td></tr></tbody></table></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="text-align: left;">O conteúdo:</span></div><p></p><p>1. Considerações práticas</p><p>2. Propostas pastorais</p><p> · Em comunidade</p><p> · Em família</p><p>3. Propostas da Lectio Divina</p><p> · Duas propostas sobre João 8,28-42</p><p> · Lectio Divina para jovens sobre Mc 1,14-20 (Evangelho do Terceiro Domingo do Tempo Comum 2024)</p><p>4. Uma catequese do Papa Francisco</p><p>5. O exemplo do Cardeal Van Thuân</p><p>6. Apêndice</p><p> · Adoração Bíblica</p><p> · Esquema da Celebração Eucarística</p><p>+++++</p><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><span style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><a href="https://loja.cursoscatolicos.com.br/cursobiblico"><img alt="Livro" border="0" data-original-height="228" data-original-width="228" height="200" src="https://loja.cursoscatolicos.com.br/image/cache/data/livros/capa%20curso%20b%C3%ADblico%20loja-228x228.jpg" width="200" /></a></span></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><a href="https://loja.cursoscatolicos.com.br/cursobiblico">Curso bíblico para leigos<br />A riqueza da Palavra de Deus - Antigo e Novo Testamento</a></td></tr></tbody></table><br /><p><br /></p>Márcio Carvalhohttp://www.blogger.com/profile/04039288739374407300noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1395674093337752544.post-33344428917780832992021-09-01T09:57:00.001-03:002021-09-01T09:58:44.108-03:00Os 6 pecados contra o Espírito Santo<p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh-PqcnHqhGgtZD-fBwTrdFpwFHXOLo2WcT4bnmS1LPENUlniSkTXUcMZGiP0Z5zmMfos-jdHG3IgvyytLVhEeyZNoD5-EphP-7FiBp0xLDE5LgHISZuAyr2CXrQAwkT2aES_S5daG7Eyc/s1080/1.png" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1080" data-original-width="1080" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh-PqcnHqhGgtZD-fBwTrdFpwFHXOLo2WcT4bnmS1LPENUlniSkTXUcMZGiP0Z5zmMfos-jdHG3IgvyytLVhEeyZNoD5-EphP-7FiBp0xLDE5LgHISZuAyr2CXrQAwkT2aES_S5daG7Eyc/s320/1.png" width="320" /></a></div><br /> <span face=""Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif" style="background-color: white; color: #050505; font-size: 15px; white-space: pre-wrap;">Os pecados contra o Espírito Santo são seis, e chamam-se estes pecados particularmente assim porque se cometem por pura malícia, o que é contrário à bondade que se atribui ao Espírito Santo.</span><p></p><div style="text-align: left;"><em style="-webkit-font-smoothing: antialiased; background-color: white; border: none; box-sizing: inherit; font-family: "Open Sans", sans-serif; font-size: 17px; line-height: inherit; margin: 0px; overflow-wrap: break-word; padding: 0px; word-break: break-word;"></em><blockquote><em style="-webkit-font-smoothing: antialiased; background-color: white; border: none; box-sizing: inherit; font-family: "Open Sans", sans-serif; font-size: 17px; line-height: inherit; margin: 0px; overflow-wrap: break-word; padding: 0px; word-break: break-word;">“Em verdade vos digo: “Todos os pecados serão perdoados aos filhos dos homens, mesmo as suas blasfêmias; mas todo o que tiver blasfemado contra o Espírito Santo jamais terá perdão, mas será culpado de um pecado eterno.” (Mc 3, 28-29</em><span face=""Open Sans", sans-serif" style="background-color: white; font-size: 17px;">)</span></blockquote><p>Um pecado contra o Espírito Santo não tem perdão na medida em que o pecador não se arrepende, não quer, ou não acredita, ser perdoado.</p><span face=""Open Sans", sans-serif" style="background-color: white; font-size: 17px;"></span></div><h4 style="text-align: left;"><span face=""Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif" style="background-color: white; color: #050505; font-size: 15px; white-space: pre-wrap;">A Impenitência final: </span></h4><p><span face=""Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif" style="background-color: white; color: #050505; font-size: 15px; white-space: pre-wrap;">Não é difícil de entender este pecado, pois uma pessoa que vem pecando a vida inteira, no final de sua existência continua sendo impenitente e não arrependido de tudo o que fez de mal. É a suprema e final rejeição à Deus. Mesmo estando no fim da vida e sabendo que vai morrer, a pessoa não quer mudar de vida.</span></p><h4 style="text-align: left;"><span face=""Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif" style="background-color: white; color: #050505; font-size: 15px; white-space: pre-wrap;">Inveja da graça fraterna: </span></h4><p><span face=""Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif" style="background-color: white; color: #050505; font-size: 15px; white-space: pre-wrap;">Ocorre quando a pessoa tem inveja da graça que Deus dá a outrem. O invejoso irrita-se por que o seu próximo conseguiu algo de bom e por isso revolta-se contra Deus. É o caso de Caim e Abel. Caim matou Abel por inveja.</span></p><h4 style="text-align: left;"><span face=""Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif" style="background-color: white; color: #050505; font-size: 15px; white-space: pre-wrap;">Presunção de salvação sem merecimento: </span></h4><p><span face=""Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif" style="background-color: white; color: #050505; font-size: 15px; white-space: pre-wrap;">Ocorre quando a pessoa se acha muito virtuosa que pensa que já está no céu e, por isso, por mais que possa pecar, Deus lhe perdoará. Implica num sentimento de orgulho achando de que está salva pelo que já fez na vida.</span></p><h4 style="text-align: left;"><span face=""Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif" style="background-color: white; color: #050505; font-size: 15px; white-space: pre-wrap;">Negar a verdade conhecida como tal: </span></h4><p><span face=""Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif" style="background-color: white; color: #050505; font-size: 15px; white-space: pre-wrap;">Ocorre quando a pessoa se julga “dona da verdade” e por isso não aceita as verdades da fé por puro orgulho.</span></p><h4 style="text-align: left;"><span face=""Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif" style="background-color: white; color: #050505; font-size: 15px; white-space: pre-wrap;">A obstinação no pecado: </span></h4><p><span face=""Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif" style="background-color: white; color: #050505; font-size: 15px; white-space: pre-wrap;">É quem peca não por fraqueza, mas por malícia. Peca não porque simplesmente teve tentação, mas porque AMA pecar.</span></p><h4 style="text-align: left;"><span face=""Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif" style="background-color: white; color: #050505; font-size: 15px; white-space: pre-wrap;">Desespero de salvação: </span></h4><p><span face=""Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif" style="background-color: white; color: #050505; font-size: 15px; white-space: pre-wrap;">Ocorre quando a pessoa já pecou tanto que entra em desespero achando que não há mais salvação para ela. Fica convencida de que não há mais solução e que seu destino é o inferno.</span></p><p><span face=""Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif" style="background-color: white; color: #050505; font-size: 15px; white-space: pre-wrap;"><br /></span></p><p><span face=""Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif" style="background-color: white; color: #050505; font-size: 15px; white-space: pre-wrap;"><a href="http://www.cursoscatolicos.com.br">www.cursoscatolicos.com.br</a></span></p>Márcio Carvalhohttp://www.blogger.com/profile/04039288739374407300noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1395674093337752544.post-33793823718381817952021-08-02T10:33:00.001-03:002021-08-02T10:33:57.381-03:00Existência de Jesus: fatos e consequências [aula + folheto]<p> </p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><iframe allowfullscreen="" class="BLOG_video_class" height="266" src="https://www.youtube.com/embed/LSdYRK6f54U" width="320" youtube-src-id="LSdYRK6f54U"></iframe></div><span face="Roboto, Arial, sans-serif" style="background-color: #f9f9f9; color: #030303; font-size: 14px; letter-spacing: 0.2px; white-space: pre-wrap;">Jesus Cristo mentiu? 🤔
Parece um absurdo, mas muita gente afirma que sim, direta ou indiretamente, ou por ignorância.
Há ainda os que duvidam que Ele existiu ou que é Deus.
Se Jesus existiu, é quem disse ser, fez o que fez, disse o que disse, há sérias consequências para nós.
Nesta aula vamos analisar os fatos que nos levam a crer na sua existência e tudo o que isso implica.</span><p></p><p>A ressurreição é o fato histórico que marcar uma iluminação do entendimento dos próprios Apóstolos. A crítica é unânime em atribuir todo o Novo Testamento à experiência histórica da ressurreição de Jesus: o homem que viveu, pregou e fez milagres dizia ser Deus, deu instruções aos seus discípulos e provou tudo com sua ressurreição.</p><p><span face="Roboto, Arial, sans-serif" style="background-color: #f9f9f9; color: #030303; font-size: 14px; letter-spacing: 0.2px; white-space: pre-wrap;">
Textos citados: </span></p><ol style="background-color: white; color: #333333; font-family: "PT Sans", Tahoma, Arial, sans-serif; font-size: 13px;"><li style="line-height: 1.5em;"><a href="https://drive.google.com/open?id=0ByXAgn9Kgdzjd1BGX2VFdFY5Tmc" style="border: 0px; color: #c83746; font-family: inherit; font-style: inherit; font-weight: inherit; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; text-decoration-line: none; vertical-align: baseline;" target="_blank">Jesus Cristo mentiu?</a> - fatos sobre a existência de Jesus, dos Evangelhos e da Igreja.</li></ol><div><span style="color: #333333; font-family: PT Sans, Tahoma, Arial, sans-serif;"><span style="font-size: 13px;">+++</span></span></div><div><b style="background-color: #513831; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px;">Cursos com inscrições sempre abertas:</b><br style="background-color: #513831; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px;" /><ul style="background-color: #513831; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 1.4; list-style-image: initial; list-style-position: initial; margin: 0.5em 0px; padding: 0px 2.5em;"><li style="border: none; margin: 0px 0px 0.25em; padding: 0.25em 0px;"><a href="http://www.cursoscatolicos.com.br/2017/04/curso-teologico-pastoral-completo.html" style="color: #3d74a5; text-decoration-line: none;">Teológico Pastoral Completo</a></li><li style="border: none; margin: 0px 0px 0.25em; padding: 0.25em 0px;"><a href="http://www.cursoscatolicos.com.br/2015/08/curso-de-introducao-aos-dogmas.html" style="color: #3d74a5; text-decoration-line: none;" target="_blank">Introdução aos Dogmas</a></li><li style="border: none; margin: 0px 0px 0.25em; padding: 0.25em 0px;"><a href="http://www.cursoscatolicos.com.br/2018/02/curso-de-introducao-filosofia.html" style="color: #3d74a5; text-decoration-line: none;">Introdução à Filosofia </a></li><li style="border: none; margin: 0px 0px 0.25em; padding: 0.25em 0px;"><a href="http://www.cursoscatolicos.com.br/2015/07/curso-de-lideranca-e-missiologia.html" style="color: #3d74a5; text-decoration-line: none;">Liderança e Missiologia</a></li><li style="border: none; margin: 0px 0px 0.25em; padding: 0.25em 0px;"><a href="http://www.cursoscatolicos.com.br/2012/03/curso-passos-para-uma-reforma-liturgica.html" style="color: #3d74a5; text-decoration-line: none;">Passos para uma reforma litúrgica local</a></li><li style="border: none; margin: 0px 0px 0.25em; padding: 0.25em 0px;"><a href="http://www.cursoscatolicos.com.br/2012/02/curso-catecismo-da-igreja-catolica-em.html" style="color: #3d74a5; text-decoration-line: none;">Catecismo da Igreja Católica em exame</a> (gratuito)</li><li style="border: none; margin: 0px 0px 0.25em; padding: 0.25em 0px;"><a href="https://www.cursoscatolicos.com.br/2019/12/minicurso-lectio-divina-leitura-orante.html" style="color: #3d74a5; text-decoration-line: none;">Lectio Divina</a> (gratuito)</li><li style="border: none; margin: 0px 0px 0.25em; padding: 0.25em 0px;"><a href="https://www.cursoscatolicos.com.br/2020/11/formacao-de-educadores-catolicos.html" style="color: #3d74a5; text-decoration-line: none;">Formação de Educadores Católicos</a> (gratuito)</li><li style="border: none; margin: 0px 0px 0.25em; padding: 0.25em 0px;"><a href="http://www.cursoscatolicos.com.br/2012/05/curso-de-mariologia.html" style="color: #3d74a5; text-decoration-line: none;">Mariologia</a></li><li style="border: none; margin: 0px 0px 0.25em; padding: 0.25em 0px;"><a href="http://www.cursoscatolicos.com.br/2013/04/curso-de-cultura-mariologica.html" style="color: #3d74a5; text-decoration-line: none;">Cultura Mariológica </a></li><li style="border: none; margin: 0px 0px 0.25em; padding: 0.25em 0px;"><a href="http://www.cursoscatolicos.com.br/2013/05/curso-de-historia-da-igreja-i.html" style="color: #3d74a5; text-decoration-line: none;">História da Igreja</a></li><li style="border: none; margin: 0px 0px 0.25em; padding: 0.25em 0px;"><a href="http://www.cursoscatolicos.com.br/2013/06/curso-de-latim.html" style="color: #3d74a5; text-decoration-line: none;">Latim</a></li><li style="border: none; margin: 0px 0px 0.25em; padding: 0.25em 0px;"><a href="http://www.cursoscatolicos.com.br/2014/05/curso-de-canto-gregoriano.html" style="color: #3d74a5; text-decoration-line: none;">Canto Gregoriano</a></li><li style="border: none; margin: 0px 0px 0.25em; padding: 0.25em 0px;"><a href="http://www.cursoscatolicos.com.br/2018/12/curso-de-moral-fundamental-e-das-virtudes.html" style="color: #3d74a5; text-decoration-line: none;">Moral Fundamental e das Virtudes</a></li><li style="border: none; margin: 0px 0px 0.25em; padding: 0.25em 0px;"><a href="http://www.cursoscatolicos.com.br/2014/08/curso-de-doutrina-social-da-igreja.html" style="color: #3d74a5; text-decoration-line: none;">Doutrina Social da Igreja</a></li><li style="border: none; margin: 0px 0px 0.25em; padding: 0.25em 0px;"><a href="http://www.cursoscatolicos.com.br/2016/05/curso-de-secretaria-e-administracao.html" style="color: #3d74a5; text-decoration-line: none;">Secretaria e Adm. Paroquial</a></li><li style="border: none; margin: 0px 0px 0.25em; padding: 0.25em 0px;"><a href="http://www.cursoscatolicos.com.br/2019/06/curso-matrimonio-familia-e-fecundidade.html" style="color: #3d74a5; text-decoration-line: none;">Matrimônio, Família e Fecundidade</a></li></ul></div><div><span face="PT Sans, Tahoma, Arial, sans-serif" style="color: #333333;"><span style="font-size: 13px;"><br /></span></span></div>Márcio Carvalhohttp://www.blogger.com/profile/04039288739374407300noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1395674093337752544.post-27034315399570283492021-07-20T10:34:00.002-03:002021-08-09T15:37:24.372-03:00"Guardiões da Tradição" - análise e consequências do Motu proprio que restringe a missa antiga<p><a href="https://www.vatican.va/content/francesco/es/motu_proprio/documents/20210716-motu-proprio-traditionis-custodes.html" target="_blank"> </a><span style="background-color: white; color: #ac1313; font-family: Georgia, serif; font-size: 24px; font-style: italic; font-weight: 700; text-align: -webkit-center;"><a href="https://www.vatican.va/content/francesco/es/motu_proprio/documents/20210716-motu-proprio-traditionis-custodes.html" target="_blank">Traditiones custodes</a> é o título do Motu proprio do Papa Francisco que restringe a missa antiga, "missa tridentina", </span><span face="Arial, Helvetica, sans-serif, sans-serif" style="background-color: white; color: #3c4858; font-size: 14px; font-style: italic;">.. e revoga todas as disposições anteriores, como o <a href="https://www.vatican.va/content/benedict-xvi/pt/motu_proprio/documents/hf_ben-xvi_motu-proprio_20070707_summorum-pontificum.html" target="_blank">Summorum pontificum</a>, de Bento XVI.</span></p><div style="background-color: white; box-sizing: border-box; color: #3c4858; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif, sans-serif; font-size: 14px; font-style: italic;"><iframe allow="accelerometer; autoplay; clipboard-write; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture" allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/ffA-ZOvxhZE" title="YouTube video player" width="560"></iframe><br style="box-sizing: border-box;" />Contextualização e análise com Márcio Carvalho, teólogo, e Emanuel Junior, canonista.<br style="box-sizing: border-box;" />O vídeo foi gravado ao vivo pelo <a href="https://www.instagram.com/martyriacursos" style="background: 0px 0px; box-sizing: border-box; color: #0092ff;">https://www.instagram.com/martyriacursos</a><br style="box-sizing: border-box;" /> </div><div style="background-color: white; box-sizing: border-box; color: #3c4858; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif, sans-serif; font-size: 14px; font-style: italic;"><span style="box-sizing: border-box; font-size: 16px;"><span style="box-sizing: border-box; font-weight: 700;">Entenda o que aconteceu e o que isso influencia em toda a Igreja:</span></span></div><div style="background-color: white; box-sizing: border-box; color: #3c4858; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif, sans-serif; font-size: 14px;"> </div><div style="background-color: white; box-sizing: border-box; color: #3c4858; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif, sans-serif; font-size: 14px;"><span style="box-sizing: border-box;">O <a href="https://www.vatican.va/archive/hist_councils/ii_vatican_council/index_po.htm" target="_blank">Concílio Vaticano II</a> (1962-65) pediu uma reforma litúrgica, que foi concluída por uma comissão no ano de 1969 e resultou na promulgação de um novo missal, sob Paulo VI.</span></div><div style="background-color: white; box-sizing: border-box; color: #3c4858; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif, sans-serif; font-size: 14px;"> </div><div style="background-color: white; box-sizing: border-box; color: #3c4858; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif, sans-serif; font-size: 14px;"><span style="box-sizing: border-box;">Antes mesmo da publicação do novo missal, no mundo inteiro houve inúmeros abusos e experimentações em matéria litúrgica, constituindo grave escândalo, comprometendo a verdadeira reforma. Muitos grupos (padres, bispos e leigos) solicitaram a permissão de continuar usando o missal precedente, tendo em vista as grandes dificuldades e alterações previstas (e os grandes abusos cometidos a despeito do que ordenava o novo missal). Essas permissões foram concedidas, mas alguns grupos se acirraram na crítica à missa nova e ao Concílio Vaticano II de forma que constituíam um perigo (às vezes um fato) de cisma na Igreja. Em 1988, por exemplo, o bispo Marcel Lefebvre ordenou sem mandato pontifício a 4 bispos, o que leva à pena canônica de <a href="https://www.vatican.va/content/john-paul-ii/pt/motu_proprio/documents/hf_jp-ii_motu-proprio_02071988_ecclesia-dei.html" target="_blank">excomunhão automática para os bispos sagrantes e os ordenados</a>.</span></div><div style="background-color: white; box-sizing: border-box; color: #3c4858; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif, sans-serif; font-size: 14px;"> </div><div style="background-color: white; box-sizing: border-box; color: #3c4858; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif, sans-serif; font-size: 14px;"><span style="box-sizing: border-box;">Desde então, várias tentativas de reconciliação foram feitas. A exigência da Igreja é muito simples: esses grupos, para estarem em comunhão com a Igreja, devem reconhecer a validade da missa nova e o caráter vinculante do Concílio Vaticano II. Bento XVI, como ato de benevolência, suspendeu a excomunhão dos 4 bispos ordenados (os ordenantes já haviam falecido); mas até hoje, não há nenhum sinal de boa vontade desses grupos em aceitar as duas condições da Igreja.</span></div><div style="background-color: white; box-sizing: border-box; color: #3c4858; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif, sans-serif; font-size: 14px;"> </div><div style="background-color: white; box-sizing: border-box; color: #3c4858; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif, sans-serif; font-size: 14px;"><span style="box-sizing: border-box;">Em 2007, Bento XVI publica o <i><a href="https://www.vatican.va/content/benedict-xvi/pt/motu_proprio/documents/hf_ben-xvi_motu-proprio_20070707_summorum-pontificum.html" target="_blank">Motu proprio Summorum Pontificum</a></i>, reafirmando que o o missal antigo nunca foi abolido e garantindo a todo e qualquer padre o direito de usá-lo, onde haja grupo de fiéis interessados, sem necessidade de autorização especial. Agindo assim, o papa desejava dar a conhecer os tesouros da tradição litúrgica a um maior número de pessoas e fazer o mútuo enriquecimento das formas litúrgicas - trazendo para a missa nova coisas já previstas, mas perdidas em meio aos abusos (a piedade eucarística, o silêncio, o canto gregoriano, o latim, enfim, a sacralidade).</span></div><div style="background-color: white; box-sizing: border-box; color: #3c4858; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif, sans-serif; font-size: 14px;"> </div><div style="background-color: white; box-sizing: border-box; color: #3c4858; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif, sans-serif; font-size: 14px;"><span style="box-sizing: border-box;">O gesto de Bento XVI confirmou em muitos lugares o desejo dos fiéis de terem celebrações dignas, sem abusos, "sem excentricidades" (Papa Francisco). Mas, infelizmente, aquele outro intuito - de reconciliar os grupos cismáticos - não foi atingido; continuaram a negar a autoridade do Concílio Vaticano II e o valor do novo missal.</span></div><div style="background-color: white; box-sizing: border-box; color: #3c4858; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif, sans-serif; font-size: 14px;"> </div><div style="background-color: white; box-sizing: border-box; color: #3c4858; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif, sans-serif; font-size: 14px;"><table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><span style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><a href="https://loja.cursoscatolicos.com.br/areformaliturgica"><img border="0" data-original-height="228" data-original-width="228" src="https://loja.cursoscatolicos.com.br/image/cache/data/produtos/capa%20ebook-228x228.jpg" /></a></span></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Livro: <a href="https://loja.cursoscatolicos.com.br/areformaliturgica">A reforma litúrgica de Bento XVI<br />passo a passo para a comunidade</a></td></tr></tbody></table><span style="box-sizing: border-box;">O Papa Francisco, consultando os bispos do mundo inteiro, percebeu que esses grupos cismáticos arrastavam cada vez mais pessoas para o cisma, para a negação da autoridade da Igreja. Como ato extremo, publica em 16/07/2021 o <i>Motu proprio Traditiones custodes</i>, revogando o <i>Summorum pontificum</i> e voltando à estaca anterior: agora é necessário autorização especial do bispo para o uso do missal antigo e outras providências que, na prática, extingue a possibilidade de que haja crescimento, mesmo em comunhão com o bispo, de grupos que celebrem a forma antiga da missa romana.</span></div><div style="background-color: white; box-sizing: border-box; color: #3c4858; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif, sans-serif; font-size: 14px;"> </div><div style="background-color: white; box-sizing: border-box; color: #3c4858; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif, sans-serif; font-size: 14px;"><span style="box-sizing: border-box;">De positivo, enxergamos que o documento afirma a necessidade de comunhão com o bispo para realização de qualquer atividade pastoral, sobretudo litúrgica. Na <a href="https://www.vatican.va/content/francesco/es/letters/2021/documents/20210716-lettera-vescovi-liturgia.html" target="_blank">carta ao bispos, que acompanha o Motu proprio</a>, o Papa Francisco termina chamando a atenção dos bispos para que vigiem que as celebrações litúrgicas sigam estritamente o que manda o missal novo, "sem excentricidades e com decoro", pois a maioria das pessoas que procurava a missa antiga é por não encontrar tal decoro e dignidade litúrgica em suas comunidades paroquiais.</span></div><div style="background-color: white; box-sizing: border-box; color: #3c4858; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif, sans-serif; font-size: 14px;"> </div><div style="background-color: white; box-sizing: border-box; color: #3c4858; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif, sans-serif; font-size: 14px;"><span style="box-sizing: border-box;">A lei foi dura com os fiéis que manifestavam predileção pela forma antiga da missa. Por conta de uma minoria que instrumentalizou ideologicamente o uso antigo, toda a Igreja perde uma rica tradição litúrgica.</span></div><div style="background-color: white; box-sizing: border-box; color: #3c4858; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif, sans-serif; font-size: 14px;"> </div><div style="background-color: white; box-sizing: border-box; color: #3c4858; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif, sans-serif; font-size: 14px;"><span style="box-sizing: border-box;">Como lei eclesiástica, este <i>Motu proprio</i> pode vir a ser alterado ou revogado por outro. Por enquanto, resta o desejo manifestado por Bento XVI de que a reforma litúrgica desejada pelo Concílio Vaticano II seja realmente implantada, pela obediência às normas litúrgicas, pela piedade e decoro das celebrações, pela fidelidade à Tradição da Igreja.</span><span style="background-color: transparent; box-sizing: border-box;"> <br /></span></div><div style="background-color: white; box-sizing: border-box; color: #3c4858; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif, sans-serif; font-size: 14px;"><span style="background-color: transparent; box-sizing: border-box;"><br /></span></div><div style="background-color: white; box-sizing: border-box; color: #3c4858; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif, sans-serif; font-size: 14px;"><span style="background-color: transparent; box-sizing: border-box;">***</span></div><div style="background-color: white; box-sizing: border-box; color: #3c4858; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif, sans-serif; font-size: 14px;"><span style="background-color: transparent; box-sizing: border-box;">Curso "Passos para uma reforma litúrgica local": <a href="https://www.cursoscatolicos.com.br/2012/03/curso-passos-para-uma-reforma-liturgica.html">https://www.cursoscatolicos.com.br/2012/03/curso-passos-para-uma-reforma-liturgica.html</a></span></div><div style="background-color: white; box-sizing: border-box; color: #3c4858; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif, sans-serif; font-size: 14px;"><br /></div><div style="background-color: white; box-sizing: border-box; color: #3c4858; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif, sans-serif; font-size: 14px;">Curso de Direito Canônico: <a href="https://www.cursoscatolicos.com.br/2020/07/curso-de-introducao-ao-direito-canonico.html">https://www.cursoscatolicos.com.br/2020/07/curso-de-introducao-ao-direito-canonico.html </a></div><div style="background-color: white; box-sizing: border-box; color: #3c4858; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif, sans-serif; font-size: 14px;"><span style="background-color: transparent; box-sizing: border-box;"><br /></span></div><div style="background-color: white; box-sizing: border-box; color: #3c4858; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif, sans-serif; font-size: 14px;"><span style="background-color: transparent; box-sizing: border-box;"><br /></span></div>Márcio Carvalhohttp://www.blogger.com/profile/04039288739374407300noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1395674093337752544.post-76620367612471803982021-04-30T10:47:00.000-03:002021-04-30T10:47:05.306-03:00As inquisições<p> <strong style="background-color: white; color: #555555; font-family: Verdana, "BitStream vera Sans", Helvetica, sans-serif; font-size: 11px; margin: 0px; padding: 0px; text-align: justify;"><em style="margin: 0px; padding: 0px;">Apresentamos este texto de Dom Estevão Bettencourt, monge beneditino, sobre a Inquisição. É comum escutar qualquer um, de modo preconceituoso e totalmente desprovido de fundamentação histórica científica, referir-se à Idade Média e à Inquisição para condenar e difamar a Igreja. Não devemos ter medo da verdade nem esconder os erros históricos da Igreja de Cristo; mas também não devemos aceitar a difamação maldosa e irresponsável, que distorce os fatos de modo injusto. Eis alguns esclarecimentos sobre a Inquisição. Apesar do artigo de Dom Estêvão ser um todo, tomamos a liberdade de dividi-lo em três partes, por questões práticas: (1) A Inquisição, (2) A Inquisição Espanhola e (3) A Inquisição Portuguesa. Vale a pena ler as três partes. Nunca mais você ficará calado quando alguém quiser falar mal da Igreja citando a Inquisição! (fonte: <a href="https://blogdamissaoatos.wordpress.com/artigos/a-inquisicao-dom-estevao-bettencourt/trackback/" target="_blank">blogmissaoatos</a>)</em></strong></p><div style="background-color: white; color: #555555; font-family: Verdana, "BitStream vera Sans", Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; margin: 0px; padding: 0px; text-align: justify;"><span style="font-size: 11px; line-height: normal; margin: 0px; padding: 0px;"><p style="margin: 0px 0px 10px; padding: 0px;"></p><p style="margin: 0px 0px 10px; padding: 0px; text-align: center;"><strong style="margin: 0px; padding: 0px;">A Inquisição</strong></p><p style="margin: 0px 0px 10px; padding: 0px;">A Inquisição não foi criada de uma só vez, nem procedeu do mesmo modo no decorrer dos séculos. Por isto distinguem-se:</p><p style="margin: 0px 0px 10px; padding: 0px;">1) A lnquisição Medieval, voltada contra as heresias cátara e valdense nos séculos XII-XIII e contra falsos misticismos nos séculos XIV-XV;</p><p style="margin: 0px 0px 10px; padding: 0px;">2) A lnquisição Espanhola, instituída em 1.478 por iniciativa dos reis Fernando e Isabel; visando principalmente aos judeus e muçulmanos, tornou-se poderoso instrumento do absolutismo dos monarcas espanhóis até o século XIX, a ponto de quase não poder ser considerada instituição eclesiástica (não raro a lnquisição Espanhola procedeu independentemente de Roma, resistindo à intervenção da Santa Sé, porque o rei de Espanha a esta se opunha);</p><p style="margin: 0px 0px 10px; padding: 0px;">3) A lnquisição Romana (também dita Santo Ofício) instituída em 1.542 pelo Papa Paulo III, em vista do surto do protestantismo.</p><p style="margin: 0px 0px 10px; padding: 0px;">Apesar das modalidades próprias, a Inquisição Medieval e a Romana foram movidas por princípios e mentalidade características. Passamos a examinar essa mentalidade e os procedimentos de tal instituição, principalmente como nos são transmitidos por documentos medievais.</p><p style="margin: 0px 0px 10px; padding: 0px;">Antecedentes da Inquisição contra os hereges a Igreja antiga aplicava penas espirituais, principalmente a excomunhão; não pensava em usar a força bruta. Quando, porém, o Imperador romano se tornou cristão, a situação dos hereges mudou. Sendo o Cristianismo religião de Estado, os Césares quiseram continuar a exercer para com este os direitos dos imperadores romanos (<em style="margin: 0px; padding: 0px;">Pontifices maximi</em>) em relação à religião pagã; quando arianos, perseguiam os católicos; quando católicos, perseguiam os hereges. A heresia era tida como um crime civil, e todo atentado contra a religião oficial como atentado contra a sociedade; não se deveria ser mais clemente para com um crime cometido contra a Majestade Divina do que para com os crimes de lesa-majestade humana.</p><p style="margin: 0px 0px 10px; padding: 0px;">As penas aplicadas, do século IV em diante, eram geralmente a proibição de fazer testamento, a confiscação dos bens, o exílio. A pena de morte foi infligida, pelo poder civil, aos maniqueus e aos donatistas; aliás, já Diocleciano em 300 parece ter decretado a pena de morte pelo fogo para os maniqueus, que eram contrários à matéria e aos bens materiais.</p><p style="margin: 0px 0px 10px; padding: 0px;">Agostinho, de início, rejeitava qualquer pena temporal para os hereges. Vendo, porém, os danos causados pelos donatistas (<em style="margin: 0px; padding: 0px;">circumcelliones</em>) propugnava os açoites e o exílio, não a tortura nem a pena de morte. Já que o Estado pune o adultério, argumentava, deve punir também a heresia, pois não é pecado mais leve a alma não conservar fidelidade (<em style="margin: 0px; padding: 0px;">fides</em>, fé) a Deus do que a mulher trair o marido (<em style="margin: 0px; padding: 0px;">epist</em>. 185, n. 21, a Bonifácio). Afirmava, porém, que os infiéis não devem ser obrigados a abraçar a fé, mas os hereges devem ser punidos e obrigados ao menos a ouvir a verdade.</p><p style="margin: 0px 0px 10px; padding: 0px;">As sentenças dos Padres da lgreja sobre a pena de morte dos hereges variavam. São João Crisóstomo (+ 407) Bispo de Constantinopla, baseando-se na parábola do joio e do trigo, considerava a execução de um herege como culpa gravíssima; não excluía, porém, medidas repressivas. A execução de Prisciliano, prescrita por Máximo Imperador em Tréveris (385) foi geralmente condenada pelos porta-vozes da lgreja, principalmente por São Martinho e Santo Ambrósio.</p><p style="margin: 0px 0px 10px; padding: 0px;">Das penas infligidas pelo Estado aos hereges não constava a prisão; esta parece ter tido origem nos mosteiros, donde foi transferida para a vida civil. Os reis merovíngios e carolíngios castigavam crimes eclesiásticos com penas civis assim como aplicavam penas eclesiásticas a crimes civis.</p><p style="margin: 0px 0px 10px; padding: 0px;">Chegamos assim ao fim do primeiro milênio. A Inquisição teria origem pouco depois.</p><p style="margin: 0px 0px 10px; padding: 0px;"> </p><p style="margin: 0px 0px 10px; padding: 0px; text-align: center;"><strong style="margin: 0px; padding: 0px;">As origens da lnquisição</strong></p><p style="margin: 0px 0px 10px; padding: 0px;"> </p><p style="margin: 0px 0px 10px; padding: 0px;">No antigo Direito Romano, o juiz não empreendia a procura dos criminosos; só procedia ao julgamento depois que Ihe fosse apresentada a denúncia. Até à Alta ldade Média, o mesmo se deu na Igreja; a autoridade eclesiástica não procedia contra os delitos se estes não Ihe fossem previamente apresentados. No decorrer dos tempos, porém, esta praxe mostrou-se insuficiente. Além disto, no séc. XI apareceu na Europa nova forma de delito religioso, isto é, uma heresia fanática e revolucionária, como não houvera até então: O catarismo (do grego <em style="margin: 0px; padding: 0px;">katharós</em>, puro) ou o movimento dos albigenses (de Albi, cidade da França meridional, onde os hereges tinham seu foco principal).