segunda-feira, 3 de abril de 2017

O termo "Economia" aparece muitas vezes na Teologia ("Economia da Salvação", "Economia da revelação"). Mas não tem nada a ver com dinheiro.

Por exemplo, na Constituição Dogmática Dei Verbum (grifos nossos):
2. Aprouve a Deus. na sua bondade e sabedoria, revelar-se a Si mesmo e dar a conhecer o mistério da sua vontade (cfr. Ef. 1,9), segundo o qual os homens, por meio de Cristo, Verbo encarnado, têm acesso ao Pai no Espírito Santo e se tornam participantes da natureza divina (cfr. Ef. 2,18; 2 Ped. 1,4). Em virtude desta revelação, Deus invisível (cfr. Col. 1,15; 1 Tim. 1,17), na riqueza do seu amor fala aos homens como amigos (cfr. Ex. 33, 11; Jo. 15,1415) e convive com eles (cfr. Bar. 3,38), para os convidar e admitir à comunhão com Ele. Esta «economia» da revelação realiza-se por meio de acções e palavras ìntimamente relacionadas entre si, de tal maneira que as obras, realizadas por Deus na história da salvação, manifestam e confirmam a doutrina e as realidades significadas pelas palavras; e as palavras, por sua vez, declaram as obras e esclarecem o mistério nelas contido. 
4. [...] Por isso, Ele, vê-lo a Ele é ver o Pai (cfr. Jo. 14,9), com toda a sua presença e manifestação da sua pessoa, com palavras e obras, sinais e milagres, e sobretudo com a sua morte e gloriosa ressurreição, enfim, com o envio do Espírito de verdade, completa totalmente e confirma com o testemunho divino a revelação, a saber, que Deus está connosco para nos libertar das trevas do pecado e da morte e para nos ressuscitar para a vida eterna. Portanto, a economia cristã, como nova e definitiva aliança, jamais passará [...]
14. A «economia» da salvação de antemão anunciada, narrada e explicada pelos autores sagrados, encontra-se nos livros do Antigo Testamento como verdadeira palavra de Deus. 
15. A «economia» do Antigo Testamento destinava-se sobretudo a preparar, a anunciar profèticamente (cfr. Lc. 24,44; Jo. 5,39; 1 Ped. 1,10) e a simbolizar com várias figuras (cfr. 1 Cor. 10,11) o advento de Cristo, redentor universal, e o do reino messiânico.



Economia, em sua origem, significa "administração da casa".
Em Teologia, refere-se à ação de Deus em nosso mundo. É Deus atuando para fora de Si, na obra que Ele criou.
"... fala aos homens como a amigos [...] e conversa com eles [...], para os convidar e admitir a participarem da sua comunhão. Esta 'economia' da Revelação executa-se por meio de ações e palavras"
"A Aliança com Noé depois do dilúvio exprime o princípio [início] da Economia divina para as 'nações' [para os outros povos]..."

Então, quando aparecer a expressão "Economia da Salvação", por exemplo, refere-se ao que Deus faz em nosso favor. Antes de criar tudo o que existe, Deus já existia, mas não havia "Economia", pois não havia nada além de Deus mesmo.
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