quinta-feira, 10 de agosto de 2017

Foi lançado o aplicativo oficial Moodle Mobile, para acesso a plataformas de cursos Moodle, como a nossa.
Já era (e continua sendo) possível acessar os nossos cursos via celular através do site, que se adapta ao formato do dispositivo. Com este novo aplicativo você poderá:

- navegar no conteúdo do curso, mesmo offline (exceto vídeos e links externos; você deve baixar os conteúdos enquanto estiver conectado)
- receber notificações instantâneas de mensagens e outros eventos
- encontrar e contactar rapidamente pessoas nos seus cursos
- fazer upload de arquivos do seu dispositivo móvel
- ver as notas dos seus cursos
- e mais!

O aplicativo é gratuito. Procure em sua loja de aplicativos (Android e Apple) por



do desenvolvedor Moodle Pty Ltd.

Após instalado, na tela inicial será pedido o site. Digite: moodle.cursoscatolicos.com.br
Depois entre com seu usuário e senha já cadastrados (não use a opção Cadastrar novo usuário!). O aplicativo não pedirá mais dados de acesso enquanto estiver instalado.

Veja algumas imagens do aplicativo com nossos cursos:






Conheça nossos cursos:
http://www.cursoscatolicos.com.br/

terça-feira, 8 de agosto de 2017

Os principais veículos de notícias do Brasil noticiaram - e continuaram repetindo - que o Papa Francisco reconheceu "casal" gay e seus filhos adotados como família, em resposta à carta enviada pela dupla em agradecimento ao batizados dos três jovens.
Veja, por exemplo, esta notícia.
A carta em questão é esta:
A resposta, assinada pelo Monsenhor Paolo Borgia, assessor para os Assuntos Gerais da Secretaria de Estado, diz que o pontífice "viu com apreço" a carta e "lhe deseja felicidades".
"(...) também o Papa Francisco lhe deseja felicidades, invocando para sua família a abundância das graças divinas, a fim de viverem constante e fielmente a condição de cristãos, como bons filhos de Deus e da Igreja, ao enviar-lhes uma propiciadora Bênção Apostólica, pedindo que não se esqueçam de rezar por ele", diz a carta do Vaticano. 

Vamos aos fatos:

1. A carta é assinada pelo Monsenhor Paolo Borgia, assessor para os Assuntos Gerais da Secretaria de Estado, que é quem cuida, junto com outros, de ler as milhares de correspondências que ele recebe (Papa Francisco recebe duas mil cartas de fiéis por dia).

2. O texto da carta é padrão. O papa não lê todas as cartas, mas é noticiado delas, e vez ou outra selecionam algumas para ele realmente ler. É provável que neste caso ele não tenha realmente lido, por tratava-se apenas de uma carta de agradecimento. A secretaria tem textos-padrão para cada tipo de carta, seja de agradecimento, de pedidos, de presentes, etc.
Veja estas cartas, recolhidas na internet, de pessoas que receberam resposta do Vaticano. A primeira contém exatamente a mesma frase que fala da família:

