quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Divulgada em 26 de novembro de 2013 a primeira Exortação Apostólica do Papa Francisco: Evangelii Gaudium, sobre o anúncio do Evangelho no mundo atual.

Este sim é um documento do Magistério ordinário de um Sumo Pontífice, e, sendo a primeira Exortação do Papa Francisco, é onde encontraremos o melhor de seu pensamento enquanto Papa e que dará as diretrizes de seu pontificado (a encíclica Lumen Fidei, como ele mesmo confirmou, foi escrita na sua quase totalidade pelo seu predecessor, Bento XVI).

Aqui neste link poderá encontrar o texto integral em português, formatado em pdf para impressão.

Segundo o próprio documento, os pontos mais importantes são:

a) A reforma da Igreja em saída missionária.
b) As tentações dos agentes pastorais.
c) A Igreja vista como a totalidade do povo de Deus que evangeliza.
d) A homilia e a sua preparação.
e) A inclusão social dos pobres.
f) A paz e o diálogo social.
g) As motivações espirituais para o compromisso missionário.
 

Segue o esquema do documento, retirado do sumário:

I. Alegria que se renova e comunica [2-8]
II. A doce e reconfortante alegria de evangelizar [9-10]
Uma eterna novidade [11-13]
III. A nova evangelização para a transmissão da fé [14-15]
A proposta desta Exortação e seus contornos [16-18]
Capítulo I
A TRANSFORMAÇÃO MISSIONÁRIA DA IGREJA
I. Uma Igreja «em saída» [20-23]
«Primeirear», envolver-se, acompanhar, frutificar e festejar [24]
II. Pastoral em conversão [25-26]
Uma renovação eclesial inadiável [27-33]
III. A partir do coração do Evangelho [34-39]
IV. A missão que se encarna nas limitações humanas [40-45]
V. Uma mãe de coração aberto [46-49]
Capítulo II
NA CRISE DO COMPROMISSO COMUNITÁRIO
I. Alguns desafios do mundo actual [52]
Não a uma economia da exclusão [53-54]
Não à nova idolatria do dinheiro [55-56]
Não a um dinheiro que governa em vez de servir [57-58]
Não à desigualdade social que gera violência [59-60]
Alguns desafios culturais [61-67]
Desafios da inculturação da fé [68-70]
Desafios das culturas urbanas [71-75]
II. Tentações dos agentes pastorais [76-77]
Sim ao desafio duma espiritualidade missionária [78-80]
Não à acédia egoísta [81-83]
Não ao pessimismo estéril [84-86]
Sim às relações novas geradas por Jesus Cristo [87-92]
Não ao mundanismo espiritual [93-97]
Não à guerra entre nós [98-101]
Outros desafios eclesiais [102-109]
Capítulo III
O ANÚNCIO DO EVANGELHO
I. Todo o povo de Deus anuncia o Evangelho [111]
Um povo para todos [112-114]
Um povo com muitos rostos [115-118]
Todos somos discípulos missionários [119-121]
A força evangelizadora da piedade popular [122-126]
De pessoa a pessoa [127-129]
Carismas ao serviço da comunhão evangelizadora [130-131]
Cultura, pensamento e educação [132-134]
II. A homilia [135-136]
O contexto litúrgico [137-138]
A conversa da mãe [139-141]
Palavras que abrasam os corações [142-144]
III. A preparação da pregação [145]
O culto da verdade [146-148]
A personalização da Palavra [149-151]
A leitura espiritual [152-153]
À escuta do povo [154-155]
Recursos pedagógicos [156-159]
IV. Uma evangelização para o aprofundamento do querigma [160-162]
Uma catequese querigmática e mistagógica [163-168]
O acompanhamento pessoal dos processos de crescimento [169-173]
Ao redor da Palavra de Deus [174-175]
Capítulo IV
A DIMENSÃO SOCIAL DA EVANGELIZAÇÃO
I. As repercussões comunitárias e sociais do querigma [177]
Confissão da fé e compromisso social [178-179]
O Reino que nos solicita [180-181]
A doutrina da Igreja sobre as questões sociais [182-185]
II. A inclusão social dos pobres [186]
Unidos a Deus, ouvimos um clamor [187-192]
Fidelidade ao Evangelho, para não correr em vão [193-196]
O lugar privilegiado dos pobres no povo de Deus [197-201]
Economia e distribuição das entradas [202-208]
Cuidar da fragilidade [209-216]
III. O bem comum e a paz social [217-221]
O tempo é superior ao espaço [222-225]
A unidade prevalece sobre o conflito [226-230]
A realidade é mais importante do que a ideia [231-233]
O todo é superior à parte [234-237]
IV. O diálogo social como contribuição para a paz [238-241]
O diálogo entre a fé, a razão e as ciências [242-243]
O diálogo ecuménico [244-246]
As relações com o Judaísmo [247-249]
O diálogo inter-religioso [250-254]
O diálogo social num contexto de liberdade religiosa [255-258]
Capítulo V
EVANGELIZADORES COM ESPÍRITO
I. Motivações para um renovado impulso missionário [262-263]
O encontro pessoal com o amor de Jesus que nos salva [264-267]
O prazer espiritual de ser povo [268-274]
A acção misteriosa do Ressuscitado e do seu Espírito [275-280]
A força missionária da intercessão [281-283]
II. Maria, a Mãe da evangelização [284]
O dom de Jesus ao seu povo [285-286]
A Estrela da nova evangelização [287-288]