</p><p style="margin: 0px 0px 10px; padding: 0px;">Considerando a matéria por si os cátaros rejeitavam não somente a face visível da lgreja, mas também instituições básicas da vida civil — o matrimônio, a autoridade governamental, o serviço militar — e enalteciam o suicídio. Destarte constituíam grave ameaça não somente para a fé cristã, mas também para a vida pública.</p><p style="margin: 0px 0px 10px; padding: 0px;">Em bandos fanáticos, às vezes apoiados por nobres senhores, os cátaros provocavam tumultos, ataques às igrejas etc., por todo o decorrer do séc. XI até 1.150 aproximadamente, na França, na Alemanha, nos Países-Baixos… O povo, com a sua espontaneidade, e a autoridade civil, se encarregavam de os reprimir com violência: Não raro o poder régio da França, por iniciativa própria e a contra-gosto dos bispos, condenou à morte pregadores albigenses, visto que solapavam os fundamentos da ordem constituída.</p><p style="margin: 0px 0px 10px; padding: 0px;">Foi o que se deu, por exemplo, em Orleães (1.017) onde o Rei Roberto, informado de um surto de heresia na cidade, compareceu pessoalmente, procedeu ao exame dos hereges e os mandou lançar ao fogo; a causa da civilização e da ordem pública se identificava com a fé! Entrementes a autoridade eclesiástica limitava-se a impor penas espirituais (excomunhão, interdito, etc.) aos albigenses, pois até então nenhuma das muitas heresias conhecidas havia sido combatida por violência física; Santo Agostinho (+ 430) e antigos bispos, São Bernardo (+ 1.154), S. Norberto (+ 1.134) e outros mestres medievais eram contrários ao uso da forma (“Sejam os hereges conquistados não pelas armas, mas pelos argumentos”, admoestava São Bernardo, <em style="margin: 0px; padding: 0px;">In Cant, serm</em>. 64).</p><p style="margin: 0px 0px 10px; padding: 0px;">Não são casos isolados os seguintes:</p><p style="margin: 0px 0px 10px; padding: 0px;">Em 1.144 na cidade de Lião o povo quis punir violentamente um grupo de inovadores que aí se introduzira; o clero, porém, os salvou, desejando a sua conversão, e não a sua morte.</p><p style="margin: 0px 0px 10px; padding: 0px;">Em 1.077 um herege professou seus erros diante do bispo de Cambraia; a multidão de populares lançou-se então sobre ele, sem esperar o julgamento, encerrando-o numa cabana, à qual atearam o fogo!</p><p style="margin: 0px 0px 10px; padding: 0px;">Contudo, em meados do século XII, a aparente indiferença do clero se mostrou insustentável: Os magistrados e o povo exigiam colaboração mais direta na repressão do catarismo.</p><p style="margin: 0px 0px 10px; padding: 0px;">Muito significativo, por exemplo, é o episódio seguinte: O Papa Alexandre III, em 1.162, escreveu ao Arcebispo de Reims e ao Conde de Flândria, em cujo território os cátaros provocavam desordens: “Mais vale absolver culpados do que, por excessiva severidade, atacar a vida de inocentes… A mansidão mais convém aos homens da Igreja do que a dureza… Não queiras ser justo demais (<em style="margin: 0px; padding: 0px;">noli nimium esse iustus</em>)”. Informado desta admoestação pontifícia, o Rei Luís VII de França, irmão do referido arcebispo, enviou ao Papa um documento em que o descontentamento e o respeito se traduziam simultaneamente: “Que vossa prudência dê atenção toda particular a essa peste (a heresia) e a suprima antes que possa crescer. Suplico-vos para bem da fé cristã, concedei todos os poderes neste Campo ao Arcebispo (do Reims) ele destruirá os que assim se insurgem contra Deus, sua justa severidade será louvada por todos aqueles que nesta terra são animados de verdadeira piedade. Se procederdes de outro modo, as queixas não se acalmarão facilmente e desencadeareis contra a Igreja Romana as violentas recriminações da opinião pública”. (<em style="margin: 0px; padding: 0px;">Martene, Amplissima Collectio II 638 s</em>)</p><p style="margin: 0px 0px 10px; padding: 0px;">As conseqüências deste intercâmbio epistolar não se fizeram esperar muito: O Concílio Regional de Tours em 1.163, tomando medidas repressivas contra a heresia, mandava inquirir (procurar) os seus agrupamentos secretos. Por fim, a assembléia de Verona (Itália) à qual compareceram o Papa Lúcio III, o Imperador Frederico Barba-Roxa, numerosos bispos, prelados e príncipes, baixou, em 1.184, um decreto de grande importância: O poder eclesiástico e o civil, que até então haviam agido independentemente um do outro (aquele impondo penas espirituais, este recorrendo à força física) deveriam combinar seus esforços em vista de mais eficientes resultados: Os hereges seriam doravante não somente punidos, mas também procurados (inquiridos); cada bispo inspecionaria, por si ou por pessoas de confiança uma ou duas vezes por ano, as paróquias suspeitas; os condes, barões e as demais autoridades civis os deveriam ajudar sob pena de perder seus cargos ou ver o interdito lançado sobre as suas terras; os hereges depreendidos ou abjurariam seus erros ou seriam entregues ao braço secular, que lhes imporia a sanção devida.</p><p style="margin: 0px 0px 10px; padding: 0px;">Assim era instituída a chamada “Inquisição episcopal”, a qual, como mostram os precedentes, atendia a necessidades reais e a clamores exigentes tanto dos monarcas e magistrados civis como do povo cristão; independentemente da autoridade da lgreja, já estava sendo praticada a repressão física das heresias. No decorrer do tempo, porém, percebeu-se que a inquisição episcopal ainda era insuficiente para deter os inovadores; alguns bispos, principalmente no sul da França, eram tolerantes; além disto, tinham seu raio de ação limitado às respectivas dioceses, o que lhes vedava uma campanha eficiente. À vista disto, os Papas, já em fins do século XII, começaram a nomear legados especiais, munidos de plenos poderes para proceder contra a heresia onde quer que fosse.</p><p style="margin: 0px 0px 10px; padding: 0px;">Destarte surgiu a “Inquisição Pontifícia” ou “legatina”, que a princípio ainda funcionava ao lado da episcopal, aos poucos, porém, a tornou desnecessária. A Inquisição papal recebeu seu caráter definitivo e sua organização básica em 1.233, quando o Papa Gregório IX confiou aos dominicanos a missão de Inquisidores; havia doravante, para cada nação ou distrito inquisitorial, um Inquisidor-Mor, que trabalharia com a assistência de numerosos oficiais subalternos (consultores, jurados, notários…) em geral independentemente do bispo em cuja diocese estivesse instalado. As normas do procedimento inquisitorial foram sendo sucessivamente ditadas por Bulas pontifícias e decisões de Concílios.</p><p style="margin: 0px 0px 10px; padding: 0px;">Entrementes a autoridade civil continuava a agir, com zelo surpreendente contra os sectários. Chama a atenção, por exemplo, a conduta do Imperador Frederico II, um dos mais perigosos adversários que o Papado teve no séc. XIII. Em 1.220 este monarca exigiu de todos os oficiais de seu governo prometessem expulsar de suas terras os hereges reconhecidos pela lgreja; declarou a heresia crime de lesa-majestade, sujeito à pena de morte e mandou dar busca aos hereges. Em 1.224 publicou decreto mais severo do que qualquer das leis citadas pelos reis ou Papas anteriores: As autoridades civis da Lombardia deveriam não somente enviar ao fogo quem tivesse sido comprovado herege pelo bispo, mas ainda cortar a língua aos sectários a quem, por razões particulares, se houvesse conservado a vida. E possível que Frederico II visasse a interesses próprios na campanha contra a heresia; os bens confiscados redundariam em proveito da coroa.</p><p style="margin: 0px 0px 10px; padding: 0px;">Não menos típica é a atitude de Henrique II, rei da Inglaterra: Tendo entrado em luta contra o arcebispo Tomás Becket, primaz de Cantuária, e o Papa Alexandre III, foi excomungado. Não obstante, mostrou-se um dos mais ardorosos repressores da heresia no seu reino: Em 1185, por exemplo, alguns hereges de Flandres tendo-se refugiado na Inglaterra, o monarca mandou prendê-los, marcá-los com ferro em brasa na testa e expô-los, assim desfigurados, ao povo; além disto, proibiu aos seus súditos lhes dessem asilo ou Ihes prestassem o mínimo serviço.</p><p style="margin: 0px 0px 10px; padding: 0px;">Estes dois episódios, que não são únicos no seu gênero, bem mostram que o proceder violento contra os hereges, longe de ter sido sempre inspirado pela suprema autoridade da Igreja, foi não raro desencadeado independentemente desta, por poderes que estavam em conflito com a própria lgreja. A inquisição, em toda a sua história, se ressentiu dessa usurpação de direitos ou da demasiada ingerência das autoridades civis em questões que dependem primeiramente do foro eclesiástico.</p><p style="margin: 0px 0px 10px; padding: 0px;">Em síntese, pode-se dizer o seguinte:</p><p style="margin: 0px 0px 10px; padding: 0px;">1) A Igreja, nos seus onze primeiros séculos, não aplicava penas temporais aos hereges, mas recorria às espirituais (excomunhão, interdito, suspensão…). Somente no século XII passou a submeter os hereges a punições corporais. E por quê?</p><p style="margin: 0px 0px 10px; padding: 0px;">2) As heresias que surgiram no século XI (as dos cátaros e valdenses), deixavam de ser problemas de escola ou academia, para ser movimentos sociais anarquistas, que contrariavam a ordem vigente e convulsionavam as massas com incursões e saques. Assim tornavam-se um perigo público.</p><p style="margin: 0px 0px 10px; padding: 0px;">3) O Cristianismo era patrimônio da sociedade, à semelhança da prática e da família hoje. Aparecia como o vínculo necessário entre os cidadãos ou o grande bem dos povos; por conseguinte, as heresias, especialmente as turbulentas, eram tidas como crimes sociais de excepcional gravidade.</p><p style="margin: 0px 0px 10px; padding: 0px;">4) Não é, pois, de estranhar que as duas autoridades – a civil e a eclesiástica tenham finalmente entrado em acordo para aplicar aos hereges as penas reservadas pela legislação da época aos grandes delitos.</p><p style="margin: 0px 0px 10px; padding: 0px;">5) A lgreja foi levada a isto, deixando sua antiga posição, pela insistência que sobre ela exerceram não somente monarcas hostis, como Henrique II da Inglaterra e Frederico Barba-roxa da Alemanha, mas também reis piedosos e fiéis ao Papa, como Luís VII da França.</p><p style="margin: 0px 0px 10px; padding: 0px;">6) De resto, a Inquisição foi praticada pela autoridade civil mesmo antes de estar regulamentada por disposições eclesiásticas. Muitas vezes o poder civil se sobrepôs ao eclesiástico na procura de seus adversários políticos.</p><p style="margin: 0px 0px 10px; padding: 0px;">7) Segundo as categorias da época, a Inquisição era um progresso para melhor em relação ao antigo estado de coisas, em que as populações faziam justiça pelas próprias mãos. E de notar que nenhum dos Santos medievais (nem mesmo S. Francisco de Assis, tido como símbolo da mansidão) levantou a voz contra a Inquisição, embora soubessem protestar contra o que Ihes parecia destoante do ideal na lgreja.</p><p style="margin: 0px 0px 10px; padding: 0px;"> </p><p style="margin: 0px 0px 10px; padding: 0px; text-align: center;"><strong style="margin: 0px; padding: 0px;">Procedimentos da Inquisição</strong></p><p style="margin: 0px 0px 10px; padding: 0px;"> </p><p style="margin: 0px 0px 10px; padding: 0px;">As táticas utilizadas pelos Inquisidores são-nos hoje conhecidas, pois ainda se conservaram manuais de instruções práticas entregues ao uso dos referidos oficiais. Quem lê tais textos, verifica que as autoridades visavam a fazer dos juizes inquisitoriais autênticos representantes da justiça e da causa do bem. Bernardo de Guy (séc. XIV) por exemplo, tido como um dos mais severos inquisidores, dava as seguintes normas aos seus colegas: “O Inquisidor deve ser diligente e fervoroso no seu zelo pela verdade religiosa, pela salvação das almas e pela extirpação das heresias. Em meio às dificuldades permanecerá calmo, nunca cederá à cólera nem à indignação… Nos casos duvidosos, seja circunspeto, não dê fácil crédito ao que parece provável e muitas vezes não é verdade; também não rejeite obstinadamente a opinião contrária, pois o que parece improvável freqüentemente acaba por ser comprovado como verdade… O amor da verdade e a piedade que devem residir no coração de um juiz, brilhem em seus olhos, a fim de que suas decisões jamais possam parecer ditadas pela cupidez e a crueldade.” (Prática VI p… ed. Douis 232 s). Já que mais de uma vez se encontram instruções tais nos arquivos da Inquisição, não se poderia crer que o apregoado ideal do Juiz Inquisidor, ao mesmo tempo eqüitativo e bom, se realizou com mais freqüência do que comumente se pensa? Não se deve esquecer, porém (como adiante mais explicitamente se dirá) que as categorias pelas quais se afirmava a justiça na Idade Média, não eram exatamente as da época moderna…</p><p style="margin: 0px 0px 10px; padding: 0px;">Além disto, levar-se-á em conta que o papel do juiz, sempre difícil, era particularmente árduo nos casos da Inquisição: O povo e as autoridades civis estavam profundamente interessados no desfecho dos processos; pelo que, não raro exerciam pressão para obter a sentença mais favorável a caprichos ou a interesses temporais; às vezes, a população obcecada aguardava ansiosamente o dia em que o <em style="margin: 0px; padding: 0px;">veredictum</em> do juiz entregaria ao braço secular os hereges comprovados. Em tais circunstâncias não era fácil aos juízes manter a serenidade desejável. Dentre as táticas adotadas pelos Inquisidores, merecem particular atenção a tortura e a entrega ao poder secular (pena de morte).</p><p style="margin: 0px 0px 10px; padding: 0px;">A tortura estava em uso entre os gregos e romanos pré-cristãos que quisessem obrigar um escravo a confessar seu delito. Certos povos germânicos também a praticavam. Em 866, porém, dirigindo-se aos búlgaros, o Papa Nicolau I a condenou formalmente. Não obstante, a tortura foi de novo adotada pelos tribunais civis da Idade Média nos inícios do séc. XII, dado o renascimento do Direito Romano. Nos processos inquisitoriais, o Papa Inocêncio IV acabou por introduzi-la em 1.252, com a cláusula: “Não haja mutilação de membros nem perigo de morte para o réu”. O Pontífice, permitindo tal praxe, dizia conformar-se aos costumes vigentes em seu tempo (<em style="margin: 0px; padding: 0px;">Bullarum amplissima collectio II 326</em>).</p><p style="margin: 0px 0px 10px; padding: 0px;">Os Papas subseqüentes, assim como os Manuais dos lnquisidores, procuraram restringir a aplicação da tortura; só seria lícita depois de esgotados os outros recursos para investigar a culpa e apenas nos casos em que já houvesse meia-prova do delito ou, como dizia a linguagem técnica, dois “índices veementes” deste, a saber: O depoimento de testemunhas fidedignas, de um lado e, de outro lado, a má fama, os maus costumes ou tentativas de fuga do réu. O Concílio de Viena (França) em 1.311 mandou outrossim que os Inquisidores só recorressem a tortura depois que uma comissão julgadora e o bispo diocesano a houvessem aprovado para cada caso em particular. Apesar de tudo que a tortura apresenta de horroroso, ela tem sido conciliada com a mentalidade do mundo moderno … ainda estava oficialmente em uso na França do séc. XVIII e tem sido aplicada até mesmo em nossos dias… Quanto à pena de morte, reconhecida pelo antigo Direito Romano, estava em vigor na jurisdição civil da Idade Média. Sabe-se, porém, que as autoridades eclesiásticas eram contrárias à sua aplicação em casos de lesa-religião. Contudo, após o surto do catarismo (séc. XII) alguns canonistas começaram a julgá-la oportuna, apelando para o exemplo do Imperador Justiniano, que no Séc. VI a infligira aos maniqueus. Em 1.199 o Papa Inocêncio III dirigia-se aos magistrados de Viterbo nos seguintes termos: “Conforme a lei civil, os réus de lesa-majestade são punidos com a pena capital e seus bens são confiscados. Com muito mais razão, portanto, aqueles que, desertando a fé, ofendem a Jesus, o Filho do Senhor Deus, devem ser separados da comunhão cristã e despojados de seus bens, pois muito mais grave é ofender a Majestade Divina do que lesar a majestade humana”. (<em style="margin: 0px; padding: 0px;">Epist</em>. 2,1). Como se vê, o Sumo Pontífice com essas palavras desejava apenas justificar a excomunhão e a confiscação de bens dos hereges; estabelecia, porém, uma comparação que daria ocasião a nova praxe… O Imperador Frederico II soube deduzir-lhe as últimas conseqüências: Tendo lembrado numa Constituição de 1.220 a frase final de Inocêncio III, o monarca, em 1.224, decretava francamente para a Lombardia a pena de morte contra os hereges e, já que o Direito antigo assinalava o fogo em tais casos, o Imperador os condenava a ser queimados vivos. Em 1.230 o dominicano Guala, tendo subido à cátedra episcopal de Bréscia (Itália), fez aplicação da lei imperial na sua diocese. Por fim, o Papa Gregório IX, que tinha intercâmbio freqüente com Guala, adotou o modo de ver deste bispo: Transcreveu em 1230 ou 1231 a constituição imperial de 1.224 para o Registro das Cartas Pontifícias e em breve editou uma lei pela qual mandava que os hereges reconhecidos pela Inquisição fossem abandonados ao poder civil, para receber o devido castigo, castigo que, segundo a legislação de Frederico II, seria a morte pelo fogo. Os teólogos e canonistas da época se empenharam por justificar a nova praxe; eis como fazia S. Tomás de Aquino: “É muito mais grave corromper a fé, que é a vida da alma, do que falsificar a moeda que é um meio de prover à vida temporal Se, pois, os falsificadores de moedas e outros malfeitores são, a bom direito, condenados à morte pelos príncipes seculares, com muito mais razão os hereges, desde que sejam comprovados tais, podem não somente ser excomungados, mas também em toda justiça ser condenados à morte” (<em style="margin: 0px; padding: 0px;">Summa Theologiae</em> II/II 11,3c).</p><p style="margin: 0px 0px 10px; padding: 0px;">A argumentação do Santo Doutor procede do princípio (sem dúvida, autêntico em si) de que a vida da alma mais vale do que a do corpo; se, pois, alguém pela heresia ameaça a vida espiritual do próximo, comete maior mal do que quem assalta a vida corporal; o bem comum então exige a remoção do grave perigo (veja-se também <em style="margin: 0px; padding: 0px;">S. Teol</em>. II/II 11,4c).</p><p style="margin: 0px 0px 10px; padding: 0px;">Contudo as execuções capitais não foram tão numerosas quanto se poderia crer. Infelizmente faltam-nos estatísticas completas sobre o assunto; consta, porém, que o tribunal de Pamiers, de 1.303 a 1.324, pronunciou 75 sentenças condenatórias, das quais apenas cinco mandavam entregar o réu ao poder civil (o que equivalia à morte); o lnquisidor Bernardo de Guy, em Tolosa, de 1.308 a 1.323, proferiu 930 sentenças, das quais 42 eram capitais; no primeiro caso, a proporção é de 1/15; no segundo caso, de 1/22. Não se poderia negar, porém, que houve injustiças e abusos da autoridade por parte dos juízes inquisitoriais. Tais males se devem a conduta de pessoas que, em virtude da fraqueza humana, não foram sempre fiéis cumpridoras da sua missão.</p><p style="margin: 0px 0px 10px; padding: 0px;">Os Inquisidores trabalhavam a distâncias mais ou menos consideráveis de Roma, numa época em que, dada a precariedade de correios e comunicações, não podiam ser assiduamente controlados pela suprema autoridade da lgreja. Esta, porém, não deixava de os censurar devidamente, quando recebia notícia de algum desmando verificado em tal ou tal região. Famoso, por exemplo, é o caso de Roberto, o Bugro, Inquisidor-Mor de França no século XIII.</p><p style="margin: 0px 0px 10px; padding: 0px;">O Papa Gregório IX a princípio muito o felicitava por seu zelo. Roberto, porém, tendo aderido outrora à heresia, mostrava-se excessivamente violento na repressão da mesma. Informado dos desmandos praticados pelo lnquisidor, o Papa o destituiu de suas funções e o mandou encarcerar. Inocêncio IV, o mesmo Pontífice que permitiu a tortura nos processos da inquisição, e Alexandre IV, respectivamente em 1.246 e 1.256, mandaram aos Padres Provinciais e Gerais dos Dominicanos e Franciscanos, depusessem os lnquisidores de sua Ordem que se tornassem notórios por sua crueldade.</p><p style="margin: 0px 0px 10px; padding: 0px;">O Papa Bonifácio VIII (1.294-1.303) famoso pela tenacidade e intransigência de suas atitudes, foi um dos que mais reprimiram os excessos dos inquisidores, mandando examinar, ou simplesmente anulando, sentenças proferidas por estes. O Concílio regional de Narbona (França) em 1.243 promulgou 29 artigos que visavam a impedir abusos do poder. Entre outras normas, prescrevia aos lnquisidores só proferissem sentença condenatória nos casos em que, com segurança, tivessem apurado alguma falta, “pois mais vale deixar um culpado impune do que condenar um inocente.” (cânon 23) Dirigindo-se ao Imperador Frederico II, pioneiro dos métodos inquisitoriais, o Papa Gregório IX aos 15 de julho de 1.233 lhe lembrava que “a arma manejada pelo Imperador não devia servir para satisfazer aos seus rancores pessoais, com grande escândalo das populações, com detrimento da verdade e da dignidade imperial.” (<em style="margin: 0px; padding: 0px;">ep. saec. XIII</em> 538-550).</p><p style="margin: 0px 0px 10px; padding: 0px;"> </p><p style="margin: 0px 0px 10px; padding: 0px; text-align: center;"><strong style="margin: 0px; padding: 0px;">Avaliação</strong></p><p style="margin: 0px 0px 10px; padding: 0px;"> </p><p style="margin: 0px 0px 10px; padding: 0px;">Procuremos agora formular um juízo sobre a Inquisição Medieval. Não é necessário ao católico justificar tudo que, em nome desta, foi feito. É preciso, porém, que se entendam as intenções e a mentalidade que moveram a autoridade eclesiástica a instituir a Inquisição. Estas intenções, dentro do quadro de pensamento da Idade Média, eram legítimas e, diríamos até, deviam parecer aos medievais inspiradas por santo zelo. Podem-se reduzir a quatro os fatores que influíram decisivamente no surto e no andamento da Inquisição:</p><p style="margin: 0px 0px 10px; padding: 0px;">1) Os medievais tinham profunda consciência do valor da alma e dos bens espirituais. Tão grande era o amor à fé (esteio da vida espiritual) que se considerava a deturpação da fé pela heresia como um dos maiores crimes que o homem pudesse cometer (notem-se os textos de São Tomás e do Imperador Frederico II atrás citados); essa fé era tão viva e espontânea que dificilmente se admitiria viesse alguém a negar com boas intenções um só dos artigos do Credo.</p><p style="margin: 0px 0px 10px; padding: 0px;">2) As categorias de justiça na Idade Média eram um tanto diferentes das nossas: Havia muito mais espontaneidade (que às vezes equivalia a rudez) na defesa dos direitos. Pode-se dizer que os medievais, no caso, seguiam mais o rigor da lógica do que a ternura dos sentimentos; o raciocínio abstrato e rígido neles prevalecia por vezes sobre o senso psicológico (nos tempos atuais verifica-se quase o contrário: Muito se apela para a psicologia e o sentimento, pouco se segue a lógica; os homens modernos não acreditam muito em princípios perenes; tendem a tudo julgar segundo critérios relativos e relativistas, critérios de moda e de preferência subjetiva).</p><p style="margin: 0px 0px 10px; padding: 0px;">3) A intervenção do poder secular exerceu profunda influência no desenvolvimento da inquisição. As autoridades civis anteciparam-se na aplicação da forma física e da pena de morte aos hereges; instigaram a autoridade eclesiástica para que agisse energicamente; provocaram certos abusos motivados pela cobiça de vantagens políticas ou materiais. De resto, o poder espiritual e o temporal na Idade Média estavam, ao menos em tese, tão unidos entre si que lhes parecia normal, recorressem um ao outro em tudo que dissesse respeito ao bem comum. A partir dos inícios do Séc. XIV a lnquisição foi sendo mais explorada pelos monarcas, que dela se serviam para promover seus interesses particulares, subtraindo-a às diretivas do poder eclesiástico, até mesmo encaminhando-a contra este; é o que aparece claramente no Processo Inquisitório dos Templários, movido por Filipe o Belo da França (1.285-1.314) à revelia do Papa Clemente V. (cf. capítulo 25)</p><p style="margin: 0px 0px 10px; padding: 0px;">4) Não se negará a fraqueza humana de Inquisidores e de oficiais seus colaboradores. Não seria Iícito, porém, dizer que a suprema autoridade da Igreja tenha pactuado com esses fatos de fraqueza; ao contrário, tem-se o testemunho de numerosos protestos enviados pelos Papas e Concílios a tais ou tais oficiais, contra tais leis e tais atitudes inquisitoriais. As declarações oficiais da Igreja concernentes à Inquisição se enquadram bem dentro das categorias da justiça medieval; a injustiça se verificou na execução concreta das leis. Diz-se, de resto, que cada época da história apresenta ao observador um enigma próprio na Antigüidade remota, o que surpreende são os desumanos procedimentos de guerra. No Império Romano, é a mentalidade dos cidadãos, que não conheciam o mundo sem o seu Império (<em style="margin: 0px; padding: 0px;">oikouméne</em> — orbe habitado — <em style="margin: 0px; padding: 0px;">Imperium</em></p><p style="margin: 0px 0px 10px; padding: 0px;">) nem concebiam o Império sem a escravatura. Na época contemporânea, é o relativismo ou ceticismo público; é a utilização dos requintes da técnica para “lavar o crânio”, desfazer a personalidade, fomentar o ódio e a paixão. Não seria então possível que os medievais, com boa fé na consciência, tenham recorrido a medidas repressivas do mal que o homem moderno, com razão, julga demasiado violentas? Quanto à Inquisição Romana, instituída no Séc. XVI, era herdeira das leis e da mentalidade da Inquisição Medieval. No tocante à Inquisição Espanhola, sabe-se que agiu mais por influência dos monarcas da Espanha do que sob a responsabilidade da suprema autoridade da Igreja.</p><p style="margin: 0px 0px 10px; padding: 0px;"><span style="margin: 0px; padding: 0px; text-decoration-line: underline;"><br style="margin: 0px; padding: 0px;" /></span></p></span></div><p class="inline-ad-slot" data-adtags-visited="true" data-adtags-width="575" id="inline-ad-0" style="background-color: white; color: #555555; float: left; font-family: Verdana, "BitStream vera Sans", Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; height: 0px; margin: 0px auto; overflow: hidden; padding: 0px; width: 575px;"></p><p data-adtags-visited="true" style="background-color: white; color: #555555; font-family: Verdana, "BitStream vera Sans", Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; margin: 0px 0px 10px; padding: 0px; text-align: center;"><strong style="margin: 0px; padding: 0px;"><span style="margin: 0px; padding: 0px; text-decoration-line: underline;">Inquisição Espanhola</span></strong></p><p data-adtags-visited="true" style="background-color: white; color: #555555; font-family: Verdana, "BitStream vera Sans", Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; margin: 0px 0px 10px; padding: 0px; text-align: center;"><strong style="margin: 0px; padding: 0px;"><span style="margin: 0px; padding: 0px; text-decoration-line: underline;"><br style="margin: 0px; padding: 0px;" /></span></strong></p><p data-adtags-visited="true" style="background-color: white; color: #555555; font-family: Verdana, "BitStream vera Sans", Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; margin: 0px 0px 10px; padding: 0px; text-align: justify;">Os reis Fernando e Isabel, visando a plena unificação de seus domínios, tinham consciência de que existia uma instituição eclesiástica, a Inquisição, oriunda na Idade Média com o fim de reprimir um perigo religioso e civil dos séculos XI/XII (a heresia cátara ou albigense); a este perigo pareciam assemelhar-se as atividades dos marranos (judeus) e mouriscos (árabes) na Espanha do século XV.</p><p data-adtags-visited="true" style="background-color: white; color: #555555; font-family: Verdana, "BitStream vera Sans", Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; margin: 0px 0px 10px; padding: 0px; text-align: justify;">1) A Inquisição Medieval, que nunca fora muito ativa na península ibérica, achava-se a mais ou menos adormecida na segunda metade do Séc. XV Aconteceu, porém, que durante a Semana Santa de 1.478 foi descoberta em Sevilha uma conspiração de marranos, a qual muito exasperou o público. Então lembrou-se o rei Fernando de pedir ao Papa, reavivasse na Espanha a antiga Inquisição, e a reavivasse sobre novas bases, mais promissoras para o reino, confiando sua orientação ao monarca espanhol. Sixto IV, assim solicitado, resolveu finalmente atender ao pedido de Fernando (ao qual, depois de hesitar algum tempo, se associara Isabel). Enviou, pois, aos reis da Espanha o Breve de 19 de novembro de 1.478, pelo qual “conferia plenos poderes a Fernando e Isabel para nomearem dois ou três Inquisidores, arcebispos, bispos ou outros dignitários eclesiásticos, recomendáveis por sua prudência e suas virtudes, sacerdotes seculares ou regulares, de quarenta anos de idade ao menos, e de costumes irrepreensíveis, mestres ou bacharéis em Teologia, doutores ou licenciados em Direito Canônico, os quais deveriam passar de maneira satisfatória por um exame especial. Tais lnquisidores ficariam encarregados de proceder contra os judeus batizados reincidentes no judaísmo e contra todos os demais culpados de apostasia. o Papa delegava a esses oficiais eclesiásticos a jurisdição necessária para instaurar os processos dos acusados conforme o Direito e o costume; além disto, autorizava os soberanos espanhóis a destituir tais Inquisidores e nomear outros em seu lugar, caso isto fosse oportuno”. (L.Pastor, <em style="margin: 0px; padding: 0px;">Histoire des Papes</em> IV 370) Note-se bem que, conforme este edito, a lnquisição só estenderia sua ação a cristãos batizados, não a judeus que jamais houvessem pertencido a lgreja; a instituição era, pois, concebida como órgão promotor de disciplina entre os filhos da Igreja, não como instrumento de intolerância em relação às crenças não-cristãs.</p><p data-adtags-visited="true" style="background-color: white; color: #555555; font-family: Verdana, "BitStream vera Sans", Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; margin: 0px 0px 10px; padding: 0px; text-align: justify;"> </p><p data-adtags-visited="true" style="background-color: white; color: #555555; font-family: Verdana, "BitStream vera Sans", Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; margin: 0px 0px 10px; padding: 0px; text-align: center;"><strong style="margin: 0px; padding: 0px;">Procedimentos da Inquisição Espanhola</strong></p><p data-adtags-visited="true" style="background-color: white; color: #555555; font-family: Verdana, "BitStream vera Sans", Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; margin: 0px 0px 10px; padding: 0px; text-align: center;"><strong style="margin: 0px; padding: 0px;"><br style="margin: 0px; padding: 0px;" /></strong></p><p data-adtags-visited="true" style="background-color: white; color: #555555; font-family: Verdana, "BitStream vera Sans", Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; margin: 0px 0px 10px; padding: 0px; text-align: justify;">Apoiados na Licença Pontifícia, os reis da Espanha aos 17 de setembro de 1.480 nomearam lnquisidores, com sede em Sevilha, os dois dominicanos Miguel Morillo e Juan Martins, dando-lhes como assessores dois sacerdotes seculares. os monarcas.promulgaram também um compêndio de “Instruções”, enviado a todos os tribunais da Espanha, constituindo como que um código da Inquisição, a qual assim se tornava uma espécie de órgão do Estado civil. Os Inquisidores entraram logo em ação, procedendo geralmente com grande energia. Parecia que a lnquisição estava a serviço não da Religião propriamente, mas dos soberanos espanhóis, os quais procuravam atingir criminosos mesmo de categoria meramente política. Em breve, porém, fizeram-se ouvir em Roma queixas diversas contra a severidade dos Inquisidores. Sixto IV então escreveu sucessivas cartas aos monarcas da Espanha, mostrando-lhes profundo descontentamento por quanto acontecia em seu reino e baixando instruções de moderação para os juízes tanto civis como eclesiásticos. Merece especial destaque neste particular o Breve de 2 de agosto de 1.482, que é o Papa, depois de promulgar certas regras coibitivas do poder dos Inquisidores, concluía com as seguintes palavras: “Visto que somente a caridade nos toma semelhantes a Deus, rogamos e exortamos o Rei e a Rainha, pelo amor de Nosso Senhor Jesus Cristo, a fim de que imitem Aquele de quem é característico ter sempre compaixão e perdão. Queiram, portanto, mostrar-se indulgentes para com os seus súditos da cidade e da diocese de Sevilha que confessam o erro e imploram a misericórdia.” Contudo, apesar das freqüentes admoestações pontifícias, a Inquisição Espanhola ia-se tornando mais e mais um órgão poderoso de influência e atividade do monarca nacional. Para comprovar isto, basta lembrar o seguinte: A Inquisição no território espanhol ficou sendo instituto permanente durante três séculos a fio. Nisto diferia bem da Inquisição Medieval, a qual foi sempre intermitente, tendo em vista determinados erros oriundos em tal ou tal localidade. A manutenção permanente de um tribunal inquisitório impunha avultadas despesas, que somente o Estado podia tomar a seu cargo; foi o que se deu na Espanha: Os reis atribuíam a si todas as rendas materiais da Inquisição (impostos, multas, bens confiscados) e pagavam as respectivas despesas; conseqüentemente alguns historiadores, referindo-se à Inquisição Espanhola, denominaram-na “Inquisição Régia”.