3. Quem realmente conhecia o caso, o bispo de Curitiba, que fez o Batismo, teve a atitude correta. Segundo o próprio pai adotivo: "[...] marquei uma audiência com o arcebispo de Curitiba [Dom José Antônio Peruzzo]. Ele topou. Disse que ia batizar as crianças e, não, o casal. Ele só exigiu que elas fizessem um curso de pré-batismo; e os pais, as madrinhas e o padrinho, um de preparação"".
O padre Luciano Tokarski, coordenador da Comissão de Animação Bíblico-Catequética da Arquidiocese de Curitiba, afirma que a Igreja aprovou o batismo dos filhos do casal.
"Vimos o batismo com bons olhos. A Igreja tem uma atitude de acolhida, de misericórdia, de compaixão, de proximidade. Nunca as portas estiverem fechadas para ninguém. Não existe nenhum documento oficial da Igreja que proíba isso", comenta.
Tokarski, no entanto, ressalta que, mesmo respeitando, a Igreja Católica não aprova o casamento gay. "O fato de aceitarmos o batismo dos adolescentes não significa que a Igreja aprova o casamento homossexual. A Igreja está dizendo que os filhos deles podem ser batizados, mas seguimos contrários à união entre dois homens, apesar de acolhermos todas as pessoas", esclarece. (G1)
 4. O próprio Papa Francisco já afirmou, várias vezes, a doutrina de sempre da Igreja sobre a família:
“Não pode haver confusão entre a família, querida por Deus, e qualquer outro tipo de união”.
“A família, fundada no matrimônio indissolúvel, unitivo e procriador, pertence ao sonho de Deus e da sua Igreja para a salvação da humanidade” (https://w2.vatican.va/content/francesco/pt/speeches/2016/january/documents/papa-francesco_20160122_anno-giudiziario-rota-romana.html)
E, no mesmo texto, esclarece:
"Quando a Igreja, através do vosso serviço, se propõe esclarecer a verdade acerca do matrimónio no caso concreto, para o bem dos fiéis, ao mesmo tempo tem sempre presente que quantos, por livre escolha ou por circunstâncias infelizes da vida, vivem num estado objectivo de erro, continuando a ser objecto do amor misericordioso de Cristo e por isso da própria Igreja."
 Ou seja: há a verdadeira família, fundada no matrimônio indissolúvel, unitivo e procriador; há verdadeiras famílias, porém deficientes; há arranjos comunitários semelhantes à família. A Igreja quer acolher a todos, mas não pode deixar de anunciar a verdade e aquilo que é "o sonho de Deus".

ATUALIZAÇÃO 09/08/2017 - A Arquidiocese de Curitiba lançou nota sobre o ocorrido, confirmando nossas informações acima.
http://arquidiocesedecuritiba.org.br/2017/08/08/nota-de-esclarecimento-acerca-de-carta-enviada-pela-santa-se-parabenizando-o-batizado-de-filhos-adotivos-de-casal-homoafetivo/


segunda-feira, 7 de agosto de 2017


http://loja.cursoscatolicos.com.br/bentoxviResumo de
RATZINGER, Joseph. Duas balizas importantes no caminho de Jesus: a confissão de Pedro e a Transfiguração. In: _____. Jesus de Nazaré. São Paulo: Planeta, 2007. p. 247-270.

Nos sinóticos, a confissão de Pedro e a transfiguração estão ligados por uma informação temporal. Mt e Mc dizem: “Seis dias depois Jesus tomou à parte Pedro, Tiago e João”. Lc escreve: “Cerca de oito dias depois destes discursos”. Confissão e transfiguração estão relacionados como a glória e a paixão, a divindade e a cruz.
No outono há duas festas judaicas separadas por cinco dias: o Yom Kippur e seis dias depois a Sukkot. Pedro teria manifestado sua fé no Cristo no Yom Kippur, nesse dia em que o Sumo Sacerdote pronunciava o nome de Deus no Santo dos Santos do templo.
Outra explicação relaciona os dois eventos dentro da semana das tendas. A confissão no primeiro dia e a transfiguração no último.
Há uma outra explicação não relacionada com a festa das tendas, mas com Ex 24, a subida de Moisés ao Sinai, onde se lê: “A glória do Senhor desceu sobre o Sinai e a nuvem cobriu o monte durante seis dias. No sétimo dia o Senhor chamou Moisés do meio da nuvem”.
As três explicações oferecem contextos importantes, apesar da datação pelas festas ser mais convincente.
No texto da Transfiguração se diz que Jesus subiu ao monte com Pedro, Tiago e João. Os mesmos, mais tarde, estarão no monte das Oliveiras. Pode-se também relacionar com o já citado capítulo do Êxodo, onde Moisés também toma três pessoas consigo.
O monte é local de especial relação com Deus, de paixão e de revelação. O monte da tentação, da pregação, da oração, da transfiguração, da agonia, da cruz e o monte do Ressuscitado. No AT temos os montes de revelação: o Sinai, o Horeb e o Moriah.
Os sinóticos concordam que, enquanto Jesus orava, suas vestes tornaram-se brancas como a luz. Penetrado na intimidade de Deus, Ele próprio é luz. Aqui a diferença com Moisés, que não sabia que seu rosto brilhava, Jesus brilha a partir de si mesmo. No Ap se faz referência às vestes brancas dos anjos e dos eleitos, que foram lavadas no sangue do Cordeiro, foram ligados à paixão de Jesus, revestidos de sua luz.