domingo, 24 de novembro de 2013

A Celebração que encerra o ano litúrgico apresenta a consumação do Reino de Deus: o Filho, Bom Pastor, reunirá os homens de todas as nações e de todos os tempos a fim de revelar suas obras. Quem vive pelo irmão, e em obediência e despojamento tal como Jesus, que venceu e foi exaltado justamente por ter obedecido humildemente ao Pai até a morte, esse participará da mesma glória do Filho, à direita do Pai, no Reino definitivo, preparado desde todos os tempos para ser a consumação da História.
Nesse sentido, o Reino não está presente em sua plenitude neste mundo. Isto não nos permite descuidar de sua construção. Ele é preparado neste mundo pelo amor desinteressado principalmente ao menor dos irmãos, imagem do Cristo humilde, que não busca poder terreno, mas espera que o Pai cumpra toda a justiça. De fato, a fé no Juízo Final é esperança para os cristãos que confiam no Rei e Juiz Misericordioso, e sabem que a injustiça do mundo não pode ser a última palavra sobre a História.

segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Toda segunda-feira, às 21h, temos programa ao vivo comentando as notícias da semana sob o ponto de vista católico, com o Prof. Márcio Carvalho.

Será no canal: https://www.youtube.com/user/cursoscatolicos

Aguardamos a participação de todos, que podem interagir via chat.
Os programas anteriores ficam disponíveis no mesmo canal.

terça-feira, 5 de novembro de 2013


Márcio Carvalho *

Suponhamos que você, leitor, queira se assegurar de que este texto assinado por mim, autor, é meu mesmo e não de um farsante usando nome alheio ou fictício. O que poderíamos fazer para tirar essa dúvida?
Talvez eu pudesse te enviar uma fotocópia de um documento de identidade, onde consta meu nome e foto. Mas não serviria uma carteira de clube de esportes ou da locadora de filmes. Teria que ser um documento de fé pública, emitido por algum órgão reconhecido.
Se a sua desconfiança for ainda maior, não bastará a cópia de meu documento. Você poderá duvidar da autenticidade da cópia, se não foi manipulada ou se o documento original também não é falso. Você poderá, então, se dirigir àquele órgão que teria autoridade sobre aquele documento e perguntar se é verdadeiro, se consta aquele nome nos cadastros. Em última análise, você tem que confiar naquele órgão, no pessoal que lhe assegura a informação, nas instituições maiores a quem são submetidos e de quem recebem autoridade.

Algo semelhante acontece quando se quer provar os conteúdos ou a fonte da fé. Por que creio nesta religião? Por que a Bíblia é verdadeira? Quem me garante que Jesus existiu e sua mensagem é esta que ouvimos hoje?
Jesus confia a continuidade de sua obra à Pedro
A resposta para estas e outras questões passa pela Igreja. Deus não aparece diretamente a cada um dos homens e assopra o que se deve crer. Ele fez isso de uma vez por todas na pessoa de seu Filho Jesus Cristo, Nosso Senhor, Deus eterno que entrou na história humana.
E como chega até nós a mensagem e a obra de salvação operada por Jesus Cristo? Para isso, Ele quis deixar continuadores, depositários fiéis e preparados a levá-l’O aos confins do mundo, até o fim dos tempos. De doze homens fez uma multidão de testemunhas, a Igreja, que não deixa de manter a comunhão com aqueles primeiros Apóstolos autorizados por Cristo a ensinar e administrar a Graça, pelos Sacramentos, em nome d’Ele.
Os Apóstolos constituíram e autorizaram sucessores; estes fizeram o mesmo sucessivamente até chegar a nós. Alguns puseram por escrito boa parte do que aprenderam. Nem tudo foi escrito e nem todos os escritos viraram Bíblia. Coube mais tarde aos mesmos sucessores dos apóstolos decidir o que era ou não era escrito sagrado. Essa transmissão da fé revelada é o que chamamos Tradição, seja oral (o ensinamento dos bispos), seja escrita (a Bíblia).
Dessa forma, a Igreja de Jesus Cristo é aquela fundada sobre os Apóstolos. Chega até nós com o nome de Católica Apostólica Romana. Uma história ininterrupta de uma instituição que, sendo também humana, é querida e guiada pelo Espírito Santo. A fé no Deus vivo e verdadeiro atravessa intacta as turbulências da história humana, que é marcada pelo pecado, através do serviço dos bispos em união entre si e com a Cabeça, representada sobremaneira pelo bispo de Roma, sucessor de São Pedro.
De outro modo não poderia chegar até nós o Cristo senão através de sua única Igreja.


* Márcio Carvalho é formado em Teologia, especialista em Educação, Comunicação e Tecnologias em Interfaces Digitais, diretor e professor no projeto Formação Católica Online (www.cursoscatolicos.com.br) que oferece cursos de conteúdo teológico e pastoral em acordo com o Magistério da Igreja. Diretor da Martyria Editora (www.martyria.com.br). Casado, reside em Juiz de Fora/MG. Contato: marcio@cursoscatolicos.com.br
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