</p><p class="inline-ad-slot" data-adtags-visited="true" data-adtags-width="575" id="inline-ad-1" style="background-color: white; color: #555555; float: left; font-family: Verdana, "BitStream vera Sans", Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; height: 0px; margin: 0px auto; overflow: hidden; padding: 0px; width: 575px;"></p><p data-adtags-visited="true" style="background-color: white; color: #555555; font-family: Verdana, "BitStream vera Sans", Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; margin: 0px 0px 10px; padding: 0px; text-align: justify;"> </p><p data-adtags-visited="true" style="background-color: white; color: #555555; font-family: Verdana, "BitStream vera Sans", Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; margin: 0px 0px 10px; padding: 0px; text-align: center;"><strong style="margin: 0px; padding: 0px;">Emancipada de Roma</strong></p><p data-adtags-visited="true" style="background-color: white; color: #555555; font-family: Verdana, "BitStream vera Sans", Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; margin: 0px 0px 10px; padding: 0px; text-align: justify;"><strong style="margin: 0px; padding: 0px;"><br style="margin: 0px; padding: 0px;" /></strong></p><p data-adtags-visited="true" style="background-color: white; color: #555555; font-family: Verdana, "BitStream vera Sans", Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; margin: 0px 0px 10px; padding: 0px; text-align: justify;">A fim de completar o quadro até aqui traçado, passemos a mais um pormenor característico do mesmo. Os reis Fernando e Isabel visavam a corroborar a Inquisição, emancipando-a do controle mesmo de Roma… Conceberam então a idéia de dar à instituição um chefe único e plenipotenciário — o Inquisidor-Mor — o qual julgaria na Espanha mesma os apelos dirigidos a Roma. Para este cargo, propuseram à Santa Sé um religioso dominicano, Tomás de Torquemada (<em style="margin: 0px; padding: 0px;">Turrecremata</em>, em latim) o qual em outubro de 1483 foi realmente nomeado Inquisidor-Mor para todos os territórios de Fernando e Isabel. Procedendo à nomeação escrevia o Papa Sixto IV a Torquemada: “Os nossos caríssimos filhos em Cristo, o rei e a rainha de Castela e Leão, nos suplicaram para que te designássemos como Inquisidor do mal da heresia nos seus reinos de Aragão e Valença, assim como no principado de Catalunha” (<em style="margin: 0px; padding: 0px;"><span class="skimlinks-unlinked" style="margin: 0px; padding: 0px;">Bulla.ord</span>. Praedicatorum</em> / 622). O gesto de Sixto IV só se pode explicar por boa fé e confiança. O ato era, na verdade, pouco prudente… Com efeito; a concessão benignamente feita aos monarcas seria pretexto para novos e novos avanços destes: Os sucessores de Torquemada no cargo de Inquisidor-Mor já não foram nomeados pelo Papa, mas pelos soberanos espanhóis (de acordo com critérios nem sempre louváveis).</p><p data-adtags-visited="true" style="background-color: white; color: #555555; font-family: Verdana, "BitStream vera Sans", Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; margin: 0px 0px 10px; padding: 0px; text-align: justify;">Para Torquemada e sucessores, foi obtido da Santa Sé o direito de nomearem os lnquisidores regionais, subordinados ao Inquisidor-Mor. Mais ainda: Fernando e Isabel criaram o chamado “Conselho Régio da Inquisição”, comissão de consultores nomeados pelo poder civil e destinados como que a controlar os processos da Inquisição; gozavam de voto deliberativo em questões de Direito civil, e de voto consultivo em temas de Direito Canônico. Uma das expressões mais típicas da autonomia arrogante do Santo ofício espanhol é o famoso processo que os Inquisidores moveram contra o arcebispo primaz da Espanha, Bartolomeu Carranza, de Toledo. Sem descer aos pormenores do acontecimento, notaremos aqui apenas que durante dezoito anos contínuos a Inquisição Espanhola perseguiu o venerável prelado, opondo-se a legados papais, ao Concílio Ecumênico de Trento e ao próprio Papa, em meados do Séc. XVI. Frisando ainda um particular, lembraremos que o rei Carlos III (1.759-1.788) constituiu outra figura significativa do absolutismo régio no setor que vimos estudando. Colocou-se peremptoriamente entre a Santa Sé e a Inquisição, proibindo a esta que executasse alguma ordem de Roma sem licença prévia do Conselho de Castela, ainda que se tratasse apenas de proscrição de livros. O Inquisidor-Mor, tendo acolhido um processo sem permissão do rei, foi logo banido para localidade situada a doze horas de Madrid; só conseguiu voltar após apresentar desculpas ao rei, que as aceitou, declarando: “O Inquisidor Geral pediu-me perdão, e eu lho concedo — aceito agora os agradecimentos do tribunal — protegê-lo-ei sempre, mas não se esqueça desta ameaça de minha cólera voltada contra qualquer tentativa de desobediência” (cf. <em style="margin: 0px; padding: 0px;">Desdevises du Dezart, L’Espagne de L’Ancien Regime. La Société</em> 101 s). A história atesta outrossim como a Santa Sé repetidamente decretou medidas que visavam a defender os acusados frente à dureza do poder régio e do povo. A Igreja em tais casos distanciava-se nitidamente da lnquisição Régia, embora esta continuasse a ser tida como tribunal eclesiástico. Assim aos 2 de dezembro de 1.530, Clemente VII conferiu aos lnquisidores a faculdade de absolver sacramentalmente os delitos de heresia e apostasia; destarte o Sacerdote poderia tentar subtrair do processo público e da infâmia da Inquisição qualquer acusado que estivesse animado de sinceras disposições para o bem. Aos 15 de junho de 1.531, o mesmo Papa Clemente VII mandava aos Inquisidores tomassem a defesa dos mouriscos que, acabrunhados de impostos pelos respectivos senhores e patrões, poderiam conceber ódio contra o Cristianismo. Aos 2 de agosto de 1.546, Paulo III declarava os mouriscos de Granada aptos para todos os cargos civis e todas as dignidades eclesiásticas. Aos 18 de janeiro de 1.556, Paulo IV autorizava os sacerdotes a absolver em confissão sacramental os mouriscos. Compreende-se que a Inquisição Espanhola, mais e mais desvirtuada pelos interesses às vezes mesquinhos dos soberanos temporais, não podia deixar de cair em declínio. Foi o que se deu realmente nos séculos XVIII e XIX. Em conseqüência de uma revolução, o Imperador Napoleão I interveio no governo da nação, aboliu a Inquisição Espanhola por decreto de 4 de dezembro de 1.808. o rei Fernando VII, porém, restaurou-a em 1.814, a fim de punir alguns de seus súditos que haviam colaborado com o regime de Napoleão. Finalmente, quando o povo se emancipou do absolutismo de Fernando VIl, restabelecendo o regime liberal no país, um dos primeiros atos das Cortes de Cadiz foi a extinção definitiva da Inquisição em 1.820. A medida era, sem dúvida, mais do que oportuna, pois punha termo a uma situação humilhante para a Santa Igreja.</p><p class="inline-ad-slot" data-adtags-visited="true" data-adtags-width="575" id="inline-ad-2" style="background-color: white; color: #555555; float: left; font-family: Verdana, "BitStream vera Sans", Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; height: 0px; margin: 0px auto; overflow: hidden; padding: 0px; width: 575px;"></p><p data-adtags-visited="true" style="background-color: white; color: #555555; font-family: Verdana, "BitStream vera Sans", Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; margin: 0px 0px 10px; padding: 0px; text-align: justify;"> </p><p data-adtags-visited="true" style="background-color: white; color: #555555; font-family: Verdana, "BitStream vera Sans", Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; margin: 0px 0px 10px; padding: 0px; text-align: center;"><strong style="margin: 0px; padding: 0px;">Tomás de Torquemada</strong></p><p data-adtags-visited="true" style="background-color: white; color: #555555; font-family: Verdana, "BitStream vera Sans", Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; margin: 0px 0px 10px; padding: 0px; text-align: center;"><strong style="margin: 0px; padding: 0px;"><br style="margin: 0px; padding: 0px;" /></strong></p><p data-adtags-visited="true" style="background-color: white; color: #555555; font-family: Verdana, "BitStream vera Sans", Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; margin: 0px 0px 10px; padding: 0px; text-align: justify;">Tomás de Torquemada nasceu em Valladolid (ou, segundo outros, em Torquemada) no ano de 1420. Fez-se Religioso dominicano, exercendo por 22 anos o cargo de Prior do convento de Santa-Cruz em Segóvia. Já aos 11 de fevereiro de 1.482 foi designado por Sixto IV para moderar o zelo dos lnquisidores espanhóis. No ano seguinte o mesmo Pontífice o nomeou Primeiro Inquisidor de todos os territórios de Fernando e Isabel. Extremamente austero para consigo mesmo, o frade dominicano usou de semelhante severidade nos seus procedimentos judiciários. Dividiu a Espanha em quatro setores inquisitoriais, que tinham como sedes respectivas as cidades de Sevilha, Córdova, Jaen e Villa (Ciudad) Real. Em 1.484 redigiu, para uso dos Inquisidores, uma “Instrução”, opúsculo que propunha normas para os processos inquisitoriais, inspirando-se em tramites já usuais na Idade Média; esse libelo foi completado por dois outros do mesmo autor, que vieram a lume respectivamente em 1.490 e 1.498. O rigor de Torquemada foi levado ao conhecimento da Sé de Roma; o Papa Alexandre VI, como dizem algumas fontes históricas, pensou então em destitui-lo de suas funções; só não o terá feito por deferência a corte da Espanha. O fato é que o Pontífice houve por bem diminuir os poderes de Torquemada, colocando a seu lado quatro assessores munidos de iguais faculdades (Breve de 23 de junho de 1.494). Quanto ao número de vítimas ocasionadas pelas sentenças de Torquemada, as cifras referidas pelos cronistas são tão pouco coerentes entre si que nada se pode afirmar de preciso sobre o assunto. Tomás de Torquemada ficou sendo, para muitos, a personificação da intolerância religiosa, homem de mãos sanguinolentas… Os historiadores modernos, porém, reconhecem exagero nessa maneira de conceituá-lo; levando em conta o caráter pessoal de Torquemada, julgam que este Religioso foi movido por sincero amor e verdadeira fé, cuja integridade lhe parecia comprometida pelos falsos cristãos; daí o zelo extraordinário com que procedeu. A reta intenção de Torquemada ter-se-á traduzido de maneira pouco feliz. De resto, o seguinte episódio contribui para desvendar outro traço, menos conhecido, do frade dominicano: Em dada ocasião, foi levada ao Conselho Régio da Inquisição a proposta de se impor aos muçulmanos ou a conversão ao Cristianismo ou o exílio. Torquemada opôs-se a essa medida, pois queria conservar o clássico princípio de que a conversão ao Cristianismo não pode ser extorquida pela violência; por conseguinte, a Inquisição deveria restringir sua ação aos cristãos apóstatas; estes, e somente estes, em virtude do seu Batismo, tinham um compromisso com a Igreja Católica. Como se vê Torquemada, no fervor mesmo do seu zelo, não perdeu o bom senso neste ponto. Exerceu suas funções até à morte, aos 16/09/1.498.</p><p data-adtags-visited="true" style="background-color: white; color: #555555; font-family: Verdana, "BitStream vera Sans", Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; margin: 0px 0px 10px; padding: 0px; text-align: justify;"><strong style="margin: 0px; padding: 0px;"><span style="margin: 0px; padding: 0px; text-decoration-line: underline;">Inquisição em Portugal</span></strong></p><p data-adtags-visited="true" style="background-color: white; color: #555555; font-family: Verdana, "BitStream vera Sans", Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; margin: 0px 0px 10px; padding: 0px; text-align: justify;">Em síntese: O Instituto Histórico e Geográfico do Brasil publicou os Regimentos da Inquisição em Portugal (vigentes também no Brasil) datados de 1.552, 1.613, 1.640 e 1.774 (este assinado pelo Marquês do Pombal). São acompanhados de uma Introdução redigida pela Professora Sônia Aparecida de Siqueira, que põe em evidência o fato de que a Inquisição nunca foi uma instituição meramente eclesiástica, mas, em virtude da lei do padroado, foi mais e mais dirigida pela Coroa de Portugal em vista de seus interesses políticos. A Santa Sé teve de se opor mais de uma vez aos processos da Inquisição, a fim de tutelar os cristãos-novos e outros cidadãos julgados pelo Tribunal. A Inquisição está sempre em foco. É motivo de acusações à Igreja, muitas vezes mal fundamentadas ou repetidas como chavões, sem que o público tenha acesso aos documentos básicos que nortearam a Inquisição. Poucas pessoas têm contato direto com os arquivos e as fontes escritas do movimento inquisitorial.</p><p class="inline-ad-slot" data-adtags-visited="true" data-adtags-width="575" id="inline-ad-3" style="background-color: white; color: #555555; float: left; font-family: Verdana, "BitStream vera Sans", Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; height: 0px; margin: 0px auto; overflow: hidden; padding: 0px; width: 575px;"></p><p data-adtags-visited="true" style="background-color: white; color: #555555; font-family: Verdana, "BitStream vera Sans", Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; margin: 0px 0px 10px; padding: 0px; text-align: justify;">Eis que o Instituto Histórico e Geográfico do Brasil (IHGB) publicou no número 392 (ano 157) da sua revista, correspondente a julho/setembro 1996 (pp. 495-1.020) os Regimentos do Santo Ofício da Inquisição do Reino de Portugal datados de 1552, 1613, 1640, 1774 (este assinado pelo Marquês de Pombal), além de um Regimento sem data. Tal edição esteve aos cuidados da Profª. Sônia Aparecida de Siqueira, sócia-correspondente do IHGB em São Paulo, que escreveu longa Introdução a tais documentos. Como nota o Prof. Arno Wehling, presidente do IHGB em 1996, a Dra- Sônia Aparecida localizou a Inquisição e seus sucessivos regimentos nos diferentes momentos históricos, sublinhando, inclusive, a progressiva expansão do poder real sobre a instituição, culminando no regime sectarista. (p. 495)</p><p data-adtags-visited="true" style="background-color: white; color: #555555; font-family: Verdana, "BitStream vera Sans", Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; margin: 0px 0px 10px; padding: 0px; text-align: justify;">Como se sabe, a Inquisição nunca (nem na Idade Média) foi um Tribunal meramente eclesiástico. Isto era inconcebível outrora, dado que o Estado era oficialmente cristão e, por isto, se julgava responsável pelos interesses da fé cristã; a tal título intervinha ele em questões de foro religioso, por vezes ditando normas à Igreja. Tal realidade se acentuou na Península Ibérica (Espanha e Portugal) a partir do século XVI, em virtude dos privilégios do padroado. Com efeito, já que os reis de Espanha e Portugal eram descobridores de novas terras, às quais levavam a fé católica, a Santa Sé lhes concedeu poderes especiais para organizarem a vida da Igreja nas regiões recém-descobertas; daí a grande ingerência nos assuntos religiosos, a título de colaboração com a Igreja… colaboração que redundou, aos poucos, em sufocação da autoridade eclesiástica em favor dos interesses da Coroa.</p><p data-adtags-visited="true" style="background-color: white; color: #555555; font-family: Verdana, "BitStream vera Sans", Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; margin: 0px 0px 10px; padding: 0px; text-align: justify;">Nas linhas subseqüentes, apresentaremos as origens da Inquisição em Portugal e alguns traços da explanação da Profª. Sônia Aparecida, que põem em relevo a intervenção sempre mais prepotente dos monarcas em assuntos inquisitoriais.</p><p data-adtags-visited="true" style="background-color: white; color: #555555; font-family: Verdana, "BitStream vera Sans", Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; margin: 0px 0px 10px; padding: 0px; text-align: justify;"> </p><p data-adtags-visited="true" style="background-color: white; color: #555555; font-family: Verdana, "BitStream vera Sans", Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; margin: 0px 0px 10px; padding: 0px; text-align: center;"><strong style="margin: 0px; padding: 0px;">Origens da Inquisição Portuguesa</strong></p><p data-adtags-visited="true" style="background-color: white; color: #555555; font-family: Verdana, "BitStream vera Sans", Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; margin: 0px 0px 10px; padding: 0px; text-align: justify;"> </p><p data-adtags-visited="true" style="background-color: white; color: #555555; font-family: Verdana, "BitStream vera Sans", Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; margin: 0px 0px 10px; padding: 0px; text-align: justify;">O rei D. João III de Portugal (1521-57) desejava que o Papa estabelecesse a Inquisição em seu reino, tendo em vista especialmente a eliminação dos judeus não plenamente convertidos ao Cristianismo. Durante 27 anos, Sua Majestade e a Santa Sé se defrontaram, visto que o rei pedia poderes, em matéria religiosa, que o Papa não lhe queria conceder: Assim, conforme o monarca, o Inquisidor-mor seria escolhido pelo rei, assim como os outros Inquisidores (subordinados), podendo estes últimos ser não apenas clérigos, mas também juristas leigos, que passariam a ter a mesma jurisdição que os eclesiásticos. Mais: Conforme o desejo do rei, os Inquisidores estariam acima dos Bispos e dos Superiores das Ordens Religiosas, de modo que poderiam processar e condenar eclesiásticos sem consultar os respectivos prelados; os Bispos ficariam impedidos de intervir em qualquer causa que os Inquisidores chamassem a si. Ainda: Os Inquisidores poderiam impor excomunhões reservadas à Santa Sé e levantar as que eram impostas pelos Bispos. Como se vê, o rei queria desta maneira obter o controle total sobre os Bispos e a Igreja em Portugal.</p><p data-adtags-visited="true" style="background-color: white; color: #555555; font-family: Verdana, "BitStream vera Sans", Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; margin: 0px 0px 10px; padding: 0px; text-align: justify;">Finalmente aos 17/12/1.531 o Papa Clemente VII concedeu a Inquisição em Portugal, mas em termos que contrariavam às solicitações de D. João III: Em vez de outorgar ao rei poderes para nomear os Inquisidores, o Papa nomeou diretamente um Comissário da Sé Apostólica e Inquisidor no reino de Portugal e nos seus domínios. Esse Comissário poderia nomear outros Inquisidores, mas a sua autoridade não estava acima da dos Bispos, que poderiam também, por seu lado, investigar as heresias.</p><p data-adtags-visited="true" style="background-color: white; color: #555555; font-family: Verdana, "BitStream vera Sans", Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; margin: 0px 0px 10px; padding: 0px; text-align: justify;">Os termos desta Bula ou concessão nunca foram aplicados em Portugal. O Inquisidor nomeado, Frei Diogo da Silva, era o confessor do rei; não aceitou o cargo, talvez por pressão do monarca. Apesar disto, em meio a grande agitação popular, começaram a funcionar tribunais inquisitoriais em algumas dioceses anarquicamente. Em conseqüência, o Papa suspendeu a Inquisição e, alegando que o rei o enganara (escondendo-lhe a conversão forçada de judeus no reinado de D. Manoel, 1.495-1.521) ordenou a anistia aos judeus e a restituição dos bens confiscados (Bula de 07/04/1.535).</p><p class="inline-ad-slot" data-adtags-visited="true" data-adtags-width="575" id="inline-ad-4" style="background-color: white; color: #555555; font-family: Verdana, "BitStream vera Sans", Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; height: auto; margin: 0px auto 10px; overflow: hidden; padding: 0px; width: 300px;"></p><div class="ata-controls" id="inline-ad-4__controls" style="height: 10px; line-height: 10px; margin: 0px; padding: 0px; text-align: right; width: 300px;"><span class="ata-controls__complain-btn" id="inline-ad-4__complain-btn" style="color: #c8c7cc; cursor: pointer; float: right; font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 6px; letter-spacing: 0.3px; margin: 0px; padding: 0px; text-transform: uppercase; vertical-align: middle;"><br /></span></div><p></p><p data-adtags-visited="true" style="background-color: white; color: #555555; font-family: Verdana, "BitStream vera Sans", Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; margin: 0px 0px 10px; padding: 0px; text-align: justify;">As razões sobre as quais se baseavam tais decisões de Clemente VII, são assaz significativas: A conversão dos judeus infiéis deve ser propiciada mediante a persuasão e a doçura, das quais Cristo deu o exemplo, respeitando sempre o livre arbítrio humano; a conversão violenta ou extorquida dos judeus sob o reinado de D. Manoel era tida como façanha que não se deveria reproduzir. A Santa Sé assim procurava defender e proteger os cristãos-novos, vítimas do poder régio.</p><p data-adtags-visited="true" style="background-color: white; color: #555555; font-family: Verdana, "BitStream vera Sans", Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; margin: 0px 0px 10px; padding: 0px; text-align: justify;">O Papa Clemente VII, que resistira a D. João III, morreu em 1.534, tendo por sucessor Paulo III. O rei voltou a insistir junto ao Pontífice para conseguir o tipo de tribunal de Inquisição que atendia aos interesses da Coroa. Não o obteve propriamente, mas por Bula de 23/05/1.536 Paulo III restabeleceu a Inquisição em Portugal, nomeando três Inquisidores e autorizando o rei a nomear outro; além disto, o Pontífice mandava que, durante três anos, os nomes das testemunhas de acusação não fossem acobertados por segredo e durante dez anos os bens dos condenados não fossem confiscados; os Bispos teriam as mesmas faculdades que os Inquisidores na pesquisa das heresias. Por intermédio de seu Núncio em Lisboa, o Papa reservava a si o direito de fiscalizar o cumprimento da Bula, de examinar os processos quando bem o entendesse e de decidir em última instância.</p><p data-adtags-visited="true" style="background-color: white; color: #555555; font-family: Verdana, "BitStream vera Sans", Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; margin: 0px 0px 10px; padding: 0px; text-align: justify;">É a partir desta Bula (23/05/1.536) que se pode considerar estabelecida a Inquisição em Portugal. O rei, que não se dava por satisfeito com as disposições da Santa Sé, começou a burlá-las. Quis, antes do mais, subtrair a Inquisição à vigilância do Pontífice e, para tanto, suscitou incidentes numerosos a ponto de obrigar a partir o Núncio Capodiferro, que tinha poderes para suspender o tribunal, caso não fossem respeitadas as cláusulas de proteção aos cristãos-novos. Além disto, nomeou Inquisidor o Infante D. Henrique, seu irmão, então Arcebispo de Braga que, com seus 27 anos, não tinha idade legal para exercer tais funções. Enfim aproveitava ou provocava ocasiões ou pretextos para fazer que o público cresse na má fé dos judeus convertidos (cristãos novos): Assim apareceu um cartaz nas portas da catedral e de outras igrejas de Lisboa, anunciando a chegada próxima do Messias… Um alfaiate de Setúbal apresentou-se ao público como Messias, o que não foi levado a sério pela população, mas bastou para que os agentes do rei fizessem grandes represálias e tentassem convencer Roma dos perigos do judaísmo em Portugal.</p><p data-adtags-visited="true" style="background-color: white; color: #555555; font-family: Verdana, "BitStream vera Sans", Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; margin: 0px 0px 10px; padding: 0px; text-align: justify;">Apesar da má vontade do rei, o Papa fazia questão de manter sob seu controle o Santo Ofício em Portugal. Reforçando normas anteriores, o Pontífice emitiu nova Bula em 12/10/1.539, que proibia aduzir testemunhas secretas e concedia outras garantias aos acusados, entre as quais o direito de apelação para o Papa; determinava outrossim que os emolumentos dos Inquisidores não fossem pagos mediante os bens dos prisioneiros.</p><p data-adtags-visited="true" style="background-color: white; color: #555555; font-family: Verdana, "BitStream vera Sans", Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; margin: 0px 0px 10px; padding: 0px; text-align: justify;">Também esta Bula não foi observada em Portugal. O Papa então resolveu suspender a Inquisição pelo Breve de 22/09/1.544; tomou a precaução de fazer publicar de surpresa em Lisboa este documento, levado secretamente para lá por um novo Núncio. O rei, profundamente golpeado, jogou a sua última cartada; requereu ao Papa que revogasse a suspensão e restaurasse a Inquisição sem qualquer limitação, e acrescentava a ameaça: “Se Vossa Santidade não prover nisso, como é obrigado e dele se espera, não poderei deixar de remediá-lo confiando em que não somente do que suceder Vossa Santidade me haverá por sem culpa, mas também os príncipes e os fiéis cristãos que o souberem, conhecerão que disso não sou causa nem ocasião.”</p><p data-adtags-visited="true" style="background-color: white; color: #555555; font-family: Verdana, "BitStream vera Sans", Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; margin: 0px 0px 10px; padding: 0px; text-align: justify;">Tais palavras continham a ameaça de desobediência formal ao Papa e de cisão na Igreja. D. João III seguiu o conselho que lhe fora dado pelos seus dois enviados à Santa Sé em 1.535: Negasse obediência ao Papa, imitando o exemplo do rei Henrique VIII da Inglaterra. Entre a obediência ao Papa, como fiel católico, e a rebeldia declarada que lhe permitisse instituir um tribunal, que era no fundo um instrumento da política régia, o rei de Portugal estava disposto a seguir a segunda via.</p><p class="inline-ad-slot" data-adtags-visited="true" data-adtags-width="575" id="inline-ad-5" style="background-color: white; color: #555555; float: left; font-family: Verdana, "BitStream vera Sans", Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; height: 0px; margin: 0px auto; overflow: hidden; padding: 0px; width: 575px;"></p><p data-adtags-visited="true" style="background-color: white; color: #555555; font-family: Verdana, "BitStream vera Sans", Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; margin: 0px 0px 10px; padding: 0px; text-align: justify;">O Pontífice via-se naquele momento (1.544/45) premido por outras graves preocupações, como a convocação e a preparação do Concílio de Trento, sobre o qual o Imperador Carlos V e outros monarcas tinham seus interesses. Em conseqüência, acabou por aceitar os pontos principais da solicitação de D. João III: Por Bula de 16/07/1.547, nomeou lnquisidor-Geral o Cardeal Infante D. Henrique, e retirou aos Núncios em Lisboa a autoridade para intervirem nos assuntos de alçada da Inquisição; esta seguiria seus trâmites próprios, diversos dos habituais nos processos comuns. Ao mesmo tempo, porém, o Papa mitigava suas disposições: Promulgou um Breve que suspendia o confisco de bens por dez anos; outro Breve suspendia por um ano a entrega de condenados ao braço secular (ou a aplicação da pena de morte). Em outro Breve ainda o Papa fazia recomendações tendentes a moderar os previsíveis excessos da Inquisição e a permitir a partida dos cristãos-novos para o estrangeiro. Pouco antes de morrer ou aos 08/01/1549, Paulo III editou novo Breve, que abolia o segredo das testemunhas; Breve este que provavelmente nunca foi aplicado em Portugal.</p><p data-adtags-visited="true" style="background-color: white; color: #555555; font-family: Verdana, "BitStream vera Sans", Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; margin: 0px 0px 10px; padding: 0px; text-align: justify;">Eis algumas passagens muito significativas da Introdução redigida pela Profª. Sônia Aparecida:</p><p data-adtags-visited="true" style="background-color: white; color: #555555; font-family: Verdana, "BitStream vera Sans", Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; margin: 0px 0px 10px; padding: 0px; text-align: justify;"> </p><p data-adtags-visited="true" style="background-color: white; color: #555555; font-family: Verdana, "BitStream vera Sans", Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; margin: 0px 0px 10px; padding: 0px; text-align: center;"><strong style="margin: 0px; padding: 0px;">Cristãos novos</strong></p><p data-adtags-visited="true" style="background-color: white; color: #555555; font-family: Verdana, "BitStream vera Sans", Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; margin: 0px 0px 10px; padding: 0px; text-align: justify;"> </p><p data-adtags-visited="true" style="background-color: white; color: #555555; font-family: Verdana, "BitStream vera Sans", Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; margin: 0px 0px 10px; padding: 0px; text-align: justify;">Urgia acalmar a inquietação causada pela presença dos cristãos-novos, inimigos em potencial pelo seu supranacionalismo. O combate às minorias dissidentes era um programa inadiável. Os neo-cristãos podiam ser portadores do fermento herético por suas crenças residuais e por seus íntimos contatos com luteranos e judeus. E mais: Com a frutificação das descobertas, da exploração do mundo colonial que se montava, com o comércio ultramarino, com a urbanização progressiva, os cristãos-novos ganhavam força econômica e tendiam a uma solidariedade que lhes acrescia o poder de ação no meio social. O trono sentiu a ameaça que representariam se não fossem bons cristãos. Reagiu. A Inquisição foi criada e estendeu-se sobre cristãos-novos, cristãos-velhos, povo, hierarquias. (pp. 502s)</p><p data-adtags-visited="true" style="background-color: white; color: #555555; font-family: Verdana, "BitStream vera Sans", Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; margin: 0px 0px 10px; padding: 0px; text-align: justify;">Certas determinações de Roma avocando a si, diretamente, ou por meio de seus Núncios, jurisdição sobre os cristãos-novos revelam que existia ainda uma certa indefinição da hierarquia judicial, bem como o propósito pontifício de reservar para a Cúria a jurisdição superior. Em 1.533, a Bula de Clemente VII Sempiterno Regi revogou todos os poderes que haviam sido outorgados a Frei Diogo da Silva, Inquisidor-mor de Portugal, chamando a si todas as causas dos cristãos-novos, mouros e heréticos. Em 1.534, um Breve de Paulo III dirigido a D. João III mandava que os Inquisidores suspendessem os processos contra pessoas suspeitas de heresia. Em 1535, uma Carta Pontifícia determinava que os Núncios de Portugal pudessem conhecer as apelações dos cristãos-novos.</p><p data-adtags-visited="true" style="background-color: white; color: #555555; font-family: Verdana, "BitStream vera Sans", Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; margin: 0px 0px 10px; padding: 0px; text-align: justify;">No mesmo ano, escrevia Paulo III ao rei sobre os cristãos-novos, e aos cristãos-novos; interferindo diretamente na definição do processo, concedia que pudessem tomar por procuradores e defensores quaisquer pessoas que quisessem.</p><p data-adtags-visited="true" style="background-color: white; color: #555555; font-family: Verdana, "BitStream vera Sans", Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; margin: 0px 0px 10px; padding: 0px; text-align: justify;">As Bulas de perdão geral que paralisavam a ação do Tribunal vinham de Roma, diluindo, de tempos em tempos, a autoridade dos Inquisidores. Confirmando o primeiro perdão concedido por Clemente VII, concedia Paulo III um segundo em 1.535 e, em 1547, pela Bula <em style="margin: 0px; padding: 0px;">Illius qui misericors</em>, concedia um terceiro. Ao depois, outros indultos gerais foram sendo concedidos, e, quando o próprio rei os negociava com os cristãos-novos, tinha de pleiteá-los junto à Cúria Romana, como aconteceu com Felipe III em 1.605.</p><p class="inline-ad-slot" data-adtags-visited="true" data-adtags-width="575" id="inline-ad-6" style="background-color: white; color: #555555; float: left; font-family: Verdana, "BitStream vera Sans", Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; height: 0px; margin: 0px auto; overflow: hidden; padding: 0px; width: 575px;"></p><p data-adtags-visited="true" style="background-color: white; color: #555555; font-family: Verdana, "BitStream vera Sans", Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; margin: 0px 0px 10px; padding: 0px; text-align: justify;">Aliás, as intromissões da Cúria nas atividades da Inquisição continuaram, decrescentes sem dúvida, mas constantes pelo tempo afora, dada a natureza de sua justiça. De 1.678 a 1.681, o Santo Ofício chegou a ser suspenso em Portugal por decisão do Pontífice, o que indica que, apesar da amplificação do absolutismo, os tribunais continuavam a carecer da aquiescência de Roma para atuar. (pp. 506s)</p><p data-adtags-visited="true" style="background-color: white; color: #555555; font-family: Verdana, "BitStream vera Sans", Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; margin: 0px 0px 10px; padding: 0px; text-align: justify;"> </p><p data-adtags-visited="true" style="background-color: white; color: #555555; font-family: Verdana, "BitStream vera Sans", Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; margin: 0px 0px 10px; padding: 0px; text-align: center;"><strong style="margin: 0px; padding: 0px;">A figura do Inquisidor</strong></p><p data-adtags-visited="true" style="background-color: white; color: #555555; font-family: Verdana, "BitStream vera Sans", Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; margin: 0px 0px 10px; padding: 0px; text-align: justify;"><strong style="margin: 0px; padding: 0px;"><br style="margin: 0px; padding: 0px;" /></strong></p><p data-adtags-visited="true" style="background-color: white; color: #555555; font-family: Verdana, "BitStream vera Sans", Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; margin: 0px 0px 10px; padding: 0px; text-align: justify;">Capaz, idôneo, de boa consciência, devia ser o Inquisidor: Requisitos que garantiriam a aplicação da justiça com equanimidade. Pedia-se também constância… (p. 526) O juízo coletivo sobre a Inquisição dependeria do comportamento de seus oficiais, de sua capacidade de corrigir as próprias imperfeições, de imolar impulsos e interesses em prol do bom nome do Tribunal. A verdade é que, na prática, ou por causa da vigilância social, ou do controle institucional, ou, talvez, da fusão dos ideais individuais com os do Santo Ofício, não temos notícia de escândalos ou abusos dos agentes inquisitoriais. Geralmente, as exceções apenas confirmariam a regra. Alguns Inquisidores, por suas virtudes ou pelo sacrifício, chegaram a ser elevados aos altares.</p><p data-adtags-visited="true" style="background-color: white; color: #555555; font-family: Verdana, "BitStream vera Sans", Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; margin: 0px 0px 10px; padding: 0px; text-align: justify;">Em nota (74) diz a autora: “Não pertenceram ao Santo Ofício português, mas foram santificados os Inquisidores S. Raimundo Penafort, S. Toríbio Mongrovejo, S. Pedro de Verona, mártir, S. Pio V, S. Domingos de Gusmão, S. Pedro de Arbuês, S. João Capistrano. Beatificados foram Pedro Castronovo, legado cisterciense, Raimundo, arcediago de Toledo, Bernardo, seu capelão. Inquisidores também, dois clérigos, Fortanerio e Ademaro, núncios do Santo Ofício de Tolosa, martirizados pelos albigenses, Conrado de Marburg, mártir, pároco e Inquisidor da Alemanha, e o confessor de Sta.Isabel da Hungria, João de Salermo. O Inquisidor da Frísia e Holanda no século XVI, Guilherme Lindano, foi considerado Venerável” (p. 527).</p><p data-adtags-visited="true" style="background-color: white; color: #555555; font-family: Verdana, "BitStream vera Sans", Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; margin: 0px 0px 10px; padding: 0px; text-align: justify;">A Inquisição Pombalina</p><p data-adtags-visited="true" style="background-color: white; color: #555555; font-family: Verdana, "BitStream vera Sans", Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; margin: 0px 0px 10px; padding: 0px; text-align: justify;">“A idéia de separação de um Estado só político e de uma igreja só religiosa germina nessa época”. Pretende-se uma nova política religiosa que usa a tolerância como seu instrumento. Impunha-se conexão com o Absolutismo, ainda então vivo como idéia política. Limitar o poder jurisdicional da Igreja e difundir o espírito laico.</p><p data-adtags-visited="true" style="background-color: white; color: #555555; font-family: Verdana, "BitStream vera Sans", Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; margin: 0px 0px 10px; padding: 0px; text-align: justify;">Em meio a esse clima das reformas pretendidas, a questão religiosa punha em relevo o Santo Ofício, tradicional defensor da ortodoxia das crenças, fiel zelador da unidade das consciências. Não se pensa em extingui-lo, mas, sim, em reformá-lo, adequando-o aos novos tempos. Urgia a elaboração de um novo Regimento que tornasse a Inquisição mais inofensiva e pusesse o Tribunal realmente nas mãos da Coroa.</p><p data-adtags-visited="true" style="background-color: white; color: #555555; font-family: Verdana, "BitStream vera Sans", Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; margin: 0px 0px 10px; padding: 0px; text-align: justify;">Esse novo Regimento foi mandado executar pelo Cardeal da Cunha. No seu Preâmbulo, justifica-se a sua necessidade na medida em que as leis que geriam o Santo Ofício teriam sido, ao longo dos séculos, distorcidas pelos jesuítas, interessados em dar ao Papa o supremo poder sobre a Inquisição. Desde o governo do Cardeal Infante D. Henrique (dominado, diz o Cardeal da Cunha, pelo seu confessor, o jesuíta Leão Henriques) até ao Reinado de D. João V, foi o Tribunal escapando ao poder do rei. Teria chegado ao máximo a influência da Companhia, sob o Inquisidor D. Pedro de Castilho, que tornou a legislação mais jesuítica do que régia. (p. 562)</p><p data-adtags-visited="true" style="background-color: white; color: #555555; font-family: Verdana, "BitStream vera Sans", Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; margin: 0px 0px 10px; padding: 0px; text-align: justify;">Os tempos eram diversos. O Estado se configurava de outra maneira, definindo diferentes funções. Cioso de seu poder, recusava-se a partilhá-lo com quaisquer instituições ou estamentos. Impunha-se a necessidade de limitar o poder jurisdicional da Igreja. Assim o Regimento de 1.774 visou o fortalecimento do poder da Coroa, invocando o direito do Reino. Instalava-se o regalismo absolutista como ideal de união cristã na ordem civil. (p. 563)</p><p class="inline-ad-slot" data-adtags-visited="true" data-adtags-width="575" id="inline-ad-7" style="background-color: white; color: #555555; float: left; font-family: Verdana, "BitStream vera Sans", Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; height: 0px; margin: 0px auto; overflow: hidden; padding: 0px; width: 575px;"></p><p data-adtags-visited="true" style="background-color: white; color: #555555; font-family: Verdana, "BitStream vera Sans", Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; margin: 0px 0px 10px; padding: 0px; text-align: justify;">É importante conhecer os dados históricos dos quais as páginas deste artigo referem apenas alguns poucos traços. Contribuem para repor a verdade em foco, mostrando as causas latentes da Inquisição em Portugal (como também na Espanha). Os estudiosos não podem deixar de exprimir sua gratidão ao Instituto Histórico e Geográfico do Brasil pela publicação do trabalho da Profª. Sônia Aparecida de Siqueira e dos Regimentos da Inquisição Portuguesa (que vigoraram também no Brasil colonial).</p>Márcio Carvalhohttp://www.blogger.com/profile/04039288739374407300noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1395674093337752544.post-59951841498840189042020-12-23T09:30:00.004-03:002020-12-23T09:30:57.443-03:00Demonstração de ferramentas online e gratuitas para estudo bíblico e exegese [vídeo]<p> </p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><iframe allowfullscreen="" class="BLOG_video_class" height="266" src="https://www.youtube.com/embed/r1wQdo8ysoY" width="320" youtube-src-id="r1wQdo8ysoY"></iframe></div>Sites indicados:<br /><a href="https://www.bibliacatolica.com.br/">https://www.bibliacatolica.com.br/</a><p></p><p><a href="https://hjg.com.ar/catena/c0.html">https://hjg.com.ar/catena/c0.html</a></p><p><a href="http://www.perseus.tufts.edu/hopper/morph?lang=la">http://www.perseus.tufts.edu/hopper/morph?lang=la</a></p><p>Bíblias recomendadas aqui: <a href="https://amzn.to/37IGJgE">https://amzn.to/37IGJgE</a></p><p>Nossos cursos:</p><ul style="font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 1.4; list-style-image: initial; list-style-position: initial; margin: 0.5em 0px; padding: 0px 2.5em;"><li style="border: none; margin: 0px 0px 0.25em; padding: 0.25em 0px;"><span style="background-color: white;"><a href="http://www.cursoscatolicos.com.br/2012/02/curso-catecismo-da-igreja-catolica-em.html" style="color: #4d469c; text-decoration-line: none;">Catecismo da Igreja Católica em exame</a> (gratuito)</span></li><li style="border: none; margin: 0px 0px 0.25em; padding: 0.25em 0px;"><span style="background-color: white;"><a href="https://www.cursoscatolicos.com.br/2019/12/minicurso-lectio-divina-leitura-orante.html" style="color: #4d469c; text-decoration-line: none;">Lectio Divina</a> (gratuito)</span></li><li style="border: none; margin: 0px 0px 0.25em; padding: 0.25em 0px;"><a href="http://www.cursoscatolicos.com.br/2019/03/curso-de-iniciacao-biblica-turma-34.html" style="background-color: white; color: #4d469c; text-decoration-line: none;">Iniciação Bíblica</a></li><li style="border: none; margin: 0px 0px 0.25em; padding: 0.25em 0px;"><a href="http://www.cursoscatolicos.com.br/2011/12/curso-de-iniciacao-teologica.html" style="background-color: white; color: #4d469c; text-decoration-line: none;" target="_blank">Iniciação Teológica</a></li><li style="border: none; margin: 0px 0px 0.25em; padding: 0.25em 0px;"><a href="http://www.cursoscatolicos.com.br/2017/04/curso-teologico-pastoral-completo.html" style="background-color: white; color: #3d74a5;">Teológico Pastoral Completo</a></li></ul>Márcio Carvalhohttp://www.blogger.com/profile/04039288739374407300noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1395674093337752544.post-70228373315757180672020-10-31T13:43:00.002-03:002020-10-31T13:43:01.171-03:00Indulgências de finados estendidas para todo o mês de novembro<p>Este ano, devido às restrições impostas pelos governos locais motivadas pela "covid-19", as indulgências plenárias para os fiéis falecidos se prorrogarão durante todo o mês de novembro. </p><h4 style="text-align: left;">Como se lucra a Indulgência plenária pelos finados: </h4><p></p><ol style="text-align: left;"><li>Ao visitarem o <b>cemitério </b>e rezarem, mesmo mentalmente, pelos defuntos, concede-se um Indulgência Plenária, só aplicável aos defuntos: diariamente, todos os dias de novembro (normalmente é do dia 1º ao dia 8 de novembro), nas condições costumeiras, isto é: confissão sacramental, comunhão eucarística e oração nas intenções do Sumo Pontífice; nos restantes dias do ano, Indulgência Parcial. </li><li>Em todas as igrejas, oratórios públicos ou semi-públicos, igualmente lucra-se uma Indulgência Plenária, só aplicável aos defuntos: a obra que se prescreve é a piedosa<b> visitação à igreja</b>, durante a qual se deve rezar o Pai-nosso e o Credo, confissão sacramental, comunhão eucarística e oração na intenção do Sumo Pontífice, em qualquer dia de novembro (antes era somente no dia 2 ou nos domingos anterior e posterior) </li></ol>O <a href="https://www.vatican.va/roman_curia/tribunals/apost_penit/documents/rc_trib_appen_pro_20201022_decreto-indulgenze_sp.html" target="_blank">Decreto </a>da Penitenciaria Apostólica concede ainda <b>a todos os anciãos, enfermos e todos aqueles que por motivos graves não possam sair de casa</b>, por exemplo por causa das restrições impostas pela autoridade pública: poderão obter a indulgência plenária sempre que: <p></p><p></p><ul style="text-align: left;"><li>se unam espiritualmente a todos os demais fiéis, completamente desapegados do pecado e com a intenção de cumprir quanto antes as três condições habituais (confissão sacramental, comunhão eucarística e oração pelas intenções do Santo Padre), ante uma imagem de Jesus ou da Santíssima Virgem Maria, </li><li>rezem orações piedosas pelos defuntos, por exemplo, laudes e vésperas do Ofício de Defuntos, o rosário mariano, o terço da Divina Misericórdia, outras orações pelos defuntos, ou se dediquem à leitura meditada de alguma das passagens do Evangelho propostos pela liturgia dos defuntos, ou realizem uma obra de misericórdia oferecendo a Deus as dores e as dificuldades de sua própria vida.</li></ul>Leia também:<p></p><h2 class="post-title entry-title" style="background-color: white; color: #333333; font-family: "PT Sans", Oswald, Arial, sans-serif; font-size: 22px; font-weight: normal; line-height: 1.5em; margin: 10px 0px;"><a href="https://martyriaeditora.blogspot.com/2020/07/como-lucrar-indulgencia-plenaria-todos.html" style="border: 0px; color: #d73b4b; font-family: inherit; font-style: inherit; font-weight: inherit; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; text-decoration-line: none; vertical-align: baseline;">Como lucrar indulgência plenária todos os dias</a></h2><div><h2 class="post-title entry-title" style="background-color: white; color: #333333; font-family: "PT Sans", Oswald, Arial, sans-serif; font-size: 22px; font-weight: normal; line-height: 1.5em; margin: 10px 0px;"><a href="https://martyriaeditora.blogspot.com/2019/07/as-indulgencias-ainda-existem-sao.html" style="border: 0px; color: #d73b4b; font-family: inherit; font-style: inherit; font-weight: inherit; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; text-decoration-line: none; vertical-align: baseline;">As indulgências ainda existem? São necessárias?</a></h2></div><div><h2 class="post-title entry-title" style="background-color: white; color: #333333; font-family: "PT Sans", Oswald, Arial, sans-serif; font-size: 22px; font-weight: normal; line-height: 1.5em; margin: 10px 0px;"><a href="https://martyriaeditora.blogspot.com/2013/10/sobre-liturgia-e-indulgencia-do-dia-de.html" style="border: 0px; color: #d73b4b; font-family: inherit; font-style: inherit; font-weight: inherit; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; text-decoration-line: none; vertical-align: baseline;">Sobre a liturgia e a indulgência do dia de Finados</a></h2></div><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><span style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><a href="https://www.cursoscatolicos.com.br"><img border="0" data-original-height="960" data-original-width="960" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgiAuwlBDQ0UdELCIxUKoPFyPxebXISo9KofB3sOy7vCh1-8VPU4H1vaHoRwaDfCDLP1nerVENqPO4RgDmB8UJEu-DQSaBjizoe0i8h5ui69v0B4sM2IpIRtGB5lIYA9bEAEvxocXmRZrE/s320/78268671_2068684313168029_219402206678351872_o%255B1%255D.jpg" /></a></span></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><a href="https://www.cursoscatolicos.com.br">www.cursoscatolicos.com.br</a></td></tr></tbody></table><table border="0" cellpadding="0" cellspacing="0" style="background-color: white; border-collapse: collapse; border: 1px dotted rgb(211, 211, 211); font-family: Arial, Verdana, sans-serif;"><tbody></tbody></table>Márcio Carvalhohttp://www.blogger.com/profile/04039288739374407300noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1395674093337752544.post-77608207764535476092020-10-30T12:43:00.005-03:002020-10-30T12:43:00.184-03:004 motivos para não se casar na Igreja<div style="text-align: center;"><a href="https://www.cursoscatolicos.com.br"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgchN4FTUkokXxyO1VF2mDLkZ8ltBqXlabHa_oRMy4RUB5oyV5pbPGxC-ZLPDSpfOUUphJnNJNc9PZiqIOKC9KAAj00O5Rnk9YN1XUv_XhdPX4Y7pN0IuTZRG617l0Y7gaaQ-CH-3Wr5FM/s320/117729391_2711781845524936_619007381567508086_o%255B1%255D.jpg" /></a></div><br /><h4 style="text-align: left;">NÃO DESEJAR TER FILHOS</h4>O casamento tem uma dupla finalidade: a união de amor entre o casal e a procriação. Um homem e uma mulher se unem com um compromisso tão forte porque têm a missão de ter filhos e cuidar deles. Depois dos filhos a união do casal fica mais forte, mais realista, menos egoísta. Isso lembra-nos um outro ponto:<br /><h4 style="text-align: left;">TER VÁRIOS PLANOS ANTES DOS FILHOS</h4>Enquanto adiarem a missão que têm por razões menos nobres e geralmente falsas e inalcançáveis (aumentar a renda ou os bens, "aproveitar" o tempo com lazer, concluir qualquer projeto pessoal) estarão desperdiçando e colocando o matrimônio em risco. Isso se houver matrimônio, pois se a recusa dos filhos torna o matrimônio nulo (uma farsa), o seu adiamento por métodos anticoncepcionais igualmente, além de estarem corrompendo o sentido da relação sexual.<br /><h4 style="text-align: left;">NÃO ACREDITAR QUE É PARA SEMPRE</h4>Se não pode se comprometer para sempre é melhor nem começar. Com a perspectiva de rompimento, essa relação vai durar menos do que os dois preveem, porque ambos não têm força de vontade suficiente para superar qualquer problema. São dois covardes enganadores.<br /><h4 style="text-align: left;">ESCONDER ALGO QUE DEVERÁ CONTAR DEPOIS DE CASADO</h4>A mentira ou omissão é como um crime que torna a união nula, além de revelar uma falta grave de caráter. Uma pessoa que mente para obter seus objetivos não terá o respeito do outro quando for descoberto.<div><br /></div><div>Veja também: <h2 class="post-title entry-title" style="background-color: white; color: #333333; font-family: "PT Sans", Oswald, Arial, sans-serif; font-size: 22px; font-weight: normal; line-height: 1.5em; margin: 10px 0px;"><a href="https://martyriaeditora.blogspot.com/2013/10/razoes-para-se-casar-na-igreja-ou-nao.html" style="border: 0px; color: #c83746; font-family: inherit; font-style: inherit; font-weight: inherit; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; text-decoration-line: none; vertical-align: baseline;">Razões para se casar na Igreja, ou não</a></h2><div><br />+++</div><div>- Cursos Teológicos<br />- Curso Matrimônio, Família e Fecundidade<br />- Curso de Direito Canônico<br /><a href="https://www.cursoscatolicos.com.br">www.cursoscatolicos.com.br</a></div></div>Márcio Carvalhohttp://www.blogger.com/profile/04039288739374407300noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1395674093337752544.post-14052679373134223902020-10-29T12:35:00.001-03:002020-10-29T12:35:00.645-03:00 Investimentos que toda Paróquia deveria fazer2 Investimentos que toda Paróquia deveria fazer (e que não custam nada)*:<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEggGEwpRSJiB87slROWh-HxGaZ2aRSnGDvbS9mS4zRjoHuuH3amYUp95caX9TRlo9YYiBHMXv1LUk89sDGRi7jGQRkUF4G6wtxEeiU63Q_m4N0k3JjQvab6gEQtSnx9LZ85TevZdDSxCtM/s960/121288327_2871988492837603_7822957334802879961_o%255B1%255D.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="960" data-original-width="960" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEggGEwpRSJiB87slROWh-HxGaZ2aRSnGDvbS9mS4zRjoHuuH3amYUp95caX9TRlo9YYiBHMXv1LUk89sDGRi7jGQRkUF4G6wtxEeiU63Q_m4N0k3JjQvab6gEQtSnx9LZ85TevZdDSxCtM/s320/121288327_2871988492837603_7822957334802879961_o%255B1%255D.jpg" /></a></div><br /><br /><h4 style="text-align: left;">1. Professor de música - órgão e canto.</h4>Esqueçam os violões e os cantores solo com seus microfones. Canto na Igreja é coral. E o professor deve saber disso.<br /><br /><h4 style="text-align: left;">2. Curso sistemático de Teologia.</h4>Se, e somente se, houver um professor qualificado disponível. Um padre professor ou leigo com notório saber, que sejam fiéis ao Magistério da Igreja.<br />Nada de seguir roteiros suspeitos. Magistério da Igreja. E cursinho temáticos e isolados não são produtivos. Começar do fundamental e passar todos os tratados. Dá pra fazer em um ano, uma vez por semana.<br /><br /><br /><blockquote>* Não custam (quase) nada para a paróquia porque os beneficiados DEVEM contribuir para arcar com o pagamento dos professores. De graça não é valorizado e não vai durar. O investimento do aluno gera um comprometimento.</blockquote><p><br /></p><p>Formação Católica Online - <a href="https://www.cursoscatolicos.com.br">www.cursoscatolicos.com.br</a> - Cursos Teológicos</p>Márcio Carvalhohttp://www.blogger.com/profile/04039288739374407300noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1395674093337752544.post-43704450569844092982020-10-28T11:13:00.001-03:002020-10-28T11:13:00.896-03:00Como proteger nossa nação dos ataques contra a fé?<p>No mundo inteiro a fé cristã - sobretudo a Igreja Católica - sofre ataques diariamente; seja por meio de opiniões, meios de comunicação, diretamente no dia a dia dos fiéis, por meio de leis contra a moral, por meio de discriminação em seus variados tipos (ridicularização, <i>bullying</i>, etc.) e, infelizmente, por meio de violência: nos países em que o cristianismo é minoria, principalmente, mas já chegou à Europa e Américas.</p><h4 style="text-align: left;">Como prevenir que esses ataques cheguem até nossa nação?</h4><p>De certa forma, já chegou. Nossa leis e a "opinião pública" é cada vez mais hostil à Igreja. </p><p>Mas podemos fazer algo para o futuro, retardar seu avanço e impedir que sua forma violenta chegue às nossas Igrejas e comunidades:</p><br /><div style="text-align: left;">São três passos:</div><br /><h4 style="text-align: left;">1. Santidade</h4><br />- Comece por você. Seja um cristão melhor. Fuja das ocasiões de pecado. Elimine todo o perigo de sua casa e seu entorno.<br /><br />Não daremos munição ao inimigo. Em muitos países em que a situação é mais críticas, no Ocidente, muitos notam um crescente aumento no descrédito da Igreja por causa do pecado de seus filhos: escândalos, forma de vida, maus exemplos.<br /><br />Se cada um buscar a santidade para si e sua família, não será sem recompensa.<br /><br /><h4 style="text-align: left;">2. Testemunho de fé viva, consciente e madura.</h4>- Comece por aqueles que o indagam. Na verdade, pode ser que ninguém lhe indague sobre questões de fé, mas seu modo de vida é visível. O testemunho pode ser mudo.<br /><br /><b>Mas esteja preparado.</b> Faça a sua parte, <b>conheça sua fé,</b> pratique, tenha vida de oração e sacramentos; se necessário usar palavras, "o Espírito Santo lhes inspirará o que falar".<br /><br /><h4 style="text-align: left;">3. Apoie as boas iniciativas católicas</h4>Se sozinho é difícil, juntos somos invencíveis.<br />Ajude sua paróquia e todas as boas obras, caritativas, missionárias e educativas.<div><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://www.cursoscatolicos.com.br" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="694" data-original-width="694" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh0haFNxKrGsKHPqT6RvpxXVFMZRXQZWkSaMuCIyWBa3jGVe1aF8RU4Z4pjetht2JCWP38Qw1VTV_HG84d9iHZ1H7IBMcGVvIzZpGbNfkfERvIQ1oZs_EfieHn_tFoRj0KuG2kaCjAimFg/s320/121676301_2887309477972171_2326081781234784767_n%255B1%255D.jpg" /></a></div><br /><div><br /></div>Márcio Carvalhohttp://www.blogger.com/profile/04039288739374407300noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1395674093337752544.post-51007900182068367452020-10-27T11:13:00.005-03:002020-10-27T11:13:51.866-03:00Teologia não é sobre curiosidades!<p><span style="background-color: white; color: #1c1e21; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px;">Já ouviu dizer que a Filosofia busca as respostas para as principais questões da humanidade? </span></p><p><span style="background-color: white; color: #1c1e21; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px;">Pois é: a Teologia <b>já </b>encontrou.</span></p><span style="background-color: white; color: #1c1e21; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px;">Teologia não é sobre <i>curiosidades </i>religiosas – nem mesmo bíblicas.</span><br style="background-color: white; color: #1c1e21; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px;" /><br style="background-color: white; color: #1c1e21; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px;" /><span style="background-color: white; color: #1c1e21; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgoPkvlnZrPNtsgT1PU-8YNIR40ydaCN_BpIxljn7kndinbEVGUgFSRxv9R15gTq59gT1u3Qy53ZUvllUcI8Zh4Bm5zhjwRacozPV__1bkaNI4KlHxoq4iHFV1cDM76UBoU1w_jBz0mV8g/s960/121822836_2890910267612092_2970722475443986731_o%255B1%255D.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="960" data-original-width="960" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgoPkvlnZrPNtsgT1PU-8YNIR40ydaCN_BpIxljn7kndinbEVGUgFSRxv9R15gTq59gT1u3Qy53ZUvllUcI8Zh4Bm5zhjwRacozPV__1bkaNI4KlHxoq4iHFV1cDM76UBoU1w_jBz0mV8g/s320/121822836_2890910267612092_2970722475443986731_o%255B1%255D.jpg" /></a></div>Há quem procure a Teologia para satisfazer a curiosidade sobre determinados temas bíblicos, por exemplo, sobre o Gênesis ("como" Deus criou o mundo, se Adão e Eva são "reais", se o dilúvio ou a passagem do Mar Vermelho ocorreu, etc.), sobre fatos não bíblicos (como foi a infância de</span><span class="text_exposed_show" style="background-color: white; color: #1c1e21; display: inline; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px;"> Jesus, como morreu São José ou os Apóstolos, por que não temos certos detalhes...) ou sobre fatos futuros (quando e como será o fim do mundo, quem será o anticristo, etc.).<br /><br />Esses <b>não são o objeto de estudo</b> da Teologia! Curiosidades que pouco ou nada importam para nossa fé e nossa salvação são só distrações!<br /><br /><i>A Teologia tem as respostas para as questões mais importantes da nossa existência</i>, que podem fazer a diferença, de fato, no nosso agir e no nosso destino — de onde viemos, para que existimos, para onde vamos (e como chegar lá!).<br /><br />Não se perca em distrações! Estude Teologia a sério e terá todas as respostas!<br /></span><div><span class="text_exposed_show" style="background-color: white; color: #1c1e21; display: inline; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px;"><br /></span></div><div><span class="text_exposed_show" style="background-color: white; color: #1c1e21; display: inline; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px;"><a href="https://www.cursoscatolicos.com.br">www.cursoscatolicos.com.br</a></span></div>Márcio Carvalhohttp://www.blogger.com/profile/04039288739374407300noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1395674093337752544.post-24977193793833125782020-07-22T10:35:00.001-03:002020-07-22T10:35:34.142-03:00Os pecados da Igreja - Por Alice von Hildebrand<h2 style="background-color: white; box-sizing: border-box; color: #343a40; font-family: -apple-system, BlinkMacSystemFont, "Segoe UI", Roboto, "Helvetica Neue", Arial, "Noto Sans", sans-serif, "Apple Color Emoji", "Segoe UI Emoji", "Segoe UI Symbol", "Noto Color Emoji"; font-size: 1.875rem; font-weight: 300; line-height: 1.2; margin-bottom: 0.5rem; margin-top: 0px;">
Os pecados da Igreja</h2>
<div class="box py-3 generalbox center clearfix" style="background-color: white; box-sizing: border-box; color: #343a40; font-family: -apple-system, BlinkMacSystemFont, "Segoe UI", Roboto, "Helvetica Neue", Arial, "Noto Sans", sans-serif, "Apple Color Emoji", "Segoe UI Emoji", "Segoe UI Symbol", "Noto Color Emoji"; padding-bottom: 1rem !important; padding-top: 1rem !important;">
<div class="no-overflow" style="box-sizing: border-box; overflow: auto;">
<div style="box-sizing: border-box; font-size: 15px; margin-bottom: 1rem;">
</div>
<div style="box-sizing: border-box; font-size: 1.875rem; font-weight: 300; line-height: 1.2; margin-bottom: 0.5rem; margin-top: 0px;">
Por Alice von Hildebrand</div>
<div class="artigoresumo" style="box-sizing: border-box; font-size: 15px; margin-bottom: 1rem;">
Afinal, como a Igreja pode ser santa se a história está manchado pelos muitos pecados dos católicos? Ora, essa dúvida só aparece quando não se sabe exatamente o que Cristo quis dizer com as palavras As portas do inferno não prevalecerão contra ela (Mt 16, 18). <i>Este artigo é uma adaptação de The Church Ask for Forgiveness, publicado pela autora em 2000.</i></div>
<div style="box-sizing: border-box; font-size: 15px; margin-bottom: 1rem;">
Conta-se que Napoleão, o vencedor de tantas batalhas, após ter mantido o Papa Pio VII prisioneiro em Fontainebleau por longo tempo, queria tomar a Igreja Católica sob a sua tutela para assim alcançar a hegemonia total na Europa. Com isso em mente, redigiu uma Concordata que entregou ao Secretário de Estado, o cardeal Consalvi. O imperador disse ao cardeal que voltaria no dia seguinte e que queria o documento assinado.</div>
<div style="box-sizing: border-box; font-size: 15px; margin-bottom: 1rem;">
Depois de ler a Concordata, Consalvi informou Sua Santidade de que assinar o documento equivaleria a vender a Igreja ao Imperador da França e, por conseguinte, implorou-lhe que não o assinasse. Quando Napoleão voltou, o cardeal informou-o de que o documento não havia sido assinado. O imperador começou então a usar um dos seus conhecidos estratagemas: a intimidação. Teve uma explosão de raiva e gritou: “Se este documento não for assinado, eu destruirei a Igreja Católica Romana”. Ao que Consalvi calmamente replicou: “Majestade, se os <b>papas, cardeais, bispos e padres não conseguiram destruir a Igreja em dezenove séculos</b>, como Vossa Alteza espera consegui-lo durante os anos da sua vida?”</div>
<div style="box-sizing: border-box; font-size: 15px; margin-bottom: 1rem;">
Tenho um motivo concreto para relatar esse episódio. Consalvi deixa claro que embora existam inumeráveis pecadores no seu seio, também em posições de governo, a Igreja conseguiu subsistir por ser a Esposa Imaculada de Cristo, santa e protegida pelo Espírito Santo. Como disse certa vez Hilaire Belloc, <b>se a Igreja fosse uma instituição puramente humana, não teria sobrevivido aos muitos prelados idiotas e incompetentes que já a lideraram.</b> Por que a Igreja sobrevive e continuará a sobreviver? A resposta é simples. <em style="box-sizing: border-box;">Cristo nunca disse que daria líderes perfeitos à Igreja</em>. Nunca disse que todos os membros da Igreja seriam santos. Judas era um dos Apóstolos, e todos aqueles que traem o Magistério da Esposa de Cristo tornam-se Judas. O que Nosso Senhor disse foi: <em style="box-sizing: border-box;">As portas do inferno não prevalecerão contra ela</em> (Mt 16, 18).</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjunxSX-ppuDixJui8X-CPghW-OwQryjBqqMxHzMxGlGO0iaPwYPCuRhBuDSrZhITLyn9yPXiVfkzm-2-DKB6RNmC2c6ljsTk7YD0m6PeGqWogctsUNj9T5LVYWDx5QljbDV8_d8YRqOfs/s1600/download.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="197" data-original-width="255" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjunxSX-ppuDixJui8X-CPghW-OwQryjBqqMxHzMxGlGO0iaPwYPCuRhBuDSrZhITLyn9yPXiVfkzm-2-DKB6RNmC2c6ljsTk7YD0m6PeGqWogctsUNj9T5LVYWDx5QljbDV8_d8YRqOfs/s1600/download.jpg" /></a></div>
<div style="box-sizing: border-box; font-size: 15px; margin-bottom: 1rem;">
A palavra “Igreja” tem dois sentidos: um sobrenatural e outro sociológico. Para todos os não-católicos e, infelizmente, também para muitos católicos de hoje, a Igreja é uma instituição meramente humana, constituída por pecadores, uma instituição cuja história está carregada de crimes. É preocupante o fato de que o significado sobrenatural da palavra “Igreja” – a saber, a santa e imaculada Esposa de Cristo – seja totalmente desconhecido da esmagadora maioria das pessoas, e até de um alto percentual de católicos cuja formação religiosa foi negligenciada desde o Vaticano II. Por isso, quando o Papa ou algum membro da hierarquia pede perdão pelos pecados dos cristãos no passado, <b>muitas pessoas acabam pensando que a Igreja </b>– a instituição religiosa mais poderosa da terra – <b>está finalmente a admitir as suas culpas e que a sua própria existência foi prejudicial à humanidade.</b></div>
<div style="box-sizing: border-box; font-size: 15px; margin-bottom: 1rem;">
Na realidade,<b> a Esposa de Cristo é a maior vítima dos pecados dos seus filhos;</b> no entanto, é ela que implora a Deus que perdoe os pecados daqueles que pertencem ao seu corpo. É a Santa Igreja que implora a Deus que cure as feridas que <b>esses filhos pecadores infligiram a outros, muitas vezes em nome da mesma Igreja que traíram.</b></div>
<div style="box-sizing: border-box; font-size: 15px; margin-bottom: 1rem;">
Somente Deus pode perdoar os pecados; é por isso que a liturgia católica é rica em orações que invocam o perdão de Deus. As vítimas dos pecados podem (e devem) perdoar o mal que sofreram, mas não podem de forma alguma perdoar o mal moral em si, e, caso se recusem a perdoar, movidas pelo rancor e pelo ódio, Deus, que é infinitamente misericordioso, nunca nega o seu perdão àqueles que o procuram de coração contrito.</div>
<div style="box-sizing: border-box; font-size: 15px; margin-bottom: 1rem;">
<b>A Santa Igreja Católica não pode pecar</b>; mas muitas vezes é a mãe dolorosa de filhos díscolos e desobedientes. Ela dá-lhes os meios de salvação, dá-lhes o pão puro da Verdade. Mas não pode forçá-los a viver os seus santos ensinamentos. Isto aplica-se tanto a papas e bispos como aos demais membros da Igreja. Cristo foi traído por um dos seus Apóstolos e negado por outro. O primeiro enforcou-se; o segundo arrependeu-se e chorou amargamente.</div>
<blockquote class="tr_bq" style="box-sizing: border-box; font-size: 15px; margin-bottom: 1rem;">
A distinção entre os sentidos sobrenatural e sociológico da Igreja deve ser continuamente enfatizada, pois fatalmente causa confusão quando não é explicitada com clareza.</blockquote>
<div style="box-sizing: border-box; font-size: 15px; margin-bottom: 1rem;">
Assim como os judeus que aderem ao ateísmo traem tragicamente o seu título de honra – serem parte do povo escolhido de Deus –, assim os católicos romanos que pisoteiam o ponto central da moralidade – amar a Deus e, por Ele, o próximo –, traem um princípio sagrado da sua fé.</div>
<div style="box-sizing: border-box; font-size: 15px; margin-bottom: 1rem;">
Por outro lado, em nome da justiça e da verdade, é imperioso mencionar que os católicos verdadeiros (aqueles que vivem a fé e enxergam a Santa Igreja com os olhos da fé) sempre ergueram a voz contra os pecados cometidos pelos membros da Igreja. São Bernardo de Claraval condenou em termos duríssimos as perseguições que os judeus sofreram na Alemanha do século XII (cf. Ratisbonne, <em style="box-sizing: border-box;">Vida de São Bernardo</em>). Os missionários católicos no México e no Peru protestavam constantemente contra a brutalidade dos conquistadores, geralmente movidos pela ganância. <b>A Igreja deve ser julgada com base naqueles que vivem os seus ensinamentos, não naqueles que os traem.</b> Recordo-me das palavras com que um amigo meu, judeu muito ortodoxo, lamentava o fato de muitos judeus se tornarem ateus: “Se somente um judeu permanecer fiel, esse judeu é Israel”. O mesmo pode ser dito com relação à Igreja Católica; apenas as pessoas fiéis ao ensinamento de Cristo podem falar em seu nome. Ela deve ser julgada de acordo com a santidade que alguns dos seus membros alcançam, não de acordo com os pecados e crimes de inúmeros cristãos que julgam os seus ensinamentos difíceis de praticar e que por isso traem a Deus na sua vida cotidiana.</div>
<div style="box-sizing: border-box; font-size: 15px; margin-bottom: 1rem;">
Os pecadores, aliás, estão igualmente distribuídos pelo mundo e não são uma triste prerrogativa da religião católica. Se fosse assim, estaria justificada a afirmação de um dos meus alunos judeus em Hunter, feita diante de uma sala lotada: “Teria sido melhor para o mundo que o cristianismo nunca tivesse existido”. A história julgará se o conflito atual entre judeus e muçulmanos é moralmente justificável.</div>
<div style="box-sizing: border-box; font-size: 15px; margin-bottom: 1rem;">
Este modesto comentário foi motivado pelo que disse um rabino à televisão, um dia após o pronunciamento histórico de João Paulo II na Basílica de São Pedro, a 12 de março de 2000, quando o Santo Padre pediu perdão pelos pecados dos cristãos no passado <span style="box-sizing: border-box; font-size: 11.25px; line-height: 0; position: relative; top: -0.5em; vertical-align: baseline;">1</span>. O rabino não apenas achou o pedido de desculpas de Sua Santidade “incompleto” por não mencionar explicitamente o Holocausto (esquecendo-se de mencionar que os <em style="box-sizing: border-box;">católicos eram e são minoria na Alemanha</em>, país basicamente protestante), como também disse que os pecados cometidos pela Igreja foram freqüentemente endossados pelos seus líderes, dando a entender que o anti-semitismo faria parte da própria natureza da Igreja.</div>
<div style="box-sizing: border-box; font-size: 15px; margin-bottom: 1rem;">
-</div>
<div style="box-sizing: border-box; margin-bottom: 1rem;">
<span style="font-size: x-small;">(1) É digno de nota que somente o Papa tenha pedido desculpas pelos pecados cometidos pelos membros da Igreja. Não deveriam fazer o mesmo os hindus, por terem praticamente erradicado o budismo da Índia e forçado os seus membros a fugir para o Tibet, a China e o Japão? Não deveriam os anglicanos pedir desculpas por terem assassinado São Thomas More, São John Fisher e São Edmund Campion, para mencionar apenas três nomes? E quanto ao extermínio de um milhão de armênios pelos turcos em 1914? Ninguém fala a respeito desse “holocausto”; ninguém parece saber dele. E o extermínio de cristãos que acontece agora no Sudão?</span></div>
<div style="box-sizing: border-box; font-size: 15px; margin-bottom: 1rem;">
-</div>
<div style="box-sizing: border-box; font-size: 15px; margin-bottom: 1rem;">
Tal afirmação deixa claro que o rabino não fazia a menor idéia daquilo que os católicos entendem por Esposa Imaculada de Cristo – uma realidade que não pode ser percebida ou compreendida por aqueles que usam os óculos do secularismo. Pergunto-me quando o “mundo” considerará que a Igreja já pediu desculpas suficientes. Por séculos a Igreja tem sido o bode expiatório ideal. O que os seus acusadores fariam se ela deixasse de existir?</div>
<div style="box-sizing: border-box; font-size: 15px; margin-bottom: 1rem;">