Apareceram Moisés e Elias. A lei e os profetas falam com Jesus, falam de Jesus. O mesmo se dá no caminho de Emaús. Lc conta sobre o que falavam: sobre o seu êxodo, passagem pela paixão para a glória.

Ao descerem do monte Jesus fala aos discípulos sobre sua ressurreição. Eles, porém, perguntam sobre o regresso de Elias! Jesus confirma essa expectativa, a completa e corrige, identificando-o com João Batista, que prepara a vinda do Messias. A tradição vigente previa o martírio de Elias, por ocasião de sua volta.

As palavras de Pedro, em meio ao medo e à alegria, sobre “construir três tendas” podem sugerir uma relação com Êx 33, onde Moisés monta fora do acampamento a tenda da revelação, sobre a qual a coluna de nuvem desceu e Moisés e Deus dialogavam. Mas o fato de serem três tendas contrapõe esta relação.
A relação com a festa dos tabernáculos torna-se convincente pelo sentido messiânico da festa e também pelo testemunho dos Padres da Igreja. O aspecto de esperança da festa se dava pela representação da divina tenda onde habitariam os redimidos no mundo futuro. Pedro, em seu êxtase, reconhece que chegou o tempo messiânico.
São Gregório de Nissa relaciona, ainda, a festa dos tabernáculos com a encarnação (Jo 1,14).

“Veio então uma nuvem... deveis escutá-lo”. A nuvem era sinal da presença de Deus. A mesma cena do Batismo, com a proclamação da filiação, mais o imperativo: “A Ele deveis escutar”. Relacionando com a subida de Moisés no Sinai onde recebeu a Torá, Jesus torna-se Ele mesmo a Torá, a revelação de Deus. Moisés ordenava o que Deus lhe dizia; Jesus, Ele mesmo devia ser escutado.

A frase inicial de Mc (9,1) antes da Transfiguração, segundo Pesch faz referência à transfiguração mesma.

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Reflexões para o Ano Litúrgico. Anos A, B e C - PAPA BENTO XVI




quinta-feira, 3 de agosto de 2017

Um leitor nos questiona, espantado, "por que a Igreja esconde que Lúcifer não é o diabo, mas Jesus Cristo?"
Essa é uma daquelas "confusões dos diabos" que as pessoas fazem, principalmente após ler qualquer bobagem na internet.
 
Qualquer católico médio, que estudou bem o catecismo, sabe responder isso. Mas vamos ajudar:
Não se pode dizer que "Roma" ou "Jerônimo" "nos enganou" (como o questionador supôs), porque nunca disseram nada a respeito. Consulte o Catecismo da Igreja Católica e verá que não aparece em lugar algum menção ao nome próprio Lúcifer: nos números 391 e seguintes está a doutrina sobre os anjos caídos. A Igreja chama ao chefe dos demônios de Diabo (do grego) ou Satanás (do hebraico). São sinônimos. Igualmente, nem os catecismos mais antigos citam o diabo com o nome de Lúcifer.
Na Bíblia, também, não aparece o termo lucifer (latim: brilhante, portador de luz) referindo-se ao diabo. Há vários textos que traduzidos para o latim soam como lucifer: Is 14,12, Jó 11,17, 2Pe 1,19, Ap 22,16.
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E ainda: a Igreja tem um Santo de nome Lúcifer! https://pt.wikipedia.org/wiki/L%C3%BAcifer_(bispo)
Este era anterior a São Jerônimo, tanto que São Jerônimo escreveu sobre ele, na obra ALTERCATIO LUCIFERIANI ET ORTHODOXI (Altercação entre Luciferianos e Ortodoxos), contando sobre os debates do bispo São Lúcifer contra os arianos. Vê-se que não pode ter sido São Jerônimo quem produziu essa confusão.