Aqueles que a acusam de “silêncio” não estão apenas mal informados, mas pressupõem que eles próprios seriam heróicos se estivessem na mesma situação. Como o Papa Pio XII disse a meu marido numa entrevista privada, quando ainda era Secretário de Estado: “Não se obriga ninguém a ser mártir”. Quantas pessoas se julgam heróicas sem nunca terem sido realmente testadas! Quantos judeus arriscariam a vida para salvar católicos perseguidos? Por que esquecem que milhões de católicos também pereceram nos campos de concentração? Se a Gestapo tivesse apanhado o meu marido, considerado o inimigo número um de Hitler em Viena, tê-lo-ia feito em pedaços. Ele lutava contra o nazismo em nome da Igreja e perdeu tudo porque <em style="box-sizing: border-box;">odiava a iniqüidade</em>. Quantas pessoas fariam o mesmo – não na sua imaginação, mas na realidade?</div>
<div style="box-sizing: border-box; font-size: 15px; margin-bottom: 1rem;">
Também não devemos esquecer que inúmeros católicos foram (e são) perseguidos por causa da sua fé. <em style="box-sizing: border-box;">Mas um verdadeiro católico não espera desculpas dos seus perseguidores.</em> Perdoa os seus perseguidores, quer eles lhe peçam desculpas, quer não. Reza por eles, ama-os em nome dAquele que padeceu e morreu pelos pecados de todos. É sempre lamentável ouvir um católico dizer: “Fulano e beltrano devem-me desculpas”.</div>
<div style="box-sizing: border-box; font-size: 15px; margin-bottom: 1rem;">
Somente a pessoa que enxerga a Santa Igreja Católica (chamada santa cada vez que o Credo é recitado) com os olhos da fé, só essa pessoa compreende com imensa gratidão que a Igreja é a Santa Esposa de Cristo, sem ruga nem mácula, por causa da santidade do seu ensinamento, porque aponta o caminho para a Vida Eterna e porque dispensa os meios da graça, ou seja, os sacramentos.</div>
<div style="box-sizing: border-box; font-size: 15px; margin-bottom: 1rem;">
<b>O pecado é uma realidade medonha e que os pecados cometidos por aqueles que se dizem servos de Deus são especialmente repulsivos. </b>Nunca serão excessivamente lamentados, mas devemos ter presente que, apesar de muitos membros da Igreja serem – infelizmente – cidadãos da Cidade dos Homens e não da Cidade de Deus,<b> a Igreja permanece santa.</b></div>
<div style="box-sizing: border-box; font-size: 15px; margin-bottom: 1rem;">
<span style="box-sizing: border-box; font-weight: bolder;">Fonte: </span><a href="http://www.catholic.net/rcc/Periodicals/Homiletic/2000-06/vonhildebrand.html" style="background-color: transparent; box-sizing: border-box; color: #1177d1; text-decoration-line: none;" target="_blank" title="Clique aqui para ver o artigo no site HomileticPastoral Review">HomileticPastoral Review</a></div>
<div style="box-sizing: border-box; font-size: 15px; margin-bottom: 1rem;">
<span style="box-sizing: border-box; font-weight: bolder;">Tradução: </span>Quadrante</div>
</div>
</div>
Márcio Carvalhohttp://www.blogger.com/profile/04039288739374407300noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1395674093337752544.post-49854077237449884102020-07-17T16:00:00.001-03:002020-07-17T16:00:36.986-03:00Como lucrar indulgência plenária todos os dias<blockquote class="tr_bq">
<span style="background-color: white; font-family: Tahoma, Verdana, Segoe, sans-serif; font-size: 16px;">Indulgência é a remissão, diante de Deus, da pena temporal devida pelos pecados já perdoados quanto à culpa, que o fiel, devidamente disposto e em certas e determinadas condições, alcança por meio da Igreja, a qual, como dispensadora da redenção, distribui e aplica, com autoridade, o tesouro das satisfações de Cristo e dos Santos. (<a href="https://w2.vatican.va/content/paul-vi/pt/apost_constitutions/documents/hf_p-vi_apc_01011967_indulgentiarum-doctrina.html">Indulgentiarum doctrina</a>)</span></blockquote>
<span style="background-color: white; font-family: Tahoma, Verdana, Segoe, sans-serif; font-size: 16px;">É possível lucrar uma indulgência para si próprio ou para uma alma do purgatório. (No dia de Finados, 2 de novembro, as indulgências são aplicadas somente ao fiéis do purgatório)</span><br />
<span style="background-color: white; font-family: Tahoma, Verdana, Segoe, sans-serif; font-size: 16px;"><br /></span>
Para oferecer a indulgência para um defunto basta ter essa intenção e cumprir as exigências. Pode-se fazer uma oração espontânea, mental, para esse oferecimento.<br />
<br />
A Igreja oferece alguns dias especiais para indulgência plenária, mas podemos lucrar indulgência plenária<b> todos os dias do ano</b> (uma por dia). Para isso deve-se cumprir os<b> três requisitos básicos:</b><br />
<br />
<ol>
<li><b>Confissão sacramental* </b>com verdadeira rejeição do pecado, mesmo os veniais;</li>
<li><b>Comunhão </b></li>
<li><b>Oração pelo papa**</b></li>
</ol>
<br />
E uma destas obras indulgenciadas:<br />
<br />
<ul>
<li><b>meia hora de adoração ao Santíssimo Sacramento, </b></li>
<li><b>meia hora de <a href="https://www.cursoscatolicos.com.br/2019/12/minicurso-lectio-divina-leitura-orante.html">leitura orante da bíblia</a></b></li>
<li><b>a via-sacra na Igreja</b></li>
<li><b>ou rezar um terço em família ou na comunidade diante de um oratório de Nossa Senhora.</b></li>
</ul>
<br />
(cf. <a href="https://www.presbiteros.org.br/storage/2011/12/Manual-de-Indulg%C3%AAncias.pdf">Manual de Indulgências</a>)<br />
<br />
<span style="background-color: white; font-family: Tahoma, Verdana, Segoe, sans-serif; font-size: 16px;">* Com uma só confissão sacramental podem adquirir-se várias indulgências plenárias, mas para cada indulgência plenária é necessária uma Comunhão e as orações nas intenções do Sumo Pontífice.</span><br />
<span style="background-color: white; font-family: Tahoma, Verdana, Segoe, sans-serif; font-size: 16px;">**</span><span style="background-color: white; font-family: Tahoma, Verdana, Segoe, sans-serif; font-size: 14.6667px;">A condição da oração nas intenções do Sumo Pontífice pode ser plenamente cumprida recitando em suas intenções um Pai-nosso e Ave-Maria; mas é facultado a todos os fiéis recitarem qualquer outra oração conforme sua piedade e devoção para com o Pontífice Romano.</span><br />
<span style="background-color: white; font-family: Tahoma, Verdana, Segoe, sans-serif; font-size: 14.6667px;"><br /></span>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://www.cursoscatolicos.com.br/2019/12/minicurso-lectio-divina-leitura-orante.html" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="256" data-original-width="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhfEjJ_AX8q3wCCU2OXhEyFTle75oNOwSixBzY1lOH7aebkIp0pUJU6E3KWNzG7gfrAtoQwo5jeo8wPmdXPOzVg47Mp2ifgV4LZTU8dzjNOlxaFNuAiKBuJK6PVdTTaVKvWuU9qK8cCA6uL/s320/Green+Red+Christmas+Holiday+Photo+Collage.jpg" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Minicurso gratuito Leitura orante da Bíblia</td></tr>
</tbody></table>
<span style="background-color: white; font-family: Tahoma, Verdana, Segoe, sans-serif; font-size: 14.6667px;"><br /></span>Márcio Carvalhohttp://www.blogger.com/profile/04039288739374407300noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1395674093337752544.post-24063827385212121232020-05-14T17:55:00.000-03:002020-05-14T17:55:06.985-03:00Tu me amas? Alimenta, cuida, cordeiros, ovelhas (Jo 21,15-18)<div>
O conhecido episódio de Jo 21,15-18 que narra a tríplice pergunta de Jesus a Simão Pedro esconde, no original grego, algumas particularidades de difícil tradução.</div>
<div>
<br /></div>
<div>
Todos se lembram do diálogo assim resumido: </div>
– Pedro, tu me amas?<br />
<div>
– Amo.<br />
– Apascenta minhas ovelhas.<br />
(Três vezes.)</div>
<div>
<br /></div>
<div>
Mas não é assim. </div>
<div>
Vejamos o texto na tradução da CNBB, que neste trecho é bastante próximo do original que veremos adiante.<br />
<br />
<br />
<div>
<div>
<table border="0" cellpadding="3" cellspacing="0" style="color: black; font-family: Verdana, Arial, Helvetica; font-size: 11px;"><tbody>
<tr><td class="numvers3" style="background-color: white; color: blue; font-size: 9px;"><a href="http://www.pr.gonet.biz/biblia-homol.php?livro=49&cap=21&ver=15&test=1" style="color: red;" target="_blank" title="Tem homilia">15</a></td><td class="linhaA" style="background-color: #f1f4ff; font-family: Arial; font-size: 12px; line-height: 20px; width: 776px;">O PASTOREIO DE PEDRO<br />
Depois de comerem, Jesus perguntou a Simão Pedro: “Simão, filho de João, tu me <b>amas </b>mais do que estes?” Pedro respondeu: “Sim, Senhor, tu sabes que te <b>amo</b>”. Jesus lhe disse: “<b>Cuida </b>dos meus <b>cordeiros</b>”.</td></tr>
<tr><td class="numvers3" style="background-color: white; color: blue; font-size: 9px;"><a href="http://www.pr.gonet.biz/biblia-homol.php?livro=49&cap=21&ver=16&test=1" style="color: red;" target="_blank" title="Tem homilia">16</a></td><td class="linhaB" style="background-color: white; font-family: Arial; font-size: 12px; line-height: 20px; width: 776px;">E disse-lhe, pela segunda vez: “Simão, filho de João, tu me <b>amas</b>?”. Pedro respondeu: “Sim, Senhor, tu sabes que te <b>amo</b>”. Jesus lhe disse: “<b>Apascenta </b>minhas <b>ovelhas</b>”.</td></tr>
<tr><td class="numvers3" style="background-color: white; color: blue; font-size: 9px;"><a href="http://www.pr.gonet.biz/biblia-homol.php?livro=49&cap=21&ver=17&test=1" style="color: red;" target="_blank" title="Tem homilia">17</a></td><td class="linhaA" style="background-color: #f1f4ff; font-family: Arial; font-size: 12px; line-height: 20px; width: 776px;">Pela terceira vez, perguntou a Pedro: “Simão, filho de João, tu me <b>amas</b>?” Pedro ficou triste, porque lhe perguntou pela terceira vez se o amava. E respondeu: “Senhor, tu sabes tudo; tu sabes que te <b>amo</b>”. Jesus disse-lhe: “<b>Cuida </b>das minhas <b>ovelhas</b>.</td></tr>
</tbody></table>
</div>
</div>
</div>
<div>
<br />
Perceba que a pergunta de Jesus repete, nas três vezes, o verbo <b>amar</b>. Pedro também responde igualmente com o mesmo verbo.</div>
<div>
Já na réplica de Jesus aparecem diferenças: <b>cuida</b>, apascenta, <b>cuida </b>/ <b>cordeiros</b>, ovelhas, ovelhas.</div>
<div>
<br /></div>
<div>
Algumas traduções nem isso trazem.</div>
<div>
Vejamos, na imagem, o original grego com as diferentes palavras utilizadas e uma tentativa de tradução:</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgTupQFTlyjNkbuZySySuSFfTqA3dbjRGyaTO7CDBAeL5zHS36uaZeubBlfspYacyhwA3J0NbU5MW6Yw1kenGbIfi54uD924fOe-quQBTcQj0DJDjOGFsiZFcQb2M_l253KSIUJsZO2TUU/s1600/Jo+21%252C15-18.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="Texto grego de Jo 21,15-18 com tradução dos termos" border="0" data-original-height="720" data-original-width="960" height="480" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgTupQFTlyjNkbuZySySuSFfTqA3dbjRGyaTO7CDBAeL5zHS36uaZeubBlfspYacyhwA3J0NbU5MW6Yw1kenGbIfi54uD924fOe-quQBTcQj0DJDjOGFsiZFcQb2M_l253KSIUJsZO2TUU/s640/Jo+21%252C15-18.png" width="640" /></a></div>
<div>
<br /></div>
<div>
A questão é: <b>Por que palavras diferentes nas três repetições? O que Jesus ou o evangelista quiseram dizer?</b></div>
<div>
<br /></div>
<div>
Na parte da pergunta de Jesus e da resposta de Pedro o sentido é bastante claro: Jesus pergunta se Simão Pedro O ama com amor <i>agape</i>, a forma mais desinteressada de amor. Pedro responde que ama com amor <i>philia</i>, amizade. Na terceira vez, Jesus muda a pergunta, fazendo soar algo como: <b>"Simão, tens realmente amizade para comigo?"</b>. Então, Pedro se entristece, não porque Jesus perguntou três vezes (como parece, à primeira vista), mas porque se deu conta de que ainda não amava o Senhor suficientemente. </div>
<div>
<br /></div>
<div>
Quanto à ordem ou missão que Jesus dá a Pedro, na réplica, o sentido de se usar palavras diferentes não é muito claro, tanto que muitos biblistas afirmam que é mais uma questão de estilo do que teológica. Vale lembrar também que todo esse capítulo 21 de São João é tratado como epílogo, obra de um editor posterior (mas muito antigo, pois consta em todos os manuscritos).</div>
<div>
<br /></div>
<div>
Contudo nos parece possível fazer a seguinte reflexão.</div>
<div>
Na primeira pergunta Jesus dá uma missão muito próxima, íntima, específica: alimentar cordeiros. Seria cuidar dos mais próximos.</div>
<div>
Na segunda, já que Pedro não afirma ter uma grande amor, Jesus generaliza a missão: cuidar (menos específico que alimentar) de um rebanho (maior).</div>
<div>
Na terceira, com Pedro consciente da sua limitação, agora plenamente reabilitado da sua tríplice negação (na prisão de Jesus), Jesus manda cuidar de um modo especial (alimentar) de todo o rebanho, não só os mais próximos.</div>
<div>
<br /></div>
<div>
Este episódio parece reforçar a missão especial de São Pedro de ser pastor universal, num nível diferente dos demais apóstolos. O amor a Jesus será medido pelo amor ao seu rebanho.</div>
<div>
<br /></div>
<blockquote class="tr_bq">
Apascentar as ovelhas é confirmar os crentes em Cristo para que não se apartem da fé, socorrer suas necessidades, resistir aos contrários e corrigir aos súditos desgarrados. (comentário de Alcuíno na <a href="https://www.amazon.com.br/s?k=catena+aurea&camp=1789&creative=9325&linkCode=ur2&linkId=ca5f3ef0c5efee6959fdaf492c8e68e4&tag=martyedito-20&ref=as_li_qf_sp_sr_tl">Catena Aurea </a>de S. Tomás de Aquino)</blockquote>
<div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://www.cursoscatolicos.com.br/"><img border="0" data-original-height="61" data-original-width="180" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEihnI5U8nj_7XfTX0-yYMjvFpPe9M2tMEa4ja6YSSd0O1WhonpRPVDSRSf7MsO5hd7hOsFzynMXLxlm6_uM4rOs8OaQUQ_UcIf889nLVjwdvG1Lokq48CT84HANW2smhELyB6cg1kYGeE4/s1600/180x60.jpg" /></a></div>
<br /></div>
Márcio Carvalhohttp://www.blogger.com/profile/04039288739374407300noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1395674093337752544.post-67721548917021071642020-03-18T22:26:00.003-03:002020-03-18T22:26:51.281-03:00Celebração da Palavra: o que não fazer<br />
<br /><br />Recomendações (normas) do <a href="https://sites.google.com/site/sagradaliturgia/diretorio-para-celebracoes-dominicais-na-ausencia-do-presbitero">Diretório para celebrações dominicais na ausência do presbítero</a>, (DCDAP) da Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos. Os grifos e o que está entre colchetes são nossos; entre chaves são orientações do <a href="https://www.veritatis.com.br/celebracoes-dominicais-na-ausencia-do-presbitero/">Diretório de Évora</a>, Portugal, um dos melhores que encontramos.<br /><br /><br /><h4>
<a href="https://www.cursoscatolicos.com.br/2012/03/curso-passos-para-uma-reforma-liturgica.html" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img alt=" Curso liturgia" border="0" data-original-height="720" data-original-width="960" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhr28QgNcM_cjTNUiUFTUrVuCrUWfNzWARhN4586KFuMyg5yOi7Okea1m4ZDvziF2Ha5kzHk_tU2mUV13wiuGq0a453nutorq2j1HPqUeP_pq38pxC3Fkl3jdL_ZxV2WfWJC4qKGbsLXq8/s320/reformalit%25C3%25BArgica.jpg" width="320" /></a>[A celebração da Palavra é para casos extraordinários]</h4>
<blockquote class="tr_bq">
18. Quando em alguns lugares não for possível celebrar a Missa no domingo, <b>veja-se primeiro se os fiéis não podem deslocar-se à igreja dum lugar mais próximo</b> e participar aí na celebração do mistério eucarístico.<br />21. É necessário que os fiéis percebam com clareza que <b>tais celebrações têm caráter supletivo</b>, e não venham a considerá-las como a melhor solução das novas dificuldades ou concessão feita à comodidade.</blockquote>
<h4>
[A celebração da Palavra não se iguala à Missa]</h4>
<div>
22. Evite-se com cuidado qualquer confusão entre as reuniões deste gênero e a celebração eucarística. Tais reuniões não devem diminuir mas<b> aumentar nos fiéis o desejo de participar na celebração eucarística [Missa] </b>e devem torná-los mais diligentes em frequentá-la.</div>
<br />23. Compreendam os fiéis que<b> não é possível a celebração do sacrifício eucarístico sem o sacerdote</b> e que a comunhão eucarística, que eles podem receber em tais reuniões, está intimamente unida ao sacrifício da Missa. Partindo daqui pode mostrar-se aos fiéis quão necessário é orar "para que se multipliquem os dispensadores dos mistérios de Deus, e sejam perseverantes no seu amor".<div>
<br /></div>
<div>
[A direção ("presidência") dessas celebrações cabe, em ordem de preferência:</div>
<div>
<ol>
<li>Diácono;</li>
<li>Acólitos e Leitores instituídos (pelo bispo; geralmente seminaristas pouco antes da ordenação);</li>
<li>Outros leigos devidamente preparados e delegados pelo bispo ou pároco.</li>
</ol>
<div>
cf. 29-30 do DCDAP]</div>
</div>
<div>
<br /></div>
31. Os leigos designados devem considerar o múnus que lhes foi confiado <b>não tanto como uma honra, mas principalmente como um encargo</b>, e em primeiro lugar como um serviço em favor dos irmãos, sob a autoridade do pároco.<h3>
Como fazer</h3>
<div>
41. A Conferência Episcopal, ou o próprio bispo, tendo em conta as circunstâncias de lugar e de pessoas, <b>pode determinar</b> melhor a própria celebração, com <b>subsídios </b>preparados pela comissão nacional ou diocesana de Liturgia. Todavia <b>este esquema de celebração [do </b>DCDAP<b>] não se deve modificar sem necessidade</b>. [Por isso, verifique em sua diocese se há um Diretório próprio ou subsídio que deve ser seguido. As orientações a seguir, do DCDAP, servem para todos. A CNBB fez em 1994 um subsídio com orientações - não são determinações ou normas - que dão uma liberdade de adaptação absurda: motivo este que não vamos segui-lo. Queremos orientar, não desorientar!]</div>
<div>
<br /></div>
39. O <b>leigo </b>que orienta a reunião <b>comporta-se como um entre iguais</b>, como sucede na Liturgia das Horas, quando o ministro é leigo ("O Senhor nos abençoe... ", "Bendigamos ao Senhor... "). <b>Não deve usar as palavras que pertencem ao presbítero ou ao diácono</b>, e <b>deve omitir aqueles ritos, que de modo mais direto lembram a Missa</b>, por exemplo: as <b>saudações [TODOS OS DIÁLOGOS]</b>, sobretudo "O Senhor esteja convosco" [NÃO É SÓ TROCAR POR "CONOSCO", É PARA OMITIR] e a forma de despedida ["IDE EM PAZ": faça como na Liturgia das horas: "Bendigamos ao Senhor" ou outra fórmula de louvor ou súplica; pode dizer “O Senhor nos abençoe” e fará o sinal da cruz sobre si próprio e não sobre a assembleia], que fariam parecer o moderador leigo como um ministro sagrado.<div>
<br /></div>
<div>
40. Deve usar uma veste que não desdiga do ofício que desempenha [ROUPA COMUM, MAS DIGNA], ou vestir aquela que o bispo eventualmente tenha estabelecido.<br /><b>Não deve utilizar a cadeira presidencial</b>, mas prepare-se antes uma<b> outra cadeira </b><u style="font-weight: bold;">fora do presbitério. </u>[TODA CELEBRAÇÃO É FORA DO PRESBITÉRIO (lugar de presbíteros!) - o leigo moderador e os leitores são<i> um entre iguais</i> - E SÓ SOBEM AO AMBÃO PARA AS LEITURAS]<br />O <b>altar</b>, que é a mesa do sacrifício e do convívio pascal, <b>deve servir apenas para sobre ele colocar o pão consagrado </b>antes da distribuição da Eucaristia.</div>
<div>
<br /></div>
{A cadeira presidencial da igreja ou capela permanecerá no seu lugar habitual, como símbolo da ausência do pároco.}<div>
<br /><h4>
[Ritos iniciais]</h4>
</div>
33. Tenha-se sobretudo presente a possibilidade de celebrar alguma parte da Liturgia das Horas, por exemplo Laudes matutinas ou Vésperas, nas quais podem inserir-se as leituras do domingo.<br />[ou:]<div>
<br /></div>
<div>
{A celebração abre com um cântico, que deve ser escolhido de harmonia com o dia, o tempo litúrgico e o momento a que se destina.}<div>
<b>[Inicia-se com o sinal da cruz].</b> {Para a saudação, pela qual se estabelece o primeiro contacto entre o orientador e a assembleia, propõem-se duas formas: um convite a bendizer o Senhor, ou uma aclamação em honra de Cristo.} [p. ex.: Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo!]</div>
<div>
42. Em aviso inicial, ou noutro momento da celebração, o moderador <b>recorde a comunidade com a qual, naquele domingo, o pároco celebra a Eucaristia </b>e exorte os fiéis a <b>unirem-se a ela em espírito</b>.</div>
<div>
<br /></div>
<div>
{<span style="background-color: white; color: #555555; font-family: "Open Sans", sans-serif; font-size: 15px;">Com o Acto Penitencial, a assembleia predispõe-se e purifica-se para ser acolhida pelo Senhor que lhe vai fazer ouvir a sua Palavra e oferecer-lhe a graça de participar na Comunhão eucarística.</span>} [Pode-se utilizar uma das fórmulas do Missal SEM ABSOLVIÇÃO ou um salmo ou cântico]</div>
<div>
[Pode-se fazer a Oração coleta do Missal, desde que não se refira ao sacrifício da Missa. <b>O leigo não deve fazer gestos de sacerdote como abrir ou elevar os braços</b>. Mãos postas ou ao peito.]</div>
<div>
<div>
<h4>
[Liturgia da Palavra]</h4>
</div>
</div>
{Na Liturgia da Palavra Deus fala ao seu povo, manifestando-lhe o mistério da salvação, e o povo responde a Deus mediante as aclamações, a Profissão de Fé e a Oração Universal ou dos Fiéis.}<div>
<div>
[O leitor sobe ao ambão e inicia a primeira leitura. Como na missa, não precisa dizer "primeira leitura" nem ler comentários; basta iniciar a proclamação: "Leitura do livro..."</div>
<div>
O mesmo com o Salmo e segunda leitura, se houver. Convém fazer silêncio entre as leituras, breve, o tempo de sair um leitor e entrar o outro.</div>
<div>
O Evangelho pode ser proclamado por qualquer leitor, não necessariamente o dirigente. O LEIGO NÃO FAZ O DIÁLOGO inicial, somente "Proclamação do Evangelho..." e faz o sinal da cruz SOMENTE SOBRE SI, não no livro].</div>
<div>
<br /></div>
43. Como <b>a homilia é reservada ao sacerdote ou ao diácono</b>, é para desejar que o pároco entregue a homilia por ele antecipadamente preparada ao moderador do grupo, para que a <b>leia</b>. [O bispo ou pároco pode permitir que o leigo faça qualquer reflexão, <b>mas deve-se evitar</b>, para não confundir com o papel da homilia ou fazer com que, às vezes, o povo prefira a "homilia" de tal o tal leigo que a do padre!]</div>
<div>
<br /></div>
<div>
[No domingo reza-se o Credo]</div>
<div>
<br /></div>
44. A oração universal [oração dos fiéis ou da comunidade] faça-se de acordo com a série das intenções estabelecidas. [Há preces próprias para o dia na Liturgia das horas]. Não se omitam as intenções por toda a diocese, eventualmente propostas pelo bispo. De igual modo, proponha-se com freqüência a intenção pelas vocações às Ordens sacras, pelo bispo e pelo pároco.<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://www.cursoscatolicos.com.br/"><img alt=" Cursos Católicos" border="0" data-original-height="250" data-original-width="970" height="82" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhuQMFXDau3RBAsaCWpRev7n7bez0gRaOgjdQY5VaMzAtcai8sE6OolixbNLvUWgPirohIbE7idU_-vRqxzUl7oXE6yHL0OuGGDkMeacAZly40FWqynMIrb_zK2b-ViiRPUKCpRqVo2Cn0/s320/970x250.GIF" width="320" /></a></div>
<div>
<div>
<h4>
[Ação de graças]</h4>
</div>
</div>
<div>
[Esta parte da celebração pode ser feita antes da Comunhão, logo após as preces, ou depois da Comunhão. Ou pode-se adaptar parte antes e parte depois. Há aqui certa liberdade.]</div>
<br />[Modo 1, antes da comunhão]: 45. Antes da oração do Pai-Nosso [logo após as preces], o moderador [ou ministro extraordinário designado] aproxima-se do sacrário ou do lugar onde se encontra a Eucaristia e, feita a genuflexão, depõe a píxide com a sagrada Eucaristia sobre o altar; depois, ajoelhado diante do altar, juntamente com os fiéis, canta o hino, o salmo ou a prece litânica [ladainha], que, neste caso, é dirigida a Cristo presente na santíssima Eucaristia.<br /><br />No entanto, <b>esta ação de graças não deve ter, de modo nenhum, a forma duma oração eucarística. </b><u><b>Não se utilizem os textos do prefácio e da oração eucarística</b></u> propostos no Missal Romano, e evite-se todo o perigo de confusão.<div>
<br /></div>
<div>
[Reza-se o Pai nosso, <b>sem o embolismo </b>(livrai de todos os males, ó Pai... Senhor Jesus Cristo que dissestes...). Pode-se fazer o rito da paz, sem a saudação. Não há fração do Pão (Cordeiro de Deus...).</div>
<div>
<br /></div>
<div>
[Modo 2]: Se não há Comunhão, logo após as preces reza-se o Pai nosso e pode-se cantar um hino de louvor (mesmo o Glória a Deus nas alturas), salmo ou hino da Liturgia das horas (Magnificat, etc) ou outro canto que não seja eucarístico.]</div>
<div>
<br /></div>
<div>
<h4>
[Comunhão]</h4>
</div>
<div>
[Prossegue-se a distribuição da Comunhão, acompanhado de canto, se houver. Não se faz apresentação da Hóstia ("Eis o Cordeiro"). Após a Comunhão, faz-se alguns momentos de silêncio e pode-se fazer a ação de graças conforme o modo 2 acima.]</div>
<div>
<br /></div>
<h4>
[Ritos de conclusão]</h4>
<div>
[Após o avisos, se houver, ]{A celebração encerra-se com invocação da bênção de Deus e despedida}[NÃO DIZER, se for leigo, "IDE EM PAZ": faça como na Liturgia das horas: "Bendigamos ao Senhor" ou outra fórmula de louvor ou súplica; pode dizer “O Senhor nos abençoe” e fazer o sinal da cruz sobre si próprio e nunca sobre a assembleia]</div>
<div>
<br /></div>
<div>
<br /></div>
Márcio Carvalhohttp://www.blogger.com/profile/04039288739374407300noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1395674093337752544.post-20178795810754768092020-03-18T00:51:00.001-03:002021-11-08T14:10:44.602-03:00Rosário/Terço em latim completo, textos, áudio e vídeo<span style="font-size: large;"><a href="https://drive.google.com/file/d/1YgIV-O3mk8v3kNpzBDBhHrzurzfyzm0M/view?usp=sharing">Baixe aqui o pdf </a>contendo todas as orações e meditações do Rosário em latim/português.</span><br />
<br />
Conteúdo do pdf:<br />
<br />
ROSARIUM BEATAE MARIAE VIRGINIS CORONA (Coroa de rosas da Santíssima Virgem Maria)<br />
Signum Crucis - Sinal da Cruz<br />
Ad Crucem: Credo<br />
Ad grana maiora: Pater noster<br />
Ad grana minora: Ave Maria<br />
Ad finem decadum (No fim de cada dezena): Doxologia Minor: Gloria<br />
Oratio Fatimae: O mi Iesu<br />
MEDITATIONES ROSARII<br />
Mysteria Gaudiosa, Luminosa, Dolorosa, Gloriosa (Com duas formas de dizer o mistério)<br />
Orationes ad Finem Rosarii Dicendæ (Orações ditas no fim do Rosário): Salve Regina e oração final.<br />
<br />
<b>Como rezar?</b> Basta seguir a estrutura do texto acima. Para aprender a pronúncia do latim eclesiástico, acompanhe com o áudio mp3 abaixo ou o vídeo (que contém legenda). A pronúncia está bem clara para os iniciantes. Quando adquirir fluência e decorar as orações, poderá acelerar ou acompanhar com o áudio do Papa (no modo romano de se recitar, não se reza o Credo nem as ave-marias no início; nós, porém, devemos rezar o Credo no início).<br />
<h3>
Áudios (MP3) e vídeos:</h3>
Credo - Pater noster - 3 Ave Marias - Glória (<a href="https://drive.google.com/file/d/1RHWHsefsd5egSB1sz5oJaSvBCUeO0Pxn/view?usp=sharing">áudio MP3</a> / <a href="https://youtu.be/Al1L0bNRttY">vídeo com legendas</a>)<br />
<br />
<b>Mistérios Gozosos </b>(<a href="https://drive.google.com/file/d/1gSzWX3718m0374phmhpjWyZBrpop2vDU/view?usp=sharing">áudio MP3 </a>/ <a href="https://youtu.be/f1yqftnrG2M">vídeo com legendas</a> / <a href="https://www.youtube.com/watch?v=vFwKQ64B0fU">áudio youtube com o Papa Bento XVI</a>)<br />
<br />
<b>Mistérios Luminosos</b> (<a href="https://drive.google.com/file/d/1qWmm3nfFFzJCUEZo8PrrTIHcrGb_q-GW/view?usp=sharing">áudio MP3 </a>/ <a href="https://youtu.be/lvekdeg0wGI">vídeo com legendas</a> / <a href="https://www.youtube.com/watch?v=VwFZcmmzPuk">áudio youtube com o Papa Bento XVI</a>)<br />
<br />
<b>Mistérios Dolorosos</b> (<a href="https://drive.google.com/file/d/1FwqE9MM0NklMv8aE-0JWMA0EWOgZwYaJ/view?usp=sharing">áudio MP3</a> / <a href="https://youtu.be/LTtcaEJriMc">vídeo com legendas</a> / <a href="https://www.youtube.com/watch?v=uK0afhebFg4">áudio youtube com o Papa Bento XVI</a>)<br />
<br />
<b>Mistérios Gloriosos</b> (<a href="https://drive.google.com/file/d/12QOt_F2mZXAIighv2N818lGFq99HMHjx/view?usp=sharing">áudio MP3 </a>/ <a href="https://youtu.be/l-pvCu-yxJc">vídeo com legendas</a> / <a href="https://www.youtube.com/watch?v=7Yq0nw1Gvgo">áudio youtube com o Papa Bento XVI</a>)<br />
<br />
<b><br /></b>
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<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<img border="0" data-original-height="985" data-original-width="1600" height="196" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgaK6jWTULxGkT7gIrTpqLbaEae2Nz18XSYMnYmlIcpXoRjF202rP6C1z5dY2XhPrsyjFJUZSuuHDLdh2YTKHKi7yVM4ZUUtEuRSEEDP9QUEAN3H0eXKhSr5w7P37iGDsChrsYRrvRpcgk/s320/0202-terco-onix-mm-folheado-em-ouro-negro.jpg" width="320" /></div>
<br />Márcio Carvalhohttp://www.blogger.com/profile/04039288739374407300noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1395674093337752544.post-50621660493921715782020-02-12T09:31:00.000-03:002020-02-12T09:31:35.757-03:00Resumo da Exortação "Querida Amazônia", do Papa Francisco.<div class="MsoNormal">
<span style="background: white; font-family: Tahoma, sans-serif; font-size: 22pt; line-height: 33.7333px;">Todo o texto a seguir é cópia de trechos da Exortação pós-sinodal </span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://www.vatican.va/content/francesco/pt/apost_exhortations/documents/papa-francesco_esortazione-ap_20200202_querida-amazonia.html"><img alt="Querida Amazônia" border="0" data-original-height="200" data-original-width="580" height="110" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjt5XeRikYYSTNO9fcQdgoZHMNp0JGfQVS9CFkq1AtEnKdOJErWLn2slvPufpG_YipTY6yScshAeHo_jOVy6cL3BNsUDBDiK25_eK8IMeMkRv2mGcrT8WX3ttYg-uYKiu-GPtKPgoMumF4/s320/bollino-querida-amazonia-2%255B1%255D.jpg" title="Querida Amazônia" width="320" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
do Papa Francisco, datada de 2 de fevereiro de 2020, publicada em 12 de fevereiro.</div>
<div class="MsoNormal">
<span style="background: white; font-family: Tahoma, sans-serif; font-size: 22pt; line-height: 33.7333px;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="background: white; font-family: Tahoma, sans-serif; font-size: 22pt; line-height: 33.7333px;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="background: white; font-family: Tahoma, sans-serif; font-size: 22pt; line-height: 33.7333px;">Com esta Exortação, quero expressar as ressonâncias que provocou em mim este percurso de diálogo e discernimento. Aqui, não vou desenvolver todas as questões amplamente tratadas no Documento conclusivo; não pretendo substitui-lo nem repeti-lo.</span><o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="background: white; font-family: Tahoma, sans-serif; font-size: 22pt; line-height: 33.7333px;">Nesta Exortação, preferi não citar o Documento, convidando a lê-lo integralmente.</span><o:p></o:p></div>
<div style="background: white;">
<span style="font-family: Tahoma, sans-serif; font-size: 22pt;">7. <i>Sonho com uma Amazónia que lute pelos direitos dos mais pobres, dos povos nativos, dos últimos, de modo que a sua voz seja ouvida e sua dignidade promovida.</i><o:p></o:p></span></div>
<div style="background: white;">
<i><span style="font-family: Tahoma, sans-serif; font-size: 22pt;">Sonho com uma Amazónia que preserve a riqueza cultural que a carateriza e na qual brilha de maneira tão variada a beleza humana.</span></i><span style="font-family: Tahoma, sans-serif; font-size: 22pt;"><o:p></o:p></span></div>
<div style="background: white;">
<i><span style="font-family: Tahoma, sans-serif; font-size: 22pt;">Sonho com uma Amazónia que guarde zelosamente a sedutora beleza natural que a adorna, a vida transbordante que enche os seus rios e as suas florestas.</span></i><span style="font-family: Tahoma, sans-serif; font-size: 22pt;"><o:p></o:p></span></div>
<div style="background: white;">
<i><span style="font-family: Tahoma, sans-serif; font-size: 22pt;">Sonho com comunidades cristãs capazes de se devotar e encarnar de tal modo na Amazónia, que deem à Igreja rostos novos com traços amazónicos.</span></i><span style="font-family: Tahoma, sans-serif; font-size: 22pt;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<a href="https://www.blogger.com/null" name="Capítulo_I"><b><span style="background: white; font-family: Tahoma, sans-serif; font-size: 22pt; line-height: 33.7333px;">Capítulo I</span></b></a><span style="font-family: Tahoma, sans-serif; font-size: 22pt; line-height: 33.7333px;"><br style="text-align: -webkit-center;" /><b style="text-align: -webkit-center;"><span style="background: white;">UM SONHO SOCIAL<o:p></o:p></span></b></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="background: white; font-family: Tahoma, sans-serif; font-size: 22pt; line-height: 33.7333px;">8. O nosso é o sonho duma Amazónia que integre e promova todos os seus habitantes, para poderem consolidar o «bem viver». Mas impõe-se um grito profético e um árduo empenho em prol dos mais pobres. Pois, apesar do desastre ecológico que a Amazónia está a enfrentar, deve-se notar que «uma verdadeira abordagem ecológica sempre se torna uma abordagem social, que deve integrar a justiça nos debates sobre o meio ambiente, para ouvir tanto o clamor da terra como o clamor dos pobres»</span><a href="https://www.blogger.com/null" name="_ftnref1"></a><a href="http://www.vatican.va/content/francesco/pt/apost_exhortations/documents/papa-francesco_esortazione-ap_20200202_querida-amazonia.html#_ftn1" title=""><span style="background: white; color: black; font-family: Tahoma, sans-serif; font-size: 22pt; line-height: 33.7333px;">[1]</span></a><span style="background: white; font-family: Tahoma, sans-serif; font-size: 22pt; line-height: 33.7333px;">. Não serve um conservacionismo «que se preocupa com o bioma, porém ignora os povos amazónicos»</span><a href="https://www.blogger.com/null" name="_ftnref2"></a><a href="http://www.vatican.va/content/francesco/pt/apost_exhortations/documents/papa-francesco_esortazione-ap_20200202_querida-amazonia.html#_ftn2" title=""><span style="background: white; color: black; font-family: Tahoma, sans-serif; font-size: 22pt; line-height: 33.7333px;">[2]</span></a><span style="background: white; font-family: Tahoma, sans-serif; font-size: 22pt; line-height: 33.7333px;">.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="background: white; font-family: Tahoma, sans-serif; font-size: 22pt; line-height: 33.7333px;">14. Às operações económicas, nacionais ou internacionais, que danificam a Amazónia e não respeitam o direito dos povos nativos ao território e sua demarcação, à autodeterminação e ao consentimento prévio, há que rotulá-las com o nome devido: </span><i>injustiça e crime</i>. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<a href="https://www.blogger.com/null" name="Capítulo_II"><b><span style="background: white; font-family: Tahoma, sans-serif; font-size: 22pt; line-height: 33.7333px;">Capítulo II</span></b></a><b><span style="background: white; font-family: Tahoma, sans-serif; font-size: 22pt; line-height: 33.7333px;"><br />UM SONHO CULTURAL<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="background: white; font-family: Tahoma, sans-serif; font-size: 22pt; line-height: 33.7333px;">28. O objetivo é promover a Amazónia; isto, porém, não implica colonizá-la culturalmente, mas fazer de modo que ela própria tire fora o melhor de si mesma. Tal é o sentido da melhor obra educativa: cultivar sem desenraizar, fazer crescer sem enfraquecer a identidade, promover sem invadir. </span><o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="background: white; font-family: Tahoma, sans-serif; font-size: 22pt; line-height: 33.7333px;">37. Por isso, não é minha intenção propor um indigenismo completamente fechado, a-histórico, estático, que se negue a toda e qualquer forma de mestiçagem. Uma cultura pode tornar-se estéril, quando «se fecha em si própria e procura perpetuar formas antiquadas de vida, recusando qualquer mudança e confronto com a verdade do homem»</span><o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<a href="https://www.blogger.com/null" name="Capítulo_III"><b><span style="background: white; font-family: Tahoma, sans-serif; font-size: 22pt; line-height: 33.7333px;">Capítulo III</span></b></a><b><span style="background: white; font-family: Tahoma, sans-serif; font-size: 22pt; line-height: 33.7333px;"><br />UM SONHO ECOLÓGICO<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="background: white; font-family: Tahoma, sans-serif; font-size: 22pt; line-height: 33.7333px;">Na Amazónia, compreendem-se melhor as palavras de Bento XVI, quando dizia que, «ao lado da ecologia da natureza, existe uma ecologia que podemos designar “humana”, a qual, por sua vez, requer uma “ecologia social”. E isto requer que a humanidade (…) tome consciência cada vez mais das ligações existentes entre a ecologia natural, ou seja, o respeito pela natureza, e a ecologia humana»</span><a href="https://www.blogger.com/null" name="_ftnref47"></a><a href="http://www.vatican.va/content/francesco/pt/apost_exhortations/documents/papa-francesco_esortazione-ap_20200202_querida-amazonia.html#_ftn47" title=""><span style="background: white; color: black; font-family: Tahoma, sans-serif; font-size: 22pt; line-height: 33.7333px;">[47]</span></a><span style="background: white; font-family: Tahoma, sans-serif; font-size: 22pt; line-height: 33.7333px;">. Esta insistência em que «tudo está interligado»</span><a href="https://www.blogger.com/null" name="_ftnref48"></a><a href="http://www.vatican.va/content/francesco/pt/apost_exhortations/documents/papa-francesco_esortazione-ap_20200202_querida-amazonia.html#_ftn48" title=""><span style="background: white; color: black; font-family: Tahoma, sans-serif; font-size: 22pt; line-height: 33.7333px;">[48]</span></a><span style="background: white; font-family: Tahoma, sans-serif; font-size: 22pt; line-height: 33.7333px;"> vale especialmente para um território como a Amazónia.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="background: white; font-family: Tahoma, sans-serif; font-size: 22pt; line-height: 33.7333px;">51. Para cuidar da Amazónia, é bom conjugar a sabedoria ancestral com os conhecimentos técnicos contemporâneos, mas procurando sempre intervir no território de forma sustentável, preservando ao mesmo tempo o estilo de vida e os sistemas de valores dos habitantes</span><a href="https://www.blogger.com/null" name="_ftnref66"></a><a href="http://www.vatican.va/content/francesco/pt/apost_exhortations/documents/papa-francesco_esortazione-ap_20200202_querida-amazonia.html#_ftn66" title=""><span style="background: white; color: black; font-family: Tahoma, sans-serif; font-size: 22pt; line-height: 33.7333px;">[66]</span></a><span style="background: white; font-family: Tahoma, sans-serif; font-size: 22pt; line-height: 33.7333px;">. A estes, especialmente aos povos nativos, cabe receber, para além da formação básica, a informação completa e transparente dos projetos, com a sua amplitude, os seus efeitos e riscos, para poderem confrontar esta informação com os seus interesses e com o próprio conhecimento do local e, assim, dar ou negar o seu consentimento ou então propor alternativas</span><a href="https://www.blogger.com/null" name="_ftnref67"></a><a href="http://www.vatican.va/content/francesco/pt/apost_exhortations/documents/papa-francesco_esortazione-ap_20200202_querida-amazonia.html#_ftn67" title=""><span style="background: white; color: black; font-family: Tahoma, sans-serif; font-size: 22pt; line-height: 33.7333px;">[67]</span></a><span style="background: white; font-family: Tahoma, sans-serif; font-size: 22pt; line-height: 33.7333px;">.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="background: white; font-family: Tahoma, sans-serif; font-size: 22pt; line-height: 33.7333px;">58. Assim, podemos dar mais um passo e lembrar que uma ecologia integral não se dá por satisfeita com ajustar questões técnicas ou com decisões políticas, jurídicas e sociais. A grande ecologia sempre inclui um aspeto educativo, que provoca o desenvolvimento de novos hábitos nas pessoas e nos grupos humanos. Infelizmente, muitos habitantes da Amazónia adquiriram costumes próprios das grandes cidades, onde já estão muito enraizados o consumismo e a cultura do descarte. Não haverá uma ecologia sã e sustentável, capaz de transformar seja o que for, se não mudarem as pessoas, se não forem incentivadas a adotar outro estilo de vida, menos voraz, mais sereno, mais respeitador, menos ansioso, mais fraterno.</span><o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="background: white; font-family: Tahoma, sans-serif; font-size: 22pt; line-height: 33.7333px;">59. De facto, «quanto mais vazio está o coração da pessoa, tanto mais necessita de objetos para comprar, possuir e consumir. Em tal contexto, parece não ser possível, para uma pessoa, aceitar que a realidade lhe assinale limites; (…)</span><o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<a href="https://www.blogger.com/null" name="Capítulo_IV"><b><span style="background: white; font-family: Tahoma, sans-serif; font-size: 22pt; line-height: 33.7333px;">Capítulo IV</span></b></a><b><span style="background: white; font-family: Tahoma, sans-serif; font-size: 22pt; line-height: 33.7333px;"><br />UM SONHO ECLESIAL<o:p></o:p></span></b></div>
<div style="background: white;">
<a href="https://www.blogger.com/null" name="O_anúncio_indispensável_na_Amazónia"><i><span style="font-family: Tahoma, sans-serif; font-size: 22pt;">O anúncio indispensável na Amazónia</span></i></a><span style="font-family: Tahoma, sans-serif; font-size: 22pt;"><o:p></o:p></span></div>
<div style="background: white;">
<span style="font-family: Tahoma, sans-serif; font-size: 22pt;">62. Perante tantas necessidades e angústias que clamam do coração da Amazónia, é possível responder a partir de organizações sociais, recursos técnicos, espaços de debate, programas políticos… e tudo isso pode fazer parte da solução. Mas, como cristãos, não renunciamos à proposta de fé que recebemos do Evangelho. Embora queiramos empenhar-nos lado a lado com todos, não nos envergonhamos de Jesus Cristo. Para quantos O encontraram, vivem na sua amizade e se identificam com a sua mensagem, é inevitável falar d’Ele e levar aos outros a sua proposta de vida nova: «Ai de mim, se eu não evangelizar!» (<i>1 Cor</i> 9, 16).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="background: white; font-family: Tahoma, sans-serif; font-size: 22pt; line-height: 33.7333px;">63. A autêntica opção pelos mais pobres e abandonados, ao mesmo tempo que nos impele a libertá-los da miséria material e defender os seus direitos, implica propor-lhes a amizade com o Senhor que os promove e dignifica. Seria triste se recebessem de nós um código de doutrinas ou um imperativo moral, mas não o grande anúncio salvífico, aquele grito missionário que visa o coração e dá sentido a todo o resto. Nem podemos contentar-nos com uma mensagem social. Se dermos a vida por eles, pela justiça e a dignidade que merecem, não podemos ocultar-lhes que o fazemos porque reconhecemos Cristo neles e porque descobrimos a imensa dignidade a eles concedida por Deus Pai que os ama infinitamente.</span><o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="background: white; font-family: Tahoma, sans-serif; font-size: 22pt; line-height: 33.7333px;">64. Eles têm direito ao anúncio do Evangelho, sobretudo àquele primeiro anúncio que se chama querigma e «é o anúncio principal, aquele que sempre se tem de voltar a ouvir de diferentes maneiras e aquele que sempre se tem de voltar a anunciar duma forma ou doutra»</span><o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="background: white; font-family: Tahoma, sans-serif; font-size: 22pt; line-height: 33.7333px;">75. Esta inculturação, atendendo à situação de pobreza e abandono de tantos habitantes da Amazónia, deverá necessariamente ter um timbre marcadamente social e caraterizar-se por uma defesa firme dos direitos humanos, fazendo resplandecer o rosto de Cristo que «quis, com ternura especial, identificar-Se com os mais frágeis e pobres»</span>. Para isso, é sumamente importante uma adequada formação dos agentes pastorais na doutrina social da Igreja.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="background: white; font-family: Tahoma, sans-serif; font-size: 22pt; line-height: 33.7333px;">76. Ao mesmo tempo, a inculturação do Evangelho na Amazónia deve integrar melhor a dimensão social com a espiritual, para que os mais pobres não tenham necessidade de ir buscar fora da Igreja uma espiritualidade que dê resposta aos anseios da sua dimensão transcendente. Naturalmente, não se trata duma religiosidade alienante ou individualista que faça calar as exigências sociais duma vida mais digna, mas também não se trata de mutilar a dimensão transcendente e espiritual como se bastasse ao ser humano o desenvolvimento material. Isto convida-nos não só a combinar as duas coisas, mas também a ligá-las intimamente. Deste modo resplandecerá a verdadeira beleza do Evangelho, que é plenamente humanizadora, dá plena dignidade às pessoas e aos povos, cumula o coração e a vida inteira.</span><o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="background: white; font-family: Tahoma, sans-serif; font-size: 22pt; line-height: 33.7333px;">79. Um verdadeiro missionário procura descobrir as aspirações legítimas que passam através das manifestações religiosas, às vezes imperfeitas, parciais ou equivocadas, e tenta dar-lhes resposta a partir duma espiritualidade inculturada.</span><o:p></o:p></div>
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<a href="https://www.blogger.com/null" name="A_inculturação_da_liturgia"><i><span style="background: white; font-family: Tahoma, sans-serif; font-size: 22pt; line-height: 33.7333px;">A inculturação da liturgia</span></i></a><i><span style="background: white; font-family: Tahoma, sans-serif; font-size: 22pt; line-height: 33.7333px;"><o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="background: white; font-family: Tahoma, sans-serif; font-size: 22pt; line-height: 33.7333px;">Assim, «não fugimos do mundo, nem negamos a natureza, quando queremos encontrar-nos com Deus».</span><a href="https://www.blogger.com/null" name="_ftnref118"></a><a href="http://www.vatican.va/content/francesco/pt/apost_exhortations/documents/papa-francesco_esortazione-ap_20200202_querida-amazonia.html#_ftn118" title=""><span style="background: white; color: black; font-family: Tahoma, sans-serif; font-size: 22pt; line-height: 33.7333px;">[118]</span></a><span style="background: white; font-family: Tahoma, sans-serif; font-size: 22pt; line-height: 33.7333px;"> Isto permite-nos receber na liturgia muitos elementos próprios da experiência dos indígenas no seu contacto íntimo com a natureza e estimular expressões autóctones em cantos, danças, ritos, gestos e símbolos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="background: white; font-family: Tahoma, sans-serif; font-size: 22pt; line-height: 33.7333px;">86. É necessário conseguir que o ministério se configure de tal maneira que esteja ao serviço duma maior frequência da celebração da Eucaristia, mesmo nas comunidades mais remotas e escondidas. </span><o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="background: white; font-family: Tahoma, sans-serif; font-size: 22pt; line-height: 33.7333px;">87. O modo de configurar a vida e o exercício do ministério dos sacerdotes não é monolítico, adquirindo matizes diferentes nos vários lugares da terra. Por isso, é importante determinar o que é mais específico do sacerdote, aquilo que não se pode delegar. A resposta está no sacramento da Ordem sacra, que o configura a Cristo sacerdote. E a primeira conclusão é que este caráter exclusivo recebido na Ordem deixa só ele habilitado para presidir à Eucaristia</span><a href="https://www.blogger.com/null" name="_ftnref125"></a><a href="http://www.vatican.va/content/francesco/pt/apost_exhortations/documents/papa-francesco_esortazione-ap_20200202_querida-amazonia.html#_ftn125" title=""><span style="background: white; color: black; font-family: Tahoma, sans-serif; font-size: 22pt; line-height: 33.7333px;">[125]</span></a><span style="background: white; font-family: Tahoma, sans-serif; font-size: 22pt; line-height: 33.7333px;"> .Esta é a sua função específica, principal e não delegável.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="background: white; font-family: Tahoma, sans-serif; font-size: 22pt; line-height: 33.7333px;">88. O sacerdote é sinal desta Cabeça que derrama a graça, antes de tudo, quando celebra a Eucaristia, fonte e cume de toda a vida cristã</span><a href="https://www.blogger.com/null" name="_ftnref128"></a><a href="http://www.vatican.va/content/francesco/pt/apost_exhortations/documents/papa-francesco_esortazione-ap_20200202_querida-amazonia.html#_ftn128" title=""><span style="background: white; color: black; font-family: Tahoma, sans-serif; font-size: 22pt; line-height: 33.7333px;">[128]</span></a><span style="background: white; font-family: Tahoma, sans-serif; font-size: 22pt; line-height: 33.7333px;">. Este é o seu grande poder, que só pode ser recebido no sacramento da Ordem. Por isso, apenas ele pode dizer: «Isto é o <i>meu</i> corpo». Há outras palavras que só ele pode pronunciar: «Eu te absolvo dos teus pecados»; pois o perdão sacramental está ao serviço duma celebração eucarística digna. Nestes dois sacramentos, está o coração da sua identidade exclusiva.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="background: white; font-family: Tahoma, sans-serif; font-size: 22pt; line-height: 33.7333px;">89. Os leigos poderão anunciar a Palavra, ensinar, organizar as suas comunidades, celebrar alguns Sacramentos, buscar várias expressões para a piedade popular e desenvolver os múltiplos dons que o Espírito derrama neles.</span><o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="background: white; font-family: Tahoma, sans-serif; font-size: 22pt; line-height: 33.7333px;">90. Esta premente necessidade leva-me a exortar todos os bispos, especialmente os da América Latina, a promover a oração pelas vocações sacerdotais e também a ser mais generosos, levando aqueles que demonstram vocação missionária a optarem pela Amazónia</span><a href="https://www.blogger.com/null" name="_ftnref132"></a><a href="http://www.vatican.va/content/francesco/pt/apost_exhortations/documents/papa-francesco_esortazione-ap_20200202_querida-amazonia.html#_ftn132" title=""><span style="background: white; color: black; font-family: Tahoma, sans-serif; font-size: 22pt; line-height: 33.7333px;">[132]</span></a><span style="background: white; font-family: Tahoma, sans-serif; font-size: 22pt; line-height: 33.7333px;">. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="background: white; font-family: Tahoma, sans-serif; font-size: 22pt; line-height: 33.7333px;">92. Ora a Eucaristia, como fonte e cume, exige que se desenvolva esta riqueza multiforme. São necessários sacerdotes, mas isto não exclui que ordinariamente os diáconos permanentes – deveriam ser muitos mais na Amazónia –, as religiosas e os próprios leigos assumam responsabilidades importantes em ordem ao crescimento das comunidades e maturem no exercício de tais funções, graças a um adequado acompanhamento.</span><o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="background: white; font-family: Tahoma, sans-serif; font-size: 22pt; line-height: 33.7333px;">99. Na Amazónia, há comunidades que se mantiveram e transmitiram a fé durante longo tempo, mesmo decénios, sem que algum sacerdote passasse por lá. Isto foi possível graças à presença de mulheres fortes e generosas, que batizaram, catequizaram, ensinaram a rezar, foram missionárias, certamente chamadas e impelidas pelo Espírito Santo. Durante séculos, as mulheres mantiveram a Igreja de pé nesses lugares com admirável dedicação e fé ardente. No Sínodo, elas mesmas nos comoveram a todos com o seu testemunho.</span><o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="background: white; font-family: Tahoma, sans-serif; font-size: 22pt; line-height: 33.7333px;">100. Isto convida-nos a alargar o horizonte para evitar reduzir a nossa compreensão da Igreja a meras estruturas funcionais. Este reducionismo levar-nos-ia a pensar que só se daria às mulheres um </span><i>status</i> e uma participação maior na Igreja se lhes fosse concedido acesso à Ordem sacra. Mas, na realidade, este horizonte limitaria as perspetivas, levar-nos-ia a clericalizar as mulheres, diminuiria o grande valor do que elas já deram e subtilmente causaria um empobrecimento da sua contribuição indispensável.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="background: white; font-family: Tahoma, sans-serif; font-size: 22pt; line-height: 33.7333px;">103. Numa Igreja sinodal, as mulheres, que de facto realizam um papel central nas comunidades amazónicas, deveriam poder ter acesso a funções e inclusive serviços eclesiais que não requeiram a Ordem sacra e permitam expressar melhor o seu lugar próprio. Convém recordar que tais serviços implicam uma estabilidade, um reconhecimento público e um envio por parte do bispo. Daqui resulta também que as mulheres tenham uma incidência real e efetiva na organização, nas decisões mais importantes e na guia das comunidades, mas sem deixar de o fazer no estilo próprio do seu perfil feminino.</span><o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<a href="https://www.blogger.com/null" name="A_convivência_ecuménica_e_inter-religios"><i><span style="background: white; font-family: Tahoma, sans-serif; font-size: 22pt; line-height: 33.7333px;">A convivência ecuménica e inter-religiosa</span></i></a><i><span style="background: white; font-family: Tahoma, sans-serif; font-size: 22pt; line-height: 33.7333px;"><o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="background: white; font-family: Tahoma, sans-serif; font-size: 22pt; line-height: 33.7333px;">Num verdadeiro espírito de diálogo, nutre-se a capacidade de entender o sentido daquilo que o outro diz e faz, embora não se possa assumi-lo como uma convicção própria. Deste modo torna-se possível ser sincero, sem dissimular o que acreditamos, nem deixar de dialogar, procurar pontos de contacto e sobretudo trabalhar e lutar juntos pelo bem da Amazónia. A força do que une a todos os cristãos tem um valor imenso. Prestamos tanta atenção ao que nos divide que, às vezes, já não apreciamos nem valorizamos o que nos une. E isto que nos une é o que nos permite estar no mundo sem sermos devorados pela imanência terrena, o vazio espiritual, o cómodo egocentrismo, o individualismo consumista e autodestrutivo.</span><o:p></o:p></div>
<div align="center" style="background: white; text-align: center;">
<a href="https://www.blogger.com/null" name="Conclusão"><b><span style="font-family: Tahoma, sans-serif; font-size: 22pt;">Conclusão</span></b></a><b><span style="font-family: Tahoma, sans-serif; font-size: 22pt;"><br />A MÃE DA AMAZÓNIA</span></b><span style="font-family: Tahoma, sans-serif; font-size: 22pt;"><o:p></o:p></span></div>
<div style="background: white;">
<span style="font-family: Tahoma, sans-serif; font-size: 22pt;">111. Depois de partilhar alguns sonhos, exorto todos a avançar por caminhos concretos que permitam transformar a realidade da Amazónia e libertá-la dos males que a afligem. Agora levantemos o olhar para Maria, a Mãe que Cristo nos deixou. E, embora seja a única Mãe de todos, manifesta-Se de distintas maneiras na Amazónia. Sabemos que «os indígenas se encontram vitalmente com Jesus Cristo por muitos caminhos; mas o caminho mariano contribuiu mais que tudo para este encontro»<a href="https://www.blogger.com/null" name="_ftnref145"></a><a href="http://www.vatican.va/content/francesco/pt/apost_exhortations/documents/papa-francesco_esortazione-ap_20200202_querida-amazonia.html#_ftn145" title=""><span style="color: black;">[145]</span></a>. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
Márcio Carvalhohttp://www.blogger.com/profile/04039288739374407300noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1395674093337752544.post-9763157683597148232020-01-15T15:53:00.000-03:002020-01-15T16:01:30.897-03:00Perguntas e respostas sobre o Sacramento da Confissão<a href="https://drive.google.com/open?id=14Hs58L0VBPvvJiLz_Z2jEg1jNS5uCUEX">Baixe aqui a versão em PDF para imprimir em formato folheto duas dobras.</a><br />
<div>
<br /></div>
<div>
<div align="center" style="line-height: 115%; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: center;">
<br /></div>
<div style="line-height: 115%; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><strong><span style="line-height: 115%;">1. O
que é o sacramento da Confissão?</span></strong><span style="line-height: 115%;"><o:p></o:p></span></span></div>
<div style="-webkit-text-stroke-width: 0px; box-sizing: border-box; font-variant-caps: normal; font-variant-ligatures: normal; line-height: 115%; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; orphans: 2; text-align: justify; text-align: start; text-decoration-color: initial; text-decoration-style: initial; widows: 2; word-spacing: 0px;">
<span style="line-height: 115%;"><span style="font-family: inherit;">O sacramento da Penitência, ou Reconciliação,
ou Confissão, é o sacramento instituído por Nosso Senhor Jesus Cristo para
apagar os pecados cometidos depois do Batismo. <o:p></o:p></span></span></div>
<div style="line-height: 115%; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 12.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><strong><span style="line-height: 115%;">2. É
possível obter o perdão dos pecados mortais sem a confissão?</span></strong><span style="line-height: 115%;"><o:p></o:p></span></span></div>
<div style="-webkit-text-stroke-width: 0px; box-sizing: border-box; font-variant-caps: normal; font-variant-ligatures: normal; line-height: 115%; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; orphans: 2; text-align: justify; text-align: start; text-decoration-color: initial; text-decoration-style: initial; widows: 2; word-spacing: 0px;">
<span style="line-height: 115%;"><span style="font-family: inherit;">Depois do Batismo não é possível obter o perdão
dos pecados <i style="mso-bidi-font-style: normal;">mortais</i> sem a Confissão,
embora seja possível antecipar o perdão com a contrição perfeita acompanhada do
propósito de confessar-se.<o:p></o:p></span></span></div>
<div style="line-height: 115%; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 12.0pt; text-align: justify;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="line-height: 115%;"><span style="font-family: inherit;">3. O que é a contrição?<o:p></o:p></span></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 6.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><span style="background: white; line-height: 115%;">É o arrependimento por ter
pecado. A contrição é <i style="mso-bidi-font-style: normal;">perfeita</i> quando
movida pelo amor a Deus, no caso, pela consciência de ter ofendido a Deus com o
pecado, quando sinceramente não resta nenhum gosto por aquilo que se fez. É,
por exemplo, o arrependimento do filho pródigo, que logo que percebe seu erro
exclama: "Pequei contra o céu...". Ele não se arrependeu apenas para
voltar a ter os benefícios do antigo lar, mas foi com amor, não se importando
em ser recebido como escravo.</span><span style="line-height: 115%;"><br />
<span style="background: white;">Quando a contrição é perfeita, essa espécie de
dor na alma faz com que a pessoa deteste o pecado, e faça de tudo para evitar
cometê-lo novamente.<o:p></o:p></span></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 6.0pt; text-align: justify;">
<span style="background: white; line-height: 115%;"><span style="font-family: inherit;">Qualquer outro tipo de
arrependimento, por exemplo, movido apenas por vergonha, por medo das
consequências, é chamado de contrição imperfeita. A contrição imperfeita é
movida pelo temor do castigo eterno, pela vergonha pessoal, ou qualquer outro
motivo.<o:p></o:p></span></span></div>
<div style="line-height: 115%; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 12.0pt; text-align: justify;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="line-height: 115%;"><span style="font-family: inherit;">4. É necessária a contrição perfeita para se confessar?<o:p></o:p></span></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 6.0pt; mso-outline-level: 4; text-align: justify;">
<span style="line-height: 115%;"><span style="font-family: inherit;">Não se exige contrição
perfeita para o perdão dos pecados na confissão. Basta a contrição
imperfeita.<o:p></o:p></span></span><br />
<span style="line-height: 115%;"><span style="font-family: inherit;"><br /></span></span>
<br />
<div style="text-align: center;">
<span style="line-height: 115%;"><span style="font-family: inherit;">** <a href="https://www.cursoscatolicos.com.br/2018/12/curso-de-moral-fundamental-e-das-virtudes.html">Curso de Moral Fundamental e das Virtudes</a> **</span></span></div>
</div>
<div style="line-height: 115%; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 12.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><b><span style="line-height: 115%;">5. O
que se </span></b><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="line-height: 115%;">requer<span style="mso-bidi-font-weight: bold;"> para fazer
uma boa confissão?</span></span></b><span style="line-height: 115%;"><o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 6.0pt; text-align: justify;">
<span style="line-height: 115%;"><span style="font-family: inherit;">Para fazer uma boa confissão são
necessárias quatro etapas: <o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 6.0pt; text-align: justify;">
<span style="line-height: 115%;"><span style="font-family: inherit;">a) fazer um cuidadoso exame de
consciência (identificar as más obras praticadas: ações, pensamentos ou
palavras que me tenham afastado de Deus, com que ofendi ou causei dano aos
outros ou a mim mesmo).<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 6.0pt; text-align: justify;">
<span style="line-height: 115%;"><span style="font-family: inherit;">b) Arrepender-se dos pecados cometidos
e fazer o firme propósito de não voltar a cometê-los (contrição)<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 6.0pt; text-align: justify;">
<span style="line-height: 115%;"><span style="font-family: inherit;">c) Dizer os pecados ao sacerdote
(confissão), escutar as suas palavras de conselho e receber a absolvição.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 6.0pt; text-align: justify;">
<span style="line-height: 115%;"><span style="font-family: inherit;">d) Cumprir a penitência
(satisfação).<o:p></o:p></span></span></div>
<div style="line-height: 115%; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 12.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><strong><span style="line-height: 115%;">6.
No exame de consciência e na confissão é necessário dizer todos os pecados?</span></strong><span style="line-height: 115%;"><o:p></o:p></span></span></div>
<div style="-webkit-text-stroke-width: 0px; box-sizing: border-box; font-variant-caps: normal; font-variant-ligatures: normal; line-height: 115%; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; orphans: 2; text-align: justify; text-align: start; text-decoration-color: initial; text-decoration-style: initial; widows: 2; word-spacing: 0px;">
<span style="line-height: 115%;"><span style="font-family: inherit;">Dos pecados graves ou mortais é preciso acusar
a espécie de pecado e também o número, ainda que aproximado, porque cada
pecado mortal deve ser dito na confissão.<span style="background: white;"><o:p></o:p></span></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 6.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><span style="background: white; line-height: 115%;">O sacramento da Penitência
perdoa todos os pecados, mortais e veniais. Mas os pecados veniais não
extinguem a graça, de modo que outras obras penitenciais ou o arrependimento
sincero bastam para apagá-los. O pecado mortal, diferentemente, só pode ser apagado
na Confissão. Por isso, só é estritamente necessário confessar pecados mortais,
embora se recomende confessar também os </span><span style="background: white; line-height: 115%;">veniais mais frequentes.<o:p></o:p></span></span></div>
<div style="line-height: 115%; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 12.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="background: white; line-height: 115%;">7. O que são
pecados </span></b><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="line-height: 115%;">mortais</span></b><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="background: white; line-height: 115%;"> e veniais?<o:p></o:p></span></b></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 6.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><span style="background: white; line-height: 115%;">Essa divisão é
uma valoração dos pecados quanto à gravidade: é mortal quando cometido em </span><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="line-height: 115%;">matéria grave,
advertência plena, consentimento perfeito</span></i><span style="line-height: 115%;">.
É venial quando em matéria leve, com certa advertência e algum consentimento.
Explicando melhor: o</span><span style="background: white; line-height: 115%;"> pecado é venial quando não foi cometido com inteira
liberdade ou vontade, em matéria leve. Por exemplo, num acesso de raiva, ou
bastante forçado por outras pessoas, de modo difícil de resistir.</span><o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 115%; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 12.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="background: white; line-height: 115%;">8. O que é
matéria </span></b><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="line-height: 115%;">grave</span></b><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="background: white; line-height: 115%;"> ou leve?<o:p></o:p></span></b></span></div>
<div style="line-height: 115%; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><span style="line-height: 115%;">Quando se trata de uma
coisa notavelmente contrária à Lei de Deus e da Igreja</span>, a matéria é
grave. Não é simplesmente dizer que são as matérias dos Dez Mandamentos: por
exemplo, uma distração durante a Missa é uma falta contra o primeiro mandamento,
uma desobediência a uma tarefa doméstica dada pelos pais é contra o quarto
mandamento, mas são matérias leves.<o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 115%; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><span style="line-height: 115%;">Mais importante que
listar pecados graves e leves é distinguir que o pecado mortal requer</span> <i style="mso-bidi-font-style: normal;">pleno conhecimento<span style="-webkit-text-stroke-width: 0px; float: none; font-variant-caps: normal; font-variant-ligatures: normal; orphans: 2; text-decoration-color: initial; text-decoration-style: initial; widows: 2; word-spacing: 0px;"> e </span>pleno consentimento</i>. Faltando qualquer
desses elementos, o pecado é venial. Se há dúvida se é pecado ou quanto à
gravidade, provavelmente não é grave. <o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 115%; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 12.0pt; text-align: justify;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="line-height: 115%;"><span style="font-family: inherit;">9. É preciso descrever minuciosamente os pecados ou apenas
de modo geral?<o:p></o:p></span></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 6.0pt; text-align: justify;">
<span style="background: white; line-height: 115%;"><span style="font-family: inherit;">Devemos nos acusar de nossos pecados de
acordo com a espécie e o número: não basta dizer “pequei contra a castidade”,
pois isso seria o gênero do pecado. É preciso dizer a espécie ou tipo do
pecado, sem precisar contar detalhes ou contextos, a não ser que seja essencial
para valorar o pecado.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 6.0pt; text-align: justify;">
<span style="background: white; line-height: 115%;"><span style="font-family: inherit;">Quanto ao número, dizer quantas vezes
cometeu aquela espécie de pecado.<o:p></o:p></span></span></div>
<div style="line-height: 115%; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 12.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><strong><span style="line-height: 115%;">10.
Se a pessoa esquece um pecado mortal, obtém igualmente o perdão na confissão?</span></strong><span style="line-height: 115%;"><o:p></o:p></span></span></div>
<div style="-webkit-text-stroke-width: 0px; box-sizing: border-box; font-variant-caps: normal; font-variant-ligatures: normal; line-height: 115%; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; orphans: 2; text-align: justify; text-align: start; text-decoration-color: initial; text-decoration-style: initial; widows: 2; word-spacing: 0px;">
<span style="line-height: 115%;"><span style="font-family: inherit;">Se a pessoa esquecer um pecado mortal, pode
obter igualmente o perdão, mas na confissão seguinte deve confessar o pecado
esquecido.<o:p></o:p></span></span></div>
<div style="-webkit-text-stroke-width: 0px; box-sizing: border-box; font-variant-caps: normal; font-variant-ligatures: normal; line-height: 115%; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 12.0pt; orphans: 2; text-align: justify; text-align: start; text-decoration-color: initial; text-decoration-style: initial; widows: 2; word-spacing: 0px;">
<span style="font-family: inherit;"><strong style="box-sizing: border-box;"><span style="line-height: 115%;">11.