Na Vigília Pascal, até hoje, canta-se um canto que, em latim, pronuncia-se a palavra lucifer (lê-se lutifer), referindo-se à luz do Círio Pascal aceso, que simboliza o Cristo! https://padrepauloricardo.org/blog/lucifer-no-vaticano-e-a-exploracao-da-ignorancia
Então, como surge o nome Lúcifer como nome próprio do diabo?
Como vimos, não pode ter sido antes do século V. Mas a partir daí, fazendo um paralelo com a doutrina sobre os anjos caídos, nos tempos em que se falava latim pode ter surgido essa associação de nomes no meio popular, pois a doutrina católica diz que o primeiro anjo mau a se rebelar era antes muito próximo de Deus, por isso luminoso (numa linguagem figurada, pois anjos são espíritos sem matéria). Assim, ao explicar em latim que era um anjo bom, luminoso (lucifer), alguns acabaram dando a esse anjo mais um nome: Lúcifer!
Também pode ter ocorrido a associação com o texto de Is 14,12, que diz: "Caíste dos céus, astro brilhante, filho da aurora! Foste abatido por terra, tu que prostravas as nações!"  - É uma profecia contra o rei da Babilônia, que acabou sendo associado à história da queda dos anjos.

Portanto, trata-se de um nome popular, assim como capeta, tinhoso, coisa ruim, etc., ainda que teólogos o tenham usado.
Note que esse nome só é usado popularmente, no cinema e na literatura. Nunca na doutrina da Igreja, raramente por algum teólogo.
A Igreja Católica tem uma doutrina certa, sólida e clara. Não engana ninguém. Basta querer aprendê-la e não dar ouvidos aos ignorantes.


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terça-feira, 1 de agosto de 2017

A laicidade do Estado é um princípio aceito pela Igreja, porém não é uma questão de símbolos.

DSI 572 O princípio da laicidade comporta o respeito de toda confissão religiosa por parte do Estado, «que assegura o livre exercício das atividades cultuais, espirituais, culturais e caritativas das comunidades dos crentes. Numa sociedade pluralista, a laicidade é um lugar de comunicação entre as diferentes tradições espirituais e a nação». Infelizmente permanecem ainda, inclusive nas sociedades democráticas, expressões de laicismo intolerante, que hostilizam qualquer forma de relevância política e cultural da fé, procurando desqualificar o empenho social e político dos cristãos, porque se reconhecem nas verdades ensinadas pela Igreja e obedecem ao dever moral de ser coerentes com a própria consciência; chega-se também e mais radicalmente a negar a própria ética natural. Esta negação, que prospecta uma condição de anarquia moral cuja consequência é a prepotência do mais forte sobre o mais fraco, não pode ser acolhida por nenhuma forma legítima de pluralismo, porque mina as próprias bases da convivência humana. À luz deste estado de coisas, «a marginalização do Cristianismo não poderia ajudar ao projeto de uma sociedade futura e à concórdia entre os povos; seria, pelo contrário, uma ameaça para os próprios fundamentos espirituais e culturais da civilização».

A História mostra que a Igreja Católica construiu a nossa cultura, a nossa civilização; o ordenamento jurídico e nossas formas de governo têm por base o cristianismo, que reuniu o que havia de melhor das civilizações grega, romana e judaica.

Ora, o símbolo máximo dessa civilização ocidental é a Cruz. O primeiro símbolo visto pelos nativos no descobrimento do Brasil foi a cruz das naus. O primeiro símbolo levantado nesta terra foi a Cruz, em uma Missa.
http://www.cursoscatolicos.com.br/2014/08/curso-de-doutrina-social-da-igreja.html

Trata-se, portanto, de uma tradição cultural, não tanto religiosa. Mesmo que fosse questão de religião, não fere a laicidade do Estado, pois seria a representação da maioria, ainda. Também não é uma norma que deva ter um crucifixo em cada repartição pública. Alguém colocou, e ali ficou. Mesmo assim os cristãos não reclamam dos símbolos pagãos do Estado, como são as deusas mitológicas da República e da Justiça, por exemplo.

Alguns partidos políticos estão tentando subverter a ordem das coisas, com suas ideologias anticristãs. A Cruz incomoda a eles. Falta de compromisso democrático que eles mesmos reconhecem, pois "lutam" apenas pelas "minorias".

Se se retira um símbolo religioso quase universal em nome da liberdade religiosa, na verdade estão agindo contra a religião, sendo, portanto, anti-laicidade do Estado, que deve garantir a livre manifestação religiosa quando não há dano ao bem comum.

Laico quer dizer do povo, popular. Não há nada mais popular que a fé cristã, mesmo que em declínio. Não há melhor símbolo ético, moral, jurídico que a Cruz. Um condenado inocente, pelo Estado injusto, no meio de ladrões, com o povo chorando aos seus pés.


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Curso Doutrina Social da Igreja - www.cursoscatolicos.com.br
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