Se a pessoa omitir voluntariamente um pecado mortal obtém o perdão dos outros
pecados?</span></strong><span style="line-height: 115%;"><o:p></o:p></span></span></div>
<div style="-webkit-text-stroke-width: 0px; box-sizing: border-box; font-variant-caps: normal; font-variant-ligatures: normal; line-height: 115%; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; orphans: 2; text-align: justify; text-align: start; text-decoration-color: initial; text-decoration-style: initial; widows: 2; word-spacing: 0px;">
<span style="line-height: 115%;"><span style="font-family: inherit;">Se uma pessoa, por vergonha ou por outros
motivos, omite um pecado mortal, não só não obtém nenhum perdão, mas também
comete um novo pecado de sacrilégio, o de profanação de uma coisa sagrada.<o:p></o:p></span></span></div>
<div style="line-height: 115%; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 12.0pt; text-align: justify;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="line-height: 115%;"><span style="font-family: inherit;">12. Só tenho consciência de pecados veniais. Então, não
preciso confessar?<o:p></o:p></span></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 6.0pt; text-align: justify;">
<span style="background: white; line-height: 115%;"><span style="font-family: inherit;">A Igreja pede
que se confesse ao menos uma vez ao ano.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 6.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><span style="background: white; line-height: 115%;">Os pecados
veniais abrem caminho para os mortais. É necessário esforçar-se para
eliminá-los constantemente, sob o risco de tornar-se cada vez mais insensível à
graça. O acúmulo de pecados "leves" pode tornar-se um peso na vida
espiritual.</span><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 6.0pt; text-align: justify;">
<span style="background: white; line-height: 115%;"><span style="font-family: inherit;">Além disso, a
consciência dos pecados não é sempre certa. Não reconhecer pecados graves pode
ser sintoma de uma consciência laxa: aquela que com facilidade julga não ser
pecado o que realmente o é, ou ser leve o que é grave. Essa consciência já é
insensível do remorso dos pecados, ou é farisaica, desprezando os grandes
preceitos enquanto dá valor ao que não é tão importante. É preciso remediar
esse tipo de consciência com meditação e mais frequente exame de consciência.<o:p></o:p></span></span><br />
<span style="background: white; line-height: 115%;"><span style="font-family: inherit;"><br /></span></span>
<span style="background: white; line-height: 115%;"><span style="font-family: inherit;"><br /></span></span>
<span style="background: white; line-height: 115%;"><span style="font-family: inherit;"><span style="text-align: center;">** </span><a href="https://www.cursoscatolicos.com.br/2018/12/curso-de-moral-fundamental-e-das-virtudes.html" style="text-align: center;">Curso de Moral Fundamental e das Virtudes</a><span style="text-align: center;"> **</span></span></span><br />
<span style="background: white; line-height: 115%;"><span style="font-family: inherit;"><span style="text-align: center;"><br /></span></span></span></div>
<div style="line-height: 115%; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 12.0pt; text-align: justify;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="background: white; line-height: 115%;"><span style="font-family: inherit;">13. Com que
frequência devo me confessar?<o:p></o:p></span></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 6.0pt; text-align: justify;">
<span style="background: white; line-height: 115%;"><span style="font-family: inherit;">Sempre que
cometer um pecado grave ou quando desejar progredir na graça livrando-se também
dos pecados veniais mais persistentes. Como dito acima, no mínimo uma vez ao
ano, se não tem consciência de pecados graves.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 6.0pt; text-align: justify;">
<span style="background: white; line-height: 115%;"><span style="font-family: inherit;">Muitos santos
e diretores espirituais recomendam a confissão mais frequente, às vezes mensal
ou semanal, mas é preciso levar em conta o contexto dessa recomendação, pois
não pode ser regra para todos. Quem muito busca a confissão sem ter pecados
graves pode ter uma consciência escrupulosa: um estado de espírito no qual, com
facilidade e por motivos fúteis, se julga má uma ação que não é tal, ou grave
uma que é leve; perdeu a capacidade de julgar, sobrecarregando-se de obrigações
que não existem. O escrupuloso deve remediar-se confiando mais em Deus e
buscando direção espiritual de pessoa douta e prudente.<o:p></o:p></span></span></div>
<div style="line-height: 115%; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 12.0pt; text-align: justify;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="line-height: 115%;"><span style="font-family: inherit;">14. Para a Comunhão frequente não seria necessária a
Confissão frequente?<o:p></o:p></span></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 6.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><span style="line-height: 115%;">As disposições requeridas para a
Comunhão frequente, mesmo cotidiana, s</span><span style="line-height: 115%;">ão
as seguintes:<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 6.0pt; text-align: justify;">
<span style="line-height: 115%;"><span style="font-family: inherit;">1°. Não ter pecado mortal consciente.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 6.0pt; text-align: justify;">
<span style="line-height: 115%;"><span style="font-family: inherit;">2°. Ter reta intenção de honrar a Deus e buscar o bem da
própria alma.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 6.0pt; text-align: justify;">
<span style="line-height: 115%;"><span style="font-family: inherit;">3°. Muito bom é também que se esteja ausente de pecado
venial <i style="mso-bidi-font-style: normal;">voluntário</i> e que se busque o
desapego dele. Esta última disposição, no entanto, não é estritamente exigida.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 6.0pt; text-align: justify;">
<span style="line-height: 115%;"><span style="font-family: inherit;">É preciso atenção para não cair num <i style="mso-bidi-font-style: normal;">jansenismo</i>. Esta heresia sutil ensinava que a Comunhão só convinha
aos perfeitos; era um como prêmio da união com Deus, por isso seria necessário
confessar o mínimo pecado para comungar. Contra isso, “Ainda que seja de suma
conveniência que as pessoas, que comungam frequente e cotidianamente, estejam
isentas dos pecados veniais, ao menos plenamente deliberados, e do afeto a
eles, é contudo suficiente que estejam livres de pecado mortal, com o propósito
de não mais pecar para o futuro; com esse sincero propósito, torna-se
impossível que os que comungam diariamente não se livrem pouco a pouco dos
pecados veniais e do afeto aos mesmos” (São Pio X, <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Sacra Tridentina Synodus</i>).<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 6.0pt; text-align: justify;">
<span style="line-height: 115%;"><span style="font-family: inherit;">A Eucaristia é o memorial da Paixão. Ora, a Paixão de
Cristo tem como fruto a nossa reconciliação com Deus. Aplaca-lhe a justa ira
causada pelos nossos pecados. Assim, cada vez que comungamos, (se o fazemos bem
dispostos), reconcilia-se Deus conosco e se dispõe a nos conceder maiores
favores.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 6.0pt; text-align: justify;">
<span style="line-height: 115%;"><span style="font-family: inherit;">Ora, reconciliar-nos é perdoar-nos. <i style="mso-bidi-font-style: normal;">A Eucaristia perdoa, portanto, nossos pecados cotidianos.</i> Não
perdoa, ordinariamente, os pecados mortais, pois para perdoar estes foi
instituído o Sacramento da Penitência. Mas <i style="mso-bidi-font-style: normal;">a
Eucaristia perdoa os pecados veniais.</i> E, anormalmente, se o homem em pecado
mortal recebesse o Sacramento da Eucaristia estando de boa fé, a união com
Cristo importaria na remissão da culpa mortal. (D. Antônio Affonso de Miranda,
SDN, <i style="mso-bidi-font-style: normal;"><a href="https://loja.cursoscatolicos.com.br/doutrinaeucaristica">Doutrina Eucarística</a>, </i>pelo
Congresso Eucarístico internacional, 1955).<o:p></o:p></span></span><br />
<span style="line-height: 115%;"><span style="font-family: inherit;"><span style="-webkit-text-stroke-width: 0px; background-color: white; color: black; display: inline !important; float: none; font-family: Arial; font-size: 12px; font-style: normal; font-variant-caps: normal; font-variant-ligatures: normal; font-weight: 400; letter-spacing: normal; orphans: 2; text-align: center; text-decoration-color: initial; text-decoration-style: initial; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: 2; word-spacing: 0px;"></span></span></span><br />
<div style="-webkit-text-stroke-width: 0px; background-color: white; color: black; display: inline-block; font-family: Arial; font-size: 12px; font-style: normal; font-variant-caps: normal; font-variant-ligatures: normal; font-weight: 400; letter-spacing: normal; margin-bottom: 20px; margin-right: 20px; orphans: 2; text-align: center; text-decoration-color: initial; text-decoration-style: initial; text-indent: 0px; text-transform: none; vertical-align: top; white-space: normal; widows: 2; width: 130px; word-spacing: 0px;">
<div class="image" style="display: block; margin-bottom: 0px;">
<a href="http://loja.cursoscatolicos.com.br/index.php?route=product/product&product_id=85" style="color: #38b0e3; cursor: pointer; font-size: 12px; text-decoration: none;"><img alt="Doutrina Eucarística" src="https://loja.cursoscatolicos.com.br/image/cache/data/livros/capa%20doutrina%20eucaristica-130x130.jpg" style="border: 1px solid rgb(231, 231, 231); max-width: 100%; padding: 3px;"></a></div>
<div class="name">
<a href="http://loja.cursoscatolicos.com.br/index.php?route=product/product&product_id=85" style="color: #38b0e3; cursor: pointer; display: block; font-size: 12px; font-weight: bold; margin-bottom: 4px; text-decoration: none;">Doutrina Eucarística</a></div>
<div class="price" style="color: #333333; display: block; font-weight: bold; margin-bottom: 4px;">
<br /></div>
</div>
</div>
<div style="line-height: 115%; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 12.0pt; text-align: justify;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="line-height: 115%;"><span style="font-family: inherit;">15. Existe “confissão comunitária”?<o:p></o:p></span></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 6.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><span style="line-height: 115%;">Não. </span><span lang="ES-TRAD" style="line-height: 115%;">Atualmente, há <span style="mso-bidi-font-weight: bold;">três ritos do sacramento da penitência</span>:<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpFirst" style="line-height: 115%; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 18.0pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; mso-add-space: auto; mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: inherit;"><span style="line-height: 115%;"><span style="mso-list: Ignore;">a)<span style="font-stretch: normal; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; line-height: normal;">
</span></span></span><!--[endif]--><span lang="PT" style="line-height: 115%;">Rito para a reconciliação de <i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="mso-bidi-font-weight: bold;">um só</span></i> penitente: modo habitual de
receber o Sacramento.</span><span style="line-height: 115%;"><o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: 115%; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 18.0pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; mso-add-space: auto; mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: inherit;"><span style="line-height: 115%;"><span style="mso-list: Ignore;">b)<span style="font-stretch: normal; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; line-height: normal;"> </span></span></span><!--[endif]--><span lang="PT" style="line-height: 115%;">Rito para a reconciliação de <i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="mso-bidi-font-weight: bold;">diversos</span></i>
penitentes, com confissão e absolvição <i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="mso-bidi-font-weight: bold;">individual</span></i>: junto com o anterior,
constitui o único meio ordinário de reconciliação com Deus e com a Igreja.</span><span style="line-height: 115%;"><o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpLast" style="line-height: 115%; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 18.0pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; mso-add-space: auto; mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: inherit;"><span lang="PT" style="line-height: 115%;"><span style="mso-list: Ignore;">c)<span style="font-stretch: normal; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; line-height: normal;">
</span></span></span><!--[endif]--><span lang="PT" style="line-height: 115%;">Rito para a reconciliação de <i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="mso-bidi-font-weight: bold;">muitos</span></i> penitentes,
com confissão e absolvição </span><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span lang="PT" style="line-height: 115%;">geral</span></i><span lang="PT" style="line-height: 115%;"> (impõe-se uma penitência com caráter geral).
Est</span><span lang="PT" style="line-height: 115%;">á</span><span lang="PT" style="line-height: 115%;"> </span><span lang="PT" style="line-height: 115%;">reservado </span><span lang="PT" style="line-height: 115%;">para <i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="mso-bidi-font-weight: bold;">casos muito excepcionais</span></i>. Os fiéis que tenham recebido uma
absolvição geral estão <i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="mso-bidi-font-weight: bold;">obrigados</span></i> a confessar
individualmente, <i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="mso-bidi-font-weight: bold;">quanto antes</span></i>,</span><span lang="PT" style="line-height: 115%;"> </span><span lang="PT" style="line-height: 115%;">os pecados que
lhes foram absolvidos. Não se cumpre, deste modo, o preceito de confessar os
pecados graves ao menos uma vez por ano.</span><span lang="PT" style="line-height: 115%;"><o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 6.0pt; text-align: justify;">
<span lang="PT" style="line-height: 115%;"><span style="font-family: inherit;">Note,
portanto, que só existe confissão individual.<o:p></o:p></span></span></div>
<div style="line-height: 115%; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 12.0pt; text-align: justify;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="line-height: 115%;"><span style="font-family: inherit;">16. Na prática, como se confessar?<o:p></o:p></span></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 6.0pt; text-align: justify;">
<span style="line-height: 115%;"><span style="font-family: inherit;">Deve-se fazer o exame de consciência previamente. Pedir em
oração a consciência reta dos pecados cometidos desde a última confissão. Sentir
dor e arrependimento pelos pecados. Procure um modelo de exame de consciência
(existem muitos) e medite sobre ele.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 6.0pt; text-align: justify;">
<span style="line-height: 115%;"><span style="font-family: inherit;">Ao chegar ao confessionário, seguir as orientações do sacerdote.
Normalmente ele iniciará o rito com o sinal da cruz, que você faz sobre si. Ele
pode te fazer perguntas ou você inicia contando quanto tempo desde a última
confissão e enumerando os pecados, segundo a espécie e o número, dos mais
graves aos menos graves.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 6.0pt; text-align: justify;">
<span style="line-height: 115%;"><span style="font-family: inherit;">O sacerdote dirá algumas palavras e pedirá que você faça um
ato de contrição, que pode ser lido ou espontâneo, como este: <o:p></o:p></span></span></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin-bottom: 6.0pt; text-align: center;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="line-height: 115%;"><span style="font-family: inherit;">“Meu Deus, porque sois infinitamente bom,
pesa-me de vos ter ofendido. Com o auxílio da Vossa graça, proponho firmemente
emendar-me e nunca mais Vos ofender. Peço e espero o perdão das minhas culpas
pela Vossa infinita misericórdia. Amém”.<o:p></o:p></span></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 6.0pt; text-align: justify;">
<span style="line-height: 115%;"><span style="font-family: inherit;">Segue-se a absolvição do sacerdote, que conterá obrigatoriamente
estas palavras: <i style="mso-bidi-font-style: normal;">“Eu te absolvo de teus
pecados em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo. Amém.”</i><o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 6.0pt; text-align: justify;">
<span style="line-height: 115%;"><span style="font-family: inherit;">Lembre-se de cumprir a penitência imposta pelo sacerdote e
recolher-se em oração de agradecimento.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 6.0pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 6.0pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="border-bottom: solid windowtext 1.0pt; border-left: none; border-right: none; border-top: solid windowtext 1.0pt; mso-border-bottom-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-top-alt: solid windowtext .5pt; mso-element: para-border-div; padding: 1.0pt 0cm 1.0pt 0cm;">
<div align="center" class="MsoNormal" style="border: none; margin-bottom: 6.0pt; mso-border-bottom-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-top-alt: solid windowtext .5pt; mso-padding-alt: 1.0pt 0cm 1.0pt 0cm; padding: 0cm; text-align: center;">
<span style="font-family: inherit;"><span style="line-height: 115%;"> Copie e distribua </span></span></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="border: none; margin-bottom: 6.0pt; mso-border-bottom-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-top-alt: solid windowtext .5pt; mso-padding-alt: 1.0pt 0cm 1.0pt 0cm; padding: 0cm; text-align: center;">
<span style="line-height: 115%;"><span style="font-family: inherit;"><o:p></o:p></span></span></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="border: none; margin-bottom: 6.0pt; mso-border-bottom-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-top-alt: solid windowtext .5pt; mso-padding-alt: 1.0pt 0cm 1.0pt 0cm; padding: 0cm; text-align: center;">
<span style="line-height: 115%;"><span style="font-family: inherit;">Baixe gratuitamente este e outros folhetos em: <o:p></o:p></span></span></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="border: none; margin-bottom: 6.0pt; mso-border-bottom-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-top-alt: solid windowtext .5pt; mso-padding-alt: 1.0pt 0cm 1.0pt 0cm; padding: 0cm; text-align: center;">
<a href="https://martyriaeditora.blogspot.com/2017/05/folhetos-de-formacao-catolica-gratis.html">https://martyriaeditora.blogspot.com/2017/05/folhetos-de-formacao-catolica-gratis.html</a><br />
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="border: none; margin-bottom: 6.0pt; mso-border-bottom-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-top-alt: solid windowtext .5pt; mso-padding-alt: 1.0pt 0cm 1.0pt 0cm; padding: 0cm; text-align: center;">
<span style="line-height: 115%;"><span style="font-family: inherit;"><a href="https://www.cursoscatolicos.com.br/">www.cursoscatolicos.com.br<o:p></o:p></a></span></span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 6.0pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 6.0pt; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 6.0pt; mso-outline-level: 4; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 6.0pt; text-align: justify;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjLtgGBWMr0gKcnI78eylp8cEHhjclwQgZILPTrYBPfnai7xLNZymzhD-FA5DtckoffuxY_gJkRKgjDaQrFppp2KvTC2nktNTGwUAc2DDpNmSyG7NJUKISuBXX_z7bX67WpNSC1-3wM_Tk/s1600/banner-949932_640.jpg" imageanchor="1" style="background-color: white; border: 0px; color: #c83746; font-family: "PT Sans", Tahoma, Arial, sans-serif; font-size: 13px; margin: 0px 1em; outline: 0px; padding: 0px; text-align: center; text-decoration-line: none; vertical-align: baseline;"><img border="0" data-original-height="200" data-original-width="640" height="100" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjLtgGBWMr0gKcnI78eylp8cEHhjclwQgZILPTrYBPfnai7xLNZymzhD-FA5DtckoffuxY_gJkRKgjDaQrFppp2KvTC2nktNTGwUAc2DDpNmSyG7NJUKISuBXX_z7bX67WpNSC1-3wM_Tk/s320/banner-949932_640.jpg" style="border: 0px;" width="320" /></a><br />
<br />
<span style="text-align: center;">** </span><a href="https://www.cursoscatolicos.com.br/2018/12/curso-de-moral-fundamental-e-das-virtudes.html" style="text-align: center;">Curso de Moral Fundamental e das Virtudes</a><span style="text-align: center;"> **</span></div>
</div>
Márcio Carvalhohttp://www.blogger.com/profile/04039288739374407300noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1395674093337752544.post-78674841755578662352019-12-24T10:32:00.000-03:002019-12-24T10:32:03.675-03:00Testemunhas de Jeová: como, porquês e quando<div id="yui_3_17_2_1_1577191412239_5397" style="box-sizing: border-box; margin-bottom: 1rem;">
<span style="font-size: x-small;"><i>Respondendo a uma dúvida de um aluno nosso do Curso de Iniciação Teológica (<a href="https://www.cursoscatolicos.com.br/">www.cursoscatolicos.com.br</a>) de como lidar com seus parentes "Testemunhas de Jeová":</i></span></div>
<div id="yui_3_17_2_1_1577191412239_5397" style="box-sizing: border-box; margin-bottom: 1rem;">
Para nós católicos, o nome "próprio" de Deus não é tão importante. Chamamo-lo de Pai, como Jesus ensinou, ou simplesmente de Deus, que é o termo que traduz o que Ele é segundo nossa limitação humana. Deus não é birrento nem petulante de exigir tratamento por tal ou tal nome: isso seria justamente usar de seu nome em vão.</div>
<div id="yui_3_17_2_1_1577191412239_5398" style="box-sizing: border-box; margin-bottom: 1rem;">
Conforme <a href="http://martyriaeditora.blogspot.com/2016/03/o-termo-yhwh-na-biblia-e-sua-pronuncia.html" id="yui_3_17_2_1_1577191412239_5399" style="box-sizing: border-box; color: #1177d1; text-decoration-line: none;">nosso artigo</a>, o nome revelado a Moisés não era nem é pronunciado pelos judeus tal qual era escrito, mas inseriam as vogais de Adonay (Senhor) no meio das consoantes de YHWH, ficando YeHoWaH, não para ler Jeová, mas para lembrar de pronunciar Adonay naquele lugar. Por que nós pronunciaríamos assim? Jeová é um nome <b>artificial</b>, sem significado nenhum em hebraico.</div>
<div id="yui_3_17_2_1_1577191412239_5238" style="box-sizing: border-box; margin-bottom: 1rem;">
As Testemunhas de Jeová não são sequer cristãos. Utilizam uma bíblia própria, adulterada segundo os interesses dos fundadores e "anciãos". Como os protestantes em geral, ignoram a unidade de toda a Sagrada Escritura e baseiam suas crenças em versículos isolados. Quando um outro versículo contradiz, o adulteram ou ignoram.</div>
<div style="box-sizing: border-box; margin-bottom: 1rem;">
Sobre as adulterações da bíblia TJ ("Tradução do Novo Mundo"), veja estes artigos:</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://i.imgur.com/w2nM5Jh.png" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="661" data-original-width="384" height="320" src="https://i.imgur.com/w2nM5Jh.png" width="185" /></a></div>
<div style="box-sizing: border-box; margin-bottom: 1rem;">
</div>
<div style="box-sizing: border-box; margin-bottom: 1rem;">
</div>
<ul style="box-sizing: border-box; margin-bottom: 1rem; margin-top: 0px; padding-left: 1rem;">
<li style="box-sizing: border-box;"><a href="https://carm.org/languages/portuguese/tradu%C3%A7%C3%B5es-err%C3%B4neas-da-b%C3%ADblia-das-testemunhas-de-jeov%C3%A1" style="box-sizing: border-box; color: #1177d1; text-decoration-line: none;">Traduções Errôneas da Bíblia das Testemunhas de Jeová</a></li>
<li style="box-sizing: border-box;"><a href="https://www.veritatis.com.br/a-biblia-dos-testemunhas-de-jeova-e-igual-a-biblia-catolica/" style="box-sizing: border-box; color: #1177d1; text-decoration-line: none;">A Bíblia dos Testemunhas de Jeová é igual à Bíblia Católica?</a></li>
</ul>
<div style="box-sizing: border-box; margin-bottom: 1rem;">
<span style="box-sizing: border-box; font-size: 0.9375rem;">Sobre sua história e principais erros:</span></div>
<div style="box-sizing: border-box; margin-bottom: 1rem;">
</div>
<ul style="box-sizing: border-box; margin-bottom: 1rem; margin-top: 0px; padding-left: 1rem;">
<li style="box-sizing: border-box;"><a href="https://www.pr.gonet.biz/kb_read.php?num=450" style="box-sizing: border-box; color: #1177d1; text-decoration-line: none;">"EU FUI TESTEMUNHA DE JEOVÁ"</a></li>
<li style="box-sizing: border-box;"><a href="http://apologistascatolicos.com.br/index.php/apologetica/protestantismo/495-as-doutrinas-mutantes-das-testemunhas-de-jeova" style="box-sizing: border-box; color: #1177d1; text-decoration-line: none;">As doutrinas mutantes das Testemunhas de Jeová</a></li>
</ul>
<div id="yui_3_17_2_1_1577191412239_767" style="box-sizing: border-box; margin-bottom: 1rem;">
Eles têm treinamento prático e intensivo para suas visitas, ensaiam cada palavra, pergunta e cada folheto que pretendem te dar. São treinados também para responder as principais objeções, e quando são surpreendidos por alguém com algum conhecimento das Escrituras vão querer voltar com um "ancião" ou oferecer um "curso bíblico". Por esses motivos, não é muito frutífero querer debater com eles, mas algumas verdades podem ser jogadas no ar, tenho a devida astúcia de não cair nas armadilhas que têm nas mangas.</div>
<div id="yui_3_17_2_1_1577191412239_767" style="box-sizing: border-box; margin-bottom: 1rem;">
Eles não leem nada do que você queira dar-lhes, mas não custa tentar. Encontrei estes folhetos com uma síntese dos seus erros, mas a linguagem é direcionada para a formação do público em geral, não exatamente para entregar aos TJs:</div>
<div id="yui_3_17_2_1_1577191412239_767" style="box-sizing: border-box; margin-bottom: 1rem;">
</div>
<ul id="yui_3_17_2_1_1577191412239_5321" style="box-sizing: border-box; margin-bottom: 1rem; margin-top: 0px; padding-left: 1rem;">
<li id="yui_3_17_2_1_1577191412239_5320" style="box-sizing: border-box;"><a href="https://catolicosalerta.files.wordpress.com/2010/12/fc_19_-_as_testemunhas_de_jeova.pdf" id="yui_3_17_2_1_1577191412239_5223" style="box-sizing: border-box; color: #1177d1; text-decoration-line: none;">Folheto católico</a></li>
<li id="yui_3_17_2_1_1577191412239_5322" style="box-sizing: border-box;"><a href="https://sites.google.com/site/mcsilvateologia/48813839-Sera-que-as-Testemunhas-de-Jeova-tem-a-verdade.pdf?attredirects=0&d=1" id="yui_3_17_2_1_1577191412239_5006" style="box-sizing: border-box; color: #1177d1; text-decoration-line: none;">Folheto de ex-testemunhas de Jeová</a></li>
</ul>
<br />
<div id="yui_3_17_2_1_1577191412239_767" style="box-sizing: border-box; margin-bottom: 1rem;">
Não custa tentar falar um pouco sobre nossa fé, ao invés de tentar atacar a deles. Aqui temos alguns folhetos nesse sentido (veja a <a href="http://martyriaeditora.blogspot.com/2017/05/folhetos-de-formacao-catolica-gratis.html">seção de folhetos do nosso blog</a>):</div>
<div id="yui_3_17_2_1_1577191412239_767" style="box-sizing: border-box; margin-bottom: 1rem;">
</div>
<ol id="yui_3_17_2_1_1577191412239_4731" style="box-sizing: border-box; margin-bottom: 1rem; margin-top: 0px;">
<li id="yui_3_17_2_1_1577191412239_4732" style="box-sizing: border-box;"><a href="https://drive.google.com/open?id=0ByXAgn9Kgdzjd1BGX2VFdFY5Tmc" id="yui_3_17_2_1_1577191412239_4733" style="box-sizing: border-box; color: #1177d1; text-decoration-line: none;" target="_blank">Jesus Cristo mentiu?</a> - fatos sobre a existência de Jesus, dos Evangelhos e da Igreja.</li>
<li style="box-sizing: border-box;"><a href="https://drive.google.com/open?id=0ByXAgn9KgdzjSFMxaUFrTERFN0U" style="box-sizing: border-box; color: #1177d1; text-decoration-line: none;" target="_blank">"A Minha Igreja"</a> - sobre a única e verdadeira Igreja de Cristo.</li>
<li style="box-sizing: border-box;"><a href="https://drive.google.com/open?id=0ByXAgn9KgdzjU1NrOGp1X0tlaDg" style="box-sizing: border-box; color: #1177d1; text-decoration-line: none;" target="_blank">A Bíblia Católica </a>- sobre as diferenças entre as bíblias católicas e protestantes, a importância da Tradição, os erros de tradução.</li>
<li style="box-sizing: border-box;"><a href="https://drive.google.com/open?id=0ByXAgn9KgdzjNG9PbGtodjhSTk0" style="box-sizing: border-box; color: #1177d1; text-decoration-line: none;" target="_blank">Por que não sou protestante?</a> - são sete razões principais. <a href="https://www.dropbox.com/s/ia8skj6zknosi1l/pqnaosouprot.mp3?dl=1" style="box-sizing: border-box; color: #1177d1; text-decoration-line: none;">[áudio mp3]</a></li>
<li style="box-sizing: border-box;"><a href="https://drive.google.com/open?id=0ByXAgn9KgdzjdkdtcFJXRGJrZ0k" style="box-sizing: border-box; color: #1177d1; text-decoration-line: none;" target="_blank">Por que creio na Igreja Católica?</a> - porque temos certezas. </li>
<li style="box-sizing: border-box;"><a href="https://drive.google.com/open?id=0ByXAgn9KgdzjZWdhOWNuTzM0anM" style="box-sizing: border-box; color: #1177d1; text-decoration-line: none;" target="_blank">Só a bíblia basta?</a> - cinco razões porque a bíblia não é autossuficiente.</li>
</ol>
<br id="yui_3_17_2_1_1577191412239_4691" style="box-sizing: border-box;" />
<div id="yui_3_17_2_1_1577191412239_5361" style="box-sizing: border-box; margin-bottom: 1rem;">
<br style="background-color: white; box-sizing: border-box; color: #495057; font-family: -apple-system, BlinkMacSystemFont, "Segoe UI", Roboto, "Helvetica Neue", Arial, "Noto Sans", sans-serif, "Apple Color Emoji", "Segoe UI Emoji", "Segoe UI Symbol", "Noto Color Emoji"; font-size: 15px;" /></div>
Márcio Carvalhohttp://www.blogger.com/profile/04039288739374407300noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1395674093337752544.post-34372582301383473132019-12-18T17:59:00.002-03:002020-12-23T09:32:14.663-03:0025 de dezembro é a data mais certa para o nascimento de Jesus<span style="font-family: inherit;">Revistas, livros, <i>sites </i>e intrometidos em geral gostam de afirmar que a data do Natal é arbitrária ou que foi escolhida para substituir a festa pagã romana do "Sol invictus". Esta parece uma bela coincidência, mas a verdade é que essa festa é posterior (criação do "deus" em 222 d.C., criação do culto em 270 d.C., oficialização do culto no dia 25/12 em 274 d.C.) ao conhecimento da data do Natal. É mais certo que o imperador tenha colocado essa festa justamente para confrontar os cristãos.</span><br />
<span style="font-family: inherit;"><br /></span>
<h3>
<span style="font-family: inherit;">
Como descobrimos o 25 de dezembro</span></h3>
<span style="font-family: inherit;">Temos informações bíblicas e históricas suficientes para intuir que esta data esteja bastante correta.</span><br />
<span style="font-family: inherit;">Partimos da informação da concepção de João Batista:</span><br />
<blockquote class="tr_bq">
<span style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: inherit;">"Nos tempos de Herodes, rei da Judéia, houve um sacerdote por nome <b>Zacarias, da classe de ABIAS</b>; sua mulher, descendente de Aarão, chamava-se Isabel. Ora, exercendo Zacarias diante de Deus as funções de sacerdote, <b>NA ORDEM DA SUA CLASSE</b>, coube-lhe por sorte, segundo o costume em uso entre os sacerdotes, entrar no santuário do Senhor e aí oferecer o perfume" (Lc 1,5.8-9).</span></blockquote>
<span style="font-family: inherit;"><span style="background-color: white; color: #1d2129; font-size: 14px;">No Primeiro Livro de Crônicas (1Cr 24,1-7.19), está estabelecida a ordem das 24 classes sacerdotais. Junto com outros textos e informações, pesquisadores como </span><span style="background-color: white; color: #1d2129; font-size: 14px;">Annie Jaubert, </span><span style="background-color: white; color: #1d2129; font-size: 14px;">Shemarjahu Talmon, </span><span style="background-color: white; color: #111111; text-align: justify;">Josef Heinrich Friedlieb e outros conseguiram calcular a data desse turno sacerdotal como tendo ocorrido na semana do Dia da Expiação; e</span><span style="background-color: white; color: #111111; text-align: justify;">m nosso calendário, o Dia da Expiação cai em qualquer dia entre 22 de Setembro e 8 de outubro.</span></span><br />
<span style="font-family: inherit;"><span style="background-color: white; color: #111111; text-align: justify;"><br /></span>
<span style="background-color: white; color: #111111; text-align: justify;">Daí se concluiu que o segundo turno de Abias em que serviu Zacarias ocorreu na semana de 24 a 30 de setembro. Somando-se nove meses da gestação, João Batista teria nascido em 24 de junho, conforme tradição antiga da Igreja. Alguns tradições orientais celebram também o anúncio do nascimento de João Batista em 24 de setembro.</span></span><br />
<span style="font-family: inherit;"><span style="background-color: white; color: #111111; text-align: justify;"><br /></span>
<span style="background-color: white; color: #111111; text-align: justify;">Ora, q</span><span style="background-color: white; color: #111111; text-align: justify;">uando o anjo Gabriel apareceu a Maria, em Lucas 1,36, disse que Isabel já estava no sexto mês de gravidez. Logo, se João Batista foi concebido em setembro, seis meses depois, em Março, Maria ficou grávida de Jesus. Precisamente em 25 de março a Igreja desde muito antigamente celebrou a Anunciação. De março a nove meses: 25 de dezembro!</span></span><br />
<span style="font-family: inherit;"><span style="background-color: white; color: #111111; text-align: justify;"><br /></span>
</span><br />
<h3>
<span style="background-color: white; color: #111111; font-family: inherit; text-align: justify;">Testemunhos patrísticos</span></h3>
<div style="background-color: white; box-sizing: border-box; color: #111111; font-size: 18.24px; margin-bottom: 12px; text-align: justify;">
<span style="box-sizing: border-box; font-family: inherit; font-size: small;">Alguns Padres da Igreja já alegavam que 25 de Dezembro era o nascimento de Cristo antes das datas pagãs. </span></div>
<div style="background-color: white; box-sizing: border-box; color: #111111; font-size: 18.24px; margin-bottom: 12px; text-align: justify;">
<span style="box-sizing: border-box; font-family: inherit; font-size: small;">Teófilo (115-181 d.C), bispo católico de Cesareia na Palestina:</span></div>
<blockquote class="tr_bq" style="background-color: white; box-sizing: border-box; font-size: 18.24px; margin-bottom: 12px; padding-left: 30px; text-align: justify;">
<span style="box-sizing: border-box; font-family: inherit; font-size: small;">“<span style="box-sizing: border-box;"><em style="box-sizing: border-box;">Devemos comemorar o aniversário de Nosso Senhor; a cada 25 de dezembro isso deve acontecer</em></span>.” </span></blockquote>
<div style="background-color: white; box-sizing: border-box; color: #111111; font-size: 18.24px; margin-bottom: 12px; text-align: justify;">
<span style="box-sizing: border-box; font-family: inherit; font-size: small;">Santo Hipólito (170-240) escreveu que o nascimento de Cristo ocorreu em 25 de dezembro:</span></div>
<blockquote class="tr_bq" style="background-color: white; box-sizing: border-box; font-size: 18.24px; margin-bottom: 12px; padding-left: 30px; text-align: justify;">
<span style="box-sizing: border-box; font-family: inherit; font-size: small;">“<span style="box-sizing: border-box;"><em style="box-sizing: border-box;">O</em><em style="box-sizing: border-box;"> Primeiro Advento de nosso Senhor na carne ocorreu quando Ele nasceu em Belém, <b>era 25 de dezembro, uma quarta-feira</b>, enquanto Augustus estava em seu quadragésimo segundo ano, que é de cinco mil e quinhentos anos desde Adão. Ele morreu no trigésimo terceiro ano, 25 de março, sexta-feira, no décimo oitavo ano de Tibério César, enquanto Rufus e Roubellion eram cônsules.</em></span>” (Comentário sobre Daniel 4, 23)</span></blockquote>
<div style="background-color: white; box-sizing: border-box; color: #111111; font-size: 18.24px; margin-bottom: 12px; text-align: justify;">
<span style="box-sizing: border-box; font-family: inherit; font-size: small;">Santo Agostinho confirma esta tradição de 25 março como a concepção messiânica e 25 de dezembro como o Seu nascimento:</span></div>
<blockquote class="tr_bq" style="background-color: white; box-sizing: border-box; font-size: 18.24px; margin-bottom: 12px; padding-left: 30px; text-align: justify;">
<span style="box-sizing: border-box; font-family: inherit; font-size: small;">“<span style="box-sizing: border-box;"><em style="box-sizing: border-box;">É crido que <b>ele foi concebido</b></em><em style="box-sizing: border-box;"><b> no dia 25 de março</b>, dia em que também ele sofreu; de modo que o seio da Virgem, no qual ele foi concebido, onde ninguém dos mortais foi gerado, corresponde à nova sepultura na qual ele foi enterrado, na qual ninguém havia sido posto </em>(Jo 19,41)<em style="box-sizing: border-box;">,</em><em style="box-sizing: border-box;"> nem antes nem depois dele. Mas ele nasceu, segundo a tradição, em 25 de dezembro</em>.</span>” (Sobre a Trindade Livro 4, Capítulo 5)</span></blockquote>
<h3>
<span style="font-family: inherit;">
Objeções</span></h3>
<span style="font-family: inherit;">Já indicamos que a festa do Sol Invictus é posterior à data do Natal. Passamos então a outras objeções:</span><br />
<h4>
<span style="font-family: inherit;">
O solstício e as saturnálias</span></h4>
<span style="background-color: white; box-sizing: border-box; font-size: 18.24px; text-align: justify;"><span style="box-sizing: border-box; font-family: inherit; font-size: small;">Saturnália era uma festa popular do inverno dos romanos. No entanto, o solstício de inverno cai em 22 de dezembro, e as saturnálias ocorriam de 17 a 23 de dezembro. As datas, portanto, não coincidem com o Natal em 25 de dezembro.</span></span><br />
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; margin-left: 1em; text-align: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEis629BN1NMoByJQZUv6VFWd-OkCcYgoiIlDadnZKKBguWL2Nm8QAtTAacp9lJ4uY4MdFqkMUaaPf8ml9y7ILiKPJfxD-dmU-y82WDJtUwv-ljeIr88a73uAj00Sa_lzX-xQIdr4_wXD0U/s1600/02560-Bethlehem%255B1%255D.jpg" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><span style="font-family: inherit;"><img border="0" data-original-height="640" data-original-width="478" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEis629BN1NMoByJQZUv6VFWd-OkCcYgoiIlDadnZKKBguWL2Nm8QAtTAacp9lJ4uY4MdFqkMUaaPf8ml9y7ILiKPJfxD-dmU-y82WDJtUwv-ljeIr88a73uAj00Sa_lzX-xQIdr4_wXD0U/s320/02560-Bethlehem%255B1%255D.jpg" width="239" /></span></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span style="font-family: inherit;">Pastor e ovelhas no inverno em Belém</span></td></tr>
</tbody></table>
<h4>
<span style="background-color: white; box-sizing: border-box; font-size: 18.24px; text-align: justify;"><span style="box-sizing: border-box; font-family: inherit; font-size: small;">O inverno e os pastores</span></span></h4>
<span style="background-color: white; box-sizing: border-box; font-size: 18.24px; text-align: justify;"><span style="box-sizing: border-box; font-family: inherit; font-size: small;">Alguns dizem que não poderiam haver pastores nos campos em 25 de dezembro pois era inverno rigoroso. Ora, estão pensando em inverno de Papai Noel. A temperatura em Belém no inverno chega em torno de 10º, perfeitamente suportável, e basta pesquisar (ou ir lá) para ver os pastores e as ovelhas no inverno. </span></span><br />
<span style="font-family: inherit;"><span style="background-color: white; box-sizing: border-box; font-size: 18.24px; text-align: justify;"><span style="box-sizing: border-box; font-size: small;"><br /></span></span>
</span><br />
<h3>
<span style="background-color: white; box-sizing: border-box; font-size: 18.24px; text-align: justify;"><span style="box-sizing: border-box; font-family: inherit; font-size: small;">Conclusão</span></span></h3>
<div>
<span style="background-color: white; box-sizing: border-box; font-size: 18.24px; text-align: justify;"><span style="box-sizing: border-box; font-family: inherit; font-size: small;">Fica claro, portanto, que a data de 25 de dezembro não é nada arbitrária, pois é apoiada por dados históricos, bíblicos e pela tradição litúrgica mais antiga da Igreja. </span></span></div>
<div>
<span style="background-color: white; box-sizing: border-box; font-size: 18.24px; text-align: justify;"><span style="box-sizing: border-box; font-family: inherit; font-size: small;">Percebe-se também que não é uma data absolutamente precisa, pois calculou-se o período de gestação de nove meses exatos, e sabemos que isso não é tão exato assim. A diferença de poucos dias que possa haver não diminui a comemoração, cuja data mais provável e consagrada é o 25 de dezembro.</span></span></div>
<div>
<span style="background-color: white; box-sizing: border-box; font-size: 18.24px; text-align: justify;"><span style="box-sizing: border-box; font-family: inherit; font-size: small;"><br /></span></span></div><div><span style="background-color: white; box-sizing: border-box; font-size: 18.24px; text-align: justify;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><iframe allowfullscreen="" class="BLOG_video_class" height="266" src="https://www.youtube.com/embed/WTUl4Y9TUoQ" width="320" youtube-src-id="WTUl4Y9TUoQ"></iframe></div><br /><span style="box-sizing: border-box; font-family: inherit; font-size: small;"><br /></span></span></div>
<h3>
<span style="background-color: white; box-sizing: border-box; font-size: 18.24px; text-align: justify;"><span style="box-sizing: border-box; font-family: inherit; font-size: small;">Referências</span></span></h3>
<div>
<span style="background-color: white; box-sizing: border-box; font-size: 18.24px; text-align: justify;"><span style="box-sizing: border-box; font-family: inherit; font-size: small;">Postagem do <a href="https://www.facebook.com/jose.eduardo.7792/posts/1162730973738916">Pe. José Eduardo no Facebook</a>.</span></span></div>
<div>
<span style="background-color: white; box-sizing: border-box; font-size: 18.24px; text-align: justify;"><span style="box-sizing: border-box; font-size: small;"><span style="color: #111111; font-family: inherit;">Apologistas Católicos. <a href="http://www.apologistascatolicos.com.br/index.php/apologetica/natal/836-por-que-cristo-nasceu-em-25-de-dezembro-e-por-que-isso-importa?fbclid=IwAR2ZwTf726gOlIr1s_aOZ0HGyN8xKBGcDaBhAgBAkbm1pVIp2sQN_8TAbqw">Por que Cristo Nasceu em 25 de Dezembro e Por que isso importa</a>.</span></span></span></div>
<div>
<span style="background-color: white; box-sizing: border-box; font-size: 18.24px; text-align: justify;"><span style="box-sizing: border-box; font-size: small;"><span style="color: #111111; font-family: inherit;">Apologistas Católicos. <a href="https://www.apologistascatolicos.com.br/index.php/apologetica/natal/837-jesus-nao-nasceu-em-25-de-dezembro-porque-fazia-frio-em-belem-a-reposta-catolica">Jesus não nasceu em 25 de Dezembro porque fazia frio em Belém?</a></span></span></span></div>
<div>
<span style="font-family: inherit;"><span style="background-color: white; box-sizing: border-box; font-size: 18.24px; text-align: justify;"><span style="box-sizing: border-box; font-size: small;">Pe. Paulo Ricardo. </span></span><span style="background-color: white; letter-spacing: 0.5px;"><a href="https://padrepauloricardo.org/episodios/jesus-nasceu-mesmo-no-dia-25-de-dezembro">Jesus nasceu mesmo no dia 25 de dezembro?</a></span></span></div>
<div>
<span style="font-family: inherit;">Wikipedia. <a href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Sol_Invicto">Sol Invicto</a></span></div>
Márcio Carvalhohttp://www.blogger.com/profile/04039288739374407300noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1395674093337752544.post-91505265273420167832019-11-18T15:03:00.003-03:002021-05-21T17:12:09.413-03:00Breve História da investigação sobre o Jesus histórico<div class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #333333; font-family: "Trebuchet MS", Verdana, Arial, sans-serif; font-size: 12.61px; text-align: justify;"><a href="https://www.dropbox.com/s/0evjhbhecp0an5t/investJesushistorico.mp3?raw=1" target="_blank">Ouvir resumo em áudio.</a></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #333333; font-family: "Trebuchet MS", Verdana, Arial, sans-serif; font-size: 12.61px; text-align: justify;"><br /></div><div class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #333333; font-family: "Trebuchet MS", Verdana, Arial, sans-serif; font-size: 12.61px; text-align: justify;"> <audio controls="controls"><source src="https://www.dropbox.com/s/0evjhbhecp0an5t/investJesushistorico.mp3?raw=1"></source></audio><span style="font-size: 16.393px;">A “Primeira Investigação”</span><br />Antes do XVIII século era opinião comum que os quatro Evangelhos narravam de forma histórica e quase literal a vida e palavras de Jesus. A cristologia de então partia de uma abordagem “alta, descendente”, da consideração de Jesus como o Cristo, o Filho de Deus, e a partir daí chegar à sua humanidade. Ao final desse século o protestantismo alemão se viu obrigado a responder ao racionalismo liberal iluminista. Os teólogos então começam a aplicar o método da crítica histórica aos textos bíblicos.<br />O primeiro foi <strong><em>Reimarus</em></strong>, que teve sua obra publicada por seu discípulo <strong><em>Lessing</em></strong>. Faziam uma distinção entre o projeto de Jesus e a intenção dos discípulos. Jesus pregou o reino dos céus e a conversão. Foi um messias político que visava libertar os judeus do jugo romano. Diante do fracasso de Jesus, os seus discípulos inventaram a ressurreição, apresentando-o como um messias apocalíptico que haveria de voltar.<br />Fazem parte desse “primeiro” racionalismo: <em><strong>Hess, Reinhard, Herder, Bahrdt</strong></em> e <em><strong>Venturini</strong></em>. Para Bahrdt, por exemplo, Jesus não foi mais do que um instrumento nas mãos dos essênios para minar o poder dos sacerdotes e dos fariseus. Seus milagres foram inventos desta seita. Para Venturini, Jesus foi um curandeiro.<br />Logo surge um período chamado “racionalismo clássico”. <strong><em>Paulus</em></strong>, seu principal expoente, apresenta em 1828 Jesus como um grande mestre de moral. Seus milagres são todos explicados de modo racional.<br /><em><strong>Scheilermacher</strong></em> faz distinção entre o Jesus da história e o Cristo da fé. Este, se vê no Evangelho de João; aquele, nos três sinóticos. Os milagres que não podem ser explicados racionalmente devem ser negados.<br />Para David <em><strong>Strauss</strong></em> os evangelhos são relatos míticos. Não são relatos frutos do engano, como dizia Reimarus, mas frutos de imaginação mítica que cria uma narração para transmitir uma idéia. Isso não afeta o núcleo da fé cristã: a humanidade de Deus, segundo ele. Os evangelhos são, portanto, dirigidos para a fé e não possuem fiabilidade histórica; é impossível reconstruir a vida de Jesus de Nazaré.<br />Surge nos anos seguintes a “questão sinótica”. A investigação passa do âmbito teológico para a crítica literária. Até então Mateus era considerado o evangelho mais antigo. <em><strong>Weisse</strong></em>, discípulo de Strauss, e <em><strong>Wilke</strong></em> propuseram a hipótese das “duas fontes” em 1838. Marcos não seria um resumo mas sim uma fonte, pois Mateus e Lucas coincidem entre si em ordem somente quando coincidem com Marcos. Há ainda uma fonte de ditos comuns (fonte “Q”, <em>Quelle</em> = fonte) a Mateus e Lucas, hoje perdida. Esta teoria determina o estudo dos evangelhos até hoje.<br />Ao mesmo tempo se desenvolve a escola liberal protestante (“Libertemo-nos do dogma e voltemos ao homem Jesus”, proclamavam) que confiam nos evangelhos como fontes históricas, principalmente as duas fontes, ao contrário da escola racionalista. Sobressaem <strong><em>Weiss, Harnack</em></strong> e <strong><em>Renan</em></strong>. Pretendiam traçar o itinerário psicológico de Jesus e libertar sua imagem dos retoques do kerigma (primeiro anúncio para a conversão). Jesus teria pregado uma religião interna, moralista e espiritualizante; morreu como mártir.<br />Em 1901 Wrede vai contra a historicidade de Marcos dizendo que o segredo messiânico (Jesus proibia os curados de divulgar sua pessoa) era uma construção da comunidade primitiva, não de Jesus, que não tinha consciência messiânica.<br />Karl <strong><em>Schmidt</em></strong> demonstrou o caráter fragmentário e descontínuo dos evangelhos.<br />Juntos, Wrede e Schmidt desbancam a escola liberal, levando toda a investigação sobre a pessoa de Jesus a um impasse.<br />Em 1892, Martin <strong><em>Kähler</em></strong> faz a distinção, que marcaria toda a pesquisa posterior, entre o Jesus histórico e o Cristo da fé. Jesus é o homem de Nazaré descrito pela crítica e Cristo é o salvador pregado pela Igreja. Este é o único real, pois do Jesus histórico pouco podemos saber.<br />Neste mesmo contexto de separação entre história e kerigma, surge <strong><em>Bultmann</em></strong>, teólogo protestante que radicaliza o programa de Strauss, Kähler e Wrede de separar Jesus do Cristo. Surgem também dois fatores importantes: a investigação baseada na história das religiões e a aplicação da história ou crítica das formas aos sinóticos.<br /><em><strong>Reitzenstein</strong></em> e <strong><em>Bousset</em></strong> traçam paralelos entre o cristianismo e as antigas religiões orientais, considerando que o helenismo e o gnosticismo influenciaram a teologia do Novo Testamento. <em><strong>Wellhausen</strong></em>, pelo mesmo caminho, conclui que os evangelhos tem valor histórico somente enquanto testemunho de fé da comunidade primitiva.<br />Schmidt havia descoberto a composição em unidades independentes nos evangelhos e que o marco narrativo foi criado secundariamente pelos evangelistas. Passou-se dos estudos das fontes para o estudo das tradições. Para a escola bultmaniana estas unidades de tradição oral não se originaram durante a vida de Jesus. A história das formas então conclui que os evangelhos não são biografias, mas testemunhos de fé; não são devidos a uma pessoa mas são compilações.</div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #333333; font-family: "Trebuchet MS", Verdana, Arial, sans-serif; font-size: 12.61px; text-align: justify;">
<br /><span style="font-size: 16.393px;"><strong>A “Nova Investigação”</strong></span><br />A posição de Bultmann instiga o estudo do problema por parte de seus alunos e dos teólogos católicos. <strong><em>Käsemann</em></strong>, discípulo direto de Bultmann, dá novo rumo à pesquisa a partir de 1953, afirmando que o Jesus terreno e o Ressuscitado é o mesmo. Constata a continuidade entre a pregação de Jesus e dos Apóstolos.<br />A partir desta década, vários trabalhos são publicados no sentido de que a pessoa de Jesus é o fundamento do kerigma; não é possível afirmar nada em perspectiva cristológica que não se baseie no Jesus histórico. A cristologia deve se basear nas autênticas palavras e atos de Jesus, segundo J. <strong><em>Jeremias</em></strong>. O começo da fé não está no kerigma, mas na pessoa mesma de Jesus.<br />Neste momento da investigação, com a ajuda da crítica redacional, se vão fixando os “critérios de autenticidade histórica”. São quatro os fundamentais:<br />1. Critério de testemunho múltiplo.<br />2. Critério de descontinuidade ou dessemelhança. Quando não se pode reduzir a concepções do judaísmo ou mesmo da Igreja primitiva. Mostra a originalidade de Jesus.<br />3. Critério de dificuldade. Considera autêntico um texto que tenha gerado dificuldade de interpretação ou embaraço à Igreja primitiva.<br />4. Critério de coerência com os demais critérios.<br />A “Nova Investigação” chegou às seguintes conclusões: é impossível e desnecessário fazer uma biografia de Jesus; os evangelhos são as únicas fontes de acesso a Jesus e neles estão unidos história e fé, acontecimento e interpretação; há continuidade entre a história e o kerigma; não se busca mera informação sobre Jesus, mas sua significação existencial para a compreensão do mistério humano.</div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #333333; font-family: "Trebuchet MS", Verdana, Arial, sans-serif; font-size: 12.61px; text-align: justify;">
<a href="https://amzn.to/330cVGy" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="218" data-original-width="151" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg9kV-So1JHizLRpSRw0T-w-bSTI9zlHYmVzi_arAQo4QXrXmWLPXF6RzdH9XOImuOuUMhb3vobFHpm7fQWB3GsJU7rrdaD2-8fcbSGWy3BoxVXUGDAtOiSpwtNGEm-MBC8lxhXPCSDLIk/s1600/810vs6iUJKL._AC_UY218_ML3_%255B1%255D.jpg" /></a><strong><span style="font-size: 16.393px;">A “Terceira Investigação”</span></strong>A partir de 1980 se inicia um novo processo investigativo sobre Jesus marcado pelo deslocamento do mundo alemão, pelo caráter interdisciplinar, interconfessional e interreligioso e pelo grande volume de obras sobre o tema. Se tem chegado a alguns consensos:<br />- os Evangelhos, sobretudo os sinóticos, são as principais fontes históricas sobre Jesus.<br />- a importância da fonte “Q” e da literatura apócrifa, e das descobertas de Qumran e Nag Hammadi.<br />- a colocação de Jesus no ambiente e contexto sócio-histórico judeu de sua época, sobretudo da Galiléia.<br />As principais questões discutidas nessa investigação:<br />- a situação sócio-política da Galiléia do tempo de Jesus. Alguns pensam num momento conflitivo em que Jesus se apresenta como reformador social (<strong><em>Borg, Crossan, Horsley</em></strong>). Outros pensam numa situação tranqüila e Jesus como um profeta escatológico (<em><strong>Sanders, Meier</strong></em>).<br />- a compreensão de Reino de Deus. Muitos pensam os ditos sobre o Reino como criação da comunidade. Parece que a proximidade de tal Reino pertence à pregação de Jesus, mas resta esclarecer se se trata do fim da história (Sanders, Meier) ou uma transformação social do presente (Crossan, <em><strong>Mack</strong></em>).</div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #333333; font-family: "Trebuchet MS", Verdana, Arial, sans-serif; font-size: 12.61px; text-align: justify;">
<br /><strong><span style="font-size: 16.393px;">Conclusão</span></strong><br />É possível reconhecer algo de certo através da evolução da crítica sobre o Jesus histórico. Pode-se dizer que a fé não nasce dela mesma. Por trás da pregação primitiva e da fé pós-pascal está um acontecimento histórico: Jesus de Nazaré.<br />É inegável a autenticidade do material evangélico. Recorrendo a esse abundante material se pode reconhecer alguns traços da personalidade de Jesus.<br />Toda a história da investigação sobre Jesus trata, e continuará tratando, de como conciliar fé e história.<br /><br /><strong>Bibliografia</strong><br /><span style="font-size: 10.7185px;">CADAVID, Alvaro. La investigación sobre la vida de Jesús. In: Teologia y vida. Vol. XLIII. Medellín, 2002. pp. 512-540.<br />LOEWE, William P. Introdução à Cristologia. São Paulo: Paulus, 2000. p. 5-54.</span></div>
Márcio Carvalhohttp://www.blogger.com/profile/04039288739374407300noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1395674093337752544.post-46425457334483132382019-09-12T14:51:00.002-03:002019-09-12T14:51:38.913-03:00Sermão da Montanha (Mt) ou da Planície (Lc)?<h4>
Há um aparente conflito de informação no texto em que aparecem as Bem-aventuranças nos evangelhos de Mateus e Lucas. </h4>
<i>Mateus </i>diz que Jesus <b>subiu </b>uma montanha e fez um longo sermão, que inclui <b>oito </b>bem-aventuranças (ou nove, ou dez, se contar a ocorrência da expressão "bem-aventurados") e gasta três capítulos inteiros no relato (Mt 5-7); <i>Lucas </i>diz que Ele <b>desceu </b>e fez o sermão na planície, contando <b>quatro </b>bem-aventuranças, e gasta um capítulo (Lc 6,17-49).<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhs7S9-IKQ5btQCRQU5EPzZG3TyugUUpKn97OS_Fi_UN0LW38WTkkDoggPIiP1YaKVIJ5phob91PIwgobl5w43Yw-yWjjZFR9GkAnvNsr3zdEWm5bvVk6_MEGUniuuatgo6vJXTeIUrsOk/s1600/sermao-da-montanha%255B1%255D.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="438" data-original-width="500" height="280" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhs7S9-IKQ5btQCRQU5EPzZG3TyugUUpKn97OS_Fi_UN0LW38WTkkDoggPIiP1YaKVIJ5phob91PIwgobl5w43Yw-yWjjZFR9GkAnvNsr3zdEWm5bvVk6_MEGUniuuatgo6vJXTeIUrsOk/s320/sermao-da-montanha%255B1%255D.jpg" width="320" /></a></div>
<br />
Mas não há contradição. Vejamos:<br />
<br />
<div dir="ltr" style="background-color: white; color: #222222; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: small;">
<div>
O Sermão da montanha, como se vê em Mateus, é algo muito maior do que só o discurso das bem-aventuranças. Parece que Jesus tenha demorado pelo menos dois dias nessa montanha com seus discípulos (Lc 6,12). </div>
<div>
<br /></div>
<div>
Assim inicia o sermão em Mateus: </div>
<div>
<blockquote class="tr_bq">
"<i>Vendo aquelas multidões</i>, Jesus <b>subiu </b>à montanha. Sentou-se e <b>seus discípulos aproximaram-se dele</b>." Mateus 5,1</blockquote>
E assim é relatado o sermão mais curto em Lucas:<br /><blockquote class="tr_bq">
"E Jesus, <b>descendo com eles</b>, parou num lugar plano, onde havia não só grande número de seus discípulos, mas também <b>grande multidão </b>do povo, de toda a Judeia e Jerusalém, e do litoral de Tiro e de Sidom, <i>que tinham vindo </i>para ouvi-lo e serem curados das suas doenças". Lucas 6,17</blockquote>
</div>
<div>
Parece, então, que Jesus tenha dito todo o sermão <b>a um círculo mais restrito de discípulos na montanha</b>, e <b>ao descer falou como toda a multidão </b>de forma mais resumida. O sermão em Mateus é mais teológico, espiritual, o de Lucas é mais prático, pastoral.</div>
<div>
<br /></div>
<div>
+++</div>
<div>
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<div>
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</div>
<div class="yj6qo ajU" style="background-color: white; color: #222222; cursor: pointer; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: small; margin: 2px 0px 0px; outline: none; padding: 10px 0px; width: 22px;">
</div>
Márcio Carvalhohttp://www.blogger.com/profile/04039288739374407300noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1395674093337752544.post-3525814247139728772019-08-29T10:43:00.000-03:002019-08-29T10:43:13.162-03:00Maria foi "arrebatada"? Haverá um arrebatamento?1. A Assunção de Nossa Senhora foi definida dogmaticamente em 1950, na <a href="http://w2.vatican.va/content/pius-xii/pt/apost_constitutions/documents/hf_p-xii_apc_19501101_munificentissimus-deus.html">CONSTITUIÇÃO APOSTÓLICA DO PAPA PIO XII MUNIFICENTISSIMUS DEUS</a>.
O documento é curto e suficiente para entender. Sugiro a leitura. Em
resumo: Se Maria foi preservada do pecado original (dogma da imaculada
conceição), não poderia estar sujeita à consequência do pecado, a
degradação da morte.<br />
<div class="text_to_html">
2. O corpo físico de
Maria foi elevado não só no sentido do movimento físico, mas tal como
Jesus ressuscitado teve seu corpo "glorificado", na expressão de São
Paulo, assim o foi o de Maria. Na ressurreição da carne a matéria é
transformada, de modo que não fica mais restrita ao espaço: Jesus
aparecia e desaparecia, atravessada paredes e portas, no entanto comia e
se deixava ser tocado. Era um corpo material porém transfigurado. Assim
também é o corpo de Maria.</div>
<div class="text_to_html">
Portanto, não há como dizer "onde" estão esses corpos, já que não mais se prendem às mesmas leis da matéria atual. Estão em algum lugar que um dia saberemos onde é.<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhj3c6b8RUJwuoC7hizxg2ZRS6PLjNhLElvIFCUoxu5doC8pxed_LMaodbsHlZGAVlQ2YLGXvQLgq7CCz01CxQxlZKpupBJ4SldSncod1JTTmyhDUTCYCNcvd0J_ZU828Rw9lf8u0Ct9_o/s1600/assuncao-1200x480%255B1%255D.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="Assunção ou Dormição de Nossa Senhora" border="0" data-original-height="480" data-original-width="1200" height="128" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhj3c6b8RUJwuoC7hizxg2ZRS6PLjNhLElvIFCUoxu5doC8pxed_LMaodbsHlZGAVlQ2YLGXvQLgq7CCz01CxQxlZKpupBJ4SldSncod1JTTmyhDUTCYCNcvd0J_ZU828Rw9lf8u0Ct9_o/s320/assuncao-1200x480%255B1%255D.jpg" width="320" /></a></div>
</div>
<div class="text_to_html">
3.
Enoque e Elias não tiveram seus corpos ressuscitados ou assuntos, como o
de Jesus e Maria. A tradição judaica diz que foram arrebatados porque
ninguém sabe seu paradeiro. Inclusive de Elias há dois relatos: um diz
que subiu em uma carruagem de fogo, outro diz que foi em um redemoinho.
Isso prova que é apenas uma tradição oral, significando a importância
especial daquele profeta. Não há motivo ou base teológica para sustentar
que seus corpos estão no céu. Somente Jesus e Maria. E no fim dos
tempos, todos nós.</div>
<div class="text_to_html">
4. A questão do
"arrebatamento" não é doutrina católica. Alguns protestantes interpretam
literalmente (mal) alguns trechos bíblicos e julgam que haverá um
arrebatamento de algumas pessoas. Essa teoria só surgiu no século XIX. </div>
<div class="text_to_html">
Veja os seguintes trechos de São Paulo e como nós católicos interpretamos:</div>
<div class="text_to_html">
<br />
<blockquote class="tr_bq">
<i>"Irmãos, não queremos que
ignoreis coisa alguma a respeito dos mortos, para que não vos
entristeçais, como os outros homens que não têm esperança. Se cremos que
Jesus morreu e ressuscitou, cremos também que Deus levará com Jesus os
que nele morreram. Eis o que vos declaramos, conforme a palavra do
Senhor: <b>por ocasião da vinda do Senhor, nós que ficamos ainda vivos não
precederemos os mortos. </b>Quando for dado o sinal, à voz do arcanjo e ao
som da trombeta de Deus, o mesmo Senhor descerá do céu e os que morreram
em Cristo ressurgirão primeiro. <b>Depois nós, os vivos, os que estamos
ainda na terra, seremos arrebatados juntamente com eles sobre nuvens ao
encontro do Senhor nos ares</b>, e assim estaremos para sempre com o Senhor.
Portanto, consolai-vos uns aos outros com estas palavras.". I Tes 4,13-18</i></blockquote>
<br />
<blockquote class="tr_bq">
<i>"Assim como <b>todos morreram</b> em Adão, assim <b>todos serão vivificados</b> em Cristo". </i>(I Cor. 15,22). </blockquote>
Para ir com Cristo, <b>é preciso morrer primeiro.</b><br />
<br />
Os
que serão "arrebatados" <b>morrerão </b>neste arrebatamento, para que possam
então renascer e ter a vida eterna. Assim sempre entendeu a Igreja, cuja
doutrina se encontra bem expressa nas palavras de S. Ambrósio:<br />
<blockquote class="tr_bq">
"<b>Nesse
arrebatamento sobrevirá a morte.</b> <b>À semelhança de um sono, a alma se
desprenderá do corpo</b>, <b>(mas) para voltar ao corpo no mesmo instante.</b> Ao
serem arrebatados, <b>morrerão</b>. Chegando, porém, diante do Senhor,
novamente receberão suas almas, em virtude da (própria) presença do
Senhor; porquanto não pode haver mortos na companhia do Senhor". (Catecismo Romano, I XII 6)".</blockquote>
É semelhante ao que ocorreu com Nossa Senhora. Não se diz que ela não morreu: "a imaculada Mãe de Deus, a sempre virgem Maria,<b> terminado o curso da
vida terrestre</b>, foi assunta em corpo e alma à glória celestial"
(<i>Munificentissimus Deus</i>, 44). Os orientais chamavam essa morte de Maria
de "<i>dormição</i>".</div>
Portanto, somente
Nossa Senhora foi "arrebatada". Todos nós outros ressuscitaremos no
último dia. Quem estiver vivo nesse dia, passará por uma espécie de
morte para ter seu corpo glorificado, ressuscitado.<br />
***<br />
Cursos Católicos: <a href="https://www.cursoscatolicos.com.br/">www.cursoscatolicos.com.br</a> Márcio Carvalhohttp://www.blogger.com/profile/04039288739374407300noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1395674093337752544.post-86757643344971624882019-08-16T11:39:00.001-03:002019-08-16T11:39:51.903-03:00Laqueadura e vasectomia: "Não sabíamos que era pecado!"Ainda é do desconhecimento de muitos católicos a doutrina da Igreja sobre a sexualidade humana.<br />
Há quem ignore por completo a existência de exigências morais sobre a sexualidade e a fecundidade, além do "não adulterar".<br />
Outros pensam num extremo oposto, que a doutrina moral da Igreja reconhece o sexo apenas para a procriação, algo que tornaria dificílimo o exercício da sexualidade de um casal.<br />
Em resumo, o ato sexual tem uma dupla finalidade, unitiva e procriativa:<br />
<blockquote class="tr_bq">
<span style="font-family: "times new roman"; font-size: small;"> O prazer sexual é moralmente desordenado quando procurado por si mesmo, isolado das finalidades da <b>procriação </b>e da <b>união</b>. (Catecismo, 2351)</span></blockquote>
Nem toda relação sexual resulta em fecundação, pois a mulher tem um amplo período infértil em cada ciclo ovulatório. Por isso é lícito, bom e desejável que os esposos tenham relações nesses períodos, porque aumentam o afeto entre si e não estão rejeitando o aspecto procriativo, pois este está limitado por um fator natural.<br />
<blockquote class="tr_bq">
<span style="font-family: "times new roman"; font-size: small;">A fecundidade é um dom, uma <i>finalidade do matrimónio, </i>porque o amor conjugal tende naturalmente a ser fecundo. O filho não vem de fora
juntar-se ao amor mútuo dos esposos; surge no próprio coração deste dom mútuo,
do qual é fruto e complemento. Por isso, a Igreja, que «toma partido pela vida»
(112), ensina que <i>«todo o acto matrimonial </i>deve,
por si <b>estar aberto à transmissão da vida</b>» (113). «Esta doutrina,
muitas vezes exposta pelo Magistério, funda-se sobre o nexo indissolúvel
estabelecido
por Deus e que o homem não pode quebrar por sua iniciativa, entre os
<b>dois
significados inerentes ao acto conjugal: união e procriação</b>». (Catecismo, 2366)</span></blockquote>
Para saber mais, leia:<a href="https://martyriaeditora.blogspot.com/2013/09/planejamento-familiar-controle-de.html"> Planejamento familiar, controle de natalidade ou paternidade responsável?</a><br />
<br />
Entre os atos moralmente contrários à dignidade da sexualidade humana e ao dom da fecundidade estão os atos que dissociam a procriação do ato sexual (inseminação e fecundação artificial), os métodos contraceptivos (químicos, de barreira, naturais) e a esterilização direta (laqueadura e vasectomia).<br />
É sobre estes últimos que nos deteremos sobre a <b>culpabilidade</b> e a <b>reparação</b>; a sua inadmissibilidade é facilmente verificável, por exemplo:<br />
<blockquote class="tr_bq">
<imageanchor style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="160" data-original-width="286" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgTjNGl9r0XDOjX8OwkwLjDbsD2a_I39VUoARzOpw_xPd_bUq3A3OynCDKWKyZy2tqXPzFb8DBYGAfoxeJJAYFfu1AXdBs_zvR1zw-qrODin7UowfO6uVxH76D01lkOxCqMayi6dKRUaAw/s1600/%25C3%25ADndice.jpg" /></imageanchor></blockquote>
<span style="font-family: "times new roman"; font-size: small;"><i>A regulação dos nascimentos representa um dos aspectos da
paternidade e da maternidade responsáveis. A legitimidade das intenções dos
esposos não justifica o recurso a meios moralmente inadmissíveis </i></span><span style="font-family: "times new roman"; font-size: small;"><i><span style="font-family: "times new roman"; font-size: small;"><i>(por exemplo,
<b>a esterilização directa</b> ou a contracepção)</i></span>. </i>(Catecismo, 2399)</span>
<br />
<h3>
Culpabilidade e reparação de uma vasectomia ou laqueadura</h3>
<blockquote class="tr_bq">
<span style="font-family: "times new roman"; font-size: small;">Para formar um <b>juízo </b>justo sobre a <b>responsabilidade moral dos sujeitos</b>, e para
orientar a acção pastoral, deverá ter-se em conta a <i>imaturidade </i>afectiva, a
força de hábitos contraídos, o estado de angústia e outros <i>factores psíquicos ou
sociais</i> que podem <b>atenuar</b>, ou até <b>reduzir </b>ao mínimo, <b>a culpabilidade moral</b>. (Catecismo, 2352, grifos nossos)</span></blockquote>
<span style="font-family: "times new roman"; font-size: small;">Quando a pessoa ou o casal diz que "não sabia" que era pecado a esterilização, se está sendo sincera, fica claro que não tem culpa grave. Às vezes pode haver um outro pecado, que é o de não ter procurado aconselhamento e informação suficiente sobre decisões tão importantes.</span><br />
<span style="font-family: "times new roman"; font-size: small;">Em todo caso, é recomendável que o fato seja confessado sacramentalmente (confissão com um sacerdote), para que se inicie a devida reparação.</span><br />
<span style="font-family: "times new roman"; font-size: small;">Todo pecado exige reparação, nesta vida ou na próxima (<a href="https://martyriaeditora.blogspot.com/2014/10/purgatorio-existe-explicamos-o-que-e.html">purgatório</a>). No caso específico da esterilização, há algumas coisas que poderiam ser feitas, de acordo com cada caso, e de preferência sob orientação de um confessor.</span><br />
<span style="font-family: "times new roman"; font-size: small;"><br /></span>
<span style="font-family: "times new roman"; font-size: small;">1. Se o casal está em idade fértil e ainda pode ter filhos:</span><br />
<span style="font-family: "times new roman"; font-size: small;">- É desejável fazer a reversão do procedimento.</span><br />
<span style="font-family: "times new roman"; font-size: small;">- Se não há condição financeira para isso, busque outra forma de penitência, talvez uma obra ou atividade em favor das famílias e das crianças.</span><br />
<span style="font-family: "times new roman"; font-size: small;"><br /></span>
<span style="font-family: "times new roman"; font-size: small;">2. Se o casal já não tem idade fértil ou tenha impedimento grave de saúde:</span><br />
<span style="font-family: "times new roman"; font-size: small;">- </span><span style="font-family: "times new roman"; font-size: small;"><span style="font-family: "times new roman"; font-size: small;">busque uma forma de reparação, talvez uma obra ou atividade em favor das famílias e das crianças.</span></span><br />
<br />
<span style="font-family: "times new roman"; font-size: small;"><span style="font-family: "times new roman"; font-size: small;">- Em ambos os casos, busque o casal conhecer a doutrina da Igreja que ignoravam, conheça também conhecimento sobre sexualidade e fecundidade, e busquem a castidade (<b>NÃO É </b>abstinência sexual, mas boa vivência da sexualidade dentro do matrimônio). O casal infértil pode manter a vida sexual para garantir o significado unitivo do ato para o casamento e oferecer seus sacrifícios a Deus e ao próximo.</span></span><br />
<br />
<span style="font-family: "times new roman"; font-size: small;"><span style="font-family: "times new roman"; font-size: small;">***</span></span><br />
<span style="font-family: "times new roman"; font-size: small;"><span style="font-family: "times new roman"; font-size: small;">Curso <a href="https://www.cursoscatolicos.com.br/2019/06/curso-matrimonio-familia-e-fecundidade.html">Matrimônio, Família e Fecundidade</a> / Curso <a href="https://www.cursoscatolicos.com.br/2018/12/curso-de-moral-fundamental-e-das-virtudes.html">Moral Fundamental e das Virtudes</a></span></span><br />
<span style="font-family: "times new roman"; font-size: small;"><span style="font-family: "times new roman"; font-size: small;">www.cursoscatolicos.com.br</span></span>Márcio Carvalhohttp://www.blogger.com/profile/04039288739374407300noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1395674093337752544.post-28947059401129587612019-07-22T21:50:00.000-03:002019-07-22T21:50:00.549-03:00O sofrimento da doença é para pagar algum pecado? O que faz o sacramento da Unção dos enfermos?1. O sofrimento não é causado pelo pecado pessoal, mas pelo pecado em
geral, isto é, o pecado original, do qual carregamos a marca, não a
culpa. T<b>odos sofrem, independente de sua qualidade moral</b>, por causa da
solidariedade humana tanto no bem quanto no mal. Cristo, sem pecado,
sofreu como ninguém para resgatar a humanidade do próprio pecado, que
por si não pode se salvar. Somente Deus pode salvar, embora necessite da
colaboração humana por causa da liberdade.<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiliM6Prvk3GKv2DPEUkPsIrg2eXtpK0SoDfQ9DNidGrwpvpkYsAuz5LoIczrlayYAWbsez_CwBs9DUCeNjs_0pYqcOrPqWYMlvtP1MgpqmduvCAvGclwCkwPuejc_Ue19oU1RUbVudZVk/s1600/despair-513529_640.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="434" data-original-width="640" height="217" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiliM6Prvk3GKv2DPEUkPsIrg2eXtpK0SoDfQ9DNidGrwpvpkYsAuz5LoIczrlayYAWbsez_CwBs9DUCeNjs_0pYqcOrPqWYMlvtP1MgpqmduvCAvGclwCkwPuejc_Ue19oU1RUbVudZVk/s320/despair-513529_640.jpg" width="320" /></a></div>
<br />
<br />
<br />2. O sacramento tem
em vista em primeiro lugar à <b>cura espiritual e a salvação da alma</b>. Os
desígnios de Deus, insondáveis, podem tirar um bem maior de uma doença
melhor do que se a pessoa fosse curada. <br />Ainda assim, a decadência do corpo
humano é natural e inevitável. Só Deus sabe o que é melhor para cada
pessoa, embora <b>não possamos dizer que tudo acontece porque Ele quer</b>, mas
porque Ele permite ou porque a liberdade humana promoveu.<br /><br />3. A
unção dos enfermos perdoa os pecados do doente oferecendo a salvação
(eterna) e, se for a vontade de Deus, também o alívio físico.<br /><br /><b>O
sofrimento humano não é necessário, mas é inevitável.</b> O que cada um pode
fazer é unir seu sofrimento ao de Cristo, único capaz de dar a
salvação.<br />Sobre isso, ler a carta <a href="http://www.vatican.va/holy_father/john_paul_ii/apost_letters/1984/documents/hf_jp-ii_apl_11021984_salvifici-doloris_po.html">Salvifici doloris</a>, do papa João Paulo II, sobre o sofrimento humano.<br />
<br />
<a href="http://www.cursoscatolicos.com.br/">www.cursoscatolicos.com.br</a> Márcio Carvalhohttp://www.blogger.com/profile/04039288739374407300noreply@blogger